Capítulo 2 – Pacto

Dean deu partida no seu carro, eram 23:50 horas naquele momento. A velocidade do Impala ultrapassava 100km/h, o mesmo derrapava nas ruas, mas nada disso importava para quem dirigia.

Ele queria ver seu irmão ali, vivo, e ele faria de tudo para isso acontecer.

Dean parou o Impala e desceu do mesmo, foi até o porta malas e pegou uma caixinha, que tinha um osso de gato dentro, pegou sua identidade dentro de seu bolso e o resto do que precisaria para tão ato e colocou ali também.

Foi andando em direção a encruzilhada e enterrou a tal caixa no meio do cruzamento, enquanto esperava algum demônio aparecer.

Até que um deles apareceu, estava no corpo de uma mulher, com um vestido decotado e olhando maliciosamente para Dean.

– Oh querido, olhe só para você. Sem família, seu irmão está morto, sua namorada é uma vampira... – ela dizia, andando em volta dele. – Aposto que quer fazer um pacto, não é? – disse, de um jeito sínico.

– É. – respondeu, seco.

– E eu já sei o motivo.

– Sabe?

– Claro, você quer seguir os passos do seu papai. Quer que eu ressuscite Sam. E deixe-me adivinhar, está oferecendo sua alma?

– Deve haver um milhão de demônios querendo saboreá-la. E eu estou disposto a isso, ressuscite o Sam e me de 10 anos, como o tempo normal.

– Ora ora, isso não vai ser possível. O tempo normal vai para as pessoas... Oh, normais. Você é um caçador Dean, demônios não esperariam tanto tempo. – ela disse, sorrindo.

– Nove anos. – Dean ofereceu.

– Não.

– Oito.

– Não.

– Ok, cinco anos. Me dê apenas cinco anos e ressuscite Sammy. Isso ou nada feito.

– Então, nada feito. – disse o demônio, se afastando do Winchester.

Dean poderia pensar que as coisas seriam mais fáceis para ele, mas se ele queria tanto ver o irmão vivo, precisaria se sacrificar ainda mais.

– Espera! – ele gritou, a fazendo virar e o encarar. – Quanto tempo você quer?

– Um ano. – ela disse, fazendo Dean a encarar. – Mas é o seguinte, se tentar furar o acordo de qualquer jeito, Sam cai duro no chão. – ela disse, sorrindo.

Dean apenas confirmou com a cabeça, foi até a mulher e a beijou, selando o pacto de uma vez.

[...]

– Tem certeza de que quer fazer isso? – perguntou Caroline à Elena, ao ver a amiga indo em direção ao quarto de Sam.

– Tenho, absoluta. Preciso vê-lo antes que Dean o enterre. – ela disse, com uma voz chorosa.

A morena desceu as escadas e entrou no tal quarto onde o Winchester mais velho estava, se sentou ao seu lado na cama enquanto ia mexendo no seu cabelo.

– Eu sou a culpada, não é? Me desculpe. – disse Elena, beijando a mão de Sam.

Ela olhou para seu rosto enquanto prestava atenção em cada detalhe, até que o viu abrir os olhos.

– Sam? – perguntou, se afastando e com um pouco de medo.

– Elena. – ele disse, sorrindo.

– Caroline! – ela gritou.

Em uma fração de segundos a vampira loira apareceu ao seu lado, e ao ver Sam vivo, teve quase a mesma reação que a amiga.

– Como é possível? – perguntou Elena, abraçando Sam.

– Ai, Ai. – ele disse, se queixando da dor que sentia nas costas e fazendo com que a morena o soltasse.

– O que houve? – perguntou Caroline.

Ela segurou a barra da sua camisa e a levantou. Nas costas, ela e Elena conseguiram ver uma marca vermelha, onde seria o lugar em que Klaus havia tocado no seu coração.

– Sammy! – disse Dean, ao ver o irmão.

Ambos foram até o outro, se abraçando.

Caroline e Elena tinham a absoluta certeza agora que vira o quanto Dean não parecia surpreso. Elas sabiam que ele havia feito o tal pacto.

– Vamos almoçar, vou fazer algo para nós. – disse Elena. – Sam precisa se alimentar. – ela disse, dando um selinho em Sam.

Todos foram para a cozinha, onde se sentaram na mesa e comeram, enquanto Sam conversava com todos. Mas apenas Dean respondia com um sorriso.

Caroline brincava com a comida, sem a mínima vontade de comê-la enquanto Elena apenas prestava a atenção no seu amado, e ficava o encarando.

– Chega! – gritou Caroline, ao ver Dean rindo de alguma piada que Sam havia contado.

Os três a olharam assustados, enquanto paravam de comer.

– Dean, posso falar com você lá fora? Agora! – ela gritou na última palavra, enquanto se levantava da mesa e caminhava até a varanda de sua casa.

– O que houve? – perguntou o Winchester mais velho, encarando Caroline.

– Você fez um pacto não foi? – ela perguntou, diretamente.

Dean apenas assentiu com a cabeça, sem conseguir dizer ao menos uma palavra para a loira.

– Você fez como o seu pai, não é? Fez o pacto para salvar o seu irmão, para salvar a sua única família. – ela disse, o encarando enquanto continha suas lágrimas. – Quanto tempo te deram, Dean? – ela perguntou.

– Um ano. – ele disse.

– Eu não posso...

Ela ia tentar dizer, mas nada saia de sua boca, apenas soluços pelo seu choro.

– Eu não posso viver sem você. – ela disse, o abraçando.

– Ei, nós temos um ano não é? – ele perguntou, sorrindo.

– Um ano passa muito rápido Dean, temos que impedir isso. – ela disse, o soltando.

– Não, não podemos. Eu não vou deixar que você faça isso.

– E por que não? – ela perguntou.

– Se impedirmos, Sam morre! Não posso deixar que isso aconteça de novo, Caroline. – ele disse.

A loira apenas o encarou um minuto ao ver Dean chorando, ela foi até ele e o beijou. Com certeza ela sentiria falta dele após sua morte.

– Eu te amo. – ela disse, enquanto o abraçava.

– Eu te amo também. – ele disse, acariciando seus cabelos.

– Só quero aproveitar esse ano com você, não sabe o quanto eu queria te ver aqui, vivo comigo. Além de um ano. Vou sentir sua falta. – ela disse, sorrindo.

– Então eu acho melhor aproveitarmos o tempo que nos resta. – disse Dean, sorrindo maliciosamente enquanto voltava a beijar Caroline.

– Dean. – disse Caroline, se afastando dele. – Quando vai contar para Sam? – ela perguntou, fazendo o loiro respirar fundo enquanto pensava em uma resposta.