Amando Gina Weasley escrita por Iadala


Capítulo 23
Capítulo 23 - Ciúmes ou desconfiança?


Notas iniciais do capítulo

Por favor, leiam as notas finais.

Obrigada.

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POV – GINA



Senti o vapor quente do café em meu rosto assim que levei a xícara em minha boca. Não havia nada melhor do que começar uma bela manhã de folga na segunda-feira do que reavivando a energia com uma caneca de qualquer bebida quente. Eu nunca gostei muito de café, mas naquele dia tudo estava sendo Bem-Vindo.




A vitória das Harpias de Holyhead foi o maior presente que eu poderia receber, principalmente ao levar em conta que elas não teriam vencido de 500 x 350 se eu não localizasse o pomo antes de Joe Conrado. Eu parecia uma metida me glorificando por causa disso, mas foi a minha maior conquista, tanto pessoal como no resto.



Eu estava sentada em uma das cadeiras da mesa, sozinha e dando um sorriso bobo, para mim mesma. Harry ainda dormia. Devia estar esgotado. Eu provavelmente deveria estar descansando, mas a ansiedade não me deixou. Eu precisava levantar da cama e começar o dia, sempre sorrindo e com uma música festiva na cabeça.



Dei um último gole na bebida e levantei-me para lavá-la. Nem me preocupei que minha varinha estava no quarto para adiantar o serviço e fiz tudo com a mão mesmo, aproveitando até mesmo para os pratos que usamos ontem de café da manhã e jantar.



Quando terminei, ouvi a porta do quarto se abrindo e virei meu pescoço rapidamente para a origem do som. Harry saiu de lá. Ele ainda estava com cara de sono, vestia somente uma cueca box e os cabelos estavam bagunçados. Mal sabia o moreno que a forma que estava me fazia despertar calafrios... Afinal, ele estava incrivelmente sexy, e eu teria que me segurar para não voltarmos ao que estávamos fazendo ontem depois do jogo.



Esperei que ele se aproximasse. Quando me viu, esboçou um sorriso largo e andou mais rápido à minha direção, logo prendendo seus braços em minha cintura e mordendo o lóbulo da minha orelha.



– Bom dia. – ele tinha a voz calma.



– Bom dia. – virei-me para ele, colocando as mãos nos seu rosto e beijando os lábios finos.



– Acordou mais bonita hoje... – ele disse.



– Você acordou mais gostoso. – passei a mão pela barriga dele até chegar ao pescoço – se é que é possível...



Ele me beijou novamente.



– Hoje é que dia da semana?


– Segunda-feira. – respondi.


– Eu perdi o horário? – seus olhos arregalaram, mas ele parecia tranquilo demais para aquela situação – ah, isso não importa. Invento qualquer desculpa no trabalho pela minha falta.



– E qual será ela?



– Minha noiva me fez de escravo sexual dela na última noite. – rimos. Bati na testa dele, balançando a cabeça para os lados – Boa desculpa?



– Uau, o seu chefe com certeza aceitará essa – ri.



– De qualquer forma, eu realmente preciso ir. Fiquei de entregar uns relatórios e não posso atrasar com eles. – falou – Mas é provável que o meu chefe me libere hoje. Não há mais nada o que eu tenha que fazer.



– Entendo...



– Sendo assim, você vai comigo. – sorriu.



– Esse é um convite tentador. Acompanhar você em seu local de trabalho e me certificar que nenhuma galinha dá em cima de você. Perfeito. – sorri em resposta.



Ele me puxou para perto dele, repetimos os beijos e então fomos nos arrumar para que Harry pudesse entregar o relatório.




***





– Pode esperar na minha sala? – ele me deu um selinho quando estávamos na entrada do Quartel-General dos Aurores. Era estranho que o lugar recebesse esse nome já que eram somente um monte de escritórios que ocupavam um corredor inteiro e mais um pouco – Rony e uma garota estão lá trabalhando. Terá companhia. É a terceira sala à direita – ela indicou com a mão e então foi até a de seu chefe.




Andei até onde ele me indicou e bati na porta, que estava aberta. Uma garota com os cabelos castanho-avermelhados olhou para mim de sua mesa, franzindo a testa, possivelmente analisando se me reconhecia. Meu irmão virou o corpo inteiro, quando me viu levantou-se e veio ao meu encontro. Abraçamos-nos.



– Que recepção calorosa, Rony. – sorri – Pelo visto, meu irmão resolveu ficar carinhoso de uma hora para outra?



– Tenho que cumprimentar minha irmã mais nova do jeito que ela merece, afinal foi você quem ganhou para as Harpias de Holyhead. – ele beijou minha cabeça.



– Nunca pensei que sentiria tanto orgulho de mim. – ele riu.



– Veio aqui com Harry? – perguntou.



– Sim. Ele veio entregar um relatório para o chefe de vocês, mas já estamos voltando para casa. – respondi, sentando-me na cadeira vazia do escritório, que sem dúvidas era a do meu noivo.



– E aposto que ele dará uma maneira de matar o serviço hoje. – riu – Desculpa por ter adoecido, ou o quê?



– Você voaria no pescoço dele se eu te contasse o que ele tinha em mente como desculpa. – ri, ele forçou uma risada – Muito que fazer hoje?



– Nada... Sem relatórios ou alertas. Eu poderia ir para casa agora mesmo se não recebesse por hora. – bufou.



Ri dele. A mulher que dividia o local com eles estava escrevendo uma coisa qualquer. Parecia irritada e não tinha me dado muita ideia. Rony parecia a ignorar, ou a presença da mesma não fazia diferença alguma.



Harry colocou a cabeça dentro da sala. Sorri para ele.



– Vamos? – perguntou – Rony. Penélope. – ele acenou para a mulher da mesa. Ela sorriu em resposta.



– Vamos. – fui até ele – Até mais, Ron!



– Até! – exclamou.




***





– Nada pessoal – eu disse enquanto caminhávamos por Londres após apartarmos em um beco perto de casa – mas aquela Penélope me soa tão estranha. Ela sequer disse “oi” para mim.




– A Penélope? Mas ela é tão sociável. – ele riu.



– Isso soa estranho. Rony sequer se importou se ela estava isolada ou não.



– Rony não gosta dela. Mas ela nunca demonstrou ter algo contra ele.



– Isso é tão esquisito. – eu disse.



– Ela deve estar passando por algum problema. Sei lá. – ele disse. Não parecia se importar muito com ela. Talvez a considerasse somente uma colega de trabalho, que está lá para exercer a mesma função que ele e nada mais. Sabe que eu achava melhor dessa maneira?



– Não sei se te contaram, mas Jorge está namorando... – eu disse.


– Quem? – perguntou.


– Angelina Johnson. – respondi.



– A ex-namorada de Fred? – arqueou uma sobrancelha.



– Eu sei que parece um tipo de traição daquelas vistas do ponto de todos, mas temos que aceitar que a vida continua. Os dois foram os últimos a aceitarem que Fred foi dessa para melhor e agora estão construindo suas vidas novamente, e juntos. – disse – Parece que ele deixou uma contribuição na vida dos dois com isso. Meus pais falaram que nunca vira meu irmão tão feliz, e além de o, mas, ela é a primeira namorada dele.



– Se eles estão bem...



–... Então está tranquilo – completei.



– Mas que goleiro ruim o do seu time, viu?



– Douglas não é um goleiro ruim. Ele apenas estava muito nervoso, e...



– Ele estava prestando atenção mais no pomo do que no gol. Parecia querer procurar para você e facilitar a sua vida.


– Não é verdade... – eu disse – se ele fez isso, foi apenas para me beneficiar.


– Ele é afim de você – senti o tom da voz de Harry pesar.



– Não é. – neguei – Ele disse que gosta de uma menina que nem dá bola pra ele e...



– Você não dá bola pra ele, ou seja, a garota poderia muito bem ser você. – concluiu.




POV – HARRY





A única coisa que eu tinha certeza era que se esse Douglas esbarrasse em mim, ele iria receber tantos imperius que eu entraria para um livro de recordes de maior quantidade de maldições imperdoáveis exercidas.




Eu, que nunca fui um namorado ciumento com Gina, estava querendo acabar com a raça daquele moleque por ele simplesmente parar de se importar com o gol e voltar sua atenção para encontrar o pomo. Mas o que ele pensa? Que ninguém ia reparar isso. Acho que até Hermione viu, porque comentou com Rony que ele devia ser apanhador invés de goleiro. Olhava para todos os cantos e então mudava seu olhar para onde Gina estava – parecendo um idiota ao ver os cabelos ruivos dela balançarem pelo ar.



De qualquer maneira, não iria perder minha cabeça com aquilo. Ele parecia ser um retardado, ao ponto de nunca tentar algo com Gina. E eu sabia muito bem que ela não era tonta e que perceberia algo mais rápido do que ele poderia arranjar coragem para admitir que sentisse algo por ela.



Nós chegamos ao prédio, cumprimentei o porteiro com um aceno e Gina sorriu. Estávamos de mãos dadas, rindo de uma história que ela tinha contado sobre uma das amigas dela. Sempre achei interessante em como ela era sociável e espontânea, conseguia fazer amizades facilmente. Em poucos meses já havia se tornado cúmplice daquelas garotas que eram, pelo menos, dois anos mais velhas que ela. Umas das qualidades que me faziam sorrir ao lembrar de Gina e que a faziam única.



– Sabe de uma coisa interessante? – ela perguntou assim que entramos no apartamento – De todas as namoradas que meus irmãos já tiveram, mamãe só não foi muito aberta com Angelina porque ela é mais na dela. Mamãe não gosta de pessoas muito reservadas. Até mesmo com Fleur ela foi mais espontânea, só que agora bem mais. Ainda não acredito que a tratávamos com tanta indiferença. Minha cara foi ao chão quando ela provou ser o contrário de tudo o que pensávamos.



– Pelo o que eu me lembro, Angelina era de falar sim.



– Mas parece que ela mudou um pouco. Ou apenas ficou envergonhada na frente dos sogros. Qualquer uma dessas opções. – deu de ombros.



– Pode ser. – concordei.



– Ai, caramba! – ela levou a mão direita à testa – Quase me esqueci... Audrey nos chamou para o messário de 6 meses de Lucy. Será no dia 2 de Janeiro. Cai num sábado. Ela está crescendo tanto e faltam apenas dois meses para que a festinha aconteça. E de pensar que Vic está para fazer dois anos? Oh meu Merlin... Eu a carreguei com poucos dias... Tão grande! – suspirou – Devo estar falando muito.




– Eu gosto quando você fala muito, significa que está feliz. – falei.




– Não existe motivo para que eu não esteja. – ele me beijou na bochecha – certo?



– Exato. – beijei seus lábios.




POV – GINA





Devo admitir que aquela rapariga lá no Ministério me causou nervos. Ela ficou toda alegre quando Harry apareceu lá, até levantou a cabeça e deu um sorriso... Quem ela pensava que enganava? Estava na cara que era só um passo para ela empinar a bunda para o meu noivo.




Eu não iria me estressar com isso. DE FORMA ALGUMA! Mas até parece que eu estava brava com isso? Ah, por favor. Eu? BRAVA COM UMA COISA DESSAS? Imagine... Até porque eu nem desconfio que ela pule no pescoço dele igual àquela imbecil da nossa antiga professora de DCAT – Ridícula e insistente Laryssa Bowen. De qualquer maneira, não havia nada para me preocupar, porque se aquela... Penélope (quase fazendo vômito apenas de pensar naquele nome) pensasse em voar no pescoço do MEU HARRY, ela iria sofrer as consequências de um crucio! Eu não sou nada ciumenta, não é mesmo?



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Notas finais do capítulo

1- Talvez alguns não tenham ficado satisfeitos do porque o capítulo terminar dessa forma, mas eu não vou prolongar muito esse porque, pelo visto, poucas pessoas leram o último e estou com várias coisas para fazer.

2- Eu não atrasei a postar o último capítulo porque eu tenho um prazo de uma semana até que a estória deixe de estar atualizada. Tinha apenas 5 dias.

3- Não vou cobrar reviews e nem nada, mas é bom saber que existem pessoas que leem e que te incentivam a continuar a escrever sem parar por puro prazer pela arte da redação.

4- Obrigada se você leu até aqui. Beijocas!

5- http://ask.fm/Heyjuliachan