Caçadora Das Trevas escrita por L N Oliveira


Capítulo 2
O caçador.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem desse capitulo, não esqueçam de comentar.



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   Guinchei-me corpo para frente o levando junto. Levantei-me o mais rápido possível, mas algo tinha me empurrado novamente para o chão. Minha boca se encheu de neve, senti novamente a lamina em meu pescoço. Eu estava presa, e morreria agora. Por um momento ele afrouxou o braço que segurava minha garganta. Com o cotovelo soquei seu abdômen, e empurrei para trás. Ele tentou dar uma rasteira, mas consegui pular antes que acerta-se meus pés. Com meu joelho chutei seu rosto na intenção de deixá-lo desacordado. Ele tombou para o lado.

    Sua pele de porcelana agora tinha sangue escorrendo de seu nariz, seus cabelos loiros ficaram cobertos de neve assim como o resto da sua roupa. O sangue ainda pingava de minhas mãos quando ouvi o rugido alto se aproximando. Isso não teria fim? Pensei com sarcasmo.

    Deveria ser outro vampiro. Voltei a correr a procura de algum abrigo. Minhas feridas latejavam conforme me movia o sangue deixando um pequeno rastro atrás de mim. Algo me jogou para frente com uma força bruta incrivelmente. A criatura era diferente, era mais forte que um vampiro ou ate mesmo um lobisomem, bati minhas costas contra uma arvore grossa e rolei ladeira a baixo.

    Senti o sangue escorrer pela lateral da minha boca. Levantei-me esforçando dessa vez, podia sentir a dor em minhas costelas e costas. Procurei alguma faca, arma qual quer coisa para que pudesse me proteger, mas não encontrei nada.

   Parado em minha frente estava um homem deformado, seu peito era maior que o normal, ele tinha presas em cima e embaixo da boca como se fossem caninos felinos, a pele parecia mármore e tinha rachaduras em volta de todo ele. O sangue pingava de suas mãos e sua boca, seus olhos amarelos meio bordos me observavam atentamente, ele estava paralisado assim como eu.

    Eu não teria outra chance, dessa vez eu estava perdida de vez. Senti uma ponta de dor em meu coração começando a se apertar, eu era a única esperança de meu pai e agora tudo estava perdido!  

    Fiquei paralisada apenas o observando vendo-o se aproximar de mim. Os dentes de sabre arreganhados em minha direção. Ele estava a poucos centímetros de mim, podia sentir seu hálito fétido de sangue quando algo acertou sua cabeça e um estrondo anormal ecoou pela floresta de repente silenciosa de mais. Um tiro. O sangue da criatura espirrou em meu rosto, quente e pegajoso. Empurrei o corpo com a cabeça esfolada para o lado assustada, afinal quem havia atirado nessa coisa anormal?

     Lá estava ele novamente. O imortal que apouco tentara me matar. O encarei cética, tentei disfarçar meu pavor interno, pois se ele atacasse seria meu fim.

      – Imortal desgraçada! – rugiu ele em minha direção. Imortal? Como assim? Ele avançou em minha direção, rápido de mais para que eu pudesse prever seu ataque, ele acabou me derrubando. Ele estendia a estaca para me matar quando encarou meu pescoço. A marca de um caçador. Ela era um estranho desenho em forma de três círculos se intercalando com alguns, uma serpente se enrolava no centro do circulo, um morcego ficava a direita no primeiro circulo, um lobo uivando para a lua no segundo e no ultimo tinha um monstro com dentes grandes cujo eu não sabia o que era. Ele me encarou surpreso.

       – Você também é uma caçadora! – exclamou ele se levantando rapidamente.

      – E você é o que? – questionei desconfiada me pondo de pé na mesma hora. Ele tirou a jaqueta de couro e virou de costas. As tatuagens não tinham pontos fixos para aparecerem. O mesmo símbolo estava encravado nas “asas” de suas costas perto do ombro. – Um caçador. – disse eu mesma de repente pensativa de mais.

       Só então nós demos conta que estávamos cercados por outras criaturas. Rapidamente nos viramos de costas um para o outro. No mínimo tinha uns cinco sobrenaturais. Ouvi o rapaz praguejar baixo ao encarar os pares de olhos vermelhos.

      – O. K. Pronta? – perguntou ele ironicamente.

      – Para quem esta sem arma! – eu exclamei.

     – O que?! – disse ele surpreso. Reprimi a vontade de rir que apareceu na hora errada.

     Não esperei que ele continuasse a falar corri em direção dos monstros avançando rapidamente. Deduzi que tinham poucos anos de vidas, pois eram desorganizados e simplesmente sediam a seu desejo de sangue incontrolável. Desviei de um dos golpes que seria direcionado em minha cabeça, fazendo acertar a cabeça do colega que se estraçalhou em pedaços. Deslizei por baixo de um deles pegando um grosso graveto largado no chão.

     Para uma pessoa em apuros isso serviria perfeitamente como uma estaca. Saltei na direção de um dos monstros acertando lhe o coração. Desviei novamente de outro ataque direto fazendo os outros dois últimos se estraçalharem. Foi um banho de sangue literalmente.

     Parei de frente ao estranho caçador que apouco me ajudara. Ele parecia ter minha faixa etária, apesar de ter músculos grandes de mais para alguém de dezessete anos! Ele me encarou surpreso. Seus olhos azuis cintilaram em meio ao sangue espalhado em seu rosto. Abri um sorriso satisfeita com sua reação.

       – Uau! – exclamou ele passando a mão pelos cabelos de ouro.

       – Temos que sair daqui agora mesmo. – eu disse olhando para os corpos destroçados dos vampiros. – se ainda não percebeu eles tem amigos que estão dispostos a “ajudar”.

       – Venha comigo. – disse ele sério.

      – Qual é o seu nome? – questionei desconfiada.

      – Nathan. E o seu? – ele perguntou no mesmo tom que eu.

      – Victoria. – eu sussurrei ainda desconfiada.

     – Tudo bem então Victoria – disse ele testando o som do meu nome – sei a onde devemos ir!

     – E a onde seria? – questionei hesitante.

    – O esconderijo dos caçadores. – ele disse. Sua voz ecoando pelo meus ouvidos.


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Notas finais do capítulo

E ai gostaram?
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Me digam! Ate a próxima.