Dancei a noite inteira, cantei, pulei, chorei muito também.

-Ai meninas- Disse Beatriz nos abraçando- eu vou sentir falta de vocês.

-Vocês vão poder se ver todos os dias- eu disse as olhando- vão continuar morando aqui em São Paulo, fazer faculdade por aqui, eu vou lá pra campinas né? Duas horas pra ver vocês.

-Ai- disse Bianca me abraçando- não fala essas coisas.

Logo tivemos que ir embora, depois de um abraço coletivo de toda a nossa, sala, amanhã era domingo e eu iria viajar, portando teria que estar descansada.

-Elisa- disse minha mãe me chacoalhando- levanta filha.

-Estou levantando- disse me sentando na cama, troquei de roupa, e fui almoçar junto aos meus pais, e minha irmã que estava em casa, mas também já ia viajar e minha madrinha que a minha vida inteira morou com a gente.

-Vai pegar suas coisas- disse meu pai, eu assenti e fui pegar minha ultima mala, a maior parte das coisas eu já havia deixado em Campinas na república que eu iria morar junto a duas meninas e três meninos.

Fomos os cinco pra Rodoviária do Tietê, com os olhos embargados.

Despedi-me te todos mais uma vez, com abraços e beijos.

-Assim que chegar lá liga ok?- disse minha mãe ainda chorando- minha filhinha- eu era a mais nova, das duas únicas filhas dos meus pais, Larissa minha irmã era três anos mais velha que eu e já estava indo pro quarto ano de faculdade de Engenharia Civil.

Entrei no ônibus chorando, coloquei meu fone de ouvido e fiquei olhando pela janela, toda a viagem, sem conseguir dormir.

Agora é vida nova, mudanças, sem minhas amigas, sem meus pais, agora por mim só tenho eu mesma.

Duas horas depois o ônibus parou na rodoviária de Campinas, peguei minha mala e coloquei a mochila no ombro, em seguida chamei um táxi.

Em menos de cinco minutos estava na frente da casa branca, com portões grandes e pretos, a casa era grande tinha sido feita pra ser uma republica para apenas seis pessoas, tinha seis suítes, uma sala, uma área enorme na frente com vagas pra não sei quantos carros, e uma varanda enorme, era um belo sobrado.

Respirei fundo e peguei a chave na bolsa, abri o portão, fazendo um enorme barulho.

-Ela chegou- ouvi uma voz feminina gritar de dentro da casa, em seguida uma loira muito bonita saiu de lá correndo, sendo seguida por uma morena muito bela.

-Oi eu sou Clara- disse a Loira- essa é a Mariana- disse ela apontando pra morena, em seguida três garotos saíram de lá de dentro- esses são Mark- ela apontou um moreno, bonito sem camisa- Felipe- um loiro de olhos azuis, também musculoso, também sem camisa- e Lucas- o garoto tinha a pele bem branca, os olhos bem verdes e os cabelos pretos.

-Olá- disseram todos.

-Oi- eu respondi- eu sou Elisa- sorri pra eles.

Fomos pra dentro, e eu subi pro meu quarto, deixei a mochila em cima da cama, e desci pra cozinha, eles estavam preparando comida.

-Arquitetura né? –disse Felipe.

-Sim- eu respondi, ainda meio tímida.

-Eu faço Medicina- disse Felipe- o Mark faz Engenharia Mecânica, Lucas faz Engenharia da computação.

-Eu faço Dança- disse Clara- e a Mari faz Educação Física.

-Nossa- eu disse rindo- bem eclético.

-Pois é- disse Clara rindo- mas e ai você conhece alguém na cidade?

Pensei em Daniel, uma antiga paixão, que não deu certo, e que morava aqui.

-Não- respondi na hora, não o procuraria.

-Ah- disse Mari- é por que um garoto veio aqui ontem perguntar de você?

-De mim? Mas eu não conheço ninguém.

A campainha tocou, fomos todos até o portão, observei estática a imagem do garoto que se encontrava parado na calçada, era ele, de alguma forma Daniel descobriu que eu estava aqui, só me resta saber por que ele veio atrás de mim.