Ele me olhava descaradamente, já estavam todos nos olhando. A festa acabou e ele foi me levar em casa, não sei porque.

- Cadê a pequena, tia?

- Ela já dormiu querida.

- Ah! Vou lá só dar um beijo nela e nós já vamos ok Pedro?

- Tá, te espero lá em baixo.

Fui até o quarto da Mama, depositei um beijo em sua testa e fui embora. Chegando lá em baixo percebi Pedro ouvindo a “nossa” música: “Só pra te fazer lembrar – Lucas Lucco”.

- Vamos?

- Pedro, eu posso ir de táxi, vai ficar muito tarde pra você voltar.

Ele deu um sorriso disfarçado, mas não me impediu de ver.

- Vai entrar por livre espontânea vontade ou vou ter que te por aqui dentro?

Eu ri e entrei.

O caminho todo ele ficou passando as mãos levemente sobre minhas pernas. Chegamos e eu o convidei para subir, sem muita cerimônia nós subimos. Ele dava leve mordidas no meu pescoço me fazendo arrepiar por inteira. Entramos já nos beijando, fomos indo pro meu quarto rapidamente. Entramos e ele trancou a porta. Fomos deitando devagar na cama, continuamos nos beijando. Ele começou a puxar minha blusa pra cima e fiz o mesmo com ele. Logo vi meus gemidos serem abafados com beijos. (...) Acabamos caindo de tão cansados. Dormi com a cabeça no peitoral dele. Logo pela manhã me vi acordar sorrindo, me debati procurando o Pedro e nada. Levantei chateada, andei por toda casa e não o achei. Liguei no mínimo umas dez vezes mas foi em vão, ele estava me ignorando e isso me irritava. Depois de uma noite como aquela, ele foi embora sem se despedir, sem dizer nada e não retorna as minhas ligações.

Passei o dia todo com raiva de mim mesma por ter sido tão fraca, mas não tem mais jeito. Logo após o almoço me arrumei e fui trabalhar. Estava extremamente nervosa. Lá pelas 16hs a Camila anunciou que o Pedro estava querendo falar comigo.

- Senhorita, o senhor Pedro, está aqui, quer falar com a senhora.

- Não estou pra ninguém hoje. Diz que eu estou em reunião.

Logo minha porta se abriu e eu levantei brava. E sim, era o Pedro.

- Isso aqui deve ter virado a casa da mãe Joana mesmo. Não é possível. Camila chame os seguranças.

- Nattália espera, deixa eu te explicar.

- Pedro cala a boca, não quero me arrepender mais do que já estou arrependida.

- Foi sem querer, eu tive um compromisso.

- E eu quero que você vá embora.

Os seguranças levaram ele da minha sala.

- Senhorita, precisa de mais alguma coisa?

- NÃO! E quando eu disser pra ninguém, é pra ninguém entendeu? Faça o que for preciso, mas é pra NINGUÉM, será que é tão difícil de entender?

- Me desculpe, não vai mais acontecer.

Ela saiu e o clima ficou pesado. 18hs eu estava indo embora. Passei na frente dela e a mesma abaixou a cabeça.

- Ca-Camila! Me perdoe. Não era minha intenção falar com você daquele jeito, estava nervosa.

- Não tem problema senhorita, está tudo bem! O erro foi meu.

- Tudo certo então?

Ele assentiu que sim e fui embora. Logo ao chegar no meu carro Pedro estava lá.

- Ah, não! Só pode ser brincadeira.

- Me escuta!

- Eu vou pra casa! Você não podia ter feito aquilo Pedro, depois daquela noite você vai embora e me deixa lá só na ilusão? Porra, já chega Pedro.

- Nat, eu tenho que te contar uma coisa!

- Eu não quero saber.

Ele me segurou pelo braço, olhou dentro dos meus olhos e indagou.

- Sabe a sua amiga Manuelle? Pois é, ela disse que gosta de mim Nat, ela não gosta do Thoso.

- O que? Ela está iludindo o meu irmão?

- É, por isso que eu sai, fui correndo contar pro Thomas.

- Mano, eu vou fuzilar essa guria!

Sai em direção a casa do Tho! Quando cheguei lá eles estavam brigando.

- Thomas!

- Nat, eu já sei, o Pedro me contou, essa piranha... Ah!

Ela me olhou e riu,

- Mano eu vou te matar.

Parti pra cima dela, que se dizia minha amiga, mas na real só queria tirar proveito da situação. Dei o maior tapa na cara dela e Pedro tentou me segurar. Continuei batendo nela.

- CHATINHA, PARA, TU VAI MATAR ELA.

Parei de bater naquela cachorra, passei a mão no rosto, peguei minha bolsa e olhou furiosa pra ela.

- SE VOCÊ SE METER COM ALGUM DOS DOIS AQUI, VOCÊ M-O-R-R-E TÁ? SE LIGA VADIA!