Sem Medo De Recomeçar escrita por Nyne


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, tudo bem?
A Mayu anda muito corrida, mal temos tempo pra nos falar =/
Espero que gostem do capítulo apesar disso ok?
Ótima leitura!



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 Barbara e Raquel andavam em direção a sala de aula enquanto conversavam.

- Sabia! – diz Raquel convencida.

 - Vai me encher o saco não é?

 - Ah Barbara, encher o saco não, mas que eu sempre soube que ia dar em namoro sabia. – diz rindo.

 - Quando ele disse que queria falar comigo pensei que ia falar que não estava mais a fim de ficar comigo.

 - Esse é seu mal, sempre espera pelo pior.

 - Não é o meu mal, é o certo, assim não crio expectativas.

 - Em partes você tem razão, apenas em partes. Mas vamos ao mais importante.

 - O que?

 - Você já me contou como foi, o que ele conversou e tudo mais. Mas e você? Está mesmo feliz?

Barbara deu um sorrisinho ficando um pouco corada.

 - Estou sim. Mas mesmo assim ainda tenho um pouco de medo.

 - Por quê?

 - Pode não dar certo Raquel. Nos dávamos bem antes, mas agora com namoro as coisas podem mudar.

 - Concordo com você. Mudar pra melhor.

Elas chegam à classe e vão em direção a seus lugares. Raquel senta primeiro e dá continuidade a conversa delas.

 - Não tenho tanta experiência assim nesses assuntos de namoros e tal, mas pelo o que conheço do Renato, o que você me conta dele e pelas vezes que vejo vocês juntos consigo perceber que ele é um cara legal.

 - Isso ele é mesmo.

 - Então porque o medo?

 - O Renato é mais velho que eu, já deve ter tido namoros antes...

 - Normal, e daí? Você também teve, eu tive, quase todo mundo já teve namoros antes de começar outro.

 - Sim, sei disso, mas não posso mentir Raquel... Tenho marcas do meu antigo relacionamento.

 - Com o tal do Iago?

 - Sim. Ele me persegue.

 - Como assim te persegue? Você também? – pergunta Raquel preocupada.

 - Não, não como o Natã com você. O Natã te persegue em carne e osso. O Iago me persegue psicologicamente. Em sonhos, lembranças.

 - Entendi. Mas amiga isso foi antes. Agora que você está com o Renato com certeza o Iago vai sumir, você vai ver. As lembranças ruins que você tinha com ele serão substituídas pelas boas que você terá com o Renato e tenho certeza que serão muitas.

 - Tomara que você tenha razão.

 - Claro que tenho, espere e verá!

              **********************************************

As duas saem da classe quando Barbara avista Renato encostado na parede em frente a esperando.

 - Oi. – diz lhe dando um selinho.

 - Oi. Como foi a aula?

 - Cansativa...

 - Cansativa o caramba, foi um porre mesmo! – diz Raquel fazendo Renato rir – Bem, vou indo.

 - Como assim vai indo Raquel? Não vai comigo hoje?

 - Não amiga. Primeiro porque não quero atrapalhar o love do mais novo casal e também porque preciso ir pra casa rápido. Depois que o Natã apareceu aquele dia minha mãe tem medo que eu ande sozinha pela rua.

 - Por isso mesmo sua cabeçuda, eu te levo.

 - Se é por mim sem problemas Raquel, pode ir com a Babi.

Raquel olha para Barbara que fica sem graça.

 - Babi... Que meigo! – diz rindo – Mas é sério gente, podem ficar namorando de boa, hoje nem vou pra academia pra chegar logo em casa. Queria mesmo morar mais perto da faculdade, seria tão mais fácil.

 - Eu também. Queria ter a sorte que o Renato tem. – diz Barbara.

 - Sorte que eu tenho?

 - É. Você mora sozinho.

 - Sério Renato? Que máximo! Chegar em casa a hora que quer, sem ter que se preocupar em não fazer barulho pra não acordar os outros... Um sonho.

 - É sim, também queria morar sozinha, mas não tenho como me bancar, pelo menos não atualmente.

 - Somos duas então.

Renato fica pensativo um tempo e abraça Barbara pela cintura.

 - Vocês não podem bancar uma moradia sozinha certo? Mas e se dividissem as despesas?

 - Como assim? – pergunta Barbara virando o rosto na direção dele.

 - Vocês poderiam dividir um apê. Têm vários pra alugar aqui perto da faculdade.

 - Ah não, mesmo que dividíssemos as despesas como aluguel, água e luz, e os móveis?

 - A maioria dos apartamentos que tem por aqui são mobiliados já Babi. Geralmente são alugados exatamente pra estudantes.

Barbara olha Raquel que parece empolgada.

 - Gostei da idéia Barbara. Poderíamos dar uma olhada em alguns, não custa.

 - As férias estão chegando, então é bom verem logo. Como muitos são alugados por estudantes, troca de semestre alguns ficam vagos, mas são alugados rápido também.

 - E aí Raquel? Topa? – pergunta Barbara.

 - Opa! Quando podemos ver os tais apartamentos?

 - Esse fim de semana está bom pra você?

 - Perfeito. É inclusive o tempo pra eu já ir preparando meus pais.

 - Eu sei, vou precisar fazer isso com os meus também.

 - Não se preocupem. No começo minha mãe deu um pouco de trabalho, mas aceitou numa boa. Com vocês não vai ser diferente.

 - Bom, é isso então. Que venha o fim de semana! – diz Raquel a Barbara.

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Após se despedir dos amigos e convencer Barbara de que não precisaria de carona para ir pra casa, Raquel sai da faculdade. Assim que chega ao ponto de ônibus tem uma surpresa.

 - Everton? O que está fazendo aqui?

 - Vim buscar você.

 - Estou falando sério engraçadinho.

 - Eu também engraçadinha. Depois daquele dia na academia fiquei preocupado com você.

Raquel sorri. Não podia negar pra si mesma que havia ficado feliz em vê-lo.

 - Sério mesmo?

 - Claro. Você não faz idéia do quanto torço pra encontrar aquele cara de novo. Pode ter certeza que depois disso ele nunca mais vai sequer andar na mesma calçada que você.

 - Nossa! Não conhecia esse seu lado pitboy.

 - Só mostro quando mexem com quem eu gosto.

 - E você gosta tanto assim de mim é?

 - Gosto sim. Mais do que você pode imaginar.

Raquel fica sem jeito com o tom que Everton usa, mas logo disfarça.

 - Bom, já que veio me buscar então vamos logo, minha mãe anda cronometrando o tempo que levo pra chegar em casa.

 - Se importa em ir a pé?

 - Claro que não, com você não. Se estivesse sozinha iria de ônibus.

 - Então vamos.

Everton deu o braço para Raquel que o segurou e seguiram andando, conversando. Ela comentou sobre estar planejando sair de casa e ir morar com uma amiga da faculdade.

 - O que você acha?

 - É uma boa. Se for melhor pra você também, te apoio.

Assim que chegam a casa de Raquel, Everton mostra certa impaciência.

 - O que você tem?

 - Eu? Nada.

 - Nada Everton? Até parece. O que foi?

 - Eu queria falar uma coisa com você... Mas não sei como.

 - Que tal com a boca? – diz rindo.

 - Palhaça.

 - Vai cara, o que é?

 - Eu queria saber se você... Se você quer...

Antes que o rapaz pudesse terminar a frase o celular de Raquel toca. Ela pede licença e o atende, enquanto Everton fica desconcertado.

 - Não falei que minha mãe está me cronometrando? Preciso entrar.

 - Ah, tudo bem, vai lá.

 - Mas o que você queria me falar mesmo?

 - Não era nada importante, te falo depois.

 - Tudo bem então. Boa noite – diz dando um beijo no rosto do rapaz – Obrigada por me trazer.

 - Não foi nada. Boa noite.

Raquel entra enquanto Everton se vira para ir embora.

Ficara ensaiando dias uma forma de chamar Raquel pra sair, de uma forma que ela entendesse que não seria um simples passeio entre amigos, mas não foi dessa vez que conseguiu. Teria que ensaiar e pensar em um método melhor para a próxima vez.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado =)
deixem reviews (especialmente vcs leitores fantasma, eu não mordo viu? rs)
Bjus!



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