Estava extremamente feliz, os quartos dos bebês eram grandes, um para cada um, é claro. Mas o ruim é que eles acordavam toda noite chorando, coitadinhos.

***

Em uma noite, quando os bebês já estavam com 6 meses e uns dias finalmente eles não choraram a noite toda, nem uma só vez.

- Mione? - Draco me chamou durante a noite. Pelo jeito ele estava com tanto sono quanto eu. Ou seja: nenhum.

- Sim?

- Eu não consigo dormir.

- Que quer que eu faça?

- Ah... Você sabe... - Ele disse e pude sentir a malícia naquela frase.

- Draco, não. Por favor.

- Por favor digo eu. Eu não tenho nenhuma relação já faz mais de seis meses.

- Não exagera.

- Sim, faz até mais que isso.

- Draco, não. Teu irmão tá no quarto do lado e eu não quero que ele escute... Entende? - Eu disse e ele riu.

- Chad não dorme e ele deve estar lá embaixo jogando... Sei lá o que que ele joga.

- Ok. Tanto faz então.

- Não é tanto faz. Tem que ter um clima.

- Cala a boca Draco.

- Não! É sério!

- Draco. Eu não durmo já faz uma semana, e eu não leio nada faz mais de um mês. Isso é pior que tpm pra mim.

- Se você fizer sexo comigo talvez melhore.

- Tá afim de morrer?

- Não, eu tô afim de tr... - Eu não aguentei mais e o beijei. Ele me abraçou e me puxou para mais perto de si - Era disso que eu tava falando. - Ele disse em meio aos beijos com uma voz rouca e sedutora.

- Já não acham que dois já estão de bom tamanho? - Disse Chad encostado na porta.

- O que eu te disse, hein senhor faça-sexo-comigo? - Eu disse com raiva.

- A culpa não é minha!

- Ninguém vai me dar atenção não?

- Não! - Draco ralhou.

- Não seja duro com o seu irmão! O que foi Chad? - Eu disse com doçura.

- Eu não consigo dormir, Mione.

- Com você já somos três. - Draco disse bufando.

- O que fazer? - Eu perguntei.

- Sei lá. Assistir filmes ham... ou sair pra algum lugar? Espera.. não dá. Droga.

- Fora de cogitações. - Eu disse.

- Podem ir. Eu cuido deles. Se eu puder assistir algum filme aqui no seu quarto. - Ele disse com um sorriso de lado.

- Por que?

- Porque a sua tv é maior que a minha.

- Ok. - Draco cedeu - Quer ir?

- Pode ser... - Eu disse por fim.

- Que tal uma balada ou coisa assim, preciso me mexer com urgência.

- Ah.. Pode ser.

- Então se vista decentemente, sem pernas de fora, por que não quero espantar marmanjos. Ok?

- Fala sério! - Eu ri.

- Vamos lá... Vai querer mesmo aqueles garotos de quatorze anos babando em cima de você?!

- Draco.

- Que?

- Quantas vezes eu usei roupa curta?

- Verdade. Esqueci que a minha namorada é a única nerd gostosa que eu conheço.

- Melação de cueca... - Chad cantarolou.

***

Chegamos em uma balada que eu nunca havia ido. Draco me disse que geralmente os alunos de Hogwarts frequentavam ela, apesar de eu nunca ter ido.

Eu usava um vestido que ia até o meio das coxas e um salto que Draco me empurrara. Ele estava vestido como sempre, camiseta de gola v branca e um jeans preto.

Assim que entramos no recinto, vários olhares nos seguiram. Senti que estava vermelha, mas mesmo assim continuei andando ao lado de Draco.

Vários garotos me olhavam e eu tentei puxar o vestido mais para baixo, mas quando eu o abaixava, o decote mostrava mais dos meus seios do que eu desejaria.

Draco me puxou para o meio da pista, abriram um espaço para nós passarmos, e eu me sentia realmente incomodada.

- Vamos, dance! - Ele disse, ou melhor. gritou por cima da música do David Guetta que ribombava em nossos ouvidos.

- Eu não sou muito de dançar! - Eu gritei de volta.

- É só se mexer! Tente! É divertido!

- Não vejo graça nisso!

- Vai dizer que preferia ficar em casa?!

- Não... Mas...

- Vem! - Ele me puxou para mais perto dele e começamos a dançar. Até que foi divertido, tirando a parte de me esfregar nele em público.

Depois de um tempo nós fomos para a parte do bar ele pediu uma marguerita e me perguntou se queria alguma coisa, eu dispensei. Disse-lhe que iria no banheiro e ele hesitou um pouco antes de assentir. No banheiro o barulho era mais abafado e lá eu percebi o quanto a minha cabeça latejava.

- Granger, a pequena nerd decidiu pagar de popular? - Uma voz disse atrás de mim, era Pansy Parkinson.

- Não, eu vim acompanhando o meu namorado.

- Há. Grande coisa.

- Vai lá dar pra qualquer um e me deixe em paz.

- Escuta aqui sua imbecil, eu nunca dei pra ninguém tá?

- É, não deu mesmo, distribuiu.

- Cale essa boca, sua putinha! 

- Olhe só quem fala.

- Não me faça meter a mão na sua cara.

- Ah é, esqueci que você não é civilizada. - Eu disse com uma falsa preocupação - Agora eu vou lá com o meu Draquinho. Com licença.

E saí deixando-a lá, furiosa batendo os pés de raiva.