Apenas Amigos. escrita por Yang


Capítulo 26
Bons presentes.




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– Veja só! Minha princesa! – gritou o pai de Júlia na entrada da casa.

A garota correu para o seu abraço, e por um momento sentiu-se a pequena "Julinha" de três anos de idade, que sempre corria para abraçar o pai quando o mesmo voltava do trabalho.

– Pai! – exclamou ela. – que saudades!

– Eu também meu anjo, eu também.

Juliana, encolhida no canto da porta com um sorriso que atravessava seu rosto. Os olhos brilhavam e assim que Júlia soltou o pai, a irmã a abraçou de uma forma que jamais fizera antes.

– Pirralha! Senti sua falta também! – exclamou Júlia.

– Por favor! Trate de me contar tudo o que aconteceu no rio de janeiro! – Exclamou Juliana.

– Vocês vão ter muito tempo para isso. – comentou o pai das garotas que agora segurava a mão de Júlia. – Antes, preciso lhe mostrar uma coisa.

O pai abriu a gaveta de um armário da sala e retirou uma pequena caixa com um anel lindo.

– Compramos pra você como um símbolo de proteção. Saiba que não importa onde você esteja, esse anel sempre irá te lembrar de onde você veio, sua origem.

A mãe e a irmã esticaram as mãos e mostraram que tinham o mesmo anel. E o pai segurou a mão direita de Júlia e ali colocou o anel, dando em seguida um beijo na testa de Júlia.

– É lindo pai! – exclamou ela com lágrimas de felicidade nos olhos. Os dois abraçaram-se.

– Não chore pequena. – sussurrou ele, sentindo as lágrimas quentes da filha escorrendo em seu ombro. – Sua irmã quer saber as novidades, então recomponha-se.

Ela enxugou as lágrimas e olhou seu anel novamente, admirando o significado dele para ela e para sua família.

– Tudo bem, vamos todos as novidades! – disse ela.

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Foram horas apenas conversando e brincando. Júlia e Juliana nunca se entenderam tão bem quanto agora. Ambas sentadas no chão do quarto da caçula, lendo livros, comendo pipoca e rindo das idiotices fraternas. Juliana mostrou as fotos da sua festa de aniversário, mostrou também seus prêmios artísticos na escola de desenho e costura.

– Que lindo Ju! – comentou Júlia sobre os desenhos da irmã.

– Eu sei, eu que fiz ora! – ironizou a caçula.

– É muito convencida uma pirralha dessa! – ela bagunçou o cabelo da irmã que riu com isso.

– AH! Eu tenho um presente pra você também. – Juliana levantou-se e retirou do guarda roupa um lindo vestido azul cheio de detalhes originais. Tão bonito quanto o vestido da formatura de Júlia, que também fora desenhado pela irmã.

– Que lindo mana! – disse Júlia. – é lindo demais!

– Eu sei, eu que fiz! – ambas riram. – Agora que estou fazendo costura também, não preciso pedir pra titia costurar. Eu mesma fiz ele todo. Completamente meu. Experimenta logo, é seu!

Ela trocou de roupa em instantes e olhou-se no espelho. O vestido realçava as curvas da garota, sem contar que brilhava de uma forma discreta e ao mesmo tempo glamourosa.

– Eu não tenho palavras pra dizer o quanto estou apaixonada por esse vestido! – comentou Júlia.

– Não diga nada, eu sei que você gostou.

Elas abraçaram-se novamente.

– Agora eu vou tirar ele e usá-lo apenas em ocasiões especiais.

– Especiais não, especialíssimas. – disse a caçula.

Júlia assentiu. Desceram para o jantar onde mais presentes aguardavam por ela.

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– Juliana já mostrou a você o vestido? – perguntou dona Amélia.

– Sim, eu amei demais! – ela olhou para Juliana que sorriu discretamente.

O pai sentou-se a mesa com outra caixa, um pouco maior.

– Os presentes ainda não acabaram. Abra. – disse ele.

Júlia olhou ao redor. A mãe e a irmã, sentadas a mesa, exibiam apenas um sorriso largo que ia de um canto da boca a outro.

A garota abriu e viu um pequeno envelope onde havia uma quantia significativa.

– Pra você comprar seu presente no rio de janeiro. Seu aniversário é no próximo mês e eu sei que provavelmente não nos veremos até o natal.

Júlia esbanjou um sorriso de felicidade sem fim e abraçou o pai e a mãe.

– Você sabem que são os melhores pais do mundo? – indagou a garota.

– As vezes a gente esquece. – ironizou o pai.

– Pois eu vou lembrar quantas vezes for necessária. Vocês são incríveis. Eu os amo demais.

– Também amamos você. – disse a mãe.

– Tá bom, todo mundo se ama. Vamos comer? – disse a irmã enquanto todos riam a mesa.

Era uma felicidade que só ficaria mais completa se no coração de Júlia não estivesse havendo uma guerra de sentimentos em relação a Apolo. Mas por um momento, por dois dias ela poderia sentir-se mais leve de tanta aflição. E logo todo recomeçaria. Ou não.


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