Meu Deus, como eu me odiei naquela noite.

Draco terminou de beber e pedi-lhe para irmos para casa.

- Draco... Você não acha que... - Eu me interrompi. Não, Hermione, não.

- Que o que, meu amor? - Ele disse quando parou o carro na frente de casa e aplicou um beijo suave em meus lábios.

- Nada, Draco.

- Diga, já começou, agora termine. - Ele insistiu.

- Ah, que a nossa relação poderia ficar mais séria. - Eu suspirei.

- Mione...

- Nós já temos filhos e tal... - Eu o cortei.

- Hermione. - Ele insistiu e eu olhei para ele. O interior do carro estava quente e eu estava meio suada. Meio não, muito. Ah, como eu odiava dançar.

- Sim?

- Eu tenho medo.

- De que, Malfoy? - Ele sorriu, ele me disse uma vez que eu só o chamasse pelo sobrenome se a situação fosse séria. E eu também não contive meu sorriso.

- De compromissos. - Ele disse e meu sorriso se desfez.

- Mas, Draco... - Eu me sentia mal. E se Draco não quisesse se casar comigo? Como eu viveria?

- Hermione, eu te amo, mas...

- Draco! - Eu o interrompi - Não faça isso comigo!

- Hermione!

- Draco!

Sim, a cena seria cômica se eu não estivesse á beira das lágrimas. Draco me fazia bem, mas ele ainda não era tão maduro quanto eu queria que fosse.

- Não me obrigue a ter um relacionamento sério, Hermione. - Ele disse por fim e saiu do carro. Eu saí logo atrás dele, estaríamos nós brigando?

- Draco, volte aqui! Você já parou para pensar em Scorpius e Rose? Quando eles crescerem não terão os pais casados!

- Hermione, não! - Eu o peguei pelo braço e o virei bruscamente, ele pôs as mãos em minha cintura, lufadas quentes de ar saíam de seus lábios entreabertos. Seu hálito tinha um cheiro embriagante de menta e bebida alcoólica - Você me irrita. Mas eu te amo. - Ele sorriu e se aproximou mais, de modo que nossos lábios se roçavam quando falávamos.

- Eu me preocupo com eles, Draco. - Eu disse, uma lágrima correu solitária por meu rosto.

- Eu também, Hermione, mas...

- Você não me ama. - Agora eu chorava ainda mais, podia sentir a maquiagem escorrendo por meu rosto.

- Hermione, de onde tirou isso? É claro que eu te amo, mas veja o meu lado. - Ele argumentou.

- Olhe por mim, Draco. Já parou para pensar que eu preciso disso? - Levantei os olhos e me surpreendi pelo fato de que os olhos cinzentos do meu loiro estavam marejados - Seus filhos precisam disso.

- Hermione, eu amo você, eu amo a Rosie, eu amo o Scorp, mas...

- Nada de "mas", Draco. - Eu pus fim á discussão - É "sim" ou "não".

- Hermione...

- Não. - Me soltei de seus braços e entrei na casa e limpei o rosto.

***

No dia seguinte, deixei meus filhos com a minha mãe e fui para a aula. E ouvi algo de que havia esquecido.

- Temos que falar sobre nossa relação no trabalho, querido. - Dissera Lilá Brown ao Rony.

- Sim, sim. - Ele riu e a beijou.

O trabalho! Eu havia me esquecido completamente dele!

Que droga, eu não tinha ideia do que deveria fazer nesse trabalho. Tinha que achar Draco, mas eu havia brigado com ele.

Assim que me virei eu o vi ali.

- Draco... - Eu suspirei de alívio.

- Agora não. Espere.

- Mas, Draco...

- Shhh... - Ele se ajoelhou de frente para mim e tirou uma caixinha do bolso - Hermione Jean Granger, aceita me suportar pelo resto de sua vida?

Meu coração disparou, ele queria se casar comigo...?

- S-sim D-dra-co.... E-eu  a-a-aceito... - Eu gaguejei.

Iria me casar com Draco Black Malfoy....