Dad And Dad? escrita por MAHximum


Capítulo 19
Capítulo 19: FlashBack Parte 3 - Lucius e Reinald.


Notas iniciais do capítulo

DEUS. É. PAAAAAAAAAI! *-----------*
EU TERMINEI, ACREDITAM? EU NÃO QQ



DSIUDHUISAHDUISAHDAUISHU sério gente, estou emocionada por ter terminaod esse capitulo qq faz quanto tempoq ue estou escrevendo? Uns dois meses né? x_o'

Mas tenho que admitir que ele ficou extremamente fofo e GRANDE :X

UADSHDIUSAHDIUASHUDI é um dos capitulos chaves pra trama Q E O MAIS GAYS E FOFO *----*

Huum, eu vou fazer um comentario que eu devia ter feito no capitulo anterior, mas esqueci QQ :x

É o seguinte gente, prestem bastante atenção nas cenas em que Elizabeth aparece! Principalmente se ela estiver com Lucius Q Elas são importantes...

Muitas cenas estão cortadas, não sei se repararam... Elas serão reveladas mais pra frente, digamos... NO ULTIMO CAPITULO q sauihduisadhui /morre



Beem, é isso! Bom proveito

Bjs, MAH.



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O destino só existe para quem acredita... O despertador tocou às sete da manhã. Geralmente Reinald ficaria nervoso e mau humorado, com vontade de tacar o coitado do despertador na parede para acabar com aquele som irritantemente alto. Ele nunca foi de acordar cedo... Mas nos últimos tempos, sua vida estava tão cheia de problemas pessoais que acordar cedo era o de menos.

Em plenos 25 anos, ele foi obrigado a amadurecer por causa de suas próprias escolhas, como se tornar advogado e pedir Elizabeth em casamento. Tudo isso, agora, o estressava.

Sentou-se na cama e olhou para Elizabeth, deitada ao seu lado. Ela provavelmente acordou com o barulho, mas fingiu dormir para não ter que encarar seu noivo. E Reinald sabia disso. Fazia um ano e meio desde que Reinald pediu a mão de Elizabeth. Na época, eles estavam iniciando suas vidas para valer... Fazia um ano desde que tinham se formado, estavam morando juntos e tudo estava um mar de rosas entre os dois. Mas agora tudo tinha se tornado um pesadelo. Um grande e interminável pesadelo! Eles não se falavam e mal se olhavam, ou melhor, Elizabeth se recusava a falar com ele e passou a ignorá-lo. Os motivos? Nenhum aparente. Ela não batia muito bem da cabeça às vezes. Bipolar, era isso que ela era e talvez tivesse se cansado de Reinald... Mas ele não ia desistir dela.

Ele saiu de casa sem se despedir e desejou não ter que voltar mais para aquele lugar. Ele a amava, mas estava cansado de ter que sustentar aquela relação sozinho. Bom, os problemas agora não importavam, ele tinha um caso para cuidar! O local onde a primeira audiência seria, não era muito longe, não demorou muito para que chegasse. Ao entrar no prédio, seguiu até a sala marcada aonde iria se encontrar com o outro advogado antes que os clientes chegassem e a audiência começasse.

Ele ia finalmente descobrir quem era seu adversário e não esperava que fosse alguém muito experiente, afinal tinham lhe dito que o cara tinha apenas 23 anos. Isso é, tinha se formado há pouco tempo. A porta estava entreaberta, Reinald se aproveitou disso para espiar. Ele viu um homem, que mais lhe parecia um adolescente, sentado em uma cadeira virado de costas para a porta. Ele usava uma calça jeans, camiseta, sandálias e seu cabelo estava despenteado. Reinald nunca tinha topado com um cara assim tão desleixado e se sentiu ridículo de terno e gravata, mas já estava lá mesmo, então abriu totalmente a porta, fazendo barulho naquela sala silenciosa.

- Então, meu adversário finalmente chegou! – Exclamou o homem consigo mesmo enquanto se levantava rapidamente e meio desastrado. Ele girou nos calcanhares sorrindo radiante, mas foi só ver Reinald que sua expressão mudou completamente para uma de surpresa. Reinald estava congelado, talvez por causa da surpresa. Tinha reconhecido o dono da voz assim que a palavra “então” saiu de sua boca. O sorriso alegre e infantil só comprovou quem ele realmente era. Lucius Greswilly!

- VOCÊ! – Lucius não resistiu em apontar para Reinald. Ele já estava sem palavras só de rever aquele cara, e com terno então?! Estava quase tendo uma hemorragia nasal! Ele conseguia estar mais bonito do que nunca!

- VOCÊ! – Reinald repetiu. Todas as outras palavras haviam travado em sua garganta e se recusavam a sair. Todas as sensações, lembranças e arrependimentos que ele finalmente tinha esquecido voltaram com tal intensidade que o fez se ver novamente de volta a faculdade observando os novatos e sentindo o olhar de Lucius enfrentar os seus atiçando inexplicáveis emoções.

- Reinald Hanckson. – Lucius disse devagar o analisando de cima a baixo. Era real, ele estava mesmo ali. – Eu não consigo acreditar.

- Lembra de mim? – O loiro piscou varias vezes para ver de estava mesmo acordado. Até pensou em se beliscar, mas achou que seria ridículo. Percebeu que ainda estava parado na porta e adentrou na sala em passos lentos.

- É claro que lembro! – Como poderia esquecer a única pessoa que amou de verdade? Mas claro que Reinald não sabia disso, apesar do acontecido na faculdade. Lucius riu consigo mesmo colocando as mãos no quadril. – Você é o cara que nasceu para me chamar de viado! Mas quer saber? Eu não me importo mais, eu sou mesmo... – Reinald se sentiu muito mal e abaixou a cabeça. Ao ver isso, Lucius fez questão de completar com um tom amigável: - Ah, você também foi o maior idiota que já tive o prazer de conhecer! – Nostalgia. Isso que essa frase despertou em Reinald e ele achava impressionante como Lucius conseguia mexer com sua cabeça e memória com tão poucas palavras.

- É, imagino... – Reinald disse abrindo um sorrisinho tímido.

- E você? Lembra de mim? – Lucius perguntou sabendo que a resposta era obvia. Quero dizer, ele tinha sido o único homem com ousadia o suficiente para beijar o tão popular Reinald. Mas ele não podia imaginar que as lembranças do maior iam muito alem daquele beijo.

- Hum, lembro... – Reinald lembrava muito bem. E apesar de não entender o porque, agora que estava cara a cara com Lucius depois de anos, ele sentia a sensação dos lábios do outro sobre os seus novamente. – Lucius Greswilly que detesta o próprio sobrenome e prefere ser só Lucius.

- O grande Reinald lembra de mim, que honra! – Ele foi sarcástico e estendeu a mão a Reinald, que olhou sem entender muito bem o que estava acontecendo.

- O que é isso? – Perguntou na maior simplicidade.

- Uma mão!

- Que é uma mão eu sei! Quero saber o que – Reinald foi interrompido.

- Aperta logo que eu to ficando cansado! – Lucius disse quase gritando. Reinald por sua vez ficou calado e a apertou sem resistência.

- Por que tenho que apertar sua mão?

- Vamos selar um acordo. – Lucius semicerrou os olhos.

- Um acordo? Que tipo de acordo?

- Bom, eu acho que voce já está velho demais para ficar me xingando e tudo mais, mas isso é só para garantir. Prometa nunca mais me infernizar!

- Ah, é só isso? Eu prometo. Feliz?

- Muito! – Lucius riu e pulou em Reinald o abraçando por reflexo. Quando se deu conta do que estava fazendo, soltou-o na hora, envergonhado. Olhou para Reinald, ele estava boquiaberto e meio assustado. Encaremos os fatos, você não espera que outro cara pule em você do nada enquanto selam um acordo, principalmente se é alguém que “trabalha” com você! Percebendo isso, Lucius tentou acabar com o clima ruim que havia criado.

- Se quiser que eu prometa qualquer coisa, pode falar. – Achava que Reinald ia pedir para que ele não o tocasse mais, levando em conta a intimidade abusada com que o tratava.

- Não. – Reinald sussurrou quase como um retardado. – Não quero nada. O que está fazendo?; Reinald pensava; Diga pra ele se afastar!

Mas ao invés de pedir isso, ele começou um assunto totalmente aleatório:

- Lucius, que roupa é essa? – Parecia que Lucius ia para o shopping e não para o trabalho. Na verdade, Lucius agia como se tivesse saído para se divertir, ele sempre era irresponsável e levava tudo na brincadeira.

- Qual o problema com ela? Quer me ver de terno, é? – Lucius sorriu maliciosamente. – Sei que fico lindo de terno e gravata, mas só vai poder me ver assim no dia do tribunal.

- Não é nada disso! – Reinald exclamou sentindo seu rosto ficar quente. – Sou hetero, ok?

- Eu sei, só estava brincando. – Lucius sorriu como se achasse a stuação extremamente engraçada e se aproximou de Reinald. Colocou-se nas pontas dos pés, ficando a um distancia realmente pequena do rosto dele. – Não leve tão a sério. – Reinald pôde sentir o hálito fresco do menos em seu rosto e estremeceu, se afastou dando pequenos passos para trás. Tudo que Lucius fez foi rir da reação do loiro, em sua cabeça aquilo era muito bonitinho. Ele se sentou na cadeira novamente puxando um assunto qualquer. Os dois conversaram como se fossem grandes amigos de infância que não se viam há tempos.

 

 

- Cheguei. – Anunciou Reinald ao abrir a porta de sua casa. Não ouviu resposta, apesar de saber que Elizabeth estava em casa. Foi até a sala e a encontrou sentada no sofá lendo um livro enquanto ignorando sua presença. Ela o irritava cada vez mai, porem ele acreditava que os dias felizes de suas lembranças ainda poderiam voltar. E esse foi o segundo maior engano de sua vida.

- Normalmente as pessoas dizem “oi” quando outras chegam.

- Oi. – Ela disse sem parar de ler.

- Como foi seu dia? – Reinald ainda tentava ser educado.

- Estava indo bem, mas você chegou. – Ela respondeu com se mau humor costumeiro.

- Hum, que bom, acho. – Ele se forçou a sorrir mesmo que ela não estivesse vendo. – Sabia que o advogado que vai defender o oponente é um cara da faculdade? – Tentou puxar assunto.

- Como eu poderia saber? – Realmente ela conseguia ser desagradável.

- Foi só um comentário. – Ele deu de ombros frustrado. – Até porque você nem deve conhecê-lo. Lucius... – Pensou em voz alta. Elizabeth pulou do sofá imediatamente com os olhos arregalados ao mesmo tempo em que brilhavam.

- LUCIUS? Lucius Greswilly? O gay baixinho de cabelo preto e olho azul? – Ela fechou o livro. Reinald mal podia acreditar que Elizabeth tinha reagido sobre algo que ele disse. E mais inacreditável ainda era que o nome que a fez voltar a ser um ser humano era de Lucius. Talvez o destino existisse mesmo!

- Você o conhece? Como? Quando? Onde?

- E-eu... – A voz dela falhou. Ela encarou os olhos altamente azuis de Reinald por algum segundos, procurando uma saída. – Eu o conheci na faculdade mesmo. Mas só de vista e de ouvir falar, nunca cheguei a conversar com ele.

- Ah, é mesmo? Pareceu muito animada para quem nunca conversou com ele.

- Estou falando sério, Reinald. – Ela disse num tom sério. – Você pode não saber, mas ele até que era bem popular por causa da personalidade dele. Minhas amigas viviam falando dele e acho que já devo ter trocado algumas palavras com ele.

- Ta bom, ta bom. – Reinald preferiu acreditar nela. E esse foi o MAIOR engano de sua vida. – Mas ele é bem legal, pena que só descobri agora.

- Um pena. – Ela foi sarcástica e sentou-se novamente.

– Reinald, tenho uma coisa para te falar.

- Diga. – Ele disse preocupado com o que viria a seguir. E com motivos.

- Eu vou embora. Cansei de ficar presa nessa maldita relação!

- Como assim? Do que está falando?

- Você pode até continuar sorrindo e fingindo que ta tudo bem, mas não está! Não temos amor, não temos futuro, somos dois completos estranhos dividindo um teto. Não, é pior que isso, você me irrita! – Ela queria e conseguia ser cruel. Na verdade inicialmente ela pretendia ficar com Reinald mais tempo e depois pedir a separação gentilmente, mas saber que Lucius tinha voltado mudou seus planos. Chatear Reinald ia ser um grande trunfo. – Vou embora, Reinald. Não suporto mais essa casa, essa vida e esse nosso suposto noivado! – Se ela ainda usasse aliança, teria tirado e jogado longe, mas ambos pararam de usar há meses.

Reinald não respondeu, não sabia se queria insistir nisso ou deixá-la partir. Ele saiu de casa o mais rápido que conseguiu, deixando-a sozinha, e foi a uma cafeteria perto de sua casa. Sempre ia lá quando precisava pensar ou relaxar, era de fato a sua favorita em toda a cidade. No momento, ele queria entender o motivo de tudo isso ter acontecido repentinamente, mas por mais que pensasse, não conseguia ver um motivo. Ficou lá até a hora de fechar e quando voltou para casa, Elizabeth e todas as coisas dela já não estavam mais lá. Ela tinha realmente partido.

 

 

- O que VOCÊ está fazendo aqui? – Lucius arregalou os olhos numa expressão de surpresa e terror ao mesmo tempo. Aquilo TINHA que ser uma alucinação! O que estava acontecendo afinal?! Todos os fantasmas que assombravam seu passado resolveram ressuscitar? Primeiro Reinald (Não que ele não tenha gostado.) e agora Elizabeth havia aparecido na porta de seu apartamento?! WTF?

- Ola Lucius! – Ela sorriu e cantarolou.

- O que você quer, mulher? – Ele disse de maneira grosseira.

- Vim conversar com você. Soube que reencontrou Reinald.

- E deveria saber mesmo, né não? Casou-se com ele, parabéns! – Ele falou sarcástico. – Veio jogar na minha cara? Obrigado, não precisa!

- Não casei com ele. – Ela corrigiu. – E não pretendo, mas eu e você temos que renovar nosso acordo.

- Não, quero me livrar disso e não aumentar! - Lucius reclamou.

- Vamos, hum, negociar... – Ela abriu um sorriso maldoso e entrou no apartamento sem permissão.

 

 

 

Reinald não dormiu naquela noite. Simplesmente chorou até o sol raiar. Não conseguia parar e muito menos pensar, tudo estava sendo destruído dentro de si. Depressão tomou conta dele, nada mais o poderia fazer feliz, era o que ele achava. A audiência do caso seria em alguns dias, até lá, ele se trancou em casa e passou os dias mais longos de sua vida. Até finalmente vestir seu terno e ir para a audiência preliminar. Pessoas dependiam dele, depois ele não teria mais responsabilidades e poderia fazer o que bem entendesse. Como, por exemplo, acabar com a própria vida.

Sua primeira visão ao entrar na sala foi o pequeno moreno sorridente com roupas normais berrando seu nome de forma afeminada:

- Rei-nal-d-Chan! – Lucius estava tão feliz por rever Reinald, que esqueceu as outras pessoas na sala. Reinald não tinha força nem coragem para nada ultimamente, nem para responder ao pequeno saltitante. Seus olhos estavam vermelhos e seu rosto meio inchado, também tinha uma leve dor de cabeça e por isso não queria que Lucius o visse, ele ficaria preocupado. Mas ele nunca foi bom em disfarçar problemas e obviamente Lucius percebeu que não estava nada bem de longe. O loiro seguiu até seu lugar e sentou-se cabisbaixo.

- O que houve? – Lucius perguntou todo preocupado e se ajoelhou na frente da cadeira onde o loiro estava sentado.

- Elizabeth. – Foi tudo que Reinald conseguiu dizer antes que algumas lagrimas começassem a rolar pela sua face seguido se uns pequenos soluços. Lucius o abraçou calorosamente e Reinald retribuiu abraçando-o forte, mas não por muito tempo, logo Lucius se levantou e encarou todos os outros que estavam na sala.

- Sinto muito, mas acho que meu adversário não está em condições de prosseguir com essa audiência. Será que podemos adiar? Por favor. – Nem parecia o gay meio infantil de antes. Estava calmo e confiante. Todos olharam perplexos para ele e depois para Reinald, que ainda chorava.

Os clientes dele aceitaram na hora, mas Lucius teve de convencer o seu a adiar, mas por fim ele conseguiu e prometeu avisar assim que ele e Reinald decidissem uma nova data. Todos se retiraram deixando apenas os dois na sala.

Lucius se ajoelhou novamente e limpou as lagrimas do outro com a manga da camisa e permaneceu em silencio acariciando os cabelos dourados de Reinald. Passou quase uma hora e eles continuavam desse jeito, não sentiam o tempo passar. No caso de Reinald, por causa de Elizabeth e todos os problemas que rodavam em sua cabeça e no caso de Lucius, porque estava consolando o cara de seus sonhos.

- Obrigado. – Murmurou Reinald. Ele se levantou devagar e estendeu a mão a Lucius, ajudando o a levantar.

- Está melhor? – Perguntou Lucius limpando uma ultima lagrima no rosto de Reinald com o polegar.

- Sim. - Ele respondeu num tom baixo e abraçou Lucius.

- Vá lavar seu rosto. – Aconselhou mesmo não querendo interromper aquele abraço. Reinald assentiu e obedeceu se retirando.

- Ai meu Deus, o que eu faço agora? – Lucius perguntou para si mesmo. Ele estava cada vez mais próximo de Reinald, mas temos que levar em conta que ele estava passando por um momento difícil e que se Lucius tentasse fazer qualquer coisa, poderia ser considerado se aproveitar da fraqueza alheia. Mas ao mesmo tempo, ele queria ajudá-lo. Ele tinha que aprender a se tornar um amigo, mas somente isso. Mas não SÓ um amigo, O amigo... O melhor amigo de Reinald! Ah, essa era a meta de Lucius.

- Quero ir para casa. – Disse Reinald entrando novamente na sala.

- Mesmo? Pensei que talvez quisesse comer alguma coisa.

- Não, prefiro ir para casa. Estou cansado.

- Certo. Como quiser, mas vou junto com você. – Ele ajeitou o terno de Reinald e sorriu preocupado. – Não quero que cometa nenhuma besteira.

- Acha que vou me suicidar? – Reinald perguntou meio incrédulo.

- Eu não sei... – Lucius olhou fundo nos olhos de Reinald. – Sei que vou parecer chato e exagerado, mas até você ficar melhor, vou cuidar de você o tempo necessário. Vou para sua casa amanhã de manhã e só irei embora de noite e depois de amanhã farei o mesmo, e depois e depois, você entendeu o esquema né? Quando o caso acabar e você não precisar mais de mim, eu juro que sumo da sua vida. É uma promessa de um amigo.

 

Uma promessa que Lucius cumpriu. Passou a ir todos os dias na casa dele. Alguns dias Reinald nem saia do quarto, mas saber que ele estava vivo já o acalmava. Algumas vezes Lucius o convencia a sair de casa e eles iam caminhas, outras vezes Lucius simplesmente ficava lá cozinhando, limpando e vigiando Reinald. Ele fazia qualquer coisa que pudesse ajudar Reinald a melhorar. Com o tempo ele foi se recuperando, cerca de um mês, ele já não estava mais deprimido, apesar de tudo.

- Então, gostou da comida, Rei-chan? – Lucius já se sentia intimo e sempre quis chamá-lo dessa maneira.

- Por favor, não me chame assim. – Ele não precisou explicar. Lucius conhecia toda a historia de Elizabeth e sabia que era assim que ela o chamava.

- Tem alguma namorada sua que já te chamou de Ri-chan?

- Hum, não. Inclusive porque não tem nada a ver com meu nome.

- Ah, tem sim! Posso te chamar de Ri-chan? – Ele perguntou todo meigo.

- Acho que sim. – Reinald estranhou um pouco, mas quando saia da boca de Lucius deixava de ser estranho e passava a ser... Bonitinho, talvez.

- Ótimo, ótimo! Ri-chan... – Lucius sorriu e fez com que o outro sorrisse também.

De fato Reinald se recompôs antes do esperado podendo assim, prosseguir com o caso. A audiência já tinha se passado e o julgamento final ocorreria no dia seguinte.

Na cabeça de Lucius, devido a promessa que fez, aquele era o penúltimo dia que veria Reinald, pois em menos de 24 horas, logo depois do julgamento final, ele teria de sumir para sempre da vida de Reinald. Então ele resolveu tentar a sorte uma segunda vez.

- Amanhã é o grande dia! – Ele exclamou enquanto descia os degraus da entrada da casa de Reinald. Já era tarde, dez da noite, normalmente Lucius ia embora as sete ou as oito, quando a rua ainda era habitada. Mas agora, só tinha os dois do lado de fora e alguns pouquíssimos carros que passavam por lá.

- É, amanhã é o dia em que vou te fazer chorar. – Reinald sorriu e acompanhou Lucius até o lado de fora.

- Isso é o que você pensa! Eu vou ganhar! MUAHAHA! – Ele desceu até a calçada com um salto enquanto Reinald ia ao seu lado como uma pessoa normal.

- Posso entender o porque dessa gargalhada maléfica? – Ele perguntou, mas o outro não respondeu. Só ficou encarando-o com um olhar vago e subiu dois degraus, ficando um pouco mais alto que Reinald.

- Lucius? – Reinald se virou com curiosidade. – Esqueceu algu – ele não pôde terminar a frase pois Lucius se debruçara colando seus lábios aos dele. Não era algo que amigos faziam, mas Reinald também não era mais uma pessoa vulnerável.

Foi aí que a ficha do loiro caiu...

Lucius se afastou envergonhado por ter feito isso, quero dizer, aquilo meio que parecia uma tentativa de distração levando em conta que o julgamento será dali alguma horas. Mas o que podia fazer se Reinald lhe era irresistível? Ele saiu correndo sem nem se despedir.

Qualquer um esperaria que Reinald fosse atrás dele depois de ter finalmente compreendido o que sentia, mas ele não fez isso. Ainda tinha muita coisa para botar em ordem na sua mente, por isso ele entrou em casa e foi direto para a cama. Passou a noite em claro, como naquela vez na faculdade, mas dessa vez ele não se virava na cama incomodado. Estava feliz por ter entendido porque o sorriso de Lucius o fazia se sentir bem. Ele acordou no dia seguinte mais disposto do que nunca com mais de um objetivo em mente.

 

- Olha só quem resolveu vestir algo descente hoje. – Exclamou Reinald ao entrar no local onde seria o tribunal e encontrar Lucius de terno e gravata encostado na parede do lado de fora da sala.

- Oi Ri-chan! – Lucius sorriu somo se nada tivesse acontecido. Como se ele não tivesse o beijado e depois fugido. – Eu disse que ficava lindo de terno.

- Eu achei que estivesse brincando quando disse isso. – Reinald se escontou na parede ao lado de Lucius.

- E eu achei que estivesse falando serio quando disse que era hetero.

- É, - Reinald fez uma pausa observando o nada. – eu também achei. - Espera aí! – Lucius se desencostou da parede e ficou de frente para Reinald o encarando. – Está dizendo que é gay?

- Não ponha palavras na minha boca! – Reinald riu e revirou os olhos.

- Hum, - Lucius olhou o relógio de pulso. – temos três minutos... –Disse para si mesmo e depois abriu um sorriso malicioso. Prensou Reinald na parede entre suas pernas e o puxou pela gravata enquanto seus lábios tocavam os dele sem piedade. Luciu pôs algo na boca de Reinald, mas definitivamente não eram palavras. Reinald enfiou as mãos nos bolsos do terno segurando-se para não ceder a tentação e envolver Lucius em seus braços e retribuir aquele beijo quente e desesperado de quem queria extravasar há tempos.

Ele tinha bolado um plano, afinal, era um cara romântico. E talvez agir sem pensar naquele momento pudesse estragar tudo, por isso resistiu até que Lucius se afastasse.

- Três minutos muito bem utilizados. – Lucius falou conferindo novamente o relógio. – Hora do show! – Disse ele animado abrindo a porta e adentrando na sala. – Boa sorte.

Reinald ficou parado por alguns segundos pensando no que tinha acabado de acontecer. Ele tinha acabado de beijar um homem! Era errado e nojento, mas... Por que ele se sentia tão bem com isso? Talvez a questão não fosse por ser um homem ou não, talvez fosse porque a pessoa que ele tinha acabado de beijar era Lucius.

Sem entender muito bem, ele arrumou a gravata e atravessou a porta com um sorriso estampado no rosto.

 

 

- NÃO ACREDITO! Não mesmo! – Escandalizou Lucius.

- Pode ir se acostumando. Eu ganhei, sou mais experiente. – Reinald respondeu calmo com um pequeno sorriso. – Isso é um fato. – Lucius rosnou de raiva.

- Ah, cala boca! To puta com você! – Ele berrou inconformado. Reinald reparou que ele falou no feminino, mas achou melhor nem comentar.

- Ata, vou fingir que eu acredito. Então, vamos embora?

- Não! Você não ouviu? Eu to bravo com você e não vou te perdoar! – Ele disse orgulhoso, mas de brincadeira.

- Nem se eu te pagar um café? - Reinald perguntou rindo. Desde a noite passada, ele passou a achar os ataques de Lucius uma gracinha. Impressionante como um único momento pode mudar tanto uma pessoa.

- Só se for um café e um doce! – Ele sorriu arrancando a gravata.

- Ta ta, o que quiser... – Reinald deu de ombros e saiu andando. Lucius saltitante o seguiu como uma criança segue a mãe.

- Aonde vamos? – Ele perguntou com os olhos brilhando. Estava saindo com o cara que amava! Ta, não era um encontro, mas já era mais do que o suficiente para deixá-lo feliz.

- Tem uma cafeteria perto da minha casa, eu vou lá sempre, amo tudo que tem lá. Você já deve ter passado na frente dela.

- Não me lembro. – E como poderia lembrar se tudo em que pensava era em Reinald?

- Bom, não é muito longe. – Reinald esperava que Lucius tocasse no assunto do beijo ou o beijasse de novo. Mas ele agia normalmente como se nunca tivesse feito nada. Ter ignorado o selinho da noite passada era uma coisa aceitável ainda, mas fingir que ele não tinha enfiado a língua em sua boca era outra historia! Qual o problema daquele cara? Ele o atacava e depois fingia que não... O que ele queria afinal?

Entretido em seus pensamentos e ignorando quase tudo que Lucius dizia, ele avistou a cafeteria. Casual, calma e perfeita para uma declaração. É, Reinald decidiu que se Lucius não falasse nada, ele mesmo falaria. Os dois sentaram-se num canto maio isolado da cafeteria, chamar atenção não era uma boa idéia. Lucius pegou o cardápio e começou a ler animado.

- UAU! – Ele quase gritou admirado. Mesmo isolado num canto ele conseguia chamar a atenção. Quase um dom. – Não sabia que existiam tantos tipos de café. E olha quantos bolos! – Sem duvida, ele se divertia com o cardápio.

- Sério? Que tipo de cafeteria freqüenta? – Reinald estranhou.

- Na verdade, nenhuma. – Ele riu sozinho. – Eu não sou muito fã de café.

- Então por que aceitou vir aqui comigo? – Reinald se debruçou sobre a mesa apoiando os cotovelos sobre ela. – Podia ter escolhido outro lugar.

- O lugar não me importa. Eu só queria estar com você. – Ele se debruçou também. – Hoje é o ultimo dia que posso ficar com você. Tenho que aproveitar, não é? – Se aproximou mais deixando uma mínima distancia entre seus rostos. Reinald podia sentir a respiração de Lucius, que agora estava descompassada assim com a dele, e vice versa. O coração dele passou a bater cada vez mais rápido conforme o silêncio durava.

- Por que... –Reinald tentou concluir a pergunta, mas não conseguiu com o outro tão perto e tão... Tentador. Não importava para onde olhava, seus olhos, seus lábios, seu corpo, tudo era convidativo. Ele se afastou e se ajeitou na cadeira, podendo reformular suas idéias. – Por que ultimo dia?

- Porque eu prometi, oras. – Ele revirou os olhos. – Lembra que eu disse que sumiria da sua vida assim que você estivesse bem e o caso acabasse? – Ele lançou-lhe um olhar tristonho. – Mas não quero ir, acredite. – Os olhos azuis dele se tornaram mais profundos como se fosse chorar.

- Então não vá! – Ele disse como um reflexo. Era difícil se conter, tinha que acabar com aquilo.

- Eu fiz uma promessa e agora vou ter que cumprir. A não seeer, - Lucius abriu um sorriso esperançoso. – que queira que eu fique. Você quer?

- Sobre isso, - Reinald suspirou e se preparou psicologicamente para falar, mas era bem mais difícil do que imaginava. Não que ele nunca tivesse feito isso, porem ali na sua frente era um homem, era estranho e ele pensou em desistir. Mas olhando bem para Lucius, ele viu o quanto o queria, era algo mais forte do que a vergonha. – e-eu acho... Er, Lucius, eu acho que, hum, estou... Estou apaixonado por você.

Um minuto de silencio.

- O QUEEEEE? REPETE! – Lucius gritou chamando atenção de muita gente.

- Cala a boca! – Ele pôs o indicador na frente na boca em sinal de silêncio. – Se eu soubesse que ia reagir assim, nem teria dito nada.

- Sou uma bicha histérica, como queria que eu reagisse?

- Como uma bicha não histérica!

- Já sei o que está fazendo! – Lucius diminuiu o tom. - Está debochando de mim novamente!

- Não, não estou! – Reinald ficou indignado.

- Está sim! E você prometeu que não faria mais isso, seu filho – Lucius não pôde terminar, pois Reinald encostou seus lábios aos dele num selinho um tanto rápido. Depois se afastou um pouco olhando-o nos olhos, nenhum dos dois disse uma só palavra. Reinald segurou o queixo de Lucius e lentamente foi se aproximando até que finalmente ele o beijou, como queria fazer desde manhã. Não preciso dizer que Lucius se rendeu imediatamente e retribuiu com vontade se debruçando mais sobre a mesa, a ponto de ter que se levantar. Ele não conseguia acreditar, havia sonhado tantas vezes com esse momento e agora que estava vivendo, podia afirmar que era mil vezes melhor e mais emocionante. Ele queria avançar sobre Reinald ali mesmo, não importava a hora, o lugar, as pessoas em volta, para ele, era um lugar só para os dois.

A cabeça de Reinald girava. Estava resistindo ao moreno por horas porque queria que isso só acontecesse depois que Lucius soubesse o que ele sentia. Mas valeu a pena esperar, agora estava dando o melhor beijo de sua vida. Era completamente diferente de tudo que já havia experimentado, nenhuma mulher chegava aos pés de Lucius. Nem se importou mais em chamar a atenção, passou a mão pela nuca do outro acariciando e o puxando em sua direção, como se fosse possível se aproximar mais ainda dele com a mesa os separando.

Quando se separaram, Lucius estava obviamente sem ar e ambos tontos.

- Ainda acha que estou te zoando? – Perguntou Reinald em tom baixo com a respiração meio ofegante e o coração acelerado.

Esse nem ao menos respondeu. Só soltou um gemido e encostou a cabeça na mesa com os braços em volta do rosto como se fosse dormir. Reinald fez o mesmo, só que por puro constrangimento, afinal muitas clientes e alguns funcionários olhavam em sua direção. Que péssimo lugar para sair do armário!

- Reinald... – Lucius sussurrou levantando um pouco o rosto, o suficiente para deixar seus olhos azuis chorosos a amostra, mas somente isso também. Reinald fez o mesmo e ficou encarando-o até que o Lucius finalmente disse:

- Eu te amo.

Reinald ficou sem palavras, sem ar e sem chão. Não esperava um sentimento tão forte como amor, ele achava que Lucius apenas sentia atração ou no máximo paixão.

Acho que ficou em silencio tempo demais, pois Lucius disse:

- É agora que você diz “eu te amo também” ou algo do gênero.

- Me deixa digerir a informação. Nunca nenhum homem me disse isso.

- Para mim também não. – Ele lamentou e se levantou. – Que tal irmos embora? Já está escuro lá fora. – Ele disse olhando para uma pequena janela que estava próxima da mesa.

- Vamos. – Reinald se levantou rapidamente, queria dar o fora dali. – Tem um parque aqui perto. Quer andar um pouco?

- Claro! – Lucius sorriu. – Mas sem comer nada, mesmo? – Ta certo que foi ele quem sugeriu ir embora sem comer, mas deixa quieto.

- Peça alguma coisa. E pode deixar que eu pago. – Ele olhou para a janela. Queria mesmo ir embora. Ficar a sós com Lucius, sem uma platéia. Não sabia como aquela noite iria acabar, mas estava disposto a fazer o que fosse necessário. Reinald viajou um pouco pensando nisso e quando deu por si, Lucius já estava de volta com um pacotinho nas mãos.

- Para viagem! – Exclamou. – Eu paguei, espero que não se importe. – Sem esperar uma resposta, ele saiu quase saltitando até a porta com Reinald em seu encalço.

- O que comprou? – Reinald pergunto meio desconfortável com o silencio.

- Bolo. – Lucius estendeu os braços em direção ao loiro. – De chocolate com nozes. Seu favorito, não é? É um presente por ter ganhado o caso. Às vezes sou humilde! Mas não se acostume com isso.

- O-obrigado! – Reinald pegou o pequeno pacote e corou mesmo se esforçando para manter a calma. – Como você sabia?

- Você comentou no dia em que nos reencontramos. Aí eu lembrei! – Nem Reinald se lembrava de ter comentado, mas isso só provava o quanto Lucius prestava atenção e pensava nele.

- Ah. – Reação zero, mas o que ele podia fazer? Estava envergonhado. Ele abriu o pacote e seus olhos brilharam. CHOCOLATE! Sempre foi viciado nesse doce... Porem no momento tinha algo mais importante e interessante.

- Pega. – Reinald colocou metade do pedaço em um guardanapo separado e entregou a Lucius. – Já que voce pagou, é justo que coma pelo menos um parte.

- Mas eu comprei pra você!

- Vai me dizer que se fosse ao contrario voce não faria a mesma coisa? – Lucius nem respondeu, era obvio que sim.

Os dois se calaram depois disso. Caminharam por quase uma hora sem trocar uma só palavra. Aquele silencio não era insuportável, era leve e delicioso. Uma prova de que eles não precisavam de palavras, tudo que precisavam eram um do outro. E sempre seria assim. Quando chegaram à casa de Reinald já estava bem tarde e quase ninguém passava pela rua. Lucius se encostou ao lado da porta e, finalmente, resolveu dizer algo:

- É um adeus? – Ele perguntou inquieto. Sabia que não era, mas queria ouvir novamente Reinald dizendo que o queria ao seu lado. Olhou para o chão preocupado caso a resposta não fosse a que esperava, quero dizer, como sua vida ficaria depois daquilo? Enquanto ele mantinha somente uma paixão platônica não correspondida era uma coisa, agora que já tinham se beijado e as palavras “eu te amo” tinham saído de sua boca, era uma coisa completamente diferente.

Reinald riu. Como Lucius podia pensar que ele o deixaria partir assim tão facilmente? Era absurdo. O loiro destrancou a porta, depois retirou a chave da fechadura e enfiou no bolso. Colocou-se na frente de Lucius, que já estava contra a parede (o que facilitou seu trabalho.) e depois o segurou prendendo-o.

- Você disse que enquanto eu precisasse de você, iria ficar aqui comigo. – Reinald abaixou o rosto se aproximando mais dele, com seus lábios realmente pertos dos dele. – Preciso de você... – Ele levantou o queixo de Lucius delicadamente com as pontas dos dedos e sussurrou em seu ouvido: - Não vá! Por favor! Você prometeu.

Lucius pulou em seu pescoço sem hesitar, lagrimas de felicidade começaram rolar por seu rosto e as mesmas passaram a molhar o rosto de Reinald também quando eles se uniram num beijo lento e sincronizado. Reinald laçou a cintura do menor com uma das mãos e com a outra, ele empurrou a porta de sua casa, abrindo-a.

Ambos jogaram seus corpos para dentro da casa em um movimento perfeito, como se fossem um só. Depois simplesmente se se encostaram à porta para fechá-la, deixando-os na privacidade. Reinald, nos últimos tempos, detestava o momento quando tinha que ficar em casa, mesmo com Lucius lá, as lembranças de Elizabeth voltavam e o faziam sofrer. Mas agora Elizabeth nem lhe passara pela cabeça, e ele desejava não ter que sair daquele lugar. Talvez porque estava junto de Lucius e quando digo junto quero dizer REALMENTE junto.

Já tinha ficado claro para ele que eles ficariam assim até o dia seguinte, trocando caricias e dando-lhes arrepios a cada toque. A aquela altura, Lucius já estava incontrolável, pedir para que se segurasse naquele momento era inútil, era impossível. Se deixara levar pelo momento, por seus desejos e instintos.

Tirou o próprio terno em segundos e começou a desamarrar a gravata de Reinald, quando esse se afastou um pouco, interrompendo o beijo, e perguntou:

- Vai ficar comigo? – Seus olhos demonstravam um enorme carinho, era quase palpável. Ele passou a mão pelo rosto de Lucius com carinho.

- Claro que vou! – Lucius estremeceu ao toque delicado do outro, mas mesmo assim revirou os olhos. – Agora, cala a boca e volta a me beijar! – Disse terminando de tirar a gravata de Reinald. O loiro riu com a resposta, se fosse diferente, não seria o Lucius por quem se apaixonara.

Obedecendo a ordem descabida do moreno, ele o beijou novamente, explorando aquela boca com um gosto tão viciante, ao mesmo tempo em que desabotoava a camisa do mesmo. Reinald não tinha certeza de como continuar com aquilo, esperava que Lucius o conduzisse, mas ele não sabia que o pequeno era tão inexperiente quanto ele. Ou talvez mais inexperiente ainda! Aos 23 anos, ainda era virgem. Um fato que Lucius fez questão de omitir, afinal a única explicação para isso era que nunca chegou s gostar tanto de um cara para chegar a esse ponto.

Aquele beijo deu seqüência a outros que duraram até a amanhã seguinte, durante a noite mais estranha, desajeitada e incrível que eles já tiveram. A verdade é que nenhum dos dois sabia exatamente o que fazer.

Reinald nunca tinha dormido com um homem porque, até então, era hetero. E Luciu nunca tinha dormido com um homem porque esse homem teria que ser Reinald.

Mas dizem que na hora tudo simplesmente... Acontece. Eles deram um jeito e vou deixar vocês imaginarem como...

 

 

Lucius abriu os olhos acordando lentamente, sem entender onde estava e o que estava acontecendo. Seu corpo estava dolorido, ainda suava um pouco e sua cabeça doía levemente. Olhou para o lado e viu Reinald dormindo ao seu lado e tudo voltou a sua mente com uma enorme intensidade. Ele não conseguiu conter um sorriso radiante. Lucius acariciou os cabelos loiros de outro e, pensando melhor no que acontecera, passou a se sentir culpado. Culpado por ter se aproveitado de um momento de fraqueza, confusão e carência de um cara que havia sido abandonado há pouco tempo para se satisfazer.

Ele recuou a mão e se afastou do loiro adormecido com pesar, estava prestes a se levantar quando foi surpreendido.

- Aonde pensa que vai? – Reinald se virou na cama fitando Lucius. Como não houve resposta, tentou uma pergunta diferente. – Se arrependeu?

- Não! – Foi ma resposta quase imediata. – Claro que não! Na verdade, quero mais! – Ele disse sem pensar (Como se ele pensasse antes de dizer no resto do tempo!). O normal seria que qualquer pessoa o estranhasse, mas Reinald só riu. A linha de pensamento dele não estava muito longe disso.

- Você não se cansa, não? – Não que ele estivesse cansado, mas imaginava que a parte mais dolorosa e cansativa tinha sido a de Lucius. É, estava certo.

- Não mesmo! – Ele riu e se aproximou de Reinald por baixo dos lençóis, apoiando a cabeça em seu peito.

- Então por que estava fugindo? – Ao ouvir isso Lucius se lembrou que não podia ficar se aproveitando da desgraça alheia e se sentou na cama quase imediatamente.

- Ah, é só que... Eu achei que você, hum... – Mesmo não conseguindo terminar a frase, Reinald entendeu. - Eu não me arrependi. E não estou louco também. - Ele se espreguiçou e em seguida se sentou sorrindo. – Eu gosto mesmo de você, tudo que te disse ontem é verdade. – Reinald se debruçou sobre o menor, o derrubando na cama, abriu um sorriso bobo e ao mesmo tempo sedutor ao sussurrar: - Relaxe.

Lucius ficou parado apensar tentando decifrar os pensamentos de Reinald, seria possível mesmo que ele estivesse apaixonado? Não, não era isso. Quando voce se apaixona por alguém do mesmo sexo, o normal é não querer admitir para ninguém, nem para si mesmo. Só com o tempo voce se acostuma com a idéia...

Mas quando Reinald o beijou calmamente, unindo seus corpos, ele pode sentir o coração do loiro bater de modo descompassado e percebeu que realmente não era aquilo. Tinha mais.

- Você me ama. – Disse Lucius quando os dois se afastaram por falta de ar. A reação de Renald ao ouvir isso foi sair de cima dele na hora e se sentar na ponta da cama.

- Eu não disse isso! – Ele disse encabulado e Lucius se decepcionou. Porem o que veio a seguir o reanimou: - Mas se quiser passar o resto do dia aqui, não vou me incomodar...

- Voce me ama sim! – Lucius sorriu e o abraçou por trás.

- Cala a boca! – Disse ficando vermelho. - Eu vou ficar aqui hoje, amanhã e sempre! – Como sempre ele distorceu o que Reinald disse.

- Hey, eu não falei para virar um parasita! – Reinald bronqueou, mas parou assim que sentiu uma lagrima cair sobre seu ombro. – O que foi?

- Eu te amo. – Lucius disse enquanto mais uma lagrima escorria pelos seus olhos. – Estou feliz, é só isso.

- Chantagem emocional, é? – Reinald brincou. – Voce quer mesmo ficar nessa casa, ein?

- Não é isso!

- Tudo bem. – Reinald sorriu. – Pode morar aqui.

- O que? MORAR? – Lucius gritou chocado. – Ta falando sério?

- É claro que sim. Mas isso não significa que eu te ame. – Mentiu Reinald por pura vergonha, mas tudo bem, Lucius sabia a verdade. Sabia que era amado e que sempre seria.

 

 

Se passara quase um mês desde que tudo aconteceu. Digo, Reinad se declarou, Lucius disse que o amava, eles se beijaram e, bom, foram para a cama. Por mais impressionante que parecesse para Lucius, eles ainda estavam juntos, ISS é, tudo que Reinald lhe disse não tinha sido somente uma coisa passageira. Mas ainda tinha algo que o incomodava... Reinald tinha vergonha da relação deles e por isso, alem de não admitir ser gay, escondia de todos. Lucius pretendia mudar isso com o tempo e um bom inicio era sair para um encontro.

- Ri-chan... – Lucius disse em tom meloso. Estava deitado no chão da sala com a cabeça no colo de Reinald, o olhava com atenção e interesse incomum, seus olhos brilhavam todas as vezes se encontravam com os do loiro. Reinald estava encostado no sofá e acariciava os cabelos negros do menor, mantinha-se de olhos fechados, sabendo que uma vez que se perdesse no azul intenso dos olhos de Lucius, esqueceria de tudo, inclusive de respirar. - Ri-chaaaan... – Lucius chamou novamente.

- O que você quer? – Reinald já tinha se acostumado e sabia que ele ia pedir ou reclamar de alguma coisa.

- Por que você nunca me chamou para sair?

- Por que VOCÊ nunca me chamou para sair?

- Porque você é o macho da relação! – Lucius respondeu rindo.

- Quando foi que decidimos isso?! – Reinald odiava o fato de Lucius sempre tomar decisões sozinho. Mesmo que fosse algo obvio.

- Não DECIDIMOS, eu decidi, entende? – Ele disse com sarcasmo. – Por quê? Quer inverter os papeis?

- Não, prefiro do jeito que ta. – Reinald ouviu o menor soltar um riso abafado e suspirou. – Enfim, quer sair comigo?

- Mesmo? – Os olhos de Lucius brilharam e se sentou.

- Mesmo.

- Mesmo mesmo?

- Mesmo mesmo. – Reinald disse revirando os olhos. – Se me fizer repetir essa palavra de novo, eu mudo de idéia.

- Não! Já parei, já parei! – Ele abriu um sorriso enorme, não esperava que fosse tão fácil de conseguir o que queria. Levantou-se num salto e estendeu a mão a Reinald. – Vamos, Ri-chan! Não podemos perder um segundo sequer! GO GO!

Em menos de dez minutos os dois já vagavam pela rua sem um destino exato. Lucius andava grudado no braço de Reinald, não se importando de incomodava ou não, e com um sorriso estampado no rosto. Mas a verdade é que Reinald não estava nem aí, acho que nem ao menos tinha percebido que o outro estava pendurado em seu braço. Ele sempre foi o tipo de pessoa que fica pensando em coisas aleatórias o tempo todo ou reparando em detalhes inúteis, por isso geralmente seus comentários não tinham nada a ver. Não que ele esteja muito diferente hoje em dia, quero dizer, ele continua sendo alheio a tudo, mas guarda os comentários para si mesmo.

- Lucius, - Reinald comentou. – sabia que o casaco que está usando é feminino?

- Sério? – Ele largou o loiro e começou a analisar a própria roupa.

- Arrã. – Reinald assentiu com a cabeça junto e seu olhar logo se tornou vago. – Elizabeth tinha um igual.

- Ri-chan, você ainda não a esqueceu, não é?

- Não completamente.

- Você a ama? – Lucius perguntou com medo de ouvir a resposta.

- Não mais. – O loiro abaixou o rosto e sussurrou: - Mas amava. – Isso não era anda que Lucius não soubesse, afinal, ele tinha acompanhado todo o problema e visto o quão deprimido ele tinha ficado com a partida de Elizabeth. Mas ainda assim não era o assunto mais agradável para se conversar com o moreno.

– Por que está perguntando isso?

- Porque eu quero, dãã! Hum, uma ultima pergunta. – Ele parou e segurou Reinald para que parasse também. – Se ele pedisse para voltar contigo agora, você voltaria?

- Agora? Tipo, agora que estou com você?

- Sim. Olha, não me magôo fácil, então pode ser sincero e não se preocupe comigo. – Lucius abriu um sorriso encorajador.

- Eu não voltaria com ela.

- Por que não? Quero dizer, você a amava... Você nem ao menos admite que gosta de mim. É uma grande diferença, não acha? – Havia uma pontada de ressentimento em sua voz.

- Eu não sou gay e estou morando com você, não acha que tem algum motivo para isso? – Reinlad perguntou, o outro limitou-se a desviar o olhar. – Quando eu beijei Elizabeth pela primeira vez, só achava ela uma garota bonita e simpática, não senta nada por ela. Com você é diferente, você sabe disso... – Ele tirou uma mecha de cabelo que estava sobre os olhos do menor e a colocou atrás da orelha do mesmo, num gesto carinhoso. – Elizabeth não se compara a você. Não chega aos seus pés.

- Primeiro, o encontro e agora, isso? Meu dia não tem como melhorar!

- Tem certeza? – Reinald levantou uma sobrancelha e sorriu discretamente. – Eu pensei que talvez você quisesse is ao festival de inverno comigo. O que acha?

- Mas lá tem muita gente, Ri-chan...

- E daí? – Reinald deu de ombros.

- E daí que algum conhecido seu pode nos ver e descobrir tudo! Você não queria manter nossa relação em segredo?

- Falou certo, eu QUERIA, no passado. Deixe que as pessoas me vejam com meu namorado... – Ele disse distraidamente.

- SEU O QUE? – Lucius arregalou os oslhos enquanto berrava. Claro que isso chamou a atenção, por isso Reinald o segurou pela mão e saiu correndo em direção a um lugar mais calmo e menos habitado como, sei lá, um parque? Sim, estamos de volta a um parque.

- Certo, você tem que aprender a falar mais baixo! – Reinald bronqueou meio ofegante.

- Seu o que? Seu o que? SEU O QUE? – Ele ainda estava em choque e só consegui pensar no que tinha ouvido anteriormente.

Ah, certo, me esqueci de pedir..., pensou Reinald diante da reação do outro.

- Lucius, - Reinald se ajoelhou sobre somente uma perna e segurou a mão do menor. – quer namorar comigo?

OBVIAMENTE o queixo de Lucius foi parar no chão. Ele já havia imaginado esse momento antes, mas sabia que se realizaria tão cedo. Ele ficou sem palavras, estava explodindo de alegria por dentro, fogos de artifício que o impediam de pensar ou falar qualquer coisa.

- Se não disser “sim” em cinco segundos, vou embora! – Reinald afirmou com uma mistura de nervosismo, ansiedade e timidez, mas tudo que Lucius fez foi rir. Era involuntário, ele simplesmente ria de felicidade. Claro que isso deixou Reinald mais sem graça ainda.

- Ta, eu vou embora. – O loiro se levantou e ameaçou se afastar, dando alguns passos, mas Lucius o segurou pelo casaco.

- SIM! – Ele berrou em meio a sua crise de riso. – Sim! Sim! Sim!

- Então acho que isto é seu agora. - Reinald tirou um anel prateado do bolso e pôs no dedo anelar de Lucius.

- Mas isso é... É... – As palavras se embolavam em sua boca e seus sentimentos em seu coração.

- Uma aliança? Sim. Para que todo mundo saiba que você tem dono. – Ele se sentia aliviado, como se tivesse tomado a maior decisão de sua vida. Um exagero, talvez, mas era como ele se sentia. Lucius ficou olhando admirado para o próprio dedo durante um tempo e depois abraçou Reinald com toda a força que tinha.

- Ri-chan, você me ama? – Ele perguntou na cara dura.

- A resposta está no seu dedo. – Reinald desviou o olhar. Tinha vergonha de admitir em voz alta, mas o amava sim. Ele cruzou seus dedos com os de Lucius, segurando sua mão.

- Mas eu quero ouvir você dizer.

- Ta. – Ele suspirou e olhou fundo nos olhos de Lucius. – Eu te amo. Eu te amo mais do que você é capaz de imaginar.

- E eu estou mais feliz do que você é capaz de imaginar. – Lucius sorriu, passou seus braços em volta do pescoço de Reinald, se pendurando nele e cruzando suas pernas em volta da cintura dele. Ele o beijou lentamente, desfrutando o momento.

 

 

Para quem nunca acreditou que um romance podia acontecer e que o amor era impossível, alguns momentos parecem ilusões e sonhos. Lucius sabia bem disso.

Fazia quatro meses desde que Reinald o pedira em namoro ( e cinco desde que estavam juntos), tudo que ele sempre quis estava acontecendo, não tinha como ele estar mais feliz. Bom, era o que ele achava...

O loiro estava deitado no sofá, com a camisa meio aberta, enquanto o outro quase adormecia em cima desse enquanto acariciava seu peito. Ele tinha aprendido muito sobre Lucius nos últimos tempos. Coisas como o fato de ele ser extremamente caseiro e preferir muito mais um fim de semana em casa do que em um hotel 5 estrelas, ou o fato de que achava advocacia um trabalho “chique” demais e que preferia muito mais ser vendedor.

De fato Lucius podia ter uma personalidade extravagante, mas era bem simplório.

- Hey, Lucius... – Ele disse e foi ignorado. Lucius estava determinado a fazer com que Reinald “obedecesse” suas ordens. – Hum, Lu-chan... – É, ele tinha o obrigado a chamá-lo assim, mesmo sabendo que isso não duraria muito tempo.

- Diga.

- Você odeia seu sobrenome? – Reinald perguntou do nada e logicamente Lucius estranhou.

- Sim, por quê? – Ele retrucou abrindo os olhos.

- Já pensou em ter outro sobrenome?

- Na verdade sim. Até tentei mudar, mas a lei não permitiu. – Queixou-se enquanto se espreguiçava e sentava-se, ainda em cima de Reinald.

- O que acha do sobrenome Hanckson?

- Acho que é o seu sobrenome! – Ele respondeu o obvio. – Que tipo de perguntas são essas?

Reinald riu e fez um sinal para que Lucius saísse de seu colo. Se levantou do sofá e se ajoelhou no chão, enfiando a mão debaixo do sofá. Quando tirou-a de lá, uma pequena caixinha ocupava sua mão.

- O que acha de se chamar Hanckson? – Reinald se levantou letamente. – O que acha de se casar comigo?

- Isso é algum tipo de brincadeira? – Lucius piscou algumas vezes tentando acreditar que era um homem sendo pedido em casamento por outro homem.

- Não, claro que não! – O loiro respondeu rapidamente com um sorriso costumeiro no rosto. – Eu quero passar o resto da minha vida casado com o gay mais escandaloso, histérico e ao mesmo tempo fofo que já conheci. Pode me chamar de louco ou dizer que sou o maior idiota que já conheceu, mas é assim que eu me sinto! Um grande idiota feliz e apaixonada.

- E gay! – Lucius fez questão de completar enquanto começava a chorar.

- Claro claro. Um idiota feliz, apaixonado e gay! – Ele abriu a caixinha que continha ma aliança de ouro. – Então, quer se tornar o senhor Lucius Hanckson?

- Senhor é a tua vó! – Ele retrucou grosseiramente.

- Responde logo!

- Sim! – Lucius se levantou num salto e abraçou Reinald, rodopiando.– Claro! Sem duvida! Com prazer! Obviamente!

- Meu deus, como você é fácil! – Brincou Reinald e levou um tapa de Lucius no braço. – Falando sério agora, eu juro te fazer o homem mais feliz do mundo.

- Mesmo?

- Eu vou tentar, pelo menos... – Ele sorriu envergonhado e tirou a aliança da caixinha colocando-a no dedo anelar esquerdo de Lucius. – Agora você está preso a mim para sempre.

- Eu já estava. – Lucius empurrou Reinald no sofá e sentou sobre ele. – Sempre estive... Desde que te vi pela primeira vez. – Ele roçou seus lábios pelo pescoço do outro até que se encontrassem com os lábios dele.

Meu noivo..., foi a ultima coisa que passou pela cabeça de Reinald antes de se entregar totalmente a Lucius de corpo e alma. Mais de corpo, se querem saber... Perfeito, não?

Mas ainda acho que essa família está incompleta. Falta algo. Ou alguém...


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Notas finais do capítulo

EAI? GOSTARAM? *-------*
Eu particulamente ameeei qq UDSAHDUIASHU Perceberam que o Lucius é o cara que provoca e o Reinald é o cara das iniciativas Q
Maan, quero fazer um capitulo com o Reinald narrando, como voces perceberam, ele brisa muito... Seria bem engraçado UIASHIUH :B'

Poisé, o Lucius não roubou o Reinald da Elizabeth, só pegou o que ela jogou fora :/ É, eu tambem odeio ela IUHDAIUSHDUIH /nemumpoucoimparcial

Agora meuscomentarios aleatorios sobre a vida Q YUASDGSYUA
Eu fiz um top 10 gay com minhas amigas (sim, eu esotu no primeiro ano e em vez de prestar atenção na aula, fico fazendo coisas gays... Q /morre)
E CLARO que o Lucius tinha que estar nele u_u QQ Em terceiro Lugar! *--* Só perde para o Adam (personagem do filme Priscilla, a Rainha do Deserto) e pro Jeffree Star (cantor traveco Q)
Beem, o Reinald não está no top 10, peço desculpa para as fãs dele qq

AI ai, falando disso, eu andei vendo varios filmes de drag queen ultimamente QQ Meu pai alugou pra mim para me dar inspiração (?) e depois reclama pq eu babo no serginho do BBB (Eu só vejo por causa dele, ele é lindo, divo, ta no top 10 em qaurto lugar e vou adota-lo assim que for eliminado!) UDASHIDHSAU Não entendo como a mente dele (meu pai) funciona, mas whatever...
MEU FILME FAVORITO DE TODOS OS TEMPOS É "A GAIOLA DAS LOUCAS"! É muuuuuuuuuuito boom! E o unico filme onde voces vão conseguir ver o Robin Willians imitando a Madonna IUDSAHIUDHAUD Sem dizer que é sobre um casal gay e seu filho (que infelizmente não é gay mimimi çç) UIDSAHIUDHAS Vale muito a pena ver *--*
Priscilla, Rainha do Deserto é o filme mais BRISADO que ja vi DSUDHSAUIDHDSA e tem o gay mais FODA DO MUNDO! xonei nele q
Huum, deixa eu ver se tenho que comentar mais alguma coisa...
AAH, UM COMENTARIO LIGADO A DAD QUE EU TINHA ESQUECIDO QQ DUSAIHDIUSAHD

Eu acho que vai ter gente que ai chegar a conclusão de que Lucius e Elizabeth tinham um caso... Eu só digo uma coisa: É O LUCIUS! E_e'

Mimimika, sobre os reviews... Eu não ternho respondido, desculpa, to sem tempo e paciencia! çç' MAS LEIO TODOOOOS ELES E AGRADEÇO DEMAIS! DSUDHASIU serio, fico EXTREMAMENTE feliz ao recebr, ganho meu dia! Prometo que ainda respondo eles ok? :]
AAH, DAD TEM 3 INDICAÇÕES, VI ONTEM, SHOOOREEEI DSUIAHDAIUDHUDUISAHUIDSAHUUDIHAU *--* //emo.cionada

Ok, calei :x
bjs, MAH.



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