Dad And Dad? escrita por MAHximum


Capítulo 7
Capítulo 7: A minha ESTRANHA família.


Notas iniciais do capítulo

AEAEAE, CAPITULO SETE MANOW *O*
Quando eu comecei essa fic eu achava que só ia durar até o capitulo 4, sei lá :x Estou impressionada *--* YEY!

whatever, obrigada mesmo povo que gasta o tempo lendo a fic *O* AMO VOCES! IUASHUHS //momnetoemo

O próximo cap ja ta pronto... Na verdade o sete e o oito iam ser um só, mas ficou enorme, então eu dividi :B
MAAAS, só vou postar quando o numero de reviews chegar no 24 ASUSHAUSAUASISJAI :x Homenagem ao Lucius -qq

Bom proveito! :D
Bjs, MAH.



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- Allinton! – Lucius invadiu meu quarto às dez e meia da manhã no domingo.  Tudo tinha voltado ao normal, inclusive ele, logo depois que Rose deixou nossa casa no dia anterior. Tenho que dizer que fiquei MUITO curiosa e pensei que poderia tirar o domingo pra insistir nesse assunto com Lucius até arrancar alguma informação dele, mas meu plano foi por água a baixo quando eu ouvi:

- Se arrume rápido, pois vamos ver seus avôs!

- Vovô e vovó Hanckson? – perguntei ainda com sono.

- Quem mais? – Lucius se forçou a sorrir, mas eu sabia que por dentro ele estava se lembrando de pessoas que não queria.
A verdade é que eu nunca vi ninguém da família Greswilly, isso é, alem do meu pai. Se não me engano minha avó por parte de Lucius morreu quando ele ainda era criança e ele ficou sob os cuidados do pai. Mas aprece que ele brigaram feio a muitos anos atrás e desde então não se falam... Não sei se meu pai tem irmãos ou outros parentes, Lucius detesta falar sobre sua origem. Ele nunca gostou de ser um Greswilly. Tanto que ele adotou Hanckson como sobrenome oficial depois que casou.

Enquanto eu viajava pensando em como seriam os pais de Lucius (OMG, imagina se fossem iguais a ele!), ele abriu meu armário, tirou um vestido que eu nem sabia que tinha e jogou em mim.

- Vamos! Se vista! – Ele ordenou.

- Eu posso escolher minha roupa sozinha... – Analisei o vestido de alcinha branco com uma faixa xadrez na cintura. ECA, simplesmente odeio vestidos! Eu sou meio casual demais, camisa e calça jeans é a melhor opção pra mim... E nada de maquiagem, nem sei passar! É claro que isso deixa Lucius louco. – E com certeza não vai ser isso! – Eu fiz uma careta e joguei a roupa na cama. Ele se virou pra mim fazendo biquinho e uma cara de choro.

- Você nunca me deixa escolher suas roupas!

Por que ele ta fazendo todo esse drama mesmo?

- Desde pequena eu te enfio em vestidos fofos e você troca por bermudas e calças...

Ah, sim. Eu sei o motivo desse nervosismo...

- Você tem todas as vantagens de ser uma mulher e não usa!

É porque vamos ver a família de Reinald hoje, isso é...

- Faça esse esforço pelo seu querido pai! PELO AMOR DOS DEUSES!

... os sogros de Lucius.

- Okay, pai... Eu coloco o vestido. Feliz? – Sorte dele que estou de bom humor.

- Sim! – Ele sorriu e me abraçou – Bom dia, filha!

- Bom dia. – Respondi não muito animada.

- Desça logo, estamos te esperando... – Ele suspirou e eu notei que ele estava bem inquieto. Meu pai não se sente bem de ter que encarar a família de Reinald, acho que ele pensa que meus avôs não gostam dele por, sabe, transformar o filho deles num gay. Mas isso é coisa da cabeça de Lucius, ninguém tem nada contra ele... É claro que meus tios e minha avó enchem o saco dele, mas isso faz parte!

Eu encarei o vestido e ele me encarou, ia ter que usá-lo de qualquer jeito, caso o contrário Lucius só ia ficar pior...

Me troquei devagar, queria adiar um pouco a partida. Eu realmente adoro os almoços em família dos Hanckson, meus avôs e meus tios são muito legais e gentis comigo, sem dizer que eu AMO ver as brigas dos meus tios e do meu pai, principalmente quando eles começam a lembrar coisas do passado. Já descobri tantas coisas sobre Reinald nessas reuniões em família... Mas apesar de tudo, infelizmente essas reuniões despertam o lado nervoso de Lucius e o lado infantil de Reinald.

Eu sabia que ia ser um longo dia... Só não imaginava o quanto.

Terminei de me arrumar e desci as escadas. Infelizmente acabei vendo uma cena não muito agradável. Bom, não pra mim. Lucius estava deitado no sofá com Reinald em cima dele beijando seu pescoço, suas pernas estavam em volta da cintura de Reinald, enquanto esse colocava as mãos dentro da camisa desabotoada de Lucius.

Eu ainda e pergunto como consigo dormir a noite...

- Vocês têm que fazer isso há essa hora? – Perguntei cortando o clima, senão eles nem teriam percebido minha presença e continuariam até lembrarem que tinham um compromisso marcado e o que mais mesmo? Ah, sim... UMA FILHA!

Reinald corou e saiu de cima de Lucius rapidamente ajeitando a roupa amassada, depois começou a abotoar a camisa de Lucius. Até ISSO ele faz!

- Posso abotoar sozinho... – Lucius resmungou provavelmente por causa do “sermão” que eu tinha dado, senão ele estaria todo feliz por ser tratado como um rei.

- Não, eu faço isso.  - Reinald balançou a cabeça negativamente e continuou abotoando. Quando terminou, arrumou a gola da camisa e sorriu – Afinal fui eu que abri. – COMO ELE PODE FALAR UMA COISA DESSAS COM ESSA CARA DESLAVADA NA MINHA FRENTE?

Eu continuo me perguntando como consigo dormir a noite... Acho que vou fazer essa pergunta pro resto da vida!

- O que vocês são? Animais? – O meu bom humor tinha ido por água a baixo.

- Saiba que esse é um ótimo jeito de começar o dia... – Lucius respondeu arrumando o cabelo com a mão.

- Não que você precise experimentar! – Reinald disse em seguida como se isso fosse me fazer repensar a idéia de, sei lá, beijar Jake... FAIL!

- Vou pro carro... – O que mais eu podia dizer ou fazer?

- Já estamos indo também. – Reinald enfiou a mão no bolso procurando as chaves.

- Eu dirijo! – Lucius gritou e levantou a mão como aquelas criancinhas que querem ser escolhidas nas festinhas de aniversários.

- N-não... – Reinald gaguejou e ficou meio perdido com aquela reação de Lucius, afinal ele nasceu pra cozinhar e não pra dirigir. – Eu dirijo. Eu sempre dirijo... – Reinald encontrou finalmente as chaves e quando as tirou do bolso, eu peguei a de casa, abri a porta e sai deixando a chave na fechadura. Aquela era mais uma discussão inútil que eu não estava afim de assistir...

Mas como sempre, eu acabo vendo.

- Mas eu falei primeiro! – ISSO FAZ DIFERENÇA?, me perguntei e sei que Reinald fez o mesmo. Mas provavelmente na cabeça incompreensível de Lucius isso é um modo lógico de decisão. Ele saiu de casa andando de costas para que pudesse encarar Reinald com intenção de provocá-lo até desistir. Ele é literalmente uma criança...

- Mas você dirige mal! – Reinald rebateu quase tão infantil quanto o outro. Ele saiu de casa e trancou a porta, seguiu até o carro e ia entrar se não tivesse notado que Lucius havia parado no meio do caminho.

- Não to nem aí se eu dirijo mal, quero dirigir! – Ele bateu o pé e colocou as mãos na cintura.

- Lucius, entra no carro! – Reinald mandou com aquele tom de voz que ele usa comigo quando eu faço alguma coisa errada ou quando quer que eu o obedeça. Bom, geralmente quem ouvisse uma ordem daquele jeito enfiaria o rabo entre as pernas e obedeceria de cabeça baixa, mas Lucius... Ele é um caso a parte!

- Não. Vou dirigindo ou fico aqui! – Ele botou isso na cabeça e não ia tirar tão cedo. Reinald suspirou e foi até Lucius. Ele segurou a cintura dele por trás e tentou conduzi-lo até o carro, mas não deu certo. LUCIUS É PIOR QUE MULA EMPACADA!

Reinald laçou a cintura dele com os braços e sussurrou algo em seu ouvido.

- HEY! Isso é golpe baixo e não vai funcionar! – Lucius se soltou dos braços de Reinald e passou da teimosia pra choradeira. – Por favor, por favor, por favor, por favoooor! – Reinald suspirou e entregou a chave do carro a ele. –YEY! – Lucius pulou e depois deu um selinho em Reinald. – Valeu!

- Vamos logo... – Reinald não ficou muito feliz de ter perdido a discussão e entrou no carro de cara amarrada. Já Lucius entrou saltitante e saiu dirigindo feliz, seguiu por uma avenida (parando em todos os semáforos, claro.) e logo virou numa rua estranha e fora do caminho.

- Pra onde você está indo? – Reinald perguntou ao perceber o desvio.

- Pra casa dos seus pais, oras... – Respondeu Lucius.

- Você não vai fazer o caminho mais comprido, né? – Lucius não respondeu comprovando a teoria de Reinald – Então é por isso que você queria dirigir? Ah, querido, já faz QUINZE anos! Quando vai se acostumar com eles?

- É só que... Eu sou meio que o intruso lá. – Reinald tem três irmãos, mas é o único casado. Apesar de que a tia Sophei já se casou. Três vezes!

- E eu sou o que, pai? – Eu era mais intrusa ainda!

- Você é a netinha querida deles. – Senti uma ponta de mago na voz de Lucius – Eu sou só o cara que levou Reinald pro caminho errado...

- Você sabe que não é isso que eles acham. Minha mãe só te enche o saco porque ela é sua sogra, é o papel dela.

- Se ela disser mais uma vez que eu te levei pro lado rosa da força eu juro que vou matá-la! – Mas Lucius levou mesmo... whatever, minha vó provoca muito!

- Não vai não, porque seu papel é odiá-la em segredo. – Ele realmente acredita que Lucius vai pensar duas vezes antes de responder grosso pra minha avó só porque esse é o papel dele? Aiai, Reinald precisa cair na realidade... – Alem do mais, hoje Jen vai levar o novo noivo dela. Esse é o motivo do almoço.

- TIA JEN VAI SE CASAR? – Berrei do banco de trás.

- Sim, é o que parece... – Reinald respondeu enquanto ficava escrevendo e desenhando no vidro embaçado.

- Sério? Meu Deus, que babado! – Lucius disse provando mais uma vez sua opção sexual – Por que eu nunca sei de nada?

- Eu descobri isso hoje. – Reinald esclareceu – Por isso evite brigar com minha mãe hoje.

- Vou tentar. – Lucius estacionou em um canto da pista – Quer dirigir? Cansei.

KYAAAH, que cara de pau! Depois de todo aquele drama, não acredito!

- Claro. – Reinald sorriu e eles trocaram de lugar. Claro que com Reinald no volante chegamos la dez mil vezes mais rápido do que teria sido com Lucius dirigindo feito um idiota.

Assim como nós, meus avós moram em um sobrado. Bem maior que o nosso, mas ainda assim, um sobrado. Reinald estacionou na rua quase deserta e saímos do carro. Pelo carro vermelho do outro lado da rua, deu pra perceber que tia Sophie tinha chegado e era provável que tio Michael também.

A família Hanckson é constituída pela minha vó Margaret, meu vô Joseph, tia Sophie, a mais velha de 43 anos, Reinald, o segundo mais velho de 40 anos, Jen, a terceira de 35 anos e Michael, o caçula de 28 anos.

Toquei a campainha e logo depois minha vó abriu a porta. Alta, meio rechonchuda, de longos cabelos brancos e um sorriso de dentes perfeitos, ela passou os olhos azuis pela gente e depois me abraçou.

- Que saudades da minha neta linda! – Ela ignorou meus pais.

- É bom te ver, vó! – Eu respondi animada enquanto era esmagada. Depois ela me soltou e olhou pros meus pais esperando que eles dissessem algo.

- Oi, mãe! – Minha avó abriu um sorriso largo e envolveu Reinald em seus braços.

- Há quanto tempo filho, filho! Achei que já tivesse me esquecido...

- Nunca. – Ela o soltou e arrumou seus cabelos, coisa de mãe, eu acho.

- E você, baixinho? Não vai me dar oi? – Ela perguntou a Lucius. Todos na família de Reinald são altos e gostam de perturbar Lucius com isso.

- Olaaaa! – Lucius sorriu e estendeu a mão, mas minha vó ignorou essa ação e o abraçou.

- Me cumprimente direito! Você não aprende nunca? – Ela se afastou e o analisou – Você não cresceu nada?

- Não depois dos trinta. – Ele respondeu e depois abraçou o braço de Reinald. Acho que tocá-lo o fazia se sentir mais seguro...

- É uma pena. – Minha vó suspirou e depois sorriu com uma mudança de humor imediata – Mas em compensação, MEU DEUS, Allinton, como você cresceu!

- Obrigada! – Com certeza visitar meus avós faz bem pro meu ego!

- Olha só quem chegou! – Meu vô veio na nossa direção descendo as escadas. Ele é um homem alto, elegante, magro e com cabelo e bigode branco. – Que família linda, não? – Ele veio com aquele sorriso costumeiro e abraçou meus pais, depois parou na minha frente – Essa não é minha pequenina. Está tão grande e tão linda! – Ele acariciou meus cabelos do mesmo modo que fez durante toda a minha vida.

- Oi, vovô! – Eu pulei no seu pescoço e o abracei. Gosto MUITO do meu avô, ele está sempre feliz e otimista com aquele sorriso alegre no rosto. Me faz me sentir bem...

 - Bom, Sophie e Michael estão na sala. – HÁ, EU SABIA! – Estou terminando de arrumar a biblioteca e já vou pra lá. Margaret, está fazendo o almoço, certo?

- Sim, logo eu termino. Fiquem a vontade, a casa é de vocês! – Minha vó fechou a porta e foi pra cozinha enquanto meu avô subia as escadas.

Eu conheço aquela casa tão bem quanto a minha, então sai correndo em direção a sala deixando meus pais pra traz.

- Minha ÚNICA sobrinha! – Tio Michael gritou quando eu entrei. Ele é musculoso, moreno, tem olhos azuis que às vezes ficam verdes e... ah, alto!

- Fica quieto! – Sophie resmungou. Ela é loira e tem olhos verdes, é magra e é dona de uma extrema elegância. ALTA! – Oi, Allinton! – Ela sorriu graciosamente e eu fui até ela e a abracei. – Hey, cadê meu irmãozinho e o baixinho?

- Aqui. – Reinald entrou na sala com Lucius na sua cola o seguindo como um cachorrinho.

- Meu ÚNICO irmão com filho! – Michael balançou a lata de cerveja no ar e riu.

- Cala a boca, Michael! QUE CHATO! – Sophie jogou uma almofada nele.

- Já estão brigando? – Reinald encostou-se à parede e Lucius o abraçou quieto. – Que houve dessa vez?

- Ele está implicando comigo por eu ter me separado de novo sem ter tido um filho! – DE NOVO? ELA SE SEPAROU DE NOVO?, eu quis dizer, mas não tive essa coragem e cara de pau. Mas Lucius teve.

- Você se separou DE NOVO? – Ele levou uma cotovelada de leve de Reinald.

- Não liga. Esse vagabundo ainda nem se casou... – Reinald se desencostou da porta e foi até Sophie cumprimentá-la. Lucius simplesmente o imitou.

- Só porque você se casou cedo, não significa que eu tenho que fazer o mesmo. Alias não quero te usar como base em nenhum sentido. – Tio Michael apontou Lucius com a cabeça e riu. Esse tipo de brincadeira era o motivo de Lucius se sentir tão incomodado de visitar os Hanckson.

- Eu me dei melhor que você, então cala a boca! – Reinald bagunçou o cabelo do irmão mais novo e depois o abraçou. Lucius que estava seguindo os passos dele, provavelmente ia abraçar tio Michael também, mas Michael estendeu a mão e disse brincando:

- De você só quero que toque na mão. – Mas obviamente, sendo Lucius, ele ignorou e o abraçou do mesmo jeito.

- Não ataco outros caras na frente de Reinald. – Lucius nem percebeu o olhar bravo de Reinald em sua direção. Eu cumprimentei o meu tio com um abraço e me sentei no sofá ao lado dos meus pais. Sendo a única sobrinha deles, eu provavelmente ia virar assunto e eu odeio isso. prefiro muito mais me manter invisível.

- Você está realmente gata, Allinton! – Meu tio disse tomando mais um gole de cerveja. Ele é do tipo cafajeste, sabe? Que sai com varias garotas e não se envolve com nenhuma. Ele chama isso de curtir a vida e a gente de vagabundagem! Claro que meu pai, sendo o mais certinho dos filhos (apesar de gay), pega no pé dele por isso.

- E por esse motivo você vai manter distancia dela, seu pervertido! – Reinald avisou. Não que isso tivesse efeito.

- Okay, eu mantenho distancia! Mas em consideração ao namorado dela. – Michael riu. Ele sabe muito bem que isso é a melhor coisa que se tem a fazer quando quer tirar Reinald do sério.

- Eu não tenho... – Respondi meio envergonhada.

- Exatamente! – Reinald fez questão de reforçar enquanto passava o braço em volta dos meus ombros.

- Mas é melhor se acostumar com essa idéia, maninho... – Sophie piscou pra mim e eu fiz o mesmo. Ta, enlouquecer Reinald é divertido!

- NADA DISSO! Minha filha é uma santa! – Ele acredita mesmo nisso?

- Lucius realmente te mudou, ein? Nem parece mais o mulherengo que trocava de namorada toda semana. – Sophie serviu o vinho em uma taça e começou a beber. Eu sabia que não ia demorar muito pra que ela ficasse bêbada.

- Isso é porque eu não sou mais ele. – Reinald respondeu confiante.

- Trocar de namoradas o tempo todo? Que coisa feia, pai! Tsc, tsc... Acho que posso fazer o mesmo, né? – Eu brinquei e ele ia virar uma fera se Michael não tivesse interrompido.

- Mano, peça pro seu marido parar de me secar! – Michael disse meio vermelho de vergonha e nervosismo pelo fato de Lucius o estar encarando continuamente com um sorriso malicioso no rosto.

- Não te quero. – Lucius riu e se pendurou no pescoço de Reinald – Peguei o mais bonito da família! – Ele mostrou a língua como uma criancinha – Só acho legal ver como você fica nervoso quando eu te olho por muito tempo. É engraçado! – A essa altura Reinald esfregava as têmporas quase pirando. Cuidar de mim e de Lucius ao mesmo tempo não é fácil.

- Lucius-san,  - Meu vô entrou na sala em passos lentos e Lucius largou de Reinald imediatamente – você poderia ajudar Margaret na cozinha?

- Claro - Lucius se levantou – mas por que eu?

- Porque as pessoas dessa família têm sérios problemas pra cozinhar...

- Verdade... – Ele sorriu pra meu avô e foi embora meio incomodado.

- Eu achava que só Reinald cozinhava mal. – Eu disse inocente.

- Hey! – Reinald exclamou.

- Que foi? Você sabe que é verdade! – Eu disse tentando corrigir.

- Hum, certo... Mas o problema é genético! – Como se isso fizesse a comida dele ficar melhor...

- Só a Jen consegue cozinhar bem! – Lamentou Sophie já no terceiro copo de vinho.

- Enfim, Allinton, como está o colégio? Entrou no colegial, não? – Vovô perguntou sorrindo.

- Sim e francamente é mais fácil do que eu imaginava. – Menti. O primeiro colegial estava sendo uma TORTURA, mas acho que isso é por causa das coisas que andam ocupando a minha cabeça.

- Isso é bom!  - Michael sorriu – Já sabe o que vai fazer quando se formar?

- Hum, tenho que ver como a minha banda vai estar quando siso acontecer, mas provavelmente vou tentar direito... – Sei lá, se a AloneWU estiver famosa, eu poderia adiar um pouco mais a entrada pra faculdade, não? É o que planejei...

- Banda? Sério? Que Maximo! – Michael quase pulou de animação – Quando ficar rica, não me esqueça, okay?

- O nome é Alone With Us e eu toco guitarra. Ainda não escrevemos nossas próprias musicas e estamos naquela fase super desconhecida, mas pode dar certo mais pra frente...

- Só não espere demais pra decidir o que fazer da vida ou vai acabar como seu tio. Sem nenhuma preocupação aos 30 anos... – Sophie provocou e Reinald concordou com a cabeça.

- Hey, eu tenho 28, ok? – Ele terminou a cerveja – Ainda tenho mais dois anos pra vagabundear... E você não pode falar nada! – Ele se virou pra Reinald – Seu marido é dez anos mais velho que eu e também não pensa em nada, como eu. – Reinald e eu ficamos quietos, de fato meu pai não se preocupa com nada.

A campainha tocou e meu avô se levantou da poltrona.

- Deve ser a Jen e o noivo... Quero que se comportem e não o espantem. – Meu avô passou as instruções como se seus filhos fossem crianças. - E sem falar besteiras diante da filha dele. Allinton cresceu assim e já está acostumada, mas não sabemos que tipo de educação ela teve. – Todos assentimos com a cabeça e ele saiu da sala.

- FILHA? ELE TEM UMA FILHA? – Me apressei em perguntar o obvio. Isso era ruim! Se ele tinha uma filha da minha idade, era possível que ela conhecesse pessoas do meu colégio ou pior, ELE PODERIA SER DO MEU COLÉGIO! OMG, meu segredo está em risco Maximo de novo... Deus é um gay bem bravo comigo, só pode!

Meu sangue gelou, eu não teria chances de esconder dela, ela ia ser minha prima, ia fazer parte de família... Ia ter tios gays!

- Oi gente! – Jen entrou feliz na sala. Ela é magra. Tem cabelo loiro escuro e comprido, é alta (DÃ) e tem olhos meio castanhos que eu não sei de quem ela puxou, Ela é toda alegrinha e saltitante, o tem todo! Me lembra vagamente alguém...

- Sophie! – Ela correu até a irmã e a cumprimentou – Rei! – Ela veio e abraçou meu pai – Maninho! – Ela deu um salto em direção a Michael e bagunçou seu cabelo. Ele é o único irmão mais novo que ela tem e por isso o trata como um bebe. – Allinton! – Ela finalmente me viu e me agarrou escandalosamente. Mas parou ao perceber que mais pessoas entravam na sala. Vovô, um homem alto e ruivo e uma menina não menos ruiva...

Ela foi quem mais me chamou a atenção. Tinha uma pele bem clara, cabelos perfeitamente ondulados e vermelhos, olhos cor de mel e um sorriso delicado.

Mas eu sem duvida nunca tinha a visto antes, então não era do meu colégio e eu podia relaxar! Ou não.

- Esse é o meu noivo...

Eu com certeza;

- Richard!

Não poderia esperar;

- E essa é a filha dele...

Pelo que veio a seguir!

- Emma.

 

Okay, morri.

 


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Notas finais do capítulo

AEAEAE, a foto aí em cima é parte do meu novo jeito de pedir (cofimplorarcof) reviews *--* UASHAUSHSUA tive a idéia quando eu tava conversando via mensagem PRIVADA com a Kat_Iero -qq Valeu (?)
Cada capitulo será um peronagem e uma frase diferente!

BTW, hora dos meus desabafos D: //euusoessasnotaspraisso
To mó em contradição comigo mesma aqui Ç_Ç
Eu quero um Lucius, mas quero um hetero, mas se for hetero não é o Lucius, e se não for o Lucius, eu não quero D:

Ok, me matem :* SAUAUSHAUS

Obrigada por ler :D
Bjs, MAH.