Sem Medo De Recomeçar escrita por Nyne


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Olá queridas leitoras =)Nós últimos tempos não tenho conseguido falar com a Mayu, por isso as postagens tem demorado um pouco.Porém vou continuar escrevendo a fic mesmo que sozinha ok? Não vou abandonar vcs de forma alguma.Espero que gostem do capítulo e já sabem, deixem sua opiniões ok?Ótima leitura!



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Bárbara Tatuagem

Três semanas depois Barbara e Raquel estavam preparando as coisas para a mudança. Deram sorte e assim que foram ver apartamentos foram informadas que dois estudantes haviam se formado e iriam desocupar um deles.

Renato e Everton as ajudaram com a mudança.

– Pronto, parece que está tudo em ordem. – Diz Raquel com as mãos na cintura olhando em volta.

– Legalzinho aqui. Pequeno, mas legalzinho. – disse Everton se aproximando de Raquel.

– Demos muita sorte com esse apartamento. O preço do aluguel está baixíssimo se formos comparar com os outros com dois quartos que vimos. Está certo que os quartos daqui são pequenos, mas só vamos usar aqui pra dormir mesmo. – diz Barbara.

– Pra mim está ótimo! – diz Raquel se jogando no sofá – Até os móveis que ficaram são perfeitos.

Eles conversam um pouco até Everton sugerir para comerem alguma coisa.

– Vamos sair e comer fora, porque duvido que alguma de vocês queira fazer comida agora. – brinca.

– Por mim tudo bem. Tudo bem pra você Rê? – pergunta Barbara.

– Sem problemas.

– Certo então, só vou pegar uma blusa e já volto, o tempo deu uma esfriadinha. – diz Raquel.

– Enquanto isso vou ao banheiro. – diz Everton saindo, deixando assim Barbara e Renato sozinhos na sala.

Ela está de pé próxima a porta e ele está a sua frente. Se aproxima e a abraça pela cintura. Barbara por sua vez leva os braços até o pescoço dele.

– Obrigada pela ajuda hoje.

– De nada.

Barbara o beija, afastando-se em seguida.

– Mas e você? Quando vai conhecer o meu apê?

– Não sei, quando você quiser.

– Que tal hoje a noite? Assim que voltarmos do passeio com a Raquel e o Everton vamos pra lá. Pode ser?

– Por mim tudo bem.

Renato sorri e a beija quando escutam Raquel e Everton conversando, vindo na direção deles.

– Vamos? – diz Raquel animada.

**********************************************

Assim que voltam da lanchonete, Barbara avisa a Raquel que iria sair com Renato, mas não pretendia demorar muito.

– Relaxa. O Everton vai ficar aqui comigo, está tudo bem.

– Vai ficar aqui com você é? Interessante...

– Não é nada disso Barbara, ele é só meu amigo.

– Sei... Bom, vou indo, qualquer coisa me liga.

Barbara sai e deixa Raquel sozinha com Everton. Ele estava na cozinha e ela sentada no sofá na sala. Ele vai até ela e senta ao seu lado.

– E seus amigos?

– Saíram, foram namorar.

– Bom, nesse caso melhor eu ir também.

Ele se levanta, mas Raquel o puxa pelo braço, fazendo com que se sente de novo.

– Como assim? Vai me deixar aqui sozinha?

– Fica chato só você e eu aqui, sozinhos.

– Ah Everton, cala a boca! Se fosse lá em casa tudo bem, entenderia você, mas aqui não tem disso não. Ou por acaso você vai tentar me agarrar?

– Não, claro que não! – diz sem graça, mas não deixando que ela perceba.

– Então pronto. Vem, vamos ficar vendo televisão igual quando éramos pirralhos.

Raquel liga a televisão e coloca em um canal onde passava um programa de auditório. Ficou sentada ao lado de Everton com os pés em cima do sofá.

– Não tem nada melhor pra assistir e não lembro onde guardei meus filmes, só sei que foi em alguma caixa.

– Legal, tem várias caixas que você nem abriu ainda.

– Por isso. Fico te devendo um filme. – diz rindo.

Eles ficam assistindo televisão por um tempo, até que Raquel deita em seu colo. Everton sentiu o corpo enrijecer e ela percebeu.

– O que foi? Ficou estranho de repente...

– Não foi nada, impressão sua.

– Você está mentindo. Fala Everton, o que você tem?

Ele não poderia mais adiar. Era agora ou nunca.

***********************************************

Renato abre a porta e acende a luz.

– Bem vinda ao meu santuário. – brinca.

Barbara entra e olha em volta. O apartamento de Renato aparentava ter o mesmo tamanho que o que agora ela morava com Raquel, mas tinha o ar um pouco mais sério.

– Parece confortável e arrumadinho.

– Não se engane... Nem sempre ele é tão arrumadinho assim. – diz rindo.

Barbara fica parada a lado do sofá e percebendo Renato pede para que ela se sente, fazendo o mesmo em seguida.

– O único problema é que aqui é um pouco abafado.

– Percebi. – diz Barbara tirando a jaqueta e revelando algo que até então Renato não havia visto.

Barbara tinha rosas tatuadas em seu braço.

– Linda sua tatto.

– Ah, obrigada – diz sem jeito.

– Faz tempo que fez?

– Uns dois anos já.

– E teve algum motivo especial pra fazer rosas?

– São minhas flores preferidas e uma vez quando era pequena minha avó me contou uma historinha sobre a rosa que também achei bonita.

– Que história?

– Ela disse que existia uma cidade onde vivia uma moça muito bonita e que todos os homens da cidade corriam atrás dela, mas não porque gostavam dela, na verdade só queriam estar com ela como se ela fosse um troféu, pela beleza dela. Um dia enquanto ela corria deles, acabou entrando em um castelo de uma bruxa que ficou furiosa com a invasão da moça e com todos aqueles homens gritando a batendo na porta do castelo dela. Então ela transformou a moça numa rosa e todos os homens que a perseguiam nos espinhos.

– Não conhecia essa história.

– Ela me contou quando eu era criança, nem sei como ainda lembro. – diz sorrindo.

Renato se aproxima e passa uma das mãos na tatuagem.

– Realmente, acho que outra flor não combinaria tanto com você. Você é tão linda quanto uma rosa.

Barbara fica vermelha e sorri.

– E uma rosa vermelha como se não bastasse. – diz sorrindo também.

Renato se aproxima e a beija. Ela retribui. Alguns minutos depois Renato a coloca sentada em seu colo. Barbara se afasta para pegar ar, mas logo já está o beijando de novo.

Renato leva uma das mãos ao pescoço da jovem, aprofundando o beijo, enquanto com a outra aperta a cintura de Barbara que emite um som abafado.

Renato entendeu aquilo como um aviso para prosseguir e assim o fez. A mesma mão que até o momento apertava a cintura de Barbara subiu um pouco, parando em um de seus seios. Ela se afasta ofegante.

– Não Renato.

– O que foi?

– Não quero, assim pelo menos não.

– Quer ir pro meu quarto?

Barbara abaixa o olhar e não diz nada. Renato segura seu queixo fazendo com que ela o olhe.

– Você não quer?

– Assim não. Não sei...

– Está com medo de mim?

– Não, não é isso. Mas acho que está indo rápido demais. Mal tem um mês que começamos a namorar.

– Entendi.

Renato tira Barbara de seu colo e a coloca novamente ao seu lado no sofá.

– Está com raiva de mim?

– Não, claro que não – diz lhe dando um selinho – Eu fui rápido mesmo, desculpa.

– Sério mesmo que não está bravo?

– Sério. Acabei deixando a cabeça de baixo agir antes da de cima, desculpa.

Barbara fica sem graça e não sabe o que falar. Percebendo o clima Renato tenta distrai - la.

– Você me deve um contra no vídeo game lembra? Pronta pra perder?

– Perder pra você? Vai sonhando!

Ele liga o vídeo game e entrega um dos controles a ela.

– Vamos ver.

**********************************************

Everton estava visivelmente sem graça.

– Vai falar ou o que?

– Não tenho nada pra falar Raquel. Ou melhor, é melhor eu não falar.

– Sabia que tinha alguma coisa, você anda muito estranho. Agora que você vai falar mesmo!

Everton a olha abaixando a cabeça. Ao levantá-la novamente olha diretamente nos olhos de Raquel que mostravam curiosidade e ao mesmo tempo certa preocupação.

– Tudo bem. Se não falar agora acho que não falo nunca mais e já adiei isso por muito tempo.

– Isso o que?

Ele respira fundo.

– Lembra que há alguns dias atrás ia te falar algo quando te deixei na sua casa, mas você teve que entrar correndo?

– Lembro vagamente. Tem a ver com isso?

– Se tem a ver? Tem tudo a ver!

– Então fala de uma vez!

– Naquele dia eu ia te chamar pra sair.

Raquel tem uma expressão confusa no rosto.

– Me chamar pra sair? Só isso? Quer dizer, você quase me mata do coração por isso?

– Na verdade não é só isso Raquel. Eu ainda quero sair com você, mas não como um simples passeio. Quero sair como se fosse um encontro.

O rosto dela era a mais autentica imagem da confusão.

– Acho que entendi, mas ao mesmo tempo acho que não entendi nada.

– Eu te ajudo a entender. Estou a fim de você Raquel. O que sinto por você e já faz tempo é algo que vai muito além da amizade.

– O que você quer dizer com já faz tempo?

– É algo que vem de anos atrás.

– Anos? Antes ou depois da Mariana?

– Muito antes.

Raquel levanta do sofá rindo nervosamente.

– Você está de brincadeira comigo não é? Fala sério. Não vou ficar com raiva de você, pode falar a verdade.

– Essa é a verdade. Eu sempre fui a fim de você magrela, desde criança.

– Mas você pediu pra namorar a Mariana, você pediu pra namorar a minha amiga!

– Foi pra chamar a sua atenção Raquel. Eu nunca fui apaixonado pela Mariana do jeito que sou por você.

– Apaixonado por mim? E você mostra isso namorando a minha amiga? Que jeito estranho de mostrar que é apaixonado por alguém. – diz com deboche.

– Eu era moleque, não sabia o que fazer. Foi o melhor jeito que me veio na cabeça.

– Poderia ter falado diretamente pra mim.

– Fiquei com medo, não sabia a sua reação. Você poderia acabar com a nossa amizade, se afastar de mim pra sempre.

– Eu não faria nada disso.

– Você diz isso agora.

– Não Everton. Digo agora, mas no passado também não teria sido diferente. Tudo poderia ter sido diferente se você tivesse falado comigo ao invés de fazer uma dedução tão estúpida sobre mim.

Ele levanta do sofá e se dirige até Raquel.

– Quer dizer que se eu tivesse aberto o jogo, dito que estava a fim de você as coisas seriam diferentes? O que quer dizer?


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Notas finais do capítulo

O próximo está em andamento, postarei em breve =)Deixem reviews ok?bjus!