Caçadora Das Trevas escrita por L N Oliveira


Capítulo 3
O esconderijo.


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela a demora, minha vida está muito corrida e está difícil dar continuidade as minhas fic, mas aqui está mais um capitulo espero que realmente gostem. Qual quer erro avisem.



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   Era uma grande casa no meio do nada. As paredes – que outra hora deveria ter sido vermelha – agora tinha uma coloração alaranjada e desbotada, a tinta descascava, dando a impressão de ter no mínimo um século e meio de idade.  Podia sentir os olhos de Nathan me fuzilarem, meus machucados doíam cada vez mais, porem não conseguia desviar os olhos da grande cabana perdida na floreta. Pequenas trepadeiras subiam por entre as velhas tabuas de madeira.  Dei um passo na direção da porta ainda que hesitante.

    – Tem certeza que não é perigoso? – questionei. – fica bem na floresta, seria bem fácil alguma daquelas coisas nos seguisse.

   Ele jogou a cabeça para trás rindo alto. Ergui uma sobrancelha confusa afinal o que ele teria em mente? Eles estavam no meio da floresta, era obvio que qualquer criatura das trevas iria procurar alguém ali!

     – E qual é a graça? – questionei com acidez na voz. Meus olhos percorreram o local novamente me certificando se não havia ninguém ali. Ele revirou os olhos de forma obvia de mais, fazendo-me parecer uma criança de cinco anos que não entendeu o que a mãe lhe explicara pela centésima vez.

     – Bruxas não gostam de vampiros ou qual quer monstro que exista tanto quanto nós! – exclamou ele. Seus olhos azuis avaliando minha expressão com atenção. O encarei com uma sobrancelha erguida.  Ele percebeu minha desconfiança com relação a casa, e então suspirou baixinho revoltado. – Elas estão do nosso lado, não farão nenhum mau para nenhum de nós. Eu prometo.

      – Prometer o que se não pode cumprir não vale. – eu disse com um pouco de arrogância. Ele assentiu com a cabeça em um “sim” e passou por mim. Seus lábios formando uma pequena linha rígida e fina.

      – Apenas confie em mim. – disse ele sério.                                                                                                

      – É difícil confiar em alguém que te confundiu com um imortal. – resmunguei sentindo um sorriso começar a querer aparecer em meus lábios. Ele sorriu sem jeito e depois voltou a ficar sério.

      – Os caçadores estão sumindo aos poucos Victoria. – ele disse dando um passo em minha direção. Seus  olhos azuis pousando em meus machucados por alguns segundos e então se voltando para a cabana. – achamos um modo de nos proteger.

     Assenti em um “sim” ainda desconfiada. Ele passou pelo vão da porta que fez um estranho barulho o que me preocupou. Olhei para minha volta preocupada, e se algum sobrenatural tivesse ouvido? Eu o segui rapidamente.

     Em nossa frente não havia nada a não ser uma grande parede de tijolo formando um pequeno quarto. Eu o encarei com uma sobrancelha erguida, ali era seu esconderijo? Um pequeno salão largo nos lados?  Ele abriu um sorriso divertido com minha expressão confusa. Trinquei meus dentes procurando algo que eu pudesse atacá-lo, mesmo assim não teria sentido fazer tal movimento, pois podia ouvir seu coração martelando rápido de mais.

      Ele tocou uma parte da parede que se abriu instantaneamente, meus olhos saltaram surpresos com a ação. Eu estava de frente a uma longa escada de madeira que descia ate um porão eu acho. 

     Ele desceu as escadas rapidamente desaparecendo no meio da escura e decrépita escada antiga. Hesitei tentando pensar em algo que poderia dar errado, os motivos em poucos segundos se tornaram uma longa lista em minha cabeça. Mesmo assim não podia reclamar, eu precisava de ajuda para resgatar meu pai se é que ele ainda está vivo. Hesitante desci a escada devagar e de ouvidos atentos a qual quer movimento. Ela era longa e empoeirada, suas paredes tinham cor bege desbotada e mofada, o cheiro era sufocante, mas suportável. Pequena gravura no canto de uma das paredes me chamou a atenção eram palavras escritas em algum idioma antigo, deveria ser latim. Dizia:

     “Cum sol descendat bellum incipit”

     Pronunciei as palavras bem baixinho sentido o arrepio percorrer por todo meu corpo, meus ferimentos latejaram novamente me lembrando de que estava realmente ali.  Continuei a descer de vez em quando olhando para trás a procura de algum sobrenatural que futilmente nos seguiu. Nada, não havia nenhum barulho, o silencio pairava por onde eu passava me deixando só. Mesmo assim eu sabia que silencio de mais era um mau sinal! Parei na frente de uma enorme porta feita de um carvalho antiga.

      Seus puxadores eram duas grandes bocas de leões, fazendo o estilo de casa vitoriana do século XVII, pequenas marcas entalhadas na porta grossa davam lhe a impressão de ser mais velha que os vampiros que eu matei hoje mais cedo.  Empurrei com toda minha força a porta, que fez um barulho alto e estridente.

     Encarei chocada a enorme sala subterrânea. Em seu centro havia um enorme lustre de cristal cravejado de pequenos pontos reluzentes cujo não consegui identificar, o chão era coberto por um enorme tablado de judô azul fosco e um pouco sujo, nos quatro cantos da sala penduradas nas paredes estavam armas de todos os tipos, fuzis, katanas, espadas grandes como um sabre reluzente, facas – grandes e pequenas – penduradas de todos os jeitos. Uma serie de bonecos espalhados pelo centro da sala como forma de circuito. Fazia o mesmo estilo que Jogos Vorazes. Ali deveria ser o local de treinamento.

      Parados do outro lado da sala estavam um grupo de vinte adolescentes na faixa etária de quatorze anos a uns dezenove. Deveria ser também caçadores, uma das garotas que me encaravam correu em minha direção ao seu lado estava Nathan.

      – Você deve ser a nova caçadora não é? – questionou ela sorrindo. Seus cabelos longos e encaracolados da cor castanhos meio loiros, a pele de uma mistura de pêssego com caramelo claro, e velos olhos verdes reluzindo empolgação. – Sou Melanie. – ela deveria ter uns dezesseis anos.

      – Sou Victoria. – eu disse estendendo minha mão como um comprimento formal. Ela a apertou com uma força desnecessária balançando algumas vezes seguidas. – então esse é o esconderijo dos caçadores? – eu perguntei chocada me voltando para Nathan que avaliava minha expressão.

        Ele não respondeu a principio e então com um suspiro Melanie se intrometeu.

      – Sim. A família de Nate construiu isso aqui a mais de um século. – explicou ela. Seus olhos percorreram todo o lugar com um pouco de melancolia antes de continuar a falar. – E então a maioria dos caçadores desapareceu. Começamos a ajudar os caçadores os trazendo para cá, ainda assim somos poucos comparados com o exercito dos sobrenaturais.

      Estreitei meus olhos tentando digerir a informação. Voltei-me para Nathan com uma sobrancelha erguida.

      – Podemos ajudar os outros caçadores. – eu exclamei animada. Era o que eu precisava, de mais caçadores para poder encontrar meu pai e os outros que foram pegos pelos vampiros. Todos eles podiam me ajudar de uma maneira que sozinha não conseguiria. – Temos uma pequena vantagem sobre eles, vocês têm armas!

      Nathan trincou os dentes de repente irritados, seus olhos azuis se petrificaram ficando frios como a neve. Suas mãos se tornaram punhos firmes, perguntei-me se não estaria doendo.

     – Não. Isso não vai acontecer. O assunto se encerra aqui. – disse ele como um general que falava com seu soldado. Isso me sobressaltou, só havia um porem eu não fazia parte de seu exercito e não aceitaria suas ordens.

     Irritada sentindo a minha pulsação fluir fazendo meus ferimentos jorrarem sangue pelo meu corpo, sai andando o mais rápido possível que podia. 


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Notas finais do capítulo

O que acharam?? Gostaram?? O que acham que vai acontecer depois? Criticas são bem vindas como também ideias ;)
PS: a tradução da frase em latim significa:"Quando o sol se põe sobre a guerra começa" (ou quando o sol se põe a guerra começa)
Em breve mais um capitulo, prometo que não irei mais demorar para postar outro, portanto fiquem ligados.
Beijos ate a próxima.



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