Never Let Me Go escrita por Strangers in Paradise


Capítulo 34
Capítulo 34. Planos


Notas iniciais do capítulo

SEXO
hahaha consegui a atenção de vocês ;3
Safados
ENFIM, sinto muito pelo cap, não era o quê eu queria, mas deu uma tapiada.
Obrigada pelos reviewsssssssssss
Gente, estou lendo O Sangue do Olimpo, e caralho, tá sendo um dos que eu mais gostei até agora. Meu irmão tá muito foda vey, pelamor (filha de Hades) E não obrigada... Não quero saber o quê acontece u-u
Beijoss
Eu amo vocês.
Deixem reviews com as ideias que vocês querem para os próximos caps e as ideias de ship e Percabeth e tals.... NÃO VALE SEXO. Isso vai ter depois... ;3
Malfeito feito.



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POV. Strangers In Paradise

Parecia que tinham incendiado seu coração. O fogo era raiva, era tristeza, era perda, era vingança. Ela queimava por dentro.

Tudo fora tirado dela. A ideia de uma vida calma, normal, como qualquer outra. Sua família, assassinada. Sua Rachel, morta. E finalmente, sua academia, incendiada.

O quê mais poderiam tirar dela?

– Primeira fase do plano completada. - disse Réia. - Meu marido ficaria impressionado com a rapidez de nosso plano.

– Preparar fase dois, senhora? - perguntou Jhonson, sentado na cadeira, enquanto seus pés estavam escorados na mesa de sua comparsa.

– Ainda não. - ela suspirou. - Deixei Zeus se desesperar. Vamos ver o quão patético meu filho vai ser ao tentar proteger sua amada academia e filha.

POV. Annabeth Chase

Poseidon havia convocado uma reunião geral, logo depois do café. Todos os alunos estavam de pé enquanto Poseidon contava que, a Academia Deadly Fights, havia sido ameaçada, e então, queimada na madrugada de sexta feira.

O choque da notícia não podia ter me devastado mais.

Thalia saiu antes mesmo que Poseidon pudesse ter dito que a academia foi salva pelos bombeiros. Thomas logo atrás dela. Eu não consegui me mover. Minhas pernas pareciam gelatina. Nunca tinha acontecido comigo. Esse choque. Esse sentimento ruim dentro de meu peito. A vontade de rir, como se Poseidon contasse uma piada sem graça. Eu nunca senti isso. Muito menos quando Rachel morreu. O choque, a raiva, o medo... Minha casa...

Alec estava ali pra me segurar. Sua presença foi confortante, mas não foi o suficiente. Uma de suas mãos estava em meu ombro, enquanto a outra em minha cintura. Por mais que em uma situação normal, o gesto teria feito minhas estranhas revirarem, agora era apenas um toque frio. Não era bom. Eu fiquei mais angustiada. Eu queria ficar sozinha.

Poseidon nos dispensou, nos mandando para o concurso que haveria dali dez minutos.

– Annabeth Chase. - Poseidon me chamou, fazendo Alec me soltar rapidamente. Ele se afastou enquanto o diretor se aproximou. - Posse ter uma palavra com você?

– Claro, diretor. - falei e Alec já não estava mais na sala.

– Por favor, venha comigo tomar uma xícara de chá no meu escritório. - ele começou a caminhar, não me dando escolha. Ajeitei o moletom cinza, colocando minhas mãos no bolso, e o segui. - Sinto muito pelo o quê aconteceu com sua adorada academia. - Ele pegou as escadas e eu franzi o senho. - Acredito que está em choque.

– Se o senhor me permite falar, só quero descobrir o porquê. - falei, descendo as escadas ao seu lado, segurando o corrimão.

– É exatamente isso que eu queria saber, senhorita. - ele perguntou e me olhou de lado. - Queria conversar com você. Zeus confiava em você o suficiente para deixar você se aproximar de sua filha e dele.

– Ele sabe minha história. Não teria motivos para desconfiar de mim. Mas também não tínhamos um relacionamento tão íntimo... - somente digo isso olhando para o chão. - Só sou grata por sua academia ter me salvado.

– Ah sim, por causa do orfanato... - ele pensou alto. Um momento de silêncio. - Bem, queria conversar com você, Annabeth... - ele para e eu sem querer desço um degrau, ficando de frente para ele. Seus olhos estavam calmos, e intrigantes. - Sobre esse ataque.

Franzi o cenho. Havia somente poucos minutos que eu tinha descobrido que a academia tinha sido incendiada e ele quer falar comigo sobre isso? O quê eu poderia saber que ele está interessado?

Deixei que ele continuasse.

– Sabe, Annabeth, Zeus tem muitos inimigos. - ele começou a descer lentamente, e eu sai do caminho. - Uns mais poderosos que outros, mais famosos que outros. Mas, acredito que, Zeus tenha colocado vocês duas em minhas mãos por uma causa que ele não me contou. - seus olhos olharam para os meus, e ele parecia poder ver a confusão de meus pensamentos.

Respirei fundo.

– Bem... Zeus não tem somente inimigos. Havia aliados... - começo a falar. E penso que Poseidon pode ser confiável. - Esses seus patrocinadores, que levam seus alunos, é exatamente como acontece na Deadly, ou pelo menos, acontecia... - não deixei a tristeza tomar minha voz, e engoli em seco. - Antes de Zeus nos levar, já estava acontecendo a leva de alunos para longe. Esse ano seria o quarto ano em que Zeus recusa uma proposta alta e significativa em mim e Thalia. - lambo meus lábios e o olho. - Acho que o senhor sabe o motivo.

– Acredito que sim. - ele falou baixo, e seu olhar indicava que ele sabia de algo que eu não sabia. Achei melhor abrir o jogo entre nós. Poseidon parecia ser do tipo que podia se confiar. Achei melhor ele saber, pelo menos, do início do tudo.

– Senhor, eu e Thalia estamos tentando nos enturmar com seus alunos. - falo e Poseidon vira para a direita, seguindo o contorno das escadas. As câmeras de segurança nos seguem. - Mas como já pôde ter visto, seus alunos não se enturmaram conosco.

Ele somente assentiu com a cabeça, esperando que eu siga minha linha de raciocínio.

– O motivo disso, é que eu e Thalia estamos fingindo, senhor. - ele ergueu as sobrancelha, mas ainda sério. - Zeus nos instruiu para não demonstrarmos nossas verdadeiras habilidades em combate, tanto físico quanto psicológico com os estudantes daqui. Estamos escondendo nossas melhores habilidades, estamos nos controlando ao máximo. O senhor pode ter ido nos ver em alguns verões atrás mas aquilo, eu e Thalia na frente dos aliados, os patrocinadores dele, aquelas lutas... Era tudo falsidade Poseidon... - paro e o olho seriamente. - Zeus nos escondeu a vida inteira. E acredito que ele nos mandou para cá, para afastar os olhares de seus inimigos.

Ele ficou em silêncio.

– A Deadly teve várias ofertas pelo garoto que matou Rachel Elizabeth Dare, Lee Fletcher, assim que ele foi designado para uma academia menor em New York. Lee era muito bom em combate. Mas o interesse dos patrocinadores somente foi descoberto pelo, acidente, com a garota. - minha voz saiu seca. Eu tentei controlar meus sentimentos. - Se eu e sua filha mostrássemos as nossas verdadeiras qualidades em combate...

– As duas seriam usadas contra ele. - ele continuou a minha fala.

– Poseidon, seu irmão tem muitas dívidas e serviços. Muita coisa á seu favor e contra. Muitos amigos. Mas muitos inimigos. Inimigos tão próximos que ele teve que esconder seus melhores alunos até mesmo de seus aliados. Não o culpo pela decisão. Foi melhor ele ter nos escondido. - falo e ele entra no corredor que dá em sua sala. Caminhamos lentamente. - Um de meus amigos na academia sabia exatamente das sujeiras de Zeus. E... apesar de que minha antiga, academia... - a palavra "casa" quase que saltou de minha boca - ter sido queimada por uma ameaça, acredito, e fiquei surpresa até, que tudo isso começou tarde demais. - ele para e eu fico de frente a ele. - Senhor, as ameaças sempre estiveram presentes. Mas, somente agora, somente essa pessoa fez algo de verdade, fez com que a ameaça se tornasse mais do que real e presente. O quê eu estou tentando dizer é que, o fogo foi só o começo. O perigo está perto.

Poseidon olhou fundo em meus olhos. Ele parecia decidido.

– Era isso que eu precisava ouvir. - ele falou mais para si mesmo. Então, recuperou a postura, e falou com mais autoridade. - Annabeth, eu quero que você treine arduamente. Você somente, sem Thalia. - eu recuei um passo. O quê? - Treine com Nico, ele vai te ajudar. Mas eu quero, que ninguém mais sabia disso. Thalia não pode saber. Ares não pode saber. Meu filho não pode saber. - ele parou de falar com a menção de Percy. - Ninguém pode saber. Isso fica somente entre nós três.

– Senhor? Eu não estou entendendo...

– Nico vai lhe explicar tudo. - ele disse e começou a andar. - Está liberada, Chase, volte para o quarto.

E antes da porta de fechar, Annabeth sussurrou.

– Sim, senhor.

Ela odiava que os outros mandassem nela daquela forma.

POV. Percy Jackson

Finalmente tinha chegado a ficha e a prova. Minha salvação! Quando o Sr D e os Supervisores Júniors entregaram a prova, fui logo fazer a parte que eu mais sabia: Biologia e Ciências. (*ler lá em baixo) Os alunos foram colocados na sala enorme de aula, onde todos faziam a prova, e preenchiam o requisito.

Nome; Idade; Curso desejado; Área de atuação; e todo o resto.

Eu estava ansioso para isso. Queria logo preencher e entregar ao Sr. D. A prova foi fácil, principalmente a parte de Biologia e Ciências. Inglês, História e Geopolítica que foram as mais difíceis. Mas, pelos poucos estudos, e pelos chutões que mais faziam sentido, eu teria acertado metade da prova.

Eu estava fazendo a parte da redação agora. Eu era péssimo nisso. E conseguia ouvir os cochichos de Kelvin e Cora do meu lado, passando cola. Eu não era estúpido o suficiente para colar junto. Se eu fosse pego, minha bolsa ~leia-se, passagem de só ida pra longe daquele inferno~ iria pelos ares. Minha única chance. Se dependesse de meu pai, eu iria ficar naquela academia pelo resto de minha vida por um único erro.

Mas agora eu não ia remoer os erros. Era hora de eu esfregar na cara de meu pai que eu valia a pena, que eu conseguia. Que eu era bom o suficiente para algo.

Haha, Cora teve a primeira página anulada.

[...]

Depois da prova, fomos para as aulas.

A pessoa que sentou do meu lado foi Grover. E eu gostei disso. Nós dois tínhamos feito as pazes de novo... Foi difícil assumir que eu estava errado e que eu tinha que me desculpar. Eu era levemente orgulhoso, nesse caso.

Ele pegou o caderno e o colocou em cima da mesa, se deitando debruçado, com a toca verde na frente dos olhos.

– Cara, eu odeio sexta de manhã. E amanhã é dia de lavar roupa. - ele choramingou baixo.

Enquanto Grover roncava baixo, eu olhei ao redor. Estavam todos os alunos ali, menos uma. A loira. Thalia estava sentada com Piper, enquanto o namorado punk dela estava atrás dela, com Jason. Assim que a professora virou as costas, Piper e Thomas trocaram de lugar rapidamente e silenciosamente por baixo da grande mesa de madeira. Quando Piper se sentou, seu cabelo estava levemente desarrumado, e é claro que o Superman o ajeitou e a puxou quase que para seu colo.

Eu bufei baixo. Aquilo me incomodou um pouco.

Durante a aula toda, Annabeth Chase não saiu da minha mente. Eu vi ela e meu pai descendo as escadas enquanto conversavam sobre algo sério. Eu queria saber que assunto era esse. Fazia um bom tempo que Reyna não brigava com alguém. Acho que a conversa foi sobre a briga das duas e a de Ares.

Eu senti meus nervos se agitarem levemente. O brutamontes tinha machucado Annie... Aquela noite ainda me perseguia em meus sonhos. Annabeth, em meus braços, sufocando em seu próprio sangue... Não consegui dormir direito nem por um segundo. Não duvido que eu esteja com uma aparência de quem não dorme faz séculos. Mas pelo menos ela estava viva. Eu a salvei...

Arghh. Por que aquela loira não sai dos meus pensamentos?

[...]

Na aula com Hádalla, ( dizia-se RÁdalla, como ela sempre incansavelmente, ela sempre nos corrigia ) de Ciências Humanas avançadas, o som da porta se abrindo foi quase como um sussurro enquanto rodava o vídeo da palestra da professora. Eu e Grover éramos da última carteira da sala, e a carteira dos dois lados*, e só nós, pera, só eu, ele estava dormindo, que percebi que, dois alunos entravam silenciosamente na sala de aula.

Eu fiquei paralisadamente sério.

Annabeth se sentou na carteira ao meu lado enquanto Nico fechava silenciosamente a porta. Engraçado. Aquela bendita porta fazia um barulho do caralho. Quando ele se sentou, vi que ele estava muito mais magro desde o último dia que eu o vi. A calça jeans preta estava surrada, e o moletom preto com a caveira estava velho e desgastado também. Seu cabelo tinha crescido levemente, mas parecia que seus olhos eram muito mais profundos, como o crânio da caveira do moletom, por causa das oleiras enormes.

Já Annabeth, estava com uma legging preta, e um moletom cinza normal, escrito New York na frente com letras de um tom mais escuro de cinza. Usava um all star surrado, mas que era bem cuidado. Seu cabelo loiro cacheado preso em um rabo de cavalo, assim como o de hoje de manhã. Nico começou a cochichar no ouvido dela e ela assentiu. Ele deu uma folha e uma caneta para ela. Ela começou a escrever. Ele fixou o olhar em Piper e Jason. Eu não conseguia desviar meu rosto.

Assim que ela terminou de escrever, colocou as mãos no bolso do moletom e Nico pegou a folha. Ela olhou para frente e mordeu o lábio. Parecia pensativa. Grover roncou um pouco mais forte do meu lado. Isso pareceu despertar ela.

Assim que ela me olhou, eu tive a impressão de que o ar sumiu.

Seus olhos estavam tristes. Sérios, mas continham uma pontada triste. Pensei imediatamente na academia Deadly. Desde os sete anos de idade lá... Não consegui imaginar o quê ela estaria sentindo. Assim que seu olhar parecia ler o meu, ela desviou. Seus olhos cinza tempestade pareciam ler a minha alma. Senti um arrepio pela espinha. Eu olhei para frente, mas podia ouvir os cochichos dela com Nico. Eu senti como se fosse um soco em meu estômago, e tivesse ácido em minha língua.

O quê diabos estava acontecendo?

POV. Nico Di Angelo.

Annabeth era uma pessoa boa. E coisas ruins acontecem com pessoas boas como ela.

Encontre Annabeth Chase no quarto 23. Poseidon mandou mensagem para o meu celular. Eu senti um reviro no estômago quando li a mensagem. Preciso que converse com ela sobre o treinamento que você irá fazer com ela. O quê discutimos, você e eu, será realizado Nico. Preciso de você nessa. O treinamento começa hoje, se possível. Apollo vai dar um checada nela, ver se o ferimento se curou. Leve-a para a aula enquanto conversam. Ajam o mais natural possível.

De uma coisa eu sabia: se Poseidon precisasse de mim, tão desesperado assim, era porque ninguém mais podia ajudar. O plano era simples, mas iria demorar para se finalizar. Assim que eu tinha entrado na sala dele para relatar da academia em chamas, Poseidon já me manteve ali para conversarmos. Eu o interroguei, ele me interrogou. Como tínhamos combinado, sem segredos. E assim, com a conversa, já estávamos discutindo sobre minha prima punk, e a garota. Poseidon me contou o quê ele e a Chase haviam falado nas escadas. Isso só confirmou o nosso plano. Ele tinha um plano para a loira. E esse plano teria que funcionar. Era essencial. Especialmente para o futuro dela e das academias.

Annabeth seria a conexão de tudo.

Eu senti pena dela. Apesar de seu passado ter sio completamente alterado por causa de seus pais, agora, seu futuro seria completamente alterado por causa da sua casa, sua academia. O quê ela amava a modificava. Modificava seu futuro. Modificava sua vida, e suas escolhas. Mas esse era o ponto. Ela não teria uma vida. Suas opções foram para somente uma: obedecer. Ela não iria para a faculdade de arquitetura. Talvez, nem teria uma família. Seu destino já havia sido escolhido e ela nem fazia ideia disso.

Zeus concordou. Ele faria qualquer coisa para salvar sua academia e sua filha. Mesmo que ele tenha que sacrificar algumas coisas.

Admito que queria que a loira recusasse e se debatesse contra o plano de Poseidon havia me liberado para contar. Somente a primeira parte. A essencial que ela deveria saber. Do treino. Só. A única pergunta foi: Quando começamos? Eu gostei dela. Era fácil trabalhar com ela. Na sala de aula, pedi para que ela me contasse exatamente sobre os treinos da Deadly. Apesar de eu ser o mensageiro, eu tinha vivido e passado de viajem em várias academias. Em nenhuma eu fui aceito muito bem. Lembro que na Deadly, permaneci uma semana, já havia dois anos.

Enquanto ela escrevia, eu observei a sala.

Era claro que Percy estava babando em Annabeth. Era quase impossível não ver. Grover dormia. Cora estava deitada em cima de Octavian, que reclamava baixo que iria matar ela. Os dois ainda se casariam. Ela não merecia ele. Thalia estava com o Thomas. Eu fiquei feliz pelos dois. O cara estava sozinho desde que nasceu. E Thalia merecia um cara como Thomas. Ele era confiável. Calipso estava com Drew, as duas mexendo nas unhas. E finalmente, Piper com Jason.

Aquele bastardo finalmente tinha se declarado com Piper. Toda vez que eu os via junto, eu sentia um aperto no coração. Eu a amava. Não como namorada, mas também além de algo relacionado a amizade. Eu me importava com ela. Por uns bons tempos, eu só tinha ela, e ela só tinha a mim. Eu queria falar a Poseidon do quão boa Piper era em combate. Eu queria. Queria que ela fugisse desse mundo. Fosse embora, se apaixonasse, conseguisse uma vaga seja lá no que ela quer se formar, consiga uma casa, se case, tenha filhos, envelheça e seja daquelas vovós que eram cheirosas...

Mas isso nunca iria acontecer. Seu destino era igual ao de Annabeth. Ela só podia aceitar. E eu estava realmente interessado em levar ela comigo na minha próxima viajem. Nós dois, juntos, fugindo do destino... Eu teria aceitado. Estive quase pronto para dizer a ela que sim. Mas agora, ela tinha Jason. E por mais que ela merecesse um cara melhor, ela estava feliz com ele.

E se ela estava feliz, eu estava também.

Annabeth colocou a caneta em cima da mesa, e o leve som da caneta na madeira me fez acordar.

Li rapidamente o papel mas com cuidado. Ela treinava de madrugada. Muitas vezes, só ela. Sozinha. Thalia só ia quando acordava, o quê era raro mesmo. Ela treinava com tudo. Desde armas de fogo, as quais Zeus tinha dado permissão para ela usar no subsolo. Me intriguei com isso. Subsolo? Mas ela não disse mais nada sobre isso nas próximas linhas. Ela treinava todos os dias. Mira, força e técnica. Era até que boa com o arco e flecha, mas o braço esquerdo falhava na mira. Era melhor com adagas. E uma coisa que quase me fez rir, era que, se ela se machucasse sozinha, ela mesma sabia tratar de seus ferimentos.

Sussurrei em seu ouvido. E o leve cheiro de limão e perfume doce penetrou meu ar.

– Me diga sobre o seu combate com corpo a corpo. Quero saber de suas fraquezas.

Era bom ela mesma saber disso. Todos devemos saber nossos pontos fracos.

Enquanto eu sussurrava, Percy ficava quase que com fumaça saindo de suas orelhas. Ele não estava olhando, mas estava tentando ouvir.

Annabeth voltou a escrever. A resposta me deixou intrigado.

Naquela luta com Ares, o quê resultou no incidente todo, ela tinha deixado mesmo um dos braços sem peso. Suas costelas doíam. Foi insuportável. Seu ponto fraco era sentir dor e tentar aliviá-la botando toda a força que podia colocar no outro lado do corpo. "Eu sempre faço isso. Desde pequena. Aprendi a fazer isso da pior maneira. Um brutamontes, apertou demais meus braços, fazendo doer toda região de costas e peito. Hematomas visíveis mesmo depois de dois meses. Me inclinei para a frente... deu certo. Aliviou a dor física." Mas essa frase continha um significado maior. Eu só não sabia qual.

Eu perguntei a ela sobre quais as lutas que ela sabia, a faixa, e os campeonatos que ela participou na Deadly. Ela ficou tensa antes de escrever.

Ninguém prestava atenção em nós. Apesar de Percy se remoer por dentro de ciúme, eu também me remoía. Piper estava com a cabeça escorada no ombro de Jason, o qual fazia cafuné em seu cabelo. Eu lembrei da noite anterior. Quando estávamos nós dois falando sobre coisas idiotas, deitados, comendo chocolate e rindo. Eu me contive para não suspirar. Suspiros assim, de pesar, de tristeza, de amor, eram bons. Aliviava. Mas não agora. Eu tinha que me concentrar em outra coisa.

Um garoto loiro passou por nós para sair da sala. Vi que ele estava de olhos atentos, olhando cada aluno assim que passava. Sua cabeça estava baixa. E assim que viu minha mesa, seu olhar parou por mais de meio segundo em Annabeth. Eu ri por dentro. Alec Sadler apaixonado em Annabeth Chase. Ele saiu da sala, provavelmente para ir ao banheiro.

Annabeth não reparou nele, continuou a escrever.

Alec Sadler podia ser o garoto mais calmo da academia. Mas também era um dos mais intrigantes. As melhores notas da sala quase. Era bom em combate até. Mas era melhor com Snipers. Eu lembro do verão passado, quando Ares usou a floresta para treinar os alunos a usar snipers russas. Cortesia de um dos amigos de Poseidon. Chovia. A bala da sniper de Alec era sempre a primeira a acertar os obstáculos. Mas ele nunca foi selecionado. Nunca. Isso me deixou sentimento ruim no peito.

Ele quase nunca era visto fora de seu quarto. Kelvin era seu companheiro de quarto, mas ele sempre dormia com Kattarina, uma garota de 16 anos, sua namorada no quarto dela. Carie, sua colega, não se importava. Eu ri com esse pensamento.

Eu sabia de quase tudo de quase todos. Mas as notícias voam, acontecimentos são rápidos e acontecem muito. Fazia tempo que eu não me atualizava com as novidades da Force.

Teve um movimento brusco á algumas cadeiras. Minha visão se focou em um casal. Jason estava beijando Piper enquanto a professora escrevia no quadro. Dessa vez não teve o coro de Awnnn de Drew e Calipso.

Argh. Desviei o olhar. Eu teria que falar com ela que beijos na sala de aula era proibido. Assim como teria que falar pro Jackson ter que usar lençóis para limpar a baba.

Esse era outro que estava apaixonado perdidamente. Mas o mais engraçado de tudo, era que ele já levou um fora da loira. E então, mais do que nunca, ele recorria aos braços de Calipso e Drew para superar o chute.

Eu tive vontade de rir. Ele era patético com relação á garotas. Ainda bem que elas nunca se interessavam por mim. Assim eu viveria com o coração inteiro.

POV. Strangers In Paradise.

– O show dela será em dezembro, antes do Natal.

– Nós podíamos mandar eles pra lá. Passar o ano novo, e o início de Janeiro lá. Ficariam quase um mês fora.

– Tem certeza, Poseidon? - perguntou Zeus, pela primeira vez, temeroso.

– Eu tenho. Não vou deixar nada acontecer com meu filho.

– Você sabe que vai ter que levar a garota, não sabe? - Poseidon suspirou com a afirmativa de Zeus.

– Ela e Nico estão treinando. Dois seguranças perfeitos.

– Poseidon, esse plano tem que funcionar. Estamos em novembro e...

– Não, não posso tirar os dois agora. No início de dezembro que os patrocinadores irão vir para vê-los individualmente, e então, juntos na floresta. As câmeras foram trocadas. Não posso afastá-los agora. - ele suspirou. - Ficarei atento se tiver algum patrocinador diferente. - disse, olhando para a cidade, em quilômetros e quilômetros de distância. - Eles participaram, mas falarei com cada um deles. Eles tem que concordar que é para a segurança deles.

– Você sabe, irmão, que seu filho dará tudo de si. - Zeus disse, entrando no aeroporto. - Ele quer sair de suas garras.

– Ele não vai, por enquanto. Vou levá-lo para conversar com Sally. Ela sente falta dele, e aposto minha vida que ela o fará entender.

– Você foi um pai ausente. Ele confia mais na mãe do que em você.

– Eu sei. - Poseidon se limitou a concordar. O sentimento de raiva crescendo em seu peito. Não foi por sua culpa que ele se afastou. Ele queria ter visto seu filho crescer. - Nôs falamos, Zeus.

– Tome cuidado, irmão.

– Você também.

Poseidon suspirou. Percy teria que entender. Ele tem que entender.

[...]

– Parece que está tudo bem, Annabeth. - ela ficou aliviada em voltar a ter em seu corpo. Ficar de sutiã, por mais que estivesse de costas para Nico, era desagradável.

O garoto ainda conseguia ver a mancha vermelha arroxada nas costelas esquerdas da garota. Mas Apollo disse que isso iria sumir com o tempo. Ela sentia só um pouco de dor, mas ele tinha receitado um remédio para ela tomar por causa do músculo machucado. Mas a maior parte da cor era por causa da pele, na hora da pancada. Mas a parte marota de Nico não deixou de perceber no corpo de Annabeth. Ele riu consigo mesmo por dentro.

– Sua recuperação está acelerada, o quê é bom. - ele disse, preenchendo um papel com a foto de 3x4 de Annabeth. A ficha médica. Ele se levantou e sorriu para nós. - A partir de amanhã, já pode voltar a treinar coisas leves, leves, okay? Não quero te ver tão cedo aqui, Annabeth. Volte domingo para eu dar mais uma checada.

– Certo. - A garota colocou o moletom e se levantou da maca, ajeitando-o. - An, Apollo?

– Sim? - ele estava guardando a ficha médica no armário de metal.

Nico viu Annabeth ficar receosa.

– Como está Angélica?

Apollo demorou meio minuto para responder. Levemente tenso. Nico soube do acontecimento do bebê. Mas porque Annabeth queria saber?

– Ela está se recuperando. Nenhum infeliz acontecimento ocorreu mais. - ele sorriu cansado e Nico percebeu as rugas de preocupação surgirem.

Annabeth pareceu melhor.

– Obrigada... Mande um abraço para ela, por favor. - ela pediu sorrindo de lado. Ela era diferente enquanto sorria, Nico percebeu. Quando séria, ela era capaz de te matar com o olhar. Agora, era um olhar novo. Nico quase perdeu o ritmo da respiração de confusão com a garota.

– Sim, será dado.

Eles saíram. E Apollo fechou a enfermaria, cansado, e querendo voltar para casa, para Angélica.

No almoço, Annabeht foi se sentar com Piper, Thalia e Thomas. Alec estava do outro lado do refeitório, falando com uma garota ruiva. Bonita, Annabeth pensou. Mas o pensamento se afastou quando focalizou o ruivo. Era diferente do cabelo de Rachel, mas lembrava. Thalia não tinha visto. Estava ocupada brincando com as batatinhas smile do prato do namorado. Nico se sentou do lado de Piper, e deu um beijo no topo da cabeça dela para roubar uma batata. Ele riu enquanto comia e ela reclamava, apesar de estar sorrindo.

Annabeth se sentiu estranha naquele lugar. Os quatro estavam felizes. Ela mexeu em sua sopa sem vontade. Mal a comeu. Ela se limitou a sorrir com as brincadeiras de Thomas e Thalia, das quais a punk se rachava de rir. Annabeth se sentiu feliz. Mas se sentiu vazia. Ela tentou esquecer esse sentimento. Mas não foi possível. Percy observava tudo discretamente.

O resto da manhã foi calmo. Acompanhando as aulas, Nico e Annabeth conversaram sobre o treinamento, as combinações de horários. Ele falou que Poseidon tinha aprovado que mesmo depois da hora de recolher, os dois poderiam treinar, já que a sala de armas seria o único lugar que estariam á sós. Essa notícia não agradou Annabeth. Apesar de Nico parecer bem seguro quanto o treinamento, ele estava receoso. Assim como ela. Ambos só tinham treinado sozinhos. E fazia certo tempo que ele não lutava o seu melhor.

– Aquele dia, que eu lutei contra você enquanto você limpava a sala, foi o seu melhor? - ele perguntou sussurrando em seu ouvido, e Annabeth se arrepiou profundamente com o hálito levemente quente com cheiro de menta dele chegando ao seu pescoço desprotegido.

– Não. Apesar de eu ter usado o momento para usar alguns dos meus melhores golpes. Desde a morta daquela garota na Deadly, eu não treino como costumava.

Nico assentiu. Ele gostou de fazer a loira se arrepiar. Causou um ciume violento em Percy, que assistia. Ele tinha trocado de lugar com Grover, que agora, dormia com a cabeça no livro de Inglês e no caderno. Ele não roncava, mas suspirava durante o sono. Percy se remoía por dentro. Nico adorou isso. Ele roía a unha do polegar com raiva, mas discretamente.

Se controla, Jackson.


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Notas finais do capítulo

* - Gente, essa prova, é para todos os alunos de todas as academias. Alunos até a idade de 19 anos, dentre 16 e 19, são obrigados a fazer essa prova, pra ver se são aceitos em alguma faculdade ou curso além da academia. EU INVENTEI ISSO. FAZ SENTIDO? ATÉ FAZ MAS EU QUE INVENTEI. Lembra da Reyna? Ela tentou Direito. Foi recusada. Ela tinha tentado antes, ela e o Jason, porque são supervisores, e no momento da prova, eles estavam cuidado dos alunos.

* ASSIM NEGADA, são quatro fileiras. 1 2 3 4. Em cada fileira, tem em média, 12 mesas. Ou seja, Percy tá no meio. A primeira fileira, a ultima carteira tá vaiza. a segunda fileira tá perci, a terceira n tem ninguém e a quarta tem só uma guria. BLZ?

Enfim Ruffles, postei esse cap para dar uma aliviada, no próximo eu vou postar sobre o DESAFIO DA FLORESTA. HAHAHAHHAHAHAHH Sérião, esse próximo cap vai estar top de balada. VAI TER PERCABETH. VAI SIM
EU AMO VOCÊS
VAI SIM
PERCABETH
YES BABY



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