Adriano Costa.

Na hora em que eu apareci, senti os olhares incrédulos do que viam, principalmente a minha marrentinha, me olhava como se estivesse vendo um fantasma, parecia paralisada tentando assimilar o que estava acontecendo. Isso, Lia, me olhe... Adorava o fato dela estar me encarando tão fortemente, queria logo poder chegar perto dela. Logo sinto um peso pular sobre mim, era a Fatinha.

"Dinho?! Eu não acredito! Que saudade!" disse chorando.

"Que saudade de você minha sem noção..." a aperto em meus braços.

"Seu puto, cachorro! Como você some tanto tempo assim sem dar notícias?" baixou o santo nela e ela começou a distribuir tapas por todo meu corpo.

"Ai, calma, Fatinha, para! Você me desculpa?" digo rindo e me defendendo dos seus tapas ardidos.

"Não! Ai vem cá!" a bipolar me abraçou de novo.

"Não chora... Eu to aqui." digo secando suas lágrimas.

"Você tá muito diferente, cara... Olha isso tá mais fortchenho, arrasou na academia hein, gato?! Esse cabelo tá um charme, te deixou mais sexy, você tá muito gostoso, não que antes você não fosse, mas agora você tá muito mais, Dinho. Se eu não tivesse namorando o Bruno, eu te pegava com gosto de novo." disse gargalhando.

"Namorando o Bruno? Sério? O Bruno?" agora é minha vez de ficar em choque.

"Nós precisamos conversar muito depois, Sr. Adriano." disse rindo da cara que eu fiz.

"Irmão, cara, não acredito nisso, me dá um abraço!" disse Orelha chegando e me dando um abraço. "Não acredito que tu tá aqui, parou de responder meus e-mails a uns três meses, cara. Isso não se faz!"

"Me desculpa, é que ficou complicado, já nem usava mais o computador, primeiro não parava em um país só, e depois não parava em casa correndo com a escola... E ah, eu vi o TV Orelha especial em minha homenagem, e cara... Eu também te amo, moleque!" digo o abraçando.

Fatinha nos abraçou e ficamos nós três abraçados, e chorando. Logo cumprimentei o Pilha, Fera, Rita, e etc, todo mundo dizendo que havia sentido minha falta, e ah, como senti falta dessa galera também... Minha segunda família... Fui me aproximando de onde estava Ju, Gil e a minha Lia...

"Oi, Ju, Gil..." digo me aproximando e sorrindo.

"Oi Dinho... Que saudade..." falou Ju meio sem jeito e olhando para a Lia, creio que era pra ver se a amiga ainda estava bem e em pé.

"Também senti sua falta, Jujuba." sorri e a abracei. "E aí, Gil, não fala mais comigo?"

"Oi..." Gil, simpático como sempre, só que não. Mas eu o entendo... Olhei para a minha marrentinha que me olhava em transe ainda.

"Oi, Lia..." falo com ela na esperança dela me responder.

Mas não me respondeu, ao contrário, saiu correndo em direção ao banheiro feminino, e Ju foi atrás, tentei ir atrás dela, porém o Gil me segurou pelo braço, me impedindo de ir.

"Deixa ela em paz, cara." disse sério. "Não atrapalha a vida dela de novo, eu não vou deixar."

"Não quero atrapalhar a vida da minha vida, e eu mudei, Gil. Amadureci muito nesses tempos, e espero que você me deixe em paz, e essa sua implicância comigo também." digo sério e solto meu braço, saio andando em direção a cantina, precisava de algo para beber e me acalmar, senão sinto que seria capaz de desmaiar a qualquer momento, ficar tão perto dela me causou taquicardia.