Sem Medo De Recomeçar escrita por Nyne


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos leitores, tudo bem?
Não tenho me sentido muito bem esses dias, então me perdoem se o capítulo não estiver muito bom ok?
A Mayu gostou, espero que agrade vcs tbm.
ótima leitura.



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Nas noites seguintes Raquel sempre saía do serviço e ia para a academia. Conseguia fazer algumas séries de exercício até dar a hora de ir para a faculdade. Everton sempre estava lá, o que agradava a Raquel, pois não se sentia completamente perdida.

Ter o reencontrado lhe fez bem, e isso já refletia em seu rosto.

 - Qualquer dia vou nessa academia só pra saber o que tem lá. – brinca Barbara enquanto ambas conversam.

 - Você disse que academia não faz o seu estilo.

 - E não faz mesmo, mas desde quando você começou lá vem pra aula sorridente, quase saltitante.

Raquel ri.

 - É você não está tão errada assim mesmo. Tem algo lá que me anima bastante. Aliás, algo não, alguém.

 - Danadinha... Fala logo! Professor, instrutor, aluno?

 - Ah, é um misto de todos esses aí. – diz rindo.

 - Como assim? Explica melhor porque não entendi nada.

 - Acho que nunca cheguei a te contar... Quando eu era mais nova tinha um amigo que sempre andava comigo, éramos unha e carne sabe?

 - Sei e daí?

 - Então, éramos muito grudados mesmo, teve uma época que eu até cheguei a pensar que gostava dele. Quando criei coragem pra falar com ele sobre isso, ele começou a namorar uma amiga minha.

 - Que merda!

 - Pois é... Depois disso ele foi se afastando de mim e eu acabei mudando de onde morava. Perdemos o contato de vez desde então.

 - Tá, mas o que isso tem a ver com a academia?

 - Ele faz academia no mesmo lugar que eu. Descobri na minha primeira aula, aquela em que não vim pra faculdade.

 - Ah ta! Agora entendi tudo. O tal amigo de infância é o motivo dos seus sorrisos pro nada. – diz Barbara rindo.

 - Admito, é sim, um pouco pelo menos. – diz rindo.

 - Ele ainda namora a sua amiga?

 - Não. Disse que terminaram já tem um tempo e que assim como eu ele também acabou perdendo o contato com ela.

 - Hum... Já vi tudo...

 - Está falando de que?

 - Ah vá Raquel, não se faça de boba. Amiguinho de infância que você foi apaixonada volta depois de anos e ainda por cima solteiro. Até parece que você não gostou de saber disso.

 - Nada a ver Barbara. Isso de eu gostar dele faz tempo e mesmo assim, se eu tivesse contado ele não acreditaria.

 - E porque não?

 - Porque ele quis namorar a minha amiga e não a mim.

 - Como você mesma disse Raquel, isso foi no passado, PAS-SA-DO.  A história pode tomar outros rumos agora, porque não?

- Porque não daria em nada como não deu antes e também porque eu não quero mais, só por isso.

 - Não quer mais?

 - Não. Lembra o que você me disse assim que começou a sair com o Renato? Que não queria se envolver demais e acabar confundindo as coisas? É a mesma coisa.

 - Tem suas diferenças. Eu não conhecia o Renato antes, você conhece e bem esse tal cara aí pelo o que entendi.

 - Mas se passaram muitos anos, ele deve ter mudado, eu mesma mudei. Que seja, vamos mudar de assunto. Falando em Renato, a quantas andam vocês dois?

 - Acho que bem.

 - Acha?

 - É. Nos falamos todos os dias, alguns fins de semana saímos pra algum lugar. Estamos aproveitando a companhia um do outro.

 - Só isso?

 - Você quer mais o que, posso saber?

 - Já tem um tempinho que vocês conversam, saem, ficam... Poderia ficar um pouco mais sério não acha?

 - Está falando de namoro?

 - Agora é minha vez de falar: E porque não?

 - Não sei Raquel, estamos bem assim. Não quero estragar tudo cobrando alguma coisa dele. Sem contar que o status de namorados pode assustar.

 - Ele ou você?

 - Acho que os dois! – responde rindo.

 - Acho que assusta mais a você do que a ele.

 - Talvez... Mas ao menos pra mim até o momento está bom como está. Pra que mexer?

 - Se você diz...

Aquele dia a turma delas é dispensada mais cedo, então Raquel aproveita para voltar à academia. Perguntou se Barbara não queria ir com ela, ao menos para conhecer, mas como era de se esperar ela não quis.

Ao chegar Raquel olha em volta, procurando por Everton, mas não o encontra. Pensou em perguntar por ele na recepção, mas imaginou que ele já tivesse ido embora.

Faz algumas séries de exercício e alguns minutos de esteira. Olha o relógio e decide que era hora de ir embora.

Everton com certeza a acompanharia até em casa se ela pedisse, mas ele não estava mais lá.

Ela guarda algumas coisas em seu armário e sai. Já era tarde e poucas pessoas andavam pela rua. Quando estava virando a esquina da academia, sente alguém segurar seu braço.

 - Oi.

 - Não acredito nisso. O que você quer agora Natã?

 - Poxa Raquel, vamos conversar numa boa vai...

 - Já disse que não tenho nada pra conversar com você, não ficou claro da última vez?

Natã solta seu braço e coloca ambas as mãos dentro dos bolsos da calça.

 - Está fazendo academia agora é?

 - Deu pra me vigiar?

 - Não, mas estava passando por lá quando te vi sair. Começou faz tempo?

 - Não é da sua conta.

 - Nossa, não precisa ser tão grossa, só estou puxando assunto.

 - Não quero puxar assunto, não quero conversar com você, é tão difícil assim você entender isso?

 - Tá bravinha... Adoro quando você fica assim sabia? Antes você era muito sem graça, sempre bancando a certinha. Prefiro você assim.

 - Vai se ferrar Natã me deixa em paz!

Raquel volta a andar, com passos mais rápidos, mas Natã vai atrás dela, segurando em seu braço mais uma vez.

 - Pode até ficar nervosinha, mas isso não me mete medo.

 - Me larga! – diz mexendo o braço, tentando se soltar.

 - Vai conversar comigo numa boa?

 - Não porra, você é surdo caralho?

 - Nossa, até palavrão começou a falar! Assim me apaixono de novo...

Raquel tenta se soltar, mas Natã é mais forte que ela. Agora ao invés de segura-lá por apenas um braço, ele a encosta em um muro, segurando em seus ombros.

 - Se você não me soltar agora juro que vou começar a gritar.

 - Pode gritar, ninguém vai te ouvir mesmo. E mesmo que alguém escute não vai vir te ajudar. As pessoas têm medo de ajudar alguém, ainda mais em uma rua escura.

Ela continua se debatendo, o que faz Natã rir.

 - Me solta Natã, quero ir pra casa.

 - Você vai pra sua casa, depois que conversar na moral comigo.

 - Não vai me soltar mesmo não é? Depois não diga que eu não avisei: SOCORRO!

 - Cala essa boca – diz colocando uma das mãos na boca de Raquel, que o morde.

 - Ai! Filha da puta! – diz soltando-a em seguida.

Raquel  o empurra e corre na direção contrária a qual estava indo. Pensou que talvez voltando pra academia alguém pudesse a ajudar.

Suas pernas doíam, pois ainda não estava acostumada com a nova rotina de exercícios físicos. Quando estava quase chegando Natã a alcança.

 - Você vai me pagar por isso sua filha da puta – diz ao mostrar a mão que sangrava.

Ela já não tinha mais forças para correr, suas pernas doíam muito. Começou a chorar.

 - Pode chorar, você vai chorar muito mais hoje. – diz Natã já na frente dela.

Raquel ainda chorava quando alguém a puxa pra trás.

 - Corre, volta pra academia.

 - Não consigo, minhas pernas estão doendo muito.

 - Faz uma forcinha magrela, a academia está aberta ainda, vai pra lá e me espera lá dentro. Anda, vai!

Raquel se esforçava para correr quando escuta Natã a provocando.

 - Agora deu pra andar com segurança é? Na faculdade, agora aqui. Tudo isso é medo de mim?

Everton não entendia o grau de intimidade do rapaz a sua frente com Raquel, mas já tinha certeza que eram conhecidos.

  - O que você quer com a Raquel? De onde você a conhece?

 - Pergunta pra ela.  – diz seco.

 - Estou perguntando pra você. – diz Everton no mesmo tom.

 - Ela nunca falou de mim?  - pergunta com um sorriso hostil – Pergunta pra ela do pai do filho dela... Vamos ver o que ela te fala.

Após dizer isso Natã sai, segurando a mão ferida. Everton o observa, para ter a certeza de que ele vai embora. Em seguida corre para a academia encontrar Raquel.

Ao chegar a encontra muito nervosa, chorando sentada na recepção com algumas pessoas a consolando.

Ele se ajoelha a sua frente, segurando suas mãos e levando a mão livre a seu rosto.

 - Você está bem? Aquele cara te fez alguma coisa?

 - Não, estou bem. – diz soluçando.

Ele senta ao lado dela e a abraça. As pessoas ao redor vão se dispersando. Everton pode sentir as lágrimas dela escorrendo por seus ombros.

 - Vem, vou te levar pra casa.

Raquel se levanta e Everton a abraça pela cintura a ajudando a andar. Durante o caminho não falam nada um com o outro.

Ao chegarem a casa dela, Raquel o chama para entrar.

 - Não vai te causar problemas?

 - Meus pais não estão em casa, foram em um jantar com amigos. Não quero ficar sozinha...

 - Tudo bem, fico um pouco com você, até que se acalme.

Eles entram e sentam no sofá. Everton segura a mão de Raquel, que o olha com os olhos ainda avermelhados.

 - Raquel... Eu vi o jeito que aquele cara falava com você. Percebi que te conhecia de algum lugar.

Ela abaixa a cabeça.

 - Perguntei pra ele de onde te conhecia e... Ele disse pra eu te perguntar quem era o pai do seu filho.

Ela levanta a cabeça, olhando nos olhos de Everton. Seu semblante era sério e ao mesmo tempo confuso.

 - Você tem um filho Raquel?


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Notas finais do capítulo

Deixem reviews com suas opiniões ok? Preciso muito da ajuda de vcs pra continuar as fics.
Bjus e até semana que vem.

P.S: Sexta quando postar BTF digo a surpresa ligada a Opostos.