Vírus – Arco 6

Capítulo 41 : A Ascensão do Vírus

No arco anterior de vírus .. : O Grupo de Henry enfrenta grandes problemas, a base de Adriana fora destruída por completo, a luta pela sobrevivência agora fica cada vez mais difícil, cinco meses se passam e eles se encontram na Carolina do Sul, em Greenville . Lá eles se abrigam em uma escola, na qual parecia segura quando na verdade o perigo estava entre eles , Arnold matou Donna e a escola foi palco de uma verdadeira chacina, onde metade do grupo foi dizimado .

‘’ Depois de um tempo, senti uma forte dor de cabeça, tudo ao meu redor estava girando feito um carrossel, sentia meu suor respingar em minha roupa, minha visão ficou embaçada. Cambaleei um pouco e cai no chão, estava olhando para cima, vi a imagem de Hector, Lancey e Adriana, e lentamente, fechei meus olhos, tudo havia se tornado preto e obscuro ‘’

Pov. Henry

Depois desse acontecimento, senti que minha vida se foi, eu estava consciente, porém não enxergava nada, muito menos escutava . Estava tudo escuro e obscuro, parecia que tinha caído em um buraco bem fundo e tudo que existia ao meu redor era a escuridão . Sinto minha pálpebra arder, abro meus olhos lentamente, mas fecho-os novamente, a luz me incomodou bastante, abro eles novamente, vejo uma moça bastante bonita , olhando para mim, aparentava estar surpresa, minha audição retorna ao poucos e ouço a mesma mulher dizer :

- Jessie .. Jessie ! Ele acordou .

Outra mulher chega, ela também aparenta estar surpresa, mas ela era muito mais bonita, que a outra, olho ao meu redor, vejo inúmeras prateleiras com várias caixas, e outras pessoas em macas, abaixo minha cabeça, e percebo que também estava em uma maca .

- Henry, você esta se sentindo bem ? – Diz a mulher, percebo que ambas estão trajando um grande jaleco branco, pode percebe-las melhor .

- Sim .. só um pouco zonzo . – Respondo lentamente .

- Então espere um pouco .. Luiza, fica de olho nele, vou falar com o Weaver . – Disse a mulher, dizendo a última frase em sussurro . Ela sai do recinto . Depois de tanto aguardar, es que entra pela porta, aquela mulher novamente acompanhada por um homem, alto e forte, com um chapéu verde, calçando uma bota, aparentava ter uns 48 anos, se não mais .

- Então você acordou ... – Disse ele aproximando-se

- O que aconteceu ? Onde esta meu filho e as outras .. ?

- Calma .. você tem que relaxa, esta tudo bem, vá se vestir, tomar um banho, depois venha conversar comigo que lhe explico tudo ok ? – Responde ele bem calmo e tranquilo .

Depois de um tempo, me levanto, consigo ver perfeitamente o lugar ao meu redor, era grande e amplo, com macas e pessoas sendo tratadas, tinha médicos para todos os lados, observo que as duas mulheres que vi quando despertei, tratavam dos feridos . Me retiro do local, a claridade ainda incomoda meus olhos, mas rapidamente, consegui enxergar aquele imenso local .. era mais que um lugar amplo, nunca vi tanto espaço desde que tudo isso começou, muito mais do que já tivemos . Pessoas andando por todos os lados, pareciam alegres e tranquilas, tinha gente sentada em bancos de concreto, crianças brincando com bolas, parecia que todo aquele senário de mortes e destruição se esvaiu . Andejo calmamente, observando as coisas ao meu redor, eu não entendia nada, existiam algumas lojas, vejo que um mercado e possivelmente uma farmácia . Observo tudo ainda estranhado, até que sinto uma mão em meu ombro, me viro, e percebo que era o mesmo homem que falou comigo lá dentro .

- Então, provavelmente você deve estar estranhando tudo isso . – Disse Weaver, não respondo apenas retruco perguntando :

- Onde eu estou ?

- Em Charleston, na resistência . – Responde ele .

- Charleston .. ? Carolina do Sul ? – Questionou .

- Sim, bem perto de onde vocês estavam, em Greenville . - Diz ele, sendo interrompido por gritos que ecoavam em nossos ouvidos :

- Abram os portões !! Eles voltaram !

Weaver corre até o portão, o lugar era cercado por grandes muros com inúmeros guardas armados . Weaver junto a outras pessoas, abre os portões de madeira, abrindo a passagem de várias pessoas que adentram ao local em caminhonetes . Ouço uma voz familiar, fico pensando quem era aquela pessoa que diz :

- Tivemos sucesso pessoal ! – Era uma voz de um mulher, era bastante familiar para mim, tinha uma imponência bastante grande . Logo depois vejo uma jovem loira, correr e dizer :

- Hector !! – Ela da um abraço forte em Hector, sim, era o meu filho . Fiquei abismado em ver ele totalmente diferente, havia crescido, mas não fisicamente, vejo na minha frente um homem . Ele estava portando uma arma, vestindo roupas diferentes, me aproximo e ele percebe minha presença .

- Pai .. pai ? Você acordou !! – Gritou ele se retirando do abraço da jovem e vindo em minha direção, me dando um belo abraço, foi incrível, parecia que não o vi a anos, e sentir sua presença outra vez, foi importante para mim . Ainda abraçado a ele, dei um leve suspiro . Logo depois, da caminhonete, sai Adriana, ela também vem em minha direção, bastante abismada .

- Você é realmente durão, Henry ! – Grita ela .

Mais tarde, entramos em um local, não ao certo explicar o que era, mas era lá onde as pessoas dormiam, existia três andares, acredito que seja um prédio .

- Quando você desmaiou, ficamos sem reação, não sabíamos o que tinha acontecido . – Indagou Hector sendo completado por Adriana .

- E estávamos sendo cercados pelos errantes, até que Weaver chegou com o seu pessoal em uma van, até hoje devo minha vida a ele . – Diz a morena dando um beijo em Weaver .

- Desde então o senhor ficou desacordado, completou duas semanas hoje . – Disse Hector, dou um levo sorriso, ainda sem entender nada, até que chega ao local, um mulher, a mesma que vi quando acordei .

- Olá, que bom que você melhorou Henry . Hector, Adriana . Vocês vão vim ? – Pergunta ela .

-Claro .. – Responde ambos em uníssono

- Para onde vocês vão ? - Questiono .

- Para a esperança . – Responde Hector, faço um olhar de questionamento novamente, e ele completa :

- Pai .. a esperança é um local onde as pessoas é tratada e vacinada, nós apelidamos lá assim .

Saímos do recinto, e formos em direção a esperança, onde acordei, lá existia uma enorme fila de pessoas .

- O que é isso tudo ? – Pergunto .

- Essas pessoas vão receber a cura, sabe, o vírus evoluiu . As pessoas estavam morrendo sem nenhum motivo, sem mordida, ferimentos entre outras causas de morte . Elas simplesmente morriam porque o vírus cresceu, está mais potente e em contato com o ar . Foi isso que aconteceu com você . Mas nós conseguimos inventar a cura, mas não tão precisa, pelo menos ameniza o contato do vírus com a pessoa, e a cada duas semanas cada pessoa deve se vacinar novamente . – Responde a mulher, eu ainda não soube seu nome, mas vi um paciente lhe chamar de Jessie, ela era linda .

- E como você sabe exatamente que é duas semanas ? - Pergunto .

- Soubemos disso da pior maneira possível .. o médico que criou a cura, ele só pensava em produzir mais e mais, para que todos pudessem aproveitar ao máximo essa oportunidade única que tem em mãos . Mas ele deixou se levar, passaram-se duas semanas e ele não tomou a cura, acabou morrendo, e com isso, outras pessoas vieram a falecer, também em duas semanas . – Explicou ela, percebo que enquanto ela falava do médico, deu uma leve olhada para o Weaver, que demonstrou tristeza .

- Jessie !! Ele está se debatendo . – Gritou uma mulher, segurando uma homem que estava tendo convulsão .

- Calma Lizzie ! – Ela corre e nos deixa sozinho, não quis ver aquela cena angustiante, me retirei do local e apenas fiquei conversando com Hector, depois que ele se vacinou, logico . Fomos ao pátio e lá ficamos falando de tudo .

- Esse lugar .. nem acredito nisso .

- É pai .. essa é a verdadeira resistência . O centro de refugiados que o Oliver tanto falava, e tanto procurava, existem outros espalhados por ai, e vivemos nos comunicamos entre os líderes, o daqui é o Weaver, ele é legal . – Dou um sorriso de satisfação, tudo parecia ter se encaixado novamente .

- E a Lancey .. ela esta viva ? – Pergunto estranhando a ausência dela .

- Esta .. porém foi em uma missão de suprimentos .

- Fico aliviado com isso . Sabe filho, esse lugar foi tudo que sonhamos, queria que o Oliver estivesse aqui, não só ele, mas o Josh a Sally .. o Cooper sua mãe .. todas as pessoas que perdemos ! – Indago .

- É pai porém .. o vírus está mais poderoso e perigoso .. temos que ter cuidado redobrado e ... – Retruca ele sendo interrompido por uma voz feminina . Noto que é a mesma garota loirinha que o abraçou hoje mais cedo . Ele olha para mim, como se tivesse pedido permissão, sinalizo um sim com a cabeça e ele vai em direção a jovem . Mais a frente, percebo Jessie com os braços cruzados, vestindo uma calça jeans e uma camisa preta com um casaco azul por cima, olhando para o céu, me aproximo e digo :

- Olá .. doutora Jessie .. é Jessie certo ?

- Sim . – Ela responde sorrindo .

- Aconteceu algo ?

- Não, é só que os dias estão sendo puxados para mim, sabe ter cuidar de tantas pessoas, pelo menos estou deixando elas vivas . – Responde ela .

- Mas eu admiro muito quem cuida dos feridos, e age intensamente para mantê-los vivos com esse apocalipse . – Ela sorri novamente, fico encantado, um silencio surge perante a noite, o mesmo é quebrado pelas palavras da moça .

- Mande seu filho se afastar da minha Beth . – Responde ela sorrindo novamente, faço a mesma coisa .

- Relaxa, eles são jovens, o mundo pode ter acabado mas eles estão vivos e tem que aproveitar cada segundo de suas vidas . – Respondo sorrindo .

- Você tem razão .

Nos entreolhamos, ele sorri novamente e vai embora, andando vagarosamente, fico encantado com ela, olho novamente para tudo ao meu redor, parecia que tudo isso era um sonho, espero que esse lugar, seja o recomeço de nossas vidas ..

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