Living And Learning. escrita por Cahh


Capítulo 15
Sem sinal.


Notas iniciais do capítulo

Helooo! Eu sei que faz séculos que eu não posto. Mas não acho que eu tenha feito muita falta por aqui.Queria terminar tudo nesse capítulo pra me aprofundar mais na relação do Tony e da Pep, portanto esse capítulo vai ser mais ação.

Aproveitem a leitura.

P.s : Gostaram da nova capa?



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Sentado no banco de trás da ambulância Rhodes recebia os devidos cuidados dos enfermeiros. Algumas partes de sua pele estavam queimadas, tão bem como parte de seu rosto ensanguentado. O corpo de bombeiros ainda tentava conter o incêndio de minutos atrás, cercando o perímetro para que o fogo não se alastrasse pela vizinhança, enquanto a multidão curiosa buscava por notícias, ansiando saber o que estava acontecendo.

Os olhares curiosos voltaram-se para as viaturas da polícia que chegava ao local. As luzes chamativas e as sirenes logo atraíram a atenção de todos.

Enquanto aproveitava o ar proveniente da máscara de oxigênio que usava, Rhodes agradeceu mentalmente por ter conseguido se proteger a tempo. Se não tivesse buscado refúgio atrás de seu sofá antes que a bomba explodisse poderia ter virado pó junto com a maior parte de sua casa.Ele sabia muito bem o por quê de ter sido atacado, e só esperava que o invasor não soubesse que não havia atingido seu objetivo.A emergência deixou o local minutos depois levando Rhodes para o hospital mais próximo.

Após tratar alguns ferimentos mais graves ele se retirou a contra gosto do médico que insistia que ele passasse a noite no hospital. Ele precisava encontrar Tony antes que o mesmo partisse em missão. Amhurgh logo entraria em contato e conhecendo o amigo como conhecia sabia que ele estava prestes a fazer uma grande besteira.

Pegou um taxi dirigindo-se para a mansão ... o dia estava apenas começando.






















[...]












Mansão Stark.





– Jarvis que horas são? – Perguntou enquanto fazia os ajustes finais em sua armadura.


– 00: 27 A.m Srº - Disse Jarvis.


– Droga ! Por quê esses caras não entraram em contato ainda? – Perguntava impaciente.


– Srº creio que deva se acalmar. Nesse momento o ideal seria aproveitar o tempo que ainda tem Srº. Criar uma estratégia.


– Jarvis já lhe disse que a melhor estratégia é o ataque. Está tudo sobre controle. – Disse ríspido, subindo as escadas.


Tony se jogou exausto no imenso sofá de sua sala de estar.Tudo que havia feito desde que chegara do hospital foi trabalhar em seu traje.Fechou os olhos aproveitando o silêncio que predominava na mansão. Ouvia-se ao longe o barulho das ondas que se chocavam com violência contra as rochas, tornando o local como um todo mais calmo.

Sentia falta de Pepper, de vê-la sentada naquele exato lugar com seu notebook. Sentia falta do seu cheiro, sua presença ... tudo que queria era ela ali.

Queria que tudo aquilo não passasse de um sonho, uma ilusão, ao invés de uma simples e cruel piada do destino, que insistia em colocar-lhe em encruzilhadas. O céu azul, ainda escuro lá fora sequer conseguia descrever como seria aquela manhã, escondido atrás de nuvens cinzas e carregadas, trazia consigo um ar triste e sombrio.


Tony estava disposto a fazer qualquer coisa naquele momento. No fundo sabia que vingança não era a motivação certa, mas naquela ocasião parecia ter esquecido disso.A imagem de Pepper na cama de hospital, indefesa, imóvel, parecia não sair de sua mente, deixando-o atormentado, com um sentimento de culpa por não ter conseguido protegê-la.

Levantou-se do sofá dirigindo-se para o frigobar. Álcool àquela altura dos acontecimentos não era a melhor opção e certamente não era a resolução do problema mas mesmo assim Tony encheu um dos copos ingerindo o líquido quente logo após.

Enquanto sentava novamente em seu sofá, sentiu seu celular vibrando em seu bolso. Pegou-o em sua mão retirando o objeto da lateral de sua calça, constatando que o número era desconhecido. Estremeceu um pouco, hesitou mas atendeu o telefonema segundos depois.

Uma voz medonha começou a falar do outro lado da linha.


“ Um mês. Um mês Srº Stark. Espero que tenha pensado em minha proposta cuidadosamente. A vida de pessoas inocentes está em jogo hoje, e só depende de você o resultado dessa partida. Aguardarei ansiosamente sua chegada. Estarei esperando na cidade de Gulmira , ou melhor dizendo ... na descida para o inferno Você não terá dificuldades para nos achar ... Traga a armadura “


– Seu filho da ... - A ligação foi encerrado sem que Tony tivesse a chance de dizer uma palavra sequer. Não importava. Desceu rapidamente até a oficina a fim de vestir seu traje. Se você quer a armadura, é a armadura que você terá.


– Jarvis você checou os controles? – Perguntou subindo na plataforma onde vestia a sua armadura.


– Como sempre Srº. – Respondeu Jarvis.


– Ótimo. – Disse enquanto as peças da armadura eram rapidamente colocadas em seu corpo. – Vamos nessa.








Não muito longe dali, Rhodes se encontrava preso em um congestionamento. O motorista do táxi buzinava freneticamente e gritava para que os carros andassem mais rápido, sendo ignorado pelos outros condutores. Mais a frente policiais prendiam um suposto ladrão de joias, motivo pelo qual o trânsito estava parado. Deixando-os de lado Rhodes voltou sua atenção para o relógio em seu pulso. Já são 00: 42. Droga! , pensou olhando novamente para fora do carro.

Decidido, pagou o motorista a saiu do táxi tomando seu caminho a pé. A mansão não estava muito longe e ele sabia que naquela situação seus pés seriam o jeito mais rápido de chegar até lá.


Gulmira – Afeganistão.




Tony tentava ignorar o nervosismo que tomava conta de seu corpo. Quase meia hora depois de ter deixado a mansão chegava finalmente à cidade de Gulmira. O sol batia forte em sua armadura, que repelia cada pequeno raio de luz. À aproximadamente 40 km a noroeste de onde estava um sinalizador foi lançado, sem pensar duas vezes partiu em direção ao local.Nem imaginava o episódio lamentável que se seguiria.


O exato local de onde o sinalizador havia sido lançado ficava ao lado de um desfiladeiro, bandidos e terroristas da pior espécie seguravam violentamente suas vítimas.Um homem encapuzado erguia a mão lentamente, fazendo sinal para que ele aterrissasse. O sorriso em seus lábios era notável, o que deixou Tony claramente descontente.

Quando sua armadura chegou ao chão sentiu a adrenalina em seu sangue aumentar.Automaticamente o capacete da armadura se abriu, possibilitando-o olhar a todos ao seu redor.Não entregaria seu traje independente de qualquer ameaça.O homem encapuzado seguia a passos lentos em sua direção parando a certa distância.


– Que bom que veio Srº Stark, é uma honra para mim recebê-lo. – Disse com um sorriso amarelo. – Na verdade ... – Continuou apontando para os reféns – É uma honra para todos nós.


– Solte-os eles não tem nada haver com isso. – Disse ríspido, o olhar gélido.


– Ah, não Srº Stark, você está enganado. – Caminhou até uma das reféns, acariciando seu queixo. – Eles são parte da festa.


– Solte-os ! – Exclamou deixando transparecer toda a sua raiva.


– A amadura primeiro. – Respondeu no mesmo tom.


– Por quê ? Me parece que já tem armas o suficiente.


– Não entende não é mesmo? – Deu um sorrisinho sínico – Por décadas o seu país tem massacrado nossos povos. Desde o princípio, quando os americanos dizimaram milhares de tribos indígenas para tomar suas terras, desde aquele momento Srº Stark um ciclo de ódio começou a se formar. Até hoje as tropas americanas continuam a nos massacrar, nos julgam assassinos, bandidos. Mas ninguém nunca questionou as mortes dos inocentes que morreram nas missões onde o seu presidente mandou que os soldados atacassem.


– O que você quer?


– Vingança – Falou com frieza, virando de costas para Tony. – Vingança Anthony, vingança contra pessoas como você e seu maldito pai. – Gritou rancorosamente.


Tony não respondeu. Sua mente ainda digeria as palavras proferidas anteriormente, formando um turbilhão em sua cabeça, o que o fez baixar a guarda.

Após um sinal, todas as armas se voltaram contra ele. – Entregue a armadura Srº Stark, para sua segurança.


– Sabe ... – Disse com o olhar fixo - eu até entregaria mas, ... eu não tenho carona pra casa. - O capacete da armadura se fechou, ao mesmo passo que tiros de diversas armas foram usados contra ele.

Tony revidou os ataques que vinham de trás, virando-se e usando força total nos propulsores. – Jarvis quantos deles?


– !87 homens Srº - Respondeu Jarvis.


– Droga! – Pensou enquanto continuava atirando – Tem que ter algum jeito de ... – Tony sentiu um baque forte em suas costas. Sua armadura foi lançada para longe com a força do impacto, tendo toda a parte de trás amassada

. O homem antes encapuzado, agora mostrava toda sua face, segurando nas mão uma arma pequena, porém de última geração.


– Você a conhece não é Stark? – Disse se referindo a arma. – Essa é bem difícil de esquecer, principalmente quando se é o criador dela – Virou a arma exibindo o logo das Indústrias Stark.


Tony levantou-se com dificuldade, sentia o efeito que a ataque anterior causava em seu corpo. Um dor incômoda porém suportável.Seu rosto sangrava, mas os olhos continuavam fixos no homem. – Onde... onde você conseguiu isso?


– Isso não vem ao caso Srº Stark, acho que a armadura já sofreu danos o suficiente, agora entregue-a. Ou serei obrigado a matar o Srº , junto a todos eles – Apontou novamente em direção aos reféns.


– Pra me matar terá que destruir a armadura, não é isso que você quer é? – Perguntou tentando persuadi-lo.


– Seria realmente uma pena destruí-la. Em compensação matar o senhor seria muito gratificante.


– Vamos terminar isso, solte-os e resolveremos isso eu e você!


– Stark vou lhe conceder um privilégio que não ofereço a muitos. Vou deixar que escolha um, apenas um para ficar, e todo o resto será libertado.O que acha?


– Acho que perdeu a sua cabeça, agora liberte-os. – Disse firme.


– Você não está eu condições de exigir nada,e já que não vai escolher – Disse pegando um arma. – Eu escolho por você ... – Disse e atirou em um garoto, que caiu instantaneamente no chão, aos pés de um dos capangas.


Tony parecia incrédulo, o menino gemia e agonizava de dor no chão quente. Uma onda de culpa caiu sobre si. – Como ... como pôde?


– Devia me agradecer- Disse fazendo sinal para que soltassem os reféns.Uma mulher gritava o nome do filho jogado ao chão, lutava nos braços do homem que a segurava, na esperança de conseguir alcançar a criança.


Após todos serem levados para longe, Tony voltou-se novamente para o homem a sua frente. Maldito! – pensava.


– Você vai pagar! – Disse enfurecido – Vai pagar pelo que fez com esse garoto, vai pagar pelo que fez com a Pepper, eu juro que você não sairá ileso.


– Ah ... a sua namoradinha? Eu não me preocuparia com ela, afinal eu soube que seu amigo Rhodes não estava muito bem.


Farto das provocações, Tony atirou em direção aos inimigos ao seu redor. Lutava incansavelmente, procurando liberar toda a sua raiva em cima deles. Uma preocupação gigantesca tomava conta de sua mente, Rhodes podia não estar bem e isso seria sua culpa.


Nem mesmo as balas que eram atiradas contra ele o abalavam, os arranhões, as feridas, nada disso parecia importar. O ódio o consumia por completo naquele momento, fazendo-o dizimar quase todos os seus oponentes.


Ao longe, uma arma cuidadosamente posicionada fora ativada. Tony sentiu a explosão atrás de seu corpo o empurrar em direção ao desfiladeiro. Não conseguia se equilibrar, simplesmente parecia o fim.


– Se acharem o corpo, retirem a armadura – Disse o mestre com um sorriso.


Os homens se aproximaram do desfiladeiro, se preparando para descer, tomando o máximo de cuidado para não deslizar ao longo do trajeto.

Tudo ocorria bem até que tiros foram disparados em direção a eles, não tiveram a chance de revidar e caíram mortos ao chão , assim como seu mestre.

Uma armadura prateada voava, enquanto carregada Tony nas costas.Colocou-o cuidadosamente no solo, retirando a máscara de ferro que cobria seu rosto.


– Rhodes? – Perguntou Tony confuso.


– É sou eu, e agradeça por isso. – Disse estendendo sua mão para o amigo.


– Mas como? Eu achei que você ...


– Tinha morrido? Bem foi quase isso.Mas depois eu explico pra você.Me parece que você fez um grande estrago aqui.


– É ... – Disse meio desorientado.


– Tony você tá bem? – Perguntou preocupado.


– Estou eu só ... o que você tá fazendo aqui?


– Salvando a sua vida? – Respondeu em tom de brincadeira – Agora vamos, vou levar você pra um hospital.


– Espera ... o garoto – Disse apontado para o corpo estendido no chão. – O garoto.


Rhodes se aproximou do menino, checando sua respiração. – Ainda está vivo.


– Nós temos que levá-lo.


– Nós iremos Tony... nós iremos.


Rhodes pegou o corpo delicado em seus braços levantando voo, sedo seguido por Tony.A batalha havia terminado.


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Notas finais do capítulo

Então espero que tenham gostado, deixem suas opiniões se possível, eu aceito elogios, xingamentos, críticas , enfim ... abraço e até o próximo.

Bjoss ))



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