O Começo De Uma Era 2 escrita por Moça aleatoria, Undertaker


Capítulo 39
Capítulo 39


Notas iniciais do capítulo

Tres palavras explicam o meu atraso: EU ME ESQUECI!
Mil desculpas, eu ia postar de manha, mas não deu tempo. Ia postar hoje mais um pouco mais cedo, mas comecei e escrever e esqueci de postar. Então se tiver alguém com insonia como eu por ai, bom capítulo da madrugada!
Uma boa noticia, EU TERMINEI A FANFIC! Palmas para a Lívia pois a Jullia ta folgada pra caramba! E serio, ela ta acompanhando a fanfic da mesma maneira que voces, esperando os capítulos!
Bem, mas eu continuarei postando de quatro em quatro dias, mantendo o padrão de sempre.
Posso dizer que a fanfic tem, oficialmente, 52 capítulos mais o epílogo! E eu já nem sei mais o que fazer da vida... Agora apenas revisar os textos para melhora-los!
Enfim, esse capítulo é duplo, metade POV Peeta metade Katniss. Faz tempo desde o ultimo, não é?
Bem, boa leitura!



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POV Peeta.

-Nós teremos uma guerra inteiramente filmada? –Katniss pergunta

-Isso realmente não faz muito sentido, mesmo. –eu concordo. –o que mostrar a guerra para as pessoas vai ajudar? Só assusta o povo.

-Mostrar para a Capital que estamos vencendo. –Cressida explica, como quem decora um texto. –além do mais, só passará na Capital, um, dois e treze, apenas os envolvidos. Afinal, assuntaria o povo, como Peeta disse.

-Ainda não parece certo. –ela insiste. –é como um grande jogos vorazes em massa.

-Só sigo ordens. - Cressida dá um sorriso fraco, como se se desculpasse.

Usaríamos como área de batalha uma área pouco afastada do distrito mas ainda dentro do dois, e que infelizmente, era um espaço pequeno portanto muito próximo a noz, perigosamente próximo.

Nós estávamos em um prédio próximo ao local, um dos único prédios próximos, que provavelmente ocupado como rede de operação por Haymitch e alguns outros. Mas esse prédio estava abandonado portanto podíamos fazer total uso dele. Estávamos eu, Katniss, Johanna, Finnick e nossa equipe de filmagem. Haymitch não ia aparecer foi estava na central de comando.

Eu, Katniss e Haymitch usávamos o aparelho auditivo, Haymitch para falar e Katniss e eu para ouvirmos, já que seriamos os únicos a falar, Haymitch provavelmente nos ditaria alguma coisa para dizermos na hora.

Nós estamos no último andar do prédio, para que a equipe de filmagens pudesse filmar também a guerra perfeitamente, enquanto outra pessoa filmasse a nós.

Era um plano estranho, e tinha tudo para dar errado e tudo para dar certo. Se desse certo, tudo ficaria perfeito, se desse errado estariam todos mortos. O poder dar errado me assombrava.

Todo o local de combate ficava entre alguns poucos prédios, um deles era onde nós estávamos, os outros provavelmente eram ocupados por mais rebeldes afim de gravar a guerra. Não corríamos perigo no prédio já que a única bomba a ser lançada seria sobre a noz, e mesmo que desse errado ela não conseguiria derrubar os prédios, além de estarmos bem no alto.

A pequena TV a nossa frente era dividia em duas imagens, uma mostrava nós, comigo em foco  no momento, e na outra, eu via a guerra começando a ser formada, e de certo modo, eu não conseguia decidir se torcia para ver Simila e Delly na TV, por que se visse, eu poderia vê-los mortos, ou no chão e baleados. E se não visse, talvez eu também não os veja mortos, mas também não os veria vivos. Eu não sabia para que alternativa torcer.

Katniss havia se calado agora, olhava também abismada para a guerra, com se só agora visse a guerra como é. Mortífera.

Ela desperta de seu devaneio e olha para mim, em seguida, diretamente para a câmera, coisa que ela costumava sempre evitar fazer, já que como eu costumava apenas encarar a pessoa que a carregava, como se falasse com ela. Nesse momento, notei que alta estava terrivelmente errado.

Eu a vi olhar para cima, em direção ao pequeno buraco acima de nós, que provavelmente daria no terraço do velho prédio, como a entrada de um sótão. O buraco possuía uma pequena argola para quem quisesse abri-la. Só que ficava a quase três metros de altura do chão.

Tentei lançar lhe um olhar que clamava um “não!”, ela não me deu atenção, seu próprio olhar era decidido. Então, quando ela se lançou para cima, tudo que pude fazer foi juntar as mãos afim de dar lhe apoio, fazendo “pézinho”. Katniss, já no meio do salto, colocou o pé direito em minhas mãos para se sustentar e eu lhe empurrei levemente pra cima. Com uma mão ela segurou a pequena argola, que se soltou, porém, abrio a pequena porta, que ficou suspensa por apenas a dobradiça. Ela se equilibrou pela outra mão, que já havia alcançado a ponta já aberta, suficientemente grande para passar apenas uma pessoa por vez.

Com estrema agilidade ela empurrou o corpo para cima e finalmente passou pelo buraco.  Ela me estendeu a mão, mandando que eu subisse, o que eu realmente tentei. O problema é que meu pulo foi falho, minha perna mecânica falhou fazendo com que saltasse alto o suficiente apenas para alcançar com as pontas dos dedos a madeira da portinha da passagem. Aproveito então para fechar a porta com as pontas dos dedos, impediando que mais alguém a siga.

Tudo isso aconteceu em um período menos que 4 segundos. Quando aterrissei novamente no chão, todos me encaravam com o queixo caído, fora Johanna que tinha um sorriso satisfeito no rosto.

Eu sabia o que Katniss faria, e por mais que eu gostaria de estar com ela, não podia me dar ao luxo de deixar ser apanhada tão facilmente. Se não podia acompanha-la, lhe ajudaria ando-lhe cobertura.

Nesse momento, meu comunicador passa a funcionar.

-Mas que droga foi aquela? –eu ouço Haymitch dizer. –o que vocês...

Eu estava certo que tudo o que ele dissesse estaria sendo ouvido tanto por mim quanto por Katniss.

-Haymitch, corte sua conexão com ela, fale apenas comigo.

-O que?

-Rápido! –deve ter notado a urgência em minha voz.

-Espero que tenham um bom motivo. Falo só com voce agora.

-Voces tem equipes de filmagens no prédio ao lado?

-Temos, porque? –ele pergunta.

-Conseguem filmar a Katniss daí? –ignoro sua pergunta, então ele resolve parar de faze-las.

-Acho que sim. –Haymitch não fala por um segundo. –sim, podemos enquadra-la.

-Ótimo, façam isso.

-Garoto o que...

-Beetee, pode coloca-la no microfone? –eu peço para ele, que operava o computador na sala, e que permanecia chocado até agora.

-Tem um microfone no comunicador dela. –ele afirma já mexendo no computador. –temos altos falantes sob nosso comando, o distrito conta com muitos deles espalhados pela cidade. –ele aperta um último botão. –quando quiser Peeta.

-Haymitch acha que consegue segurar a bomba?

-Como é?

-Nos de 5 minutos e tudo que preciso, é de tudo que ela precisa.

-Peeta...

-Confiem em nós. –eu peço, falando com ninguém em especial, e talvez com todos também. –E Haymitch, mais uma coisa, tem como me pôr na linha com ela?

Ele não fala por alguns segundos, como se conferisse com alguém.

-Posso te colocar com ela, mas olhe lá o que vão fazer em garotos. –ele diz com um tom entre o cansaço, insegurança mas uma certa confiança em nós. –voce está com ela... Agora!

-Katniss?

POV Katniss.

Eu não sabia o que tinha dado em mim, a ideia simplesmente me veio na cabeça e eu me perguntei por que não havia pensado nisso antes. Mas agora eu sei, por que foi simplesmente loucura! De uma hora para outra, sem mais nem menos eu me vi decidida a fazer algo, e então, me peguei já saltando em direção ao terraço. Peeta não tinha conseguido vir comigo mas me fez o favor de fechar a porta. Mas eu não sei o que fazer exatamente. Apenas sei que estou aqui em cima, vulnerável, sozinha e sem mais plano algum, apenas sabendo que preciso impedir.

-Mas que droga foi aquela? –eu ouço Haymitch dizer. –o que vocês... O que?

Então ele solta um suspiro e a comunicação é cortada. Fico obviamente confusa, mas não demora muito para voltar, e eu espero ouvir um Haymitch furioso gritando, mas não é o que ouço.

-Katniss?

-Peeta? –começo. –o que voce...

-Depois, Katniss. –ele avisa. –agora é com voce, sabe o que dizer.

Penso por um momento, sim, eu tenho que dizer, tenho o que falar. E é exatamente isso que farei.

-Parem! –eu grito, mas não é necessário, minha voz ecoa pelo distrito por som de altos falantes, e eu me surpreendo mais ainda quando vejo minha imagem reluzir na parte lisa e sem janelas do prédio ao lado, projetada através do prédio da frente.

O combate ainda não havia começado direito, apenas a primeira linha havia entrado. Algumas pessoas olharam em direção a minha imagem refletida no prédio, com puro espanto. Ainda poderia haver tempo para salvar aquelas pessoas.

-Parem! –eu repito com a voz normal, e a ouço ecoar mais calmante, refletindo uma confiança que eu não possuía. –O que adiantará para nós se um simplesmente acabar com o outro dessa maneira? Onde está a humanidade de tudo isso? Se nós, humanos, sendo rebeldes ou não, lutando seja lá pelo que estamos lutando, não tivermos humanidade o que nos resta? Quem terá a não ser nos?

A maioria das pessoas se olhavam confusas, do alto do prédio eu não podia ser algumas expressões, mas podia apostar que eram confusas, como se dissessem: “isso é uma luta? Estamos lutando?” completamente perdidas.

-Por que estamos aqui? –Peeta me dá uma deixa, dizendo em meu comunicador.

-A falta de humanidade, respeito e cobiça pelo poder foi o que fez os distrito se rebelarem até aqui. –eu continuo. –Mas não seremos melhores que a Capital se continuarmos com massacres em massa, e digo isso de ambos os lados! Distrito dois, um e rebeldes! Isso não se trata de uma guerra entre distritos, somos todos iguais, sofremos pelas mesmas causas. Crianças são arrastados para os jogos todos os anos, retiradas a força de seus pais, amigos, família, e mesmo que talvez, no dois ou no um sejam recebidos com mais gloria, a dor de uma perda não pode ser tão facilmente contida. Afinal só a um vencedor.

-Eles são o inimigo? –Peeta refaz a afirmação feita por Gale no distrito 13 em forma de pergunta. Mesmo não tendo-se passado nem 48 horas daquilo, eu tenho uma resposta diferente para a pergunta de Peeta. Uma resposta contraria a afirmação que eu um dia concordei.

-Eles não são nossos inimigos! –eu aponto para os pacificadores do dois, e em seguida para os rebeldes. –nós não somos seus inimigos! Lembrem-se de quem é o verdadeiro inimigo, não percam o foco de quem ele é! E o inimigo não tem um rosto rebelde, e nem é um pacificador. O rosto inimigo cheira a sangue e está na capital, sentado, enquanto nos distritos nos autodestruímos, contra ou a favor dele por que é exatamente isso que ele quer, que acabemos um com os outros! Sabe quem é o inimigo? Presidente Snow! É ele quem mata, é ele quem nos faz sofrer, as vezes por fome, as vezes por miséria, manto quem amamos e até treinando quem amamos para uma batalha de vida ou morte que são os jogos vorazes! Mas se nos virarmos um contra o outro não estaremos sendo melhores, estaremos massacrado, matando, nos tornando assassinos ou assassinados, derramando o sangue de quem luta por uma mesma causa!

-Isso vale a pena? –Peeta incentiva.

-Isso faz valer a sua vida, distrito dois? É por isso que estão dispostos a morrer? Morrer por quem matou sua própria família ou a obrigou a torna-la assassina? –eu paro para tomar folego, por um instante, deixando que o eco das ruas ecoem pelo meu ouvindo, como quem ouve a própria voz em um telefone, soar demoradamente após a própria fala. –Não peço que morram por Snow ou por mim, peço que lutem por aquilo e se velha a pena morrer, pelo que valha a pena viver! Por que esse não é um mundo onde se valha apena viver.

Tudo está em silencio, ninguém mais dispara.

Pego meu arco, que até agora pendia em minhas costas junto com a aljava e coloco minha primeira flecha de chamas nele. Eu solto a corda tão rápido quando coloquei a flecha nele. A flecha voa cortando o ar, e queima sobre a bandeira da capital, a corroendo por completo.

-Está vendo Snow? Esta peando fogo! Se ninguém lutar por voce não haverá mais guerras! Por que se nos queimarmos voce queimará conosco! Mas quando você queimar, queimará sozinho!

....

-Voce é louca, garota, mas é incrível! –Peeta diz assim que entramos em nosso “novo” quarto provisório.

Nós ainda estávamos no dois, que agora estava entrando em um conceito pacifico com o treze. Por fim, eu havia conseguido convencer uma boa parte da população que provavelmente permanecia alienada em relação a guerra, e, como imaginei, sendo manipulados por Snow com suas “propagandas enganosas.”

Agora, os vitoriosos e líderes rebeldes haviam sido acomodados em alguns dos prédios do governo do dois, já que esperavam de descemos mais algum discurso por aqui. E de acordo com eles, talvez não demorasse para que o um também passasse para o nosso lado, então, a Capital estaria sozinha.

-Voce foi incrível Peeta, obrigada por me ajudar lá, nem sabia o que dizer.

-Voce fez tudo, eu só cuidei para que fosse devidamente registrado. –eu fico chocada.

-Voce providenciou os auto falantes e a transição em vídeo? –ele acena com a cabeça. –como voce fez isso?

-Bem, foi ideia minha mas eu só pedi que Haymitch e Beetee providenciassem. –ele explica. –aliás, sem isso, o que voce pretendia fazer? Simplesmente gritar de lá de cima?

-Não sei, simplesmente agi por impulso. –admito.

-Já disse que voce é louca? -ele repete, beijando o topo de minha cabeça e me abraçando por traz. –obrigado.

-Pelo que?

-Voce provavelmente salvou a vida do meu irmão mais velho e de minha melhor amiga de infância. –ele não me solta de seu abraço. –além de salvar, é claro, muitas pessoas tanto do treze quanto do dois.

-Voce estava certo. Eu não estava vendo a coisa direito, estava sendo calculista e fria. –admito. –eu não estava ligando se as pessoas do dois morreriam ou não, eu só...

-Tudo bem Kat, o que importa é que fez o certo, por final. –ele fala. –alias, voce sabe que Coin vai ficar uma fera, não é? –ele brinca.

-Eu sei. –rio. –e Simila e Delly vão ficar nesse prédio também?

-Eu acho que sim, pedi para Haymitch para que tenta-se encaminha-los para cá também, gostaria de falar com eles. –ele diz. –mas ainda não sei onde estão.

Ficamos em silencio por um tempo, vou até a cômoda do quarto até encontra-la cheia de algumas trocas de roupa.

-Vou tomar um banho. –anuncio. –acho que o dois preparou algumas roupas para nós aqui.

Ele acena com a cabeça.

Tomo um banho rápido, mas prendo o cabelo em um coque feito com um nó, cansada demais para lava-lo. Ainda não se passavam das 6 da tarde, mas ambos estávamos exaustos, afinal, eu mesma não havia dormido direito na ultima noite, entao pretendia simplesmente ficar deitada um pouco na cama, apenas descansar um pouco...

Saio do banheiro já tocada com roupas muito largas para mim apesar de femininas. Provavelmente eram roupas qualquer disponibilizadas em todos os quartos. Me vesti e também acabo deixando o cabelo em um coque.

Assim que saio, Peeta entra.

Quando o telefone tocou, e eu me assustei principalmente por que nem havia notado o telefone, não via um desde minha casa no dose.

-Alo? –eu atendo.

-Sra. Mellark? – A mulher do outro lado da linha fala formalmente. Eu sorrio levemente como canto dos lábios com o sobrenome, eu ainda não estava completamente acostumada com ele, mas ele me trazia uma certa paz, assim como o próprio Peeta.

-Eu mesma. –respondo.

-Aqui é do hospital comunitário do dois. –meu sangue gelou no momento que ela pronunciou a palavra hospital. -Sr. Abernathy pediu que avisássemos aos senhores sobre seu cunhado, Simila Mellark e Delly Cartwright. –eu seguro o telefone com as duas mãos suadas. Eu nunca tinha ouvido o sobrenome de Delly, mas obviamente era esse. 

-Eles estão bem? –digo preocupada.

-Sinto muito, eu não tenho essa informação. –engulo a seco. –mas se quiserem visita-los eles permanecem no hospital do dois.

-Tudo bem, já estamos indo. –eu coloco o telefone no gancho novamente.

-O que foi Kat? –Peeta diz, saindo do banho já trocado e com uma toalha esfregando o cabelo molhado. –algum problema?

-Simila e Delly estão no hospital.


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Notas finais do capítulo

Capítulo postado com pressa, portanto avisem qualquer erro na gramatica ou de digitação!
Quem quer recomendar a fanfic?? Por favor? Okay não custa nada tentar.
Comentem e favoritem também gente!
Até o próximo!