Apenas Amigos. escrita por Yang


Capítulo 12
Sala de estar.




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- Logo ali foi onde vi os apartamentos mais baratos. – disse Júlia a Apolo enquanto apontava para um prédio pequeno onde havia uma placa de aluga-se apartamentos.

- Vamos conferir talvez algum esteja desocupado.

Seguiram para o prédio. O porteiro informou que havia três apartamentos desocupados e apenas um deles com dois quartos.

- E qual é o preço do aluguel? – perguntou Júlia.

- R$650,00 – respondeu o porteiro.

Os dois olharam-se. Foi o preço mais baixo que encontraram. Decidiram fechar negócio e se mudariam antes das férias terminarem.

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- Tio, tia. Obrigado mesmo! – disse Júlia em agradecimento aos tios que estavam lhe ajudando a organizar as malas.

Apolo estava fazendo o mesmo. Com as economias que tinham os dois conseguiram comprar o básico para o apartamento e em breve já teriam tudo o que precisavam ali.

- Não precisa agradecer querida. – disse a tia.

- Mas eu preciso! – exclamou Apolo enquanto cumprimentava o tio e a tia.

Era o último dia dos dois ali. Na manhã seguinte estariam no novo apartamento. Estavam empolgados e já faziam planos em relação a pintar os quartos.

Às sete horas da manhã o despertador de Júlia tocou. Ela colocou as últimas roupas na mala e seguiu para a sala. Apolo já estava ligando para um táxi.

- Vou visitar você amanhã e lhe ajudar a arrumar as coisas no seu apartamento. – disse a tia Adria.

Apolo tinha planos para o mesmo dia: procuraria emprego. O tio de Júlia por sorte lhe arranjou várias recomendações. Com certeza se daria bem em um deles.

- O táxi chegou. – avisou o tio.

Despediram-se todos com um abraço. Pareciam animados e satisfeitos. Júlia havia prometido que ligaria para os pais assim que chegasse ao apartamento.

Ao chegarem ao prédio, eufóricos subiram para o quarto. Havia um sorriso largo no rosto de cada um, como se aquilo fosse um passo nobre para o futuro.

- Quer abrir a porta? – perguntou Apolo.

- Vamos abrir juntos e entrar com o pé direito! – respondeu Júlia.

Seguraram a chave juntos e enquanto ela girava pela fechadura da porta, ambos sentiram uma incontrolável vontade de rir, como se aquela situação fosse algo anormal ou engraçado.

- Pare de rir Apolo! – exclamou Júlia.

- Pare você! – disse ele.

Entraram no apartamento. Na sala já estavam alguns móveis que haviam comprado como duas poltronas, uma televisão pequena e uma mesinha. Júlia seguiu pra cozinha e viu a mesa minúscula bem no centro, duas cadeiras de plástico e um armário montado na parede. A geladeira mais pequena que já viu e um fogão que foi presente da avó de Apolo.

- Veja isso! – gritou Júlia.

Apolo correu para a cozinha e comentou:

- Casinha de boneca.

Os dois caíram na gargalhada.

- Vamos, eu quero conhecer meu quarto. – disse Júlia.

Pelo pequeno corredor em que passavam, dividiam-se dois quartos e ao final do corredor um banheiro. Ao lado do banheiro havia uma abertura onde ficaria a área de lavar roupas ou simplesmente um grande vácuo.

- Meu quarto é esse. – disse Apolo apontando para uma porta ao lado esquerdo do corredor.

- Então o meu é este. – Júlia olhou para a porta, girou a maçaneta e viu uma cama pequena, uma mesinha e várias caixas.

- Quer que eu coloque sua mala aqui? – perguntou Apolo.

- Seria ótimo. – respondeu.

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1 semana depois.

- Olha, eu sinto muito mais a infiltração tá muito grave. Se dormirem no quarto de vocês, podem passar mal. À umidade tá grande, ainda mais com esse clima frio do Rio de janeiro. – Disse o dono do prédio.

- Então não podemos dormir nos nossos quartos? – indagou Júlia.

- Infelizmente não. A não ser que queiram passar mal. Eu recomendo que aguardem um conserto. Eu vou reduzir o aluguel de vocês esse mês até tudo ficar resolvido.

- Qual o prazo? – perguntou Apolo.

- 1 semana no máximo. – respondeu. – eu realmente peço desculpas. Continuo com minha promessa de que o aluguel de vocês vai ser reduzido.

Apolo e Júlia olharam-se. O dono do prédio saiu do apartamento ainda pedindo desculpas.

- E agora? – perguntou Apolo.

- Vamos ter que dormir na sala. – respondeu Júlia seguindo para o quarto onde pegaria seu colchão e o colocaria na sala.

- Venha! Me ajude a afastar esses moveis da nossa mansão! – disse Apolo ironicamente.

Afastaram as poltronas e deixaram apenas seus colchões ali, um ao lado do outro.

Ao anoitecer, assistiram a um filme que Apolo odiava e Júlia amava. Depois de discutirem sobre o filme, Apolo começou a lembrar de coisas...

- Sabe o que eu vi hoje, quando estava arrumando umas caixas? – perguntou ele.

- O que?

- Vi uma foto sua. Antiga... uma que você vivia dizendo que não gostava porque tinha saído com cara de retardada nela.

- Aaaah, eu lembro! – Júlia riu. – devia queimar essa foto.

- Não! Eu gosto da tua cara de retardada. – Júlia o encarou e depois fez uma careta. – Tipo essa.

- Você é muito idiota sabia? – provocou Júlia.

Apolo moveu-se mais perto dela.

- Por que? – perguntou quase sussurrando.

Ela o encarou e quando ia respondê-lo, seu celular tocou. Era Lucas.

- Preciso atender.










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