-Você o Conhece?- perguntou Mark me olhando.

-Não- respondi.

-Mas ele diz que te conhece- disse Clara.

-Mas eu não sei quem é- disse- vou falar com ele, talvez esteja me confundindo com alguém.

-Tem certeza?- disse Felipe- não sei se é bom você ir falar com um estranho.

-Ele não vai me matar- eu respondi rindo e indo em direção ao portão.

-Matar não mas- Mari deixou a frase no ar. Revirei os olhos e fui em direção ao portão.

Sai da casa e fui até um pouco mais longe, pra falar com ele.

-Agora você não me conhece?- perguntou ele.

-Pessoalmente eu nunca te conheci- respondi o olhando.

-Fala sério- disse Daniel.

-Olha de verdade, a gente parou de conversar a muito tempo, nunca deu certo nem como conhecido, então volta pra sua casa, e finge que eu não moro aqui.

Me virei de costas, mas Daniel segurou meu braço.

-Ta doido? Isso machuca.

-Não era a intenção- disse ele sem me soltar- mas eu não aceito que você tenha vindo pra cá e não me falou nada;

-Faz dois anos que a gente não conversa!!!- respondi o olhando- agora é sério ta machucando meu braço.

Puxei o braço e voltei pra casa, a conversa não estava terminada, dava pra sentir isso, meu braço tinha uma marca vermelha.

-O que é isso no seu braço?- perguntou Lucas aparecendo na escada.

-Nada- respondi entrando em meu quarto e me jogando na cama.

-Olha você não me conhece e eu até entendo que não queira falar o que aconteceu, ou não queira me falar que realmente conhece esse cara- ele estava parado na porta, fiz sinal pra ele entrar, Lucas fechou a porta atrás dele- mas precisa me falar se esse cara te machucar, querendo ou não eu e os cinco somos sua família agora, sempre seremos uma família, então precisa contar se o cara te machucar.

-Eu o conhecia a dois anos atrás- respondi finalmente-mas nunca nos vimos pessoalmente, mas a gente ficou dois meses conversando e parou, faz dois anos que eu não converso com ele.

-Essa marca no seu braço?- perguntou ele.

-Ele me segurou quando eu resolvi dar as costas.

-Ele vai aparecer de novo?- perguntou Lucas, me olhando com seus olhos verdes.

-Talvez, na verdade quase certo que ele vai voltar.

-Ok- ele respondeu me olhando- eu vou deixar você em paz então, pra poder terminar de arrumar suas coisas- quando chegou na porta ele me olhou- qualquer coisa que precisar.

-Pode deixar- respondi sorrindo- eu vou me lembrar de chamar.

-Ótimo- ele saiu e encostou a porta. Resolvi tomar um banho no banheiro que tinha no meu quarto, não era grande, mas era bem confortável.

Sai do banho e coloquei um pijama, terminei de arrumar as coisas, retirando da mochila e da mala e colocando no armário e na mesinha, arrumei as coisas no banheiro também, e guardei a mala e a mochila na parte mais alta do armário, onde eu não precisaria pegar.

Após o fim da arrumação, peguei um bichinho de pelúcia, peguei meu celular e um phone de ouvido, fiz uma trança no cabelo e agora estava pronta pra tirar uma soneca.

Deitei na cama, e coloquei "I Never Told You" da Colbie Caillat, abracei meu bicho de pelúcia e acabei dormindo.