No dia seguinte, Paulina e Carlos Daniel ainda estão no quarto matando as saudades do tempo em que ficaram longe, quando chega uma carta destinada a Carlos Daniel.

— Senhora, - Lalinha diz entrando no quarto de Piedade – chegou outra carta para Carlos Daniel.

Piedade olha para a carta na mão de Lalinha.

— Não diz de quem é Lalinha?

— Não senhora, - ela responde séria – acho que são da mesma pessoa das ameaças, já que Carlos Daniel e Paulina estão juntos novamente.

— E cadê Carlos Daniel e Paulina? – Piedade pergunta confusa.

— Ainda não saíram do quarto vovó. – Lalinha diz sorrindo.

— Deixe essa carta comigo Lalinha, não vou perturbar os dois com isso agora. – vovó diz e Lalinha lhe entrega a carta – Mais tarde eu entrego para os dois.

—

No quarto Carlos Daniel e Paulina estão envolvidos em beijos e caricias, o tempo em que estiveram longe de alguma forma contribuiu para que o amor dos dois crescesse mais, se tornasse mais forte.

Os dois se arrumam e quando chegam na sala Lalinha lhes avisa.

— A dona Piedade esta esperando vocês dois na biblioteca.

Carlos Daniel e Paulina se olham confusos e vão ate a biblioteca.

— Quer falar com a gente vovó? – Carlos Daniel diz beijando o rosto da avó.

— Quero sim meu neto, com você e Paulina. – ela diz olhando para Paulina.

— Mas do que se trata vovó? – Paulina pergunta sem entender – É algum problema com a fabrica?

— Não minha filha, é outra coisa. – vovó Piedade diz e se senta pegando a carta e entregando para Carlos Daniel – Chegou outra carta Carlos Daniel.

Carlos Daniel pega a carta com medo do que poderá encontrar.

— É igual às outras. – ele diz sério olhando para Paulina.

— Abra Carlos Daniel. – Paulina fala impaciente.

Carlos Daniel abre o envelope com cuidado, suas mãos estavam tremulas, tinha medo do que poderia ter naquela carta.

— E então meu amor? – Paulina pergunta ansiosa – O que esta escrito?

— Fala logo Carlos Daniel. – vovó Piedade diz nervosa.

Carlos Daniel olha para Paulina e a puxa para seu corpo mostrando o conteúdo do envelope, era uma foto deles saindo do hotel e uma carta com a palavra “MORTE” escrita com letras bem grande.

Vovó Piedade observa os dois se olhando sem reação, ela se levanta e vai ate eles pegando a carta da mão de Carlos Daniel.

— Mas quem será o cretino que esta fazendo essa brincadeira de mau gosto? – ela fala com raiva.

Paulina fica pálida e sente uma tontura, ela coloca a mão na cabeça.

— O que esta sentindo meu amor? – Carlos Daniel pergunta preocupado enquanto ajuda a esposa a se sentar.

— Eu só fiquei tonta Carlos Daniel, - ela diz e o olha – me assustei com essa palavra.

— Eu também minha vida, - ele diz se ajoelhando na frente de Paulina e pegando suas mãos – mas nós vamos pegar essa pessoa que esta fazendo isso, não vou deixar acontecer nada com você, onde você estiver eu estarei, não te deixarei sozinha nenhum minuto.

— Acho que você deve ir a policia Carlos Daniel, - vovó Piedade diz olhando para os netos – isso não pode continuar assim, vocês dois já se separaram por causa dessas malditas cartas, e agora chega mais essa com uma foto de vocês dois e com essa palavra desagradável.

— Tem razão vovó Piedade, depois do almoço vou ir à delegacia, - ele diz e passa a mão pelo rosto de Paulina – e você vai comigo.

— Mas Carlos Daniel, aqui a Paulina esta bem protegida, - vovó diz – não precisa leva-la para todos os lugares que for.

— Não vou conseguir ficar longe de Paulina sem saber o que esta acontecendo vovó.

— Eu vou com ele vovó, - Paulina diz olhando a velhinha – assim eu não o deixo fazer nenhuma besteira.

— Nisso você esta certa minha filha, - vovó diz e sorri – mas agora vão tomar o café de vocês que você esta muito magra e pálida, precisa comer.

— É verdade minha vida, - Carlos Daniel diz e a beija – primeiro vamos cuidar de sua saúde, não se preocupe com essas ameaças que não vou deixar lhe acontecer nada.

Paulina sorri e o beija também, vovó olha para os dois sorrindo.

— Mas vão logo que Carlinhos e Lizete devem estar tomando café agora também, vocês foram dormir muito tarde ontem.

— Foi mesmo vovó, - Paulina diz se levantando com a ajuda de Carlos Daniel – eles demoraram para dormir, nunca os vi tão agitados.

— Mas também ficaram quase um mês sem te ver Paulina, - vovó diz enquanto vão em direção a cozinha – não tinha um dia que não perguntavam quando a mãe e os irmãos iriam voltar.

Patrícia chega com Valentina e Joaquim, eles e Gabo estavam do mesmo tamanho, Paulina e Carlos Daniel estavam sentados no jardim.

— Paulina. – ela diz abraçando a amiga.

— Patrícia! – Paulina diz contente – Eu estava com tanta saudade de você.

— Eu também Paulina, eu queria ir te visitar mas Carlos Daniel...

— Eu sei Patrícia, Carlos Daniel me contou. – Paulina diz e olha para Valentina e Joaquim sorrindo – E vocês dois como estão grandes, vem aqui com a titia.

Paulina diz pegando os dois e beijando o rosto de cada um, Carlos Daniel pega Joaquim dos braços de Paulina e cumprimenta Patrícia.

— Mas e Paulinha e Gabriel, onde estão? – Patrícia pergunta sorrindo.

— Ainda estão dormindo, - Paulina responde – parece que sentiram falta de dormir na cama deles.

— Que bom que se acertaram Paulina, Carlos Daniel iria ficar louco sem você.

Carlos Daniel sorri e beija o rosto de Paulina.

Na hora do almoço Rodrigo chega e fica muito feliz ao ver Paulina e os sobrinhos, eles conversam muito. Rodrigo diz que a fabrica vai muito bem, e que eles não precisam se preocupar com ela, podendo assim resolverem a questão das ameaças.

Depois do almoço Carlos Daniel e Paulina vão ate a delegacia e fazem a denuncia, quando estão saindo da mesma encontram com Edmundo.

— Paulina. – Edmundo diz a cumprimentando.

Paulina o olha envergonhada, seu rosto fica vermelho, Carlos Daniel a abraça e olha com ódio para Edmundo que ainda estava com a boca roxa pelo soco que ele lhe deu.

— Edmundo... – Paulina diz gaguejando.

— Como você esta? Fiquei muito preocupado com você.

— Eu estou... – Paulina começa a dizer mas Carlos Daniel a interrompe.

— Não é da sua conta saber como Paulina esta. – Carlos Daniel diz nervoso – Ela é minha esposa.

— Por favor Carlos Daniel, não crie confusão aqui. – Paulina diz o olhando, seu rosto esta corado.

— Claro que não minha vida, - ele diz notando o nervosismo na voz de Paulina e a beija – vamos voltar pra casa.

— Eu estou bem Edmundo, - Paulina diz e olha o advogado muito envergonhada – me desculpe pelo o que aconteceu.

Carlos Daniel aperta mais Paulina no seu abraço.

— Não precisa se desculpar Paulina, você não estava em condições de pensar direito, eu só fiquei preocupado.

— Eu estou mesmo bem Edmundo, foi tudo um mal entendido. – Paulina diz e olha para Carlos Daniel – Vamos meu amor?

— Vamos Paulina. – ele diz olhando para Edmundo com ódio.

— É... tchau Edmundo. – Paulina diz sem jeito.

— Tchau Paulina. – ele diz e os olha ir em direção ao carro.

Carlos Daniel abre a porta do carro para Paulina, mas antes que ela entre, ele a agarra e a beija, com paixão, amor e exibicionismo, foi um beijo demorado deixando-os sem ar. Quando se afastam e Paulina entra no carro ele olha para Edmundo com um sorriso no canto da boca.

— O que foi aquele beijo Carlos Daniel? – Paulina pergunta quando o carro já esta em movimento.

Carlos Daniel a olha e sorri com malicia.

— Apenas mostrando para aquele advogado que você é minha, e que nos amamos muito. – ele diz sorrindo tirando uma mão do volante e pegando a de Paulina – Estava acabando com as esperanças dele, se é que ele ainda tenha alguma.