Next To Me escrita por Jessie Austen


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

YAY! Dobradinha...*_*



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John seguiu Sherlock pela escada segurando-o pelo braço assim que chegaram ao lado de fora da república.

– Você pode ir se quiser, mas não acha melhor se eu for? Eu posso te ajudar...

– Eu não preciso de ajuda.

– Por quê você está fugindo de mim?

O moreno então se soltou e se virou em direção da rua esperando um táxi passar. John disse:

– Sim! Sarah me beijou. Mas você sabe que não significou nada.

– Sei?

– É só olhar para mim e você vai ver. Você não sabe de tudo? – John perguntou enquanto os dois se encaravam agora – Sherlock, sinto muito se eu acreditei no que a Irene disse. Mas eu não tive escolha...eu não sei nada sobre você. Isso vai continuar acontecendo...se...se não falarmos sobre isso. Se eu não souber o que você sente!

– Oh. – respondeu fazendo pouco caso.

– Como eu poderia saber que você ainda não a superou? Como eu posso saber o que você sente?

– Eu não tenho nada para superar! E o que você quer que eu faça? – o moreno respondeu sem paciência.

– Sherlock, você diz que não estamos juntos. E isso é o que quer acreditar...mas nós estamos, e sabe por quê? Eu quero...eu quero você como eu nunca quis ninguém antes. Não me importo com o tempo que vai levar para você finalmente aceitar isso. Mas eu vou esperar o que eu tiver que esperar...e eu vou confiar em você a partir de hoje. Plenamente. Porque você vale a pena. Nós dois juntos...vale a pena.

– John...

– Eu não me importo com o que você vai fazer com essas informações. Vá. Se você mudar de ideia e quiser que eu vá ou quiser conversar, me ligue. – John disse entrando e deixando Sherlock sozinho.

Sim, Sherlock tinha que admitir que sentia um incômodo crescente ao perceber que Sarah havia estado em seu apartamento. Sabia que John era bom demais para ter percebido a maldade ou as verdadeiras intenções da jovem.

O loiro era bom demais e isso o assustava, isso era verdade. John fez ele sentir coisas que não podia controlar. John era inteligente, engraçado, paciente e cuidava dele...como ninguém havia feito antes.

Sentia seu coração bater muito forte enquanto o vento gelado atingia seu rosto. Andava pela calçada de maneira rápida, mas acabou fazendo o caminho contrário do hospital. Seu irmão estava melhorando e ele e John tinham escapado de uma enrascada. Agora só tinha uma pessoa que ele queria ver e este era Jim Moriarty.





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– Sherlock! – Jim disse de maneira amistosa enquanto descia a escadaria de sua mansão vendo o moreno aguardá-lo na sala. Assim que se aproximaram, este abriu um enorme sorriso e disse - O que devo a enorme honra?




– Por que você envenenou o Teddy e o meu irmão? – perguntou sem enrolação.

A princípio Jim ficou surpreso, mas logo riu e respondeu:

– Uau. Você é um gênio. Sério.

– Sua ex-namorada. Ela deixou essa pequena amostra de sua burrice em minha poltrona. – Sherlock disse balançando o saquinho com Euphorbia tirucalli. Onde você queria chegar...Jim?

– Oh. Sherlock...se você tem tanta certeza que foi ela, por que está me acusando? – este disse de maneira inocente enquanto rodeava Holmes.

– Porque é óbvio que você queria me culpar. De novo. Ela nunca faria isso de propósito...agora você...

– Você ainda não esquecer aquela história né? Passado é passado Sherlock...Hooolmes. E fico extremamente ofendido que você tenha me acusado assim, na minha própria casa!

– O que você quer? – Sherlock perguntou entredentes enquanto se encaravam.

– O que eu quero? Como assim?

– Você quis me incriminar...incriminar John...por quê?

– Eu acho que você está lendo muitos romances policiais. Sério. Precisa sair mais...você poderia se juntar à mim, o que acha? – Jim sorriu.

– O você você quer?! – Sherlock repetiu sem paciência.

– Sabe qual é o seu problema? Você acha que tudo deve ser grandioso...que eu sou um psicopata louco atrás de você. Eu tenho coisas melhor para fazer não acha? Mas como eu estou com muito humor, vou explicar o que aconteceu...se precisar eu desenho: Teddy é um babaca. Ele precisava ter certeza disso. Eu o envenenei. Na verdade foi mais fácil que isso, ele se envenenou sozinho...tão estúpido. Quando Watson foi acusado de ser o principal suspeito eu achei extremamente divertido! John Watson? Aquele cara não poderia machucar uma formiga! Irene me contou que viu vocês dois na festa da tonta da Molly e eu pensei: eles estão tentando descobrir quem foi! Realmente estão trabalhando nisso...começou a ficar divertido, meu caro Holmes. Mas daí a vida continuou e o seu irmão foi um babaca igual...e eu não tive escolha e o envenenei também. Ninguém descobriria, quero dizer...todo mundo é tão burro que não ligaria, mas eu o subestimei. Seria legal, ãh? Se você não tivesse vindo...teríamos mais pessoas...naturalmente. Afinal, elas sempre me aborrecem! – Jim explicou com um sorriso.

– Você fez isso por diversão?!

– Oh, Sherlock. Eu sou tão sozinho às vezes, sabe. Pobre menino rico...eu colocaria fogo naquele campus se aquele lugar não fosse do meu pai e provavelmente a minha fonte de renda daqui alguns anos. Mas é bom dar uma agitada nas coisas, não? Você achou que fosse um serial killer? Que você seria o próximo, talvez? Eu consegui entreter alguém pelo menos!

– Você é completamente doente.

– NÓS somos. Quando você vai perceber isso? Uh? Não somos ordinários como o restante...somos mais, bem mais. Somos uma versão melhorada! Você precisava ver a cara do diretor quando eu disse que o cargo miserável dele estava ameaçado com aquele escândalo do envenenamento. Eu mesmo fiz questão de entregar todos os suspeitos...o meu pai gritou tanto com ele no telefone quando eu contei! Eu não gosto dele, então foi meio que matar três coelhos numa cajadada só.

– O que o meu irmão fez para você? Fale logo! – Sherlock perguntou enquanto tentava não partir para a agressão.

– Oh...espere. Só um momentinho, ok? – Jim então pegou seu celular e ligou para alguém – Ma cherie? Hum. E ele? Oh, sério? Que ótima notícia! Ok, beijos. Tchau, tchau! Seu irmão, o odioso Mycroft acordou. Pergunte você mesmo o que ele me fez, Holmes Jr. Agora que sua vidinha medíocre voltou ao normal e que você percebeu que seu principal suspeito sempre foi o culpado e nunca fez questão de se esconder, eu preciso pedir que saia. Tenho muitas coisas para fazer. – Moriarty sorriu.

Sherlock respirou fundo e encarou Jim. Aquilo não tinha sido à toa. E ele sabia que não terminaria cedo.

– E ah, Sherlock...se você me denunciar...para qualquer pessoa, para a senhora Hudson...eu acabo com você. Ou melhor, não teria tanta graça, não é mesmo? Eu acabo com o seu namoradinho. Já pensou? O pobretão voltando para a cidade dele de 50 habitantes sem dinheiro e sendo acusado de algo horrível? Eu não iria querer ver essa cena. – Jim acrescentou com uma careta - Considere essa nossa conversinha como um segredo. Um segredo, só meu e seu...quem diria hã? Que o nosso relacionamento chegaria a esse nível?

Sherlock deu meia volta e saiu enquanto ouvia a risada de Jim atrás dele. Saindo pelo imenso jardim avistou seguranças com cachorros raivosos.

A família Moriarty era um império, acima do bem e do mal quando o assunto era aquela universidade.

Se ao menos as pessoas não o tomassem como um louco. Na verdade ele tinha alguém assim. Acelerando os passos, ele voltou para Rua Baker.

Assim que chegou encontrou John adormecido na poltrona. Tudo o que ele sempre quis estava ali.

Pegou sua coberta mais quente e o cobriu. Provavelmente deveria ter um jeito melhor de demonstrar carinho, mas isso ele ainda não conhecia.

Sentando-se em sua cama ele pensou sobre tudo. Sobre sua vida. Sobre Jim e Irene. E sobre John na sua vida.

Sim, o loiro estava certo. Eles tinham que conversar.





















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