Os Mortos Também Amam - Livro 1 escrita por Camila J Pereira


Capítulo 33
Klaus


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui me redimindo pelo tempo que deixei de postar...


Beijos!



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Percebeu que os músculos dos ombros dele ficaram tensos, mas não deu tanta importância. Estava sentindo-se tão bem e segura em seus braços que deixou isso passar. Nem o burburinho que se tornou o ambiente em seguida a fez mover um dedo.

- Princesa. A voz doce de anjo de Edward a despertou. Ela ergueu os olhos para fitá-lo enquanto lhe falava. Foi suficiente para saber que algo estava errado, pararam imediatamente de dançar.

Aquele olhar era de preocupação. Suas grossas sobrancelhas estavam quase unidas e seus lábios eram apenas uma linha reta. A festa tinha acabado. Observou a sua volta viu os seus conversando.

- O que está acontecendo? Perguntou.

- Algo com os pais de um de seus amigos.

- Qual deles? Ficou angustiada.

- Riley. Uma dor de cabeça a atingiu imediatamente. Seu coração deu um pulo que pensou que fosse sair da caixa torácica. Ela tinha dado o primeiro passo para ir à busca de Riley, mas ele a deteve, segurando-a pelos braços.

- Calma. Pediu, mesmo achando que ela não ficaria. Edward olhou bem nos olhos assustados de Bella para se fazer entender. Os policiais estão falando com ele agora.

- Policiais? Têm policiais aqui? Ficou surpresa por não tê-los visto.

- Chegaram a pouco. Bella sentia-se meio tonta com a dor de cabeça persistindo.

- O que eles estão falando para Riley?

- Que os pais dele foram encontrados muito machucados perto da residência deles. Posso ver através de suas lembranças... Parecem ter sido...

- Atacados por vampiro. Damon completou tomando-a dos braços dele e a abraçando. Bella parecia muito abalada, os pais de Riley estavam mal por causa de um ataque de vampiro.

- Klaus? Perguntou juntando as coisas.

- Provavelmente. Damon respondeu ainda abraçado a ela. Edward sentiu a mesma pontada de antes e mesmo que quisesse encarar a cena a sua frente, não tinha forças. Bella, no entanto olhou em volta procurando por Benn e não o encontrou por perto.

- Preciso vê-lo. Bella quis sair dos braços de Damon, mas ele não permitiu.

- Acalme-se princesa. Edward pediu e Damon o encarou com fúria por ele insistir em chamá-la de princesa.

- Eu preciso. Ela pediu em uma nova tentativa de afastar-se deles e viu Benn e Riley virem com os policias e as pessoas olharem para eles. Foi a sua deixa de sair dos braços de Damon e ir até o seu amigo que ao vê-la a abraçou forte. Riley estava arrasado com a notícia.

- Aonde vai? Bella perguntou por sobre o seu ombro vendo Benn ao seu lado parecendo tranquilo.

- Eles disseram que meus pais estão feridos. Acham que foi algum animal. A voz de Riley estava embargada e ela mesma queria chorar. Os Finn eram pessoas legais e além de tudo eram os pais de Riley, alguém que aprendera a gostar muito. Eles devem ter ido caminhar pela redondeza, sempre faziam isso e toda essa cidade é rodeada pela mata...

- Eles vão ficar bem. Bella o abraçou mais forte. Damon, Edward e seus tios estavam mais perto deles agora.

- Vou até o hospital. Riley afastou-se de Bella, seus olhos estavam marejados, ela sentiu seus próprios ficarem assim.

- Levarei meu primo até lá. A voz serena de Benn parecia o contraste para a situação, já que eram os seus tios. Fique calma, Bella, nada vai acontecer. Aquilo foi uma mensagem, ela percebeu ou estava ficando louca. Ele estaria por trás daquilo? Teve quase certeza.

- Vou com você. Não deixaria Riley sozinho de jeito nenhum. Ele precisaria dela naquele momento e ainda tinha o primo misterioso e sombrio.

- Não precisa Bella. Benn falou ao seu lado.

- Falarei apenas com Stefan e com Helena. Claro que vou com vocês. Bateu pé. Vá, nos encontraremos lá. Falou para Riley.

Bella afastou-se e logo estava sendo barrada por Damon.

- Não vai a lugar algum. Ele disse severo.

- Não estou com disposição para discussão.

- Não há discussão, fará o que eu mando. Bella não quis acreditar que Damon falara daquela maneira autoritária com ela.

- Damon tem razão, Bella. Edward concordou. Ele o olhou e sorriu amarelo.

- Obrigado, topetudo, mas não precisa se meter.

- Tio, ele precisa de mim. Olhou para os tios em súplica.

- Eu vou com ela, não se preocupem. Carlisle ficou ao lado de Bella segurando-a pelo cotovelo. Bella olhou para Carlisle em surpresa... Mas pensando bem, ele seria melhor do que qualquer um que insistisse em ir com ela. Não vejo um perigo iminente e estarei com ela, além de ter certeza se foi um ataque de vampiro.

- O garoto estranho e estranhamente impenetrável estará lá. Damon lembrou, Bella ganhou uma expressão de que não entendeu uma única palavra.

- Impenetrável? De quem está falando? Stefan repreendeu o irmão com um olhar e Bella captou aquilo. Benn é o estranho...

- Em você, gracinha, isso é adorável, mas nele me dá nos nervos. Damon respondeu.

- Ele também tem esse escudo na cabeça como eu?

- Na verdade, o seu dom fica no chinelo perto dele. O escudo daquele garoto estranho repele até mesmo o Jasper e o seu tio.

- É como se não existisse ninguém. Nenhum calor ou qualquer outra coisa. Edward disse.

- Carlisle, pode me levar agora? Bella pediu levando tudo o que tinha ouvido em consideração. Começava a juntar as peças e não estava gostando do que se revelava.

- Claro querida. Antes de sair Carlisle olhou para Stefan e Helena garantindo que ficaria de olho em Bella.

- Até parece que vou ficar aqui. Ficarei do lado de fora do hospital. Damon falou já saindo.

- Também não aguentarei Stefan. Ficarei perto dela, não confio naquele garoto. Edward disse e se foi. Naquela altura os outros convidados já sabiam o que tinha acontecido e ficaram penalizados e assustados, a festa realmente tinha acabado como Bella imaginara.

Edward e Damon foram com seus próprios carros, Damon ficou vigiando a entrada principal a uma boa distância enquanto Edward ficou na parte traseira do hospital.

Carlisle levou Bella para o hospital. Lá encontraram com Benn e Riley que já tinham sido informados da situação dos Finn. Riley contou horrorizado que o médico, o Dr. Billy Black, estava assustado e lhe contou sobre as feridas que seus pais tinham no pescoço e em outras partes do corpo.

- Ele disse que com certeza eram mordidas. Que... Que animal poderia ter atacado os meus pais? Bella analisou Benn ao lado, ele parecia estar fora de foco naquele ambiente, era quase com frieza que ele escutava as declarações do primo. Edward disse que não havia calor nele ou qualquer outra coisa que o identificasse como humano... Ele era frio, totalmente frio por dentro, Bella pensou.

- Isso agora não importa, temos que nos preocupar com o restabelecimento deles. Bella falou ao amigo.

- Isso mesmo, Riley e estaremos aqui com você. Carlisle afirmou.

- Agradecemos a gentileza e a preocupação. Benn finalmente se pronunciou e olhou longamente para Carlisle como se o analisasse.

- Disponha. Respondeu.

- Será que não pode conseguir mais informações, Carlisle? Bella pensou rápido. O que ela queria mesmo era apenas alguns minutos a sós com Benn.

- Sim. Ele hesitou um pouco olhando para Riley e depois para Benn que no momento parecia nem ter ouvido a sugestão de Bella. Estarei de volta em alguns minutos. Bella assentiu sem vacilar e Carlisle sumiu em seguida por dentro do hospital.

Bella levantou e foi para perto do bebedouro que tinha na sala de espera. Pegou um copo e serviu-se de água. Bebeu-o lentamente e então Benn olhou para ela sondando-a, ela aproveitou e fez um gesto para que ele fosse até ela. Riley estava sentado cabisbaixo e nem notou quando ele levantou-se e foi até ela. Parou bem próximo propositadamente.

- Lembra quando me perguntou se eu acreditava em vampiros? Falou com voz baixa. Benn parecia ter sido pego de surpresa, de qualquer coisa que esperava que ela falasse não achava que ela o confrontasse cara a cara.

- Claro. Ele imitou o tom de voz dela.

- Menti quando disse que não. Eu acredito e acredito em muitas outras coisas.

- Por que está me contando isso justo agora? Benn estreitou os olhos gostando do rumo da conversa.

- Porque eu não quero que machuque o Riley. Sei que está em um tipo de jogo, tentando me dar pistas de algo que eu sei o que é. Talvez você quisesse que eu me assustasse, mas isso não vai acontecer, Benn.

- Você tem tanta certeza sempre... Ele murmurou.

- Você não nega o que digo. Ela analisou sabendo que estava certa em suas conclusões. - Foi você quem fez isso com os pais do Riley? Não fará o mesmo com ele. Benn não dizia nada, apenas a olhava impressionado. Bella ia voltar para perto de Riley, mas a mão firme de Benn a segurou.

- Eu sempre soube que era esperta. A primeira antes mesmo dos seus vampiros a suspeitar. Mesmo com Carlisle que é mais antigo que os outros, mesmo assim.... Foi você a primeira.

- Então... Estou certa? Você é um vampiro? Bella pela primeira vez sentiu-se vacilar.

- Sim, sou um vampiro. Ela sabia disso, mesmo assim ouvir dele a fez tremer.

- Não pode ter feito isso com seus próprios tios... Ele sorriu maligno.

- Eles não são os meus tios. Aquele garotinho ali, não é o meu primo. Você percebeu que eu era vampiro, mesmo com meus dons, mas não chegou ao final das conclusões e eu sei que se te der mais um tempo você mata a charada. Ele a olhou ainda mais perto, a sua respiração fazia com que uma mecha dos cabelos dela balançasse.

Seus olhos escuros a analisavam minuciosamente admirados. Ele passou levemente a ponta de seu nariz no pescoço dela, fazendo-a arrepiar.

- Mate a charada, Isabella. Ele sussurrou em seu ouvido. Só a última. Sei que é tão determinada quanto eu.

Determinado. Isso a lembrou do Conde Drácula e sua maldade. Para ela o único vampiro que se aproximava de Drácula era... Sua mente deu um estalo.

- Klaus? Bella não podia acreditar naquilo. Benn riu um riso de satisfação em seu ouvido. Tentou afastar-se dele, mas novamente ele a prendeu e doeu o lugar em que segurava firme.

- Isso, chamo-me Klaus e sei que já ouviu falar muito sobre mim.

- O que você quer? Perguntou olhando para os lados para ver se Carlisle vinha.

- No momento, que você venha sem escândalos. Ele a puxou até uma porta e a fez entrar. Lá estavam alguns materiais de limpeza, Bella tentou sair de lá, mas ele a manteve presa entre seu corpo e a parede.

- Não queria muito saber sobre meus mistérios? Quero te contar, Bella. Falou docemente como se fosse o garoto Benn que conhecera antes. Sei que entendeu todos os meus avisos, sei que entendeu principalmente este. Fui eu quem machucou aquele casal patético que me acolheu tão bem. Ele riu.

- Como pôde?

- Eles não vão morrer Bella, ficaram bem machucados e nem lembrarão direito o que os atacou. Ele fez cara de triste. Mas quero lembrá-la de que eu posso fazer isso com o Riley, o pobre e indefeso priminho que é tão apaixonado por você.

- Não...

- Posso matá-lo, Bella, facilmente. Sei que os vampiros que com certeza estão lá fora vão querer me confrontar, mas aí já será tarde... Para o Riley e talvez para o Carlisle também. Então eu proponho um jogo, assim como você mesma falou. Quero que se encontre comigo sem seus amigos e seus tios, principalmente o seu namoradinho saberem.

- Não vou jogar nada com você. Agora que sabia quem ele era realmente e que não havia nada de bom nele, queria entregá-lo aos seus tios e aos Cullen, queria que ele fosse destruído.

- Tem certeza? Sei que pode querer me enfrentar, mas Bella é o Riley, a vida dele está em suas mãos. Seja boazinha, me encontre amanhã na casa dos Finn, diga que vai visita-lo ao entardecer. Vou levá-lo para casa como um primo zeloso. Não diga nada sobre a nossa conversinha com mais ninguém... Matarei se for preciso, você sabe disso. Bella assentiu com os maxilares trincando de raiva por ser ameaçada e por Riley estar em perigo. No momento ela teria que fazer o que ele dizia, mas na primeira oportunidade arruinaria com ele. Boa menina. Ele sorriu doce e abriu a porta para que saíssem.

Bella quase correu para o lado de Riley, Benn apenas a acompanhou tranquilamente. Era como se nada tivesse acontecido, como se ele não tivesse provocado aquela dor ao Riley, como se não tivesse se revelado, como se não tivesse a ameaçado. Sabia que estava perdida. Abraçou o amigo querendo protegê-lo, não gostava da ideia dele ter convivido todo esse tempo com aquele vampiro, não gostava da ideia de Riley estar tão próximo de dele agora, nem Carlisle. Queria proteger a todos.

Carlisle chegou falando sobre a situação dos Finn, eles estavam fora de perigo e ele mesmo ficaria ali para tratar do casal. Bella notou que ele parecia preocupado e então soube que ele confirmara o ataque de vampiro e que àquela altura seus familiares e amigos vampiros já estavam a par da situação.

Damon entrou uma hora depois para levá-la para casa. Bella não queria deixar Riley com Benn ou Klaus. Porém ao olhar para ele, recebeu uma nova mensagem através de seus olhos intensos, não faria nada com o Riley já que ela tinha concordado em jogar o que quer que fosse com ele. Damon também o encarou e Bella tentou disfarçar a sua angustia.

- Alguém mais está por aqui? Perguntou já dentro do carro.

- O topetudo está nos seguindo. Ele esteve vigiando comigo. Ela olhou através do retrovisor e viu um carro prata ao longe os seguindo. Jasper ficará o resto da noite no hospital com Carlisle. Ninguém ficará sozinho. Entendeu? Ele lhe avisou sério.

- Entendi. Ela suspirou, ela lembrou que teria que sozinha, se encontrar com Klaus mais tarde e aquilo embrulhou seu estômago.

- Bella isto é sério, seus tios precisam... Eu preciso que nos ajude a cuidar de você. Dessa vez ele não transformou, apenas feriu, isso foi claramente um aviso de que ele está por aí ainda nos observando e criando todas essas situações. Ele escolheu o seu aniversário o que quer dizer que você é o alvo de sua atenção. Damon que a todo tempo estava olhando para estrada fitou-a neste momento. Não faça besteiras... Seja flexível. Ela quis dizer que não faria besteiras, mas já tinha prometido para Klaus outra coisa. E daquilo dependia a vida dos Finn e do próprio Riley.

- Fique calmo. Foi apenas o que pôde dizer.

Damon estacionou na frente da casa de Bella. Eles estavam exaustos, Bella não sabia bem o que sentia, além disso. Edward parou ao lado, ela olhou para ele e tentou sorrir, ele apenas fez um pequeno gesto de cabeça para ela e com ar triste entrou.

- Não foi bem como planejei. Damon suspirou ao seu lado tomando sua atenção novamente.

- O que quer dizer?

- Estive desesperado procurando algo para lhe dar de aniversário. Bella sorriu levemente.

- Por isso sumiu?

- Sim. Confirmou.

- Não preciso de nada se já tenho você. Damon sorriu e seus olhos brilharam felizes.

- Sinto-me meio enferrujado para essas coisas. Há muitas décadas não dou nada de presente. O que dar a uma garota adorável, tão forte e que tomou meu coração de mim? O coração dela poderia não aguentar tudo aquilo. Bem... Damon tirou algo de seu bolso, era uma caixa pequena de veludo azul escuro. -... Espero que esteja à altura.

Bella pegou a caixa ansiosa para saber o que tinha dentro dela. Seus dedos tremiam levemente. Era o primeiro presente que receberia de Damon e sabia antes mesmo de ver que adoraria. Quando abriu seus olhos focaram algo extremamente belo. Era um relicário prata de formato oval com detalhes bem trabalhados com pequenos desenhos de rosas e folhas. Parecia bem antigo.

- Algo para que carregue sempre com você e que se lembre das pessoas que te amam. Bella pegou o relicário nas mãos delicadamente e observou mais de perto encantada. Olhe só. Damon abriu o relicário para ela e em um dos lados viu algo escrito em Italiano e no outro a foto de seus tios em cima e uma foto bem antiga preta e branca de Damon. Ela olhou para ele emocionada e sorriu feliz com o presente.

- Perfeito! Nunca ganhei nada parecido. Carregarei sempre comigo.

- Você... Gostou mesmo?

- Muito! Ela o abraçou forte e o beijou em seguida.

- Sabe o que está escrito?

- Sim... Stefan fez questão de me ensinar um pouco o Italiano. Ela leu novamente o que estava escrito, agora em voz alta. Per tutta leternità... Por toda a eternidade...

- Per tutta leternità. Damon sussurrou e lhe beijou novamente. Ele pôs o relicário em seu pescoço e constatou que ela ficara linda. Bella saiu do carro e entrou em casa, mas nunca parava de tocar o seu presente. Edward olhou para ele logo quando ela entrou parecia perturbado, mas sabia que era por causa dos últimos acontecimentos. A sua chegada e o aniversário dela foram recheados de ação.

Esme tinha ido embora com Rosalie e Emmet, eles rondariam pela cidade um pouco em busca de algo fora do normal. Helena e Stefan estavam esperando a sobrinha e sairiam em seguida para ver ajudar nas buscas de pistas. Os únicos que ficaram em casa foram Alice, Edward, Damon e Bella. Bella estava com a cabeça sobre as pernas de Damon, ela não queria dormir antes de seus tios chegarem. Edward viu quando ela fez um carinho no rosto do vampiro e tudo ficou vermelho em sua frente.

- Vou sair um pouco. Ficarei perto da casa. Bella não gostou disso.

- Vou com ele. Ficaremos por perto. Alice falou.

Lá fora a uns cem metros da casa, Edward parou e parecia irritado, seus pulsos estavam cerrados.

- Qual o problema com você? Alice perguntou.

- Não começa Alice. Ele disse irritado.

- Não estou te reconhecendo, Edward. Os anos com Tânya o afetaram tanto assim? Falou para irritá-lo.

- Não fale sobre ela! Ele disse.

- Vamos ter que falar um dia. Ela devolveu.

- Não agora. Você viu como eles estão?

- Bella e Damon? Perguntou. Você está com ciúmes? Ela tentou entender. Sabe que ela te ama, seu lugar está sempre reservado.

- Sei, sei, sei. Vou tentar ficar calmo. Ele disse por fim.

Dentro da casa, Bella bocejou e Damon percebeu que passara há muito tempo dela dormir.

- Por que não sobe e dorme um pouco? Sugeriu acariciando seus cabelos.

- Já disse que esperarei meus tios.

- Não acho sensato. Eles podem demorar, suba e descanse, deve relaxar um pouco. Ele tocou levemente na saia dela. Vou levá-la. Sem esperar Bella sentiu-se erguida, Damon levantou com ela nos braços e começou a subir as escadas.

De repente todas as suas preocupações foram sufocadas. Ela parecia não ter vivido nada do que viveu nas últimas horas. Aquele momento com Damon levando-a para seu quarto a fez esquecer tudo. Viu quando ele também percebeu a intensidade do momento, seus olhos tornaram-se mais intensos.

Ele andava sempre olhando nos olhos dela. Viu que entraram no seu quarto, pois sentiu que ele abrira uma porta, mas estava presa naquele olhar, um frio no estômago era sentido e percebeu que suas mãos estavam frias. Damon suspirou antes de pô-la delicadamente na cama. Ele tirou as sandálias dela devagar e as colocou no chão. Quando ia se afastar ela o pegou pela blusa e lhe deu um beijo. Damon correspondeu, sentia-se fraco naquele momento, totalmente moldável, faria tudo o que ela quisesse.

Por isso deitou por cima de seu corpo com cuidado para não machucá-la e continuou o beijo exploratório. Suas mãos logo tatearam por baixo de seu vestido, sentiu a pele firme e quente das pernas, coxas e bunda de Bella. Ela, no entanto, se sentia feliz e leve naquele momento e como das outras vezes sentiu vontade de ser mordida por ele. Não saberia dizer se por curiosidade, só queria sentir os dentes dele nela. Era inexplicável esse desejo.

Damon lhe beijava o pescoço enquanto ela o acariciava por todo o corpo. Ela queria ser amada por ele, mas sabia que ele recuaria. Sentiu seus dentes arranharem a pele do seu pescoço e a sua vontade de ser amada e de ser mordida aumentaram. As mãos de Damon passaram levemente por seus seios e ela arfou.

- Damon... Por favor... Ela pediu e ele lhe beijou novamente para depois afastar-se. Ela sabia que ele recuaria mesmo assim ficou chateada. - Não sou uma menina. Tenho 16 anos e desejo você. Ela não sabia como podia ter forças para se expor tanto assim, mas falaria para ele o que sentia.

- Bella... Ele implorou, estava visivelmente abalado e ela sabia que ele também queria.

- Estamos sozinhos... Ela lembrou a ele e então ele levantou da cama e ficou o mais distante possível. Estava perto da janela com suas costas coladas a ela. Se não quer me fazer sua desse jeito então... Bella levantou e o movimento feito por seu vestido pareceu quase sobrenatural fazendo Damon tremer de desejo. -... Faça-me sua de outro jeito. Ela viu as sobrancelhas dele unirem-se levemente. Morda-me. Damon arfou e encostou-se ainda mais na parede.

- Está louca... Ele murmurou.

- Por favor, sei que pode se controlar, eu só quero dividir algo com você. Eu desejo isso... Muito... Bella tinha em seus olhos e em sua voz determinação. Estava muito próxima agora e seu cheiro o embriagava. Damon...

- Você... Você é a minha perdição. Damon falara por fim e soube que ele não estava recusando nada. Ela pegou seus cabelos e o pôs totalmente de lado, revelando o seu pescoço para ele. Ela inclinou a cabeça, fazendo-se disponível.

Damon a segurou pela cintura. Queria muito sentir o seu sangue escorrer pela sua garganta. Sempre imaginou como seria... Ela que é tão quente e forte, seu sangue deveria ser da mesma forma. O seu cheiro era tão gostoso que às vezes parecia mesmo que podia saborear o seu sangue através dele.

Damon uniu seus corpos e lentamente passou a ponta do seu nariz pelo pescoço delgado dela. Bella fechou os olhos gostando do carinho. Ele apreciava o vinho antes de degustá-lo, logo em seguida passou a língua pelo mesmo caminho que fez com o nariz. Ele prolongava... Prolongava a sensação e Bella não a podia conter-se. Então ela sentiu uma pontada afiada em seu pescoço e cerrou os olhos com o incômodo sentido, os dentes afiados de Damon penetravam a sua pele e agora ele sugava o sangue que brotava.

Bella sentia-se em paz naquele momento, sentia o amor dentro dela crescer e podia sentir também todo o amor que vinha dele. Ela entendeu, naquela oferta que fizera e que estava sendo aceita, aceitou também sentir e dividir todos os sentimentos com ele. Sentia que ele queria protegê-la e que a adorava e ela sabia que ela estava sentindo seus sentimentos e que também o amava muito.

O corpo dela ficara mole em seus braços, ele então a pegou firme e carregou-a até a cama. Damon a olhava com carinho. Uma gama de emoções naquele momento estava estampada em seu rosto. Ele a adorava, isso era fato. Ajoelhou-se diante da cama ao lado dela e mordeu seu próprio pulso que sabia logo estar curado e o levou até seus lábios. Bella hesitou, mas ele continuou com o pulso lá.

- Assim será completo. Disse baixo para ela. Bella entreabriu os lábios e sentiu o líquido. Com a língua ela experimentou um pouco mais e depois fez como ele, sugou o quanto pôde e segurou o pulso dele para facilitar as coisas pra ela.

Damon a observava com os olhos levemente cerrados. Ele estava se deliciando em ser provado por ela e vê-la gostar daquilo o excitou. Ele recolheu o pulso, mas ela queria mais e tentou detê-lo.

- É o suficiente, meu bem. E retirou seu pulso. Deitou ao lado dela que se aninhou em seu peito.

- É sempre assim? Essas sensações misturadas... Eu pude sentir o que você sentia...

- Quando queremos é sim, mas podemos desligar. Não vamos querer sentir o pavor de nossas vítimas. Faz parte da maldição.

- Não me pareceu ruim. Ela o fitou.

- Por que eu te amo. Damon passou o dedo indicador levemente pelas duas marcas que fizera no pescoço dela. Ela percebeu que ele estava preocupado.

- Não se arrependa por isso. Eu quis muito e ficarei triste se sentir culpa ou arrependimento. Ele fez um apequena careta. Ninguém saberá... Isso será apenas nosso.

- Bella... Isso não irá se repetir. Declarou.

- Mas... Ela ia discutir, mas Damon ouviu Alice e Edward entrarem e pôs o dedo indicador nos lábios dela calando-a.

- Depois falamos sobre isso.

Damon adormeceu ali com Bella em seus braços. Estava cheio de preocupação quanto o que fizera, mas não arrependido. Apenas teria que ficar de olho nela, não queria que nada acontecesse com o seu sangue no organismo dela, não por enquanto, ainda era cedo para transformá-la. Mas isso iria acontecer um dia, já estava decidido.


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