Os Mortos Também Amam - Livro 1 escrita por Camila J Pereira


Capítulo 38
O Conselheiro


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo para este novo recomeço aqui.



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Damon parecia mais doce aquela manhã do que na noite passada. Aquele beijo que estavam trocando era prova disso. Sentiu uma imensa tranquilidade enquanto seus lábios se tocavam. Naquele momento parecia que tudo o que estava passando fazia parte apenas de um sonho ruim.

– Eu posso viver mais de mil anos por isso. – Bella recostou-se em seu pescoço esguio.

– Isso faz parte das coisas boas sobre tornar-se um de nós. – Ele suspirou. – Suponho que deva saber de algumas das coisas ruins.

– Todas elas podem ser superadas.

– Não quero que tenha uma ideia romântica. Não fantasie sobre o processo de se tornar vampira. – Ele afastou-a para que olhasse para ele. – Mesmo querendo que você faça essa escolha. Existem coisas realmente muito ruins... – Ela tocou-lhe com a ponta de seus dedos nos seus lábios, calando-o.

– Eu sei, mas não posso deixar de fantasiar. Não quando isso me fará ficar com você para sempre. – Não foram apenas as palavras que ela disse, mas os olhos dela estavam tão vivos, ele soube que ela realmente sabia o que queria. Encostou a sua testa na dela.

– Não saberia o que fazer sem você. – De maneira egoísta, ela adorou ter ouvido aquilo. Damon não suportaria continuar sem ela da mesma forma que não suportaria a vida sem ele. O sinal soou dentro do colégio. – Te vejo mais tarde.

– Não quero ir. – Ele riu da forma manhosa que ela disse aquilo.

– Você deve ir. E além do mais, se você não entrar, Stefan vem buscá-la. – Lembrou-lhe.

– Com certeza. – Fez uma careta de que não seria legal. Beijou-o e entrou no edifício.

Quando estava prestes a entrar em sua sala, Riley a interceptou e lhe deu um abraço caloroso.

– Nossa! Qual o motivo de estarmos tão felizes? – Perguntou rindo.

– Meus pais receberão alta hoje. Depois das aulas vou buscá-los. – Riley falou radiante.

– Oh meu Deus! Isso é muito bom, Riley! Realmente muito bom. – A revelação mereceu um novo abraço dos amigos. A felicidade de Bella durou pouco, pois lembrou que ainda existia Klaus. Mesmo significando que os pais dele estavam melhores preferiria que eles continuassem no hospital sob a vigília de Carlisle e os outros. Como Carlisle pôde liberá-los? Eles não perceberam o risco?

– Não quero atrasá-la mais. Só queria te dar logo a notícia.

– Fico muito feliz. Gostaria que sentasse conosco hoje. – Bella falou sincera.

– Claro. – Ele sorriu e se foi.

Mas Bella não entrou na sala. Ela pegou seu celular e discou o número de Edward. Perguntou o porquê de Carlisle ter dado alta para eles e porque não foi informada sobre aquilo. Edward manteve-se calmo e educado todo o tempo, mesmo ela estando um pouco alterada. Bella estava assustada, a casa dos Finn estava repleta de vampiros e podia acontecer qualquer coisa com eles. Seu amigo disse que eles melhoraram e que não podiam mantê-los por mais tempo no hospital sem levantarem suspeita.

– Eu não gosto disso. – Ela disse por fim.

Nenhum de nós, Bella. – Edward a lembrou. - Tente permanecer calma.

– Não será fácil.

Não foi e para ela parecia impossível. Agora além de se preocupar apenas com Riley naquela casa, tinha que se preocupar com os pais dele e aquela corja de vampiros loucos.

Depois da primeira aula, caminhou ao lado de Mike para a próxima aula. Ele falava animadamente com ela sobre algo que não conseguia ouvir realmente. Nem notava que estava caminhando até que esbarrou em alguém. Deu um longo passo para trás quando viu quem estava em sua frente com um sorriso presunçoso.

– Desculpe-me, te machuquei? – Isso a lembrava o dia em que infelizmente o conheceu. Por que será que ao lembrar aquele momento parecia uma armação como agora? Com certeza foi sim armação de Klaus.

– O que faz aqui? – Perguntou ríspida, não se importou que Mike ainda estivesse ali.

– Fico feliz em te informar que agora trabalho aqui. – Disse inocente.

– Que legal! – Mike falou. Bella estava com a boca aberta.

– Tá de brincadeira. – Disse incrédula.

– Não estou, tinha uma vaga de Conselheiro. Meu currículo é muito bom, acho eu. – Ele piscou como se ela fizesse parte de algo com ele. Bela no momento só queria saber o que ele planejava com aquilo. Klaus como Conselheiro do Colégio? Não conseguia imaginar o tipo de coisa que ele colocaria na cabeça dos alunos.

– Con-se-lhei-ro? – Ela falou com dificuldades, o que fez com que ele risse.

– Não acha que posso ser um bom Conselheiro? – Bella ergueu uma sobrancelha e mordeu o lábio para não falar exatamente o que pensava. Não queria um confronto ali, na frente de Mike. – Bella? – Ele insistiu por uma resposta. Ele queria mesmo que respondesse aquilo?

– Eu realmente acho que não. – Mike engasgou do seu lado e quase riu se não fosse o olhar severo que Klaus lançou para ele.

– Precisamos ir para a próxima aula. – Ela quis livrar-se dele.

– Na verdade, estou te esperando em minha sala agora.

– Como? – Ficou surpresa.

– Falei com o seu professor que precisava conversar com você. Ele não se importou. Então estarei lá na sala ao lado da sala do diretor esperando você. Vamos tentar mudar essa sua opinião sobre mim. – Do jeito como falou, entedia-se que não havia alternativas. – Até mais, Mike. – Ele lançou um ultimo olhar para ela que pareceu ameaçador.

– Pensei que ele tivesse a nossa idade. Ele parece muito jovem para um Conselheiro. – Mike falou ao seu lado impressionado.

– As aparências enganam...

– O que será que ele quer com você? Ele parecia muito diferente. – Estava explodindo de curiosidade, mas ela permaneceu calada. Pensou em não ir, mas sabia que se não fosse algo ruim poderia acontecer. Despediu-se de Mike e se dirigiu a sala ao lado do diretor que agora tinha o nome de Benn.

Bateu levemente na porta e de lá de dentro ouviu a voz de Klaus permitindo a sua entrada. Ele estava sentado em uma cadeira atrás de uma mesa que continha apenas um computador. Ele levantou-se e caminhou lentamente até onde ela tinha parado.

– Devo dizer que senti a sua falta. Não nos falamos desde aquela visitar deliciosa que me vez. – Bella sorriu com escárnio. – Não vai dizer que nem ao menos pensou em mim? – Ele estava muito próximo agora e debruçou-se para beijar seus lábios, mas ela se esquivou antes. Ele sorriu. – Logo implorará para que eu te beije, e quando eu o fizer, vai implorar para que eu não pare. – Sua voz era sensual, e deixou-a tonta por um momento.

– Só quero que me diga o que quer de mim. – Tentou manter-se coerente.

– Primeiro quero que me responda novamente. Acha que não sou um bom Conselheiro? – Falou em tom de brincadeira, mas algo por trás poderia ser sentido. Bella sorriu presunçosa.

– Eu já te respondi. Não mudei de opinião.

– Eu acho que te dei bons conselhos até agora. Aconselhei você a não contar nada para seus vampiros de estimação sobre mim, pois eu poderia matar qualquer pessoa que eu quisesse, começando por seus amigos. E estou aqui para provar a você que posso fazer qualquer coisa que eu queira. Veja só... – Ele riu. – os queridos pais do fedelho estarão de volta hoje. Eu os recepcionarei como um sobrinho dedicado.

– O que você quer? – Repetiu tentando não se sentir ameaçada.

– Eu já te disse. – Klaus tocou-lhe nos cabelos e beijou o seu queixo. Aquilo deu-lhe náuseas. – Alguns minutos de seu tempo e algumas gotas de sangue. Nada além do que Damon tem.

– Não toque no nome dele! – Irritou-se. Klaus surpreendeu-se com a atitude dela e gargalhou.

– Que personalidade... – Acariciou o rosto dela. – Mesmo sabendo quem eu sou, ousa levanta a voz. Não posso pronunciar o nome do seu amado? – Bella não respondeu. – Fico imaginando o que aqueles dois têm de tão especial para que o sexo feminino sinta-se tão atraído. Dois vampiros patéticos! – Klaus apertou-lhe o queixo com mais força. – Stefan completamente tomado pelo sentimento de culpa e responsabilidade o faz praticamente inútil. Damon fazendo aquele teatro de bad boy... Ele não sabe realmente como fazê-lo. – Klaus soltou-a, ficando próximo dela ainda. - Agora me diga onde Damon te deu o beijo especial da ultima vez? Onde ele deixou sua marca? – Bella arregalou os olhos com aquela pergunta feita de surpresa. Klaus começou a tatear seus braços, fazendo leves pressões, como se procurasse algo. – Onde ele te mordeu?

– Me deixe em paz isso não é de sua conta! – Tentou afastar-se dele, mas foi agarrada com mais força pelas suas mãos. Klaus subiu até seus ombros e desceu um pouco por trás, pressionando ali e a sua reação foi se encolher um pouco por causa da dor. Ele sorriu e seus olhos tornaram-se mais brilhantes.

– Tudo o que diz respeito a você, é da minha conta. Você não sabe os grandes planos que tenho para você. – Klaus segurou-a nos pulsos e a levou até um sofá que até então ela não tinha se dado conta que existia.

Sentados, Klaus acariciou o seu pescoço. Queria muito recuar aquele toque, mas tentou manter-se firme. Sentiu então as mãos dele tocarem em sua jaqueta e tentar tirá-la. Ela o impediu. Klaus a encarou por um momento.

– Vai ser por bem... Ou por mal? – Perguntou baixo.

– Que seja por mal então. – Ele riu.

– Você entende que por mal sou eu saindo por essa porta e pegando a primeira pessoa que encontrar. Vou dilacerar o seu pescoço e sugar todo o seu sangue até que não sobre uma única gota. Depois farei o mesmo com Riley e com...

– Chega... – Não podia ouvir mais. Aquilo machucava seus ouvidos e oprimia seu coração. Não queria nenhum de seus amigos nas mãos de Klaus.

– Escolha sábia. – E como se não tivesse sido interrompido, continuou retirando a jaqueta dela. Klaus retirou a blusa quadriculada que ela usava por baixo e admirou seus seios pôr baixo da blusa de alças finas que ela tinha. – Belíssima. – Sussurrou. Ela queria correr, mas toda aquela náusea tinha que ser suportada pelos seus amigos.

– Klaus. – Ela ia pedir que não o fizesse.

– Não implore para que eu pare. Eu não poderia. – Ele passou o dedo indicador na testa dela onde havia uma gota de suor. Então tocou novamente onde Damon a mordeu na noite anterior. – Esta recente, não é? – Ele a virou delicadamente para que ficasse parcialmente de costas para ele. – É sim. – Respondeu a sua própria pergunta e sem piedade mordeu no mesmo local em que estavam as marcas das presas de Damon.

*****

Sentia-se fraca. As vozes estavam distantes mesmo sabendo que estavam muito próximos. Viu Mike, Leah, Emily e Riley que dava as boas novas sobre seus pais e seu primo trabalhando a escola. Depois falaram animadamente sobre as apresentações dos alunos que aconteceriam dali a algumas semanas. Todos estavam perguntando se Bella não queria fazer algo, acreditavam que ela poderia impressionar de alguma forma e deixar os populares no chinelo. Ela não lembrava ao certo o que respondera talvez que iria pensar. Qualquer coisa que tenha dito fez com que eles vibrassem.

De qualquer maneira não conseguia se concentrar em nada. Nem mesmo o fato de Riley estar sentado novamente com eles. Aquilo era a única coisa boa que estava acontecendo. Riley parecia estar superando o fora que levara. Bella notou que ele sorria também, o motivo era simples, seus pais retornariam para casa naquele dia.

– Estou começando a ficar preocupada com você, Bella. – Leah falou olhando bem para ela com seus olhos grandes e atentos.

– Estou melhorando, a dor de cabeça passará logo. – Essa tinha sido a desculpa para seus amigos por estar tão retraída. - Pareço pior sempre. Não é para se preocupar, é sério. – Ela garantiu dando seu sorriso mais sem graça.

Momentos atrás sentia-se pálida e fraca, e tinha adquirido realmente essa dor insuportável em sua cabeça que veio depois do encontro com Klaus, além de uma dor aguda sempre presente em seu ombro.

– Bella! – A voz de Stefan surgiu um pouco antes dele se materializar em sua frente. – Olá garotos! – Ele falou rápido para os outros sem tirar os olhos dela. – Preciso falar com você. – Bella levantou e foi levada para bem longe do zum-zum daquele espaço. Stefan parou-a de frente para ele. – Benn esta trabalhando aqui. Você soube disso? – Tentou falar o mais baixo possível.

– Na verdade encontrei com ele mais cedo, entre a minha primeira e segunda aula. – Bella tentou parecer mais saudável para o tio. – Ele disse que estava trabalhando aqui agora.

– Conselheiro. – Stefan afirmou. – Estou realmente muito preocupado. – Ele falava e sempre olhava para os lados para assim notar alguma aproximação suspeita. – Ele quer te ameaçar. Ele não faria isso sem um propósito maior. Sabe de alguma coisa? – Stefan a fitou em suspeita.

– Não tio. Só sei o que te disse. – Ele sustentou mais um pouco o olhar.

– Ha algo que esta me escondendo. Eu posso sentir isso. – Sua voz ficou um pouco severa.

– Só há uma coisa que estou omitindo. – Pensou rápido. – Estou morrendo de dor de cabeça. – Stefan percebeu agora que a sua sobrinha parecia indisposta. Tocou em sua testa, ela parecia gelada.

– Vou te levar a enfermaria.

– Não tio. – Se esquivou. – Ficarei boa logo.

– Vamos, Bella. Lá você será medicada, se sentirá melhor.

– Eu realmente prefiro não ir. – Stefan suspirou, sabia que não iria convencê-la.

– Mantenha-se afastada dele. Teremos que pensar em como agir aqui. Talvez eu tenha que ficar todo o tempo com você.

– Para que ele desconfie? Não acho que ele tentará algo aqui.

– Estamos falando de Klaus. Ele veio até aqui, está infiltrado entre nós. Poderá fazer qualquer coisa. Eu não vou te deixar sozinha um só momento. – Bella conhecia aquele olhar e aquele tom de voz do tio. Ele estava decidido e não mudaria de ideia tão facilmente.

Stefan acompanhou-a até onde teria a sua próxima aula. Bella se surpreendeu ao vê-lo também na saída de sua sala ao final da aula para acompanhá-la novamente. Se Klaus não suspeitasse, os alunos suspeitariam. Aquilo não era normal e daria o que falar. Ser acompanhada pelo irmão para tudo quanto é lado no colégio? Bella bufou, Stefan a olhou de soslaio, mas não disse nada. Imaginava o que ela estava pensando.

Mal saiu da área interna do colégio, tendo sempre ao lado o seu tio, Bella foi enlaçada por braços fortes. Foi um abraço um tanto desesperado, ansioso. Damon beijou sua face e depois seus lábios com o mesmo desespero que a abraçou.

– Vamos sair daqui. – Stefan falou ao seu lado, Damon assentiu e levou-a para o seu carro. Bella queria falar algo, qualquer coisa, mas não foi incentivada pela expressão compenetrada de Damon ao volante. Também não sabia o que dizer depois de novamente ter trocado sangue com Klaus, aquilo com certeza iria consumi-la até a sua loucura.

Ainda calado, Damon entrou com ela em casa. Helena e Alice estavam conversando. Via-se preocupação nos olhos das duas. Aquilo a assustou um pouco, já que a amiga era sempre positiva e alto-astral.

– Ok, agora vocês me deixaram preocupada. Por que essas caras?

– Acha pouco Klaus estar todos os dias, por um longo tempo ao seu alcance? – Helena foi retórica.

– Sei que é perigoso, mas não precisam ficar assim por mim. – Ela tentou acalmá-los.

– Não vejo nada na escola, Bella. Klaus me cegou por todo o tempo. – Alice esclareceu e Bella entendeu a angustia deles.

– Ela não volta para aquele lugar, enquanto ele estiver lá. – Damon falou para Stefan e Helena.

– Eu tenho que voltar. – Bella disse e fez com que Damon olhasse para ela.

– Não tem não. – Ele devolveu.

– Se eu não for, ele pode machucar...

– Eu não ligo! O que importa é você e não ficará perto dele nem por um segundo. – Ele a interrompeu.

– Então agora eu simplesmente paro de ir a escola? Damon, eu preciso ir. Além de precisar estudar eu também não posso deixar que Klaus desconfie de que vocês sabem a sua identidade e acabe por machucar um de meus amigos. – Damon sorriu amargo.

– Vocês fizeram um bom trabalho. – Ele pôs as mãos na cintura olhando de Helena para Stefan. – Ela é igualzinha a vocês. Eu só espero que esse altruísmo não te leve a morte... – Seus olhos sustentaram nos olhos dela. - por que isso só vai servir para que eu comece uma guerra. – Sentou-se decidido a ficar calado, já que sabia que não seria escutado por ela.

– Tio Stefan ficará ao meu lado todo o tempo e sempre haverá alguém por perto. Não acontecerá nada comigo. – Ela prometeu para todos.

E assim, Stefan reforçou o que a sobrinha disse. No entanto, na prática era um pouco complicado. Stefan sempre estava ocupado nos momentos que teria que acompanhar Bella. Sempre aparecia um aluno ou vários alunos o procurando para questionamentos e eles o prendiam por muito tempo. Se não eram os alunos, eram outros professores puxando assunto, sugerindo ou pedindo alguma sugestão. Quando enfim dava para ver a sobrinha, ela estava com seus amigos ou em sala de aula e parecia bem, a não ser pela constante expressão de cansaço o que era bem compreensível.

Bella sabia o que estava acontecendo. Klaus fazia questão de mantê-la bem informada sobre tudo, uma maneira estranha dele se divertir. Ele tinha certeza de que não contaria a ninguém e era verdade. Bella guardava tudo daquilo para si. Sabia que o motivo pelo qual seu tio era constantemente abordado por alunos e professores era que Klaus os hipnotizava para que fizessem isso enquanto estava em sua sala com ela. Ele sentia-se poderoso ao manipular a vida dos seus e dela. Algumas vezes ficava sabendo que um aluno ou outro tinha sido mandado para a sala do conselheiro e eles saiam de lá bem calmos. Klaus um dia falou para ela que precisava experimentar outras coisas, aquilo a fez ficar furiosa.

Bella estava encurralada, sentia-se muito mais fraca e moldável nas mãos dele. Todos aqueles momentos com Klaus, a fazia se reprimir mais a cada dia. Estava calada e taciturna e não conseguia mais esconder o seu estado de espírito. Damon estava impaciente para agir logo, sabia que ela estava preocupada com a aproximação de Klaus com seus amigos e não a queria triste. Mal sabia ele o que realmente estava acontecendo assim como nenhum dos Cullen e seus tios.

O final de semana que antecedia a inauguração do café de Esme chegara. Bella se permitiu ficar deitada na cama até mais tarde no sábado. Stefan, Alice, Edward, Emmet e Esme foram caçar na noite anterior e não haviam voltado ainda quando Bella finalmente se levantou. Helena estava em casa e lia um livro na varanda. O dia estava nublado, mas não parecia que ia chover muito.

– Bom dia, tia. – Disse ainda sonolenta.

– Bom dia, querida. – Sorriu. – Dormiu bem?

– Sim. – Sim, ela tinha dormido muito bem. Passou a noite como uma pedra.

– Que bom. Alice pediu para te lembrar da sua escova dental. – Helena falou sorrindo ainda mais com a expressão confusa que Bella adquiriu.

– Escova dental?

– Sim, porque você dormirá lá hoje. Ela me ligou e perguntou se eu te liberava por mim tudo bem se você quiser.

– Esse foi o convite para dormir mais estranho que já vi. – Bella entrou novamente para tomar seu café da manhã.

Na tarde daquele dia, Damon permaneceu ao seu lado todo o tempo e com o crepúsculo ele foi embora não muito satisfeito por ela passar a noite na casa dos Cullen, mas precisamente na mesma casa que Edward. Relevou, pois sabia que ela precisava de distração e Alice era muito boa com isso.

– Tenho grandes planos para essa noite! – Alice havia chegado e parecia ainda mais animada depois da pequena caçada. – Nós vamos nos divertir e muito. Acredito também que Helena e Stefan precisam de um tempo a sós. – Ela piscou para a sua tia que enrubesceu.

– Ai, Alice, por favor, me poupe desses detalhes. – Bella pediu.

– Mexa-se então! – Alice deu uma palmada no bumbum dela e Bella correu para pegar suas coisas no seu quarto. Despediu-se dos tios e seguiu para a casa dos Cullen disposta a esquecer um pouco da pior semana que havia tido em toda a sua vida.


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