Freddie

Sam, Sam... Ela tirou o casaco e por um momento me desconcentrei. UAU!!! Foco Freddie, é a velha briguenta e rabugenta Samantha Puckett.

Me aproximei o suficiente para ficar cara a cara com a minha inimiga. Os olhos dela sempre me deixavam desconcertado... Esse azul como o céu no dia mais ensolarado me hipnotiza.

- Pronta Sam? – Perguntei bem de perto. E agora se não me engano ela vai usar o “elemento surpresa” contra mim.

- Quem sabe Benson. – Dito isto ela fez o previsível, quis e acertar com um soco de direita. Torci seu braço para trás do corpo dela e a ouvi arfar de surpresa e dor. Mas eu não queria machucar... Muito.

- Surpresa Sam? Andei treinando... Já você se acomodou não? – Ela ficou furiosa comigo, tentou chutar pra trás mas eu imobilizei sua perna e ela curvou pra frente. Fiquei quase em cima dela.

- Sai daí idiota. – Ela gritou, e eu gargalhei.

- Que foi Puckett? Não consegue sair do meu abraço de aço, ou tá gostando? – Ela rosnou em puro ódio e eu ri mais alto. De repente ela fez algo que eu não esperava, tentou se soltar. Eu ouvi um CRECK, ela uivou de dor e eu a soltei pois não queria machucá-la tanto.

- Sam, eu te machuquei? – Perguntei assustado.

- Velhos hábitos como o seu cavalheirismo idiota não morrem Benson. – E então ela me acertou no lugar mais doloroso. O coitadinho nunca havia feito mal algum àquela loira maluca!

- Sam, isso é jogo sujo. – Gemi.

- Esse é o jogo da Sam Puckett, Fredorento! – Ela riu se achando vitoriosa, mas eu me recuperei mais rápido do que ela esperava. Passei uma rasteira com chave de perna e ela caiu de costas no chão. Subi em cima dela e a imobilizei.

- Sou mais forte, mais pesado e mais rápido agora Puckett. – Ela se debatia, em vão.

- Diz pra mim quem ganhou, Sam? – Ela me olhava furiosa e insistia em não falar – Sam? Acho bom responder ou você realmente vai se machucar. – ameacei falsamente mas com convicção e cara de poucos amigos. Foi a primeira vez que vi um pouco de medo na Sam e eu saboreei isso. – Então?

- Você ganhou Benson, tá feliz? – Não claro que não... Torturar um pouquinho não arranca pedaço.

- Agora eu quero a recompensa. – A puxei para cima e para o meu colo com tanta rapidez que ela se assustou.

- Me põe no chão, maluco! – Ela protestou. Mas quando a prendi contra a parede ela ficou calada e ansiosa.

- Com medo, Sam? – Perguntei sedutoramente em seu ouvido e a vi se arrepiar. É, é isso aí.

- Não tenho medo de você. – Ela quis parecer durona mas a voz dela tremeu no final da frase. Ri mais ainda. Levei uma mão à cintura fina dela, e a outra para seu cabelo. O puxei para trás, revelando aquele pescoço branquinho e lindo. Beijei sua jugular e ela me prendeu com as pernas. A deixei com uma marca roxa no pescoço. Você é minha Samantha... Ri quando a vi reclamar por ter me afastado. Então a coloquei no chão.

- Agora pensa duas vezes antes de tentar me bater, Sam. – E saí de lá. Se ficasse ia terminar o que tinha começado e ainda não era hora pra isso. A ouvi dizer:

- Vai sonhando Freddie.

POVG

Após a aposta vencida por Freddie a semana transcorreu com normalidade em vista de um casamento. Sam pagou todos os lanches de Freddie no Vitamina da Hora resmungando, mas não na frente do rapaz ou o prazo se prolongaria.

Carly estava em completo frangalho de nervos.

- Eu ainda não marquei o dia da decoradora ver o salão, não escolhi as flores, meu vestido tá atrasado, tenho trocentos doces e bolos pra provar e escolher os da festa, e nem marquei o jantar de recepção. – Ela falava andando de cá pra lá sem parar. Sam já estava tonta.

- CARLY, QUER SE ACALMAR? – gritou Sam. Carly fez cara de choro e Sam se arrependeu. – Desculpa Carly... Olha, vamos dividir. Eu fico com a parte da comida e o jantar de recepção. Isso ajuda? – Carly afirmou dando um sorriso de rasgar o rosto que fez a loira rir e revirar os olhos.

- Te amo minha amiga e madrinha favorita! – Sam sorriu. – Ah, você e Freddie precisam provar as roupas. Marquei pra terça, tudo bem? – Ela não estava olhando pra Sam, que ficou carrancuda. Não tinha esquecido o chupão que Freddie havia lhe dado. E planejava vingança.

- Carly, terça eu vou falar com a Pam, lembra?

- Ah, fala com ela outro dia. É importante Sam, por favor... Por mim? – Carly olhou pidona e Sam acenou vencida ganhando um sorriso da amiga.

Sexta, sábado, domingo e segunda foram dias lotados de shopping, panos, flores, doces e bolos... Dias que foram sonho pra Carly e pesadelo pra Sam.