Chuva De Novembro escrita por mybdns
Emmett estava sentado na cama de sua irmã, ajudando-a com as lições de Matemática quando seu celular tocou. Era uma mensagem de Rose. Ele leu, suspirou e disse pra si mesmo:
- Quem sabe um dia, não é, Pequena? Eu também te amo.
- Com quem você está falando, Emmett? – perguntou a irmã, dando risada.
- Com ninguém, Bree. Vamos voltar às equações, certo? Sabe fazer a fórmula de Bhaskara?
- Claro que eu sei. Essa é a única coisa na Matemática que eu sei.
- Então porque pediu minha ajuda?
- Na verdade, eu não quero que você me ajude com as lições... É com outra coisa...
- E o que é, Bree?
- Bom, eu tenho vergonha de falar...
- Quem foi o idiota que te fez sofrer? Eu vou lá e acabo com ele. – disse Emmett, nervoso.
- Não, não. Nada disso. É que tem um menino na escola que...
- Você gosta dele?
- Sim. Quer dizer, eu acho que eu gosto. Ele me convidou pra ir ao cinema e eu não sei se eu devo aceitar.
- Você acha que gosta dele? Então você ao gosta de verdade...
- Ele é legal, educado... É que eu nunca sai com ninguém antes e eu não tenho uma roupa legal pra ir também... E eu sou feia.
- Pare já com isso. Você não é feia. Você é linda. Se esse menino gosta realmente de você, Bree, ele vai te amar do jeitinho que você é, está me ouvindo? Quanto a roupa, eu sei quem pode te ajudar...
- Quem? – perguntou curiosa.
- Rose.
- A sua namorada. Você já a pediu em namoro, certo?
- Digamos que sim.
- Hum. O EMMETT TEM UMA NAMORADA! – gritou a menina.
- Olha, se você fosse um menino, eu já tinha te dado uma surra. – Emmett deu uma gargalhada.
- Ainda bem que é a Rose... Eu gosto dela.
- Eu também. – disse a mãe, entrando no quarto com uma bandeja cm suco e pão com queijo.
- Obrigado, mamãe. – disse Emmett.
- Obrigada, mamãe. – disse Bree.
- Não precisa agradecer, meus amores.
- Você gosta de Rose, mãe?
- Oh! Ela é uma grande pessoa, Bree. Uma pena que seus pais sejam tão ignorantes.
- A mãe dela é mais. – disse Emmett, com a boca cheia.
- E quando você vai conhecê-los?
- Não sei. Eu e Rose ainda não conversamos sobe isso.
- Tome cuidado, meu filho. Eles vão fazer de tudo para vocês se afastarem.
- Eu sei mãe. Eu sei. – disse o rapaz, num longo suspiro.
No hospital, a família aguardava ansiosamente a chegada de Reneesme. Os pais de Bella haviam chegado e a cada hora que passava, todos naquela fria sala ficavam mais apreensivos. Carlisle, que estava acompanhando o parto entrou na sala de espera e todos foram em cima dele.
- Calma! O parto foi um sucesso, a Bella está bem, Reneesme nasceu saudável. Vocês podem vir comigo até o berçário.
Esme, Rosalie, Renee e Charlie forma até o berçário. Edward estava lá, olhando sua Reneesme pelo vidro.
- Ela não é linda? – perguntou Edward, quando Rose aproximou-se dele.
- Ela é a mais linda, Ed. Parabéns.
- Parabéns, meu filho.
- Ela se parece tanto com Bella quando nasceu... – disse Renee, abraçando Charlie.
- Ela se parece muito com Bella, querida. – concordou Charlie.
Eles ficaram olhando a pequena recém- nascida por um tempo. Por um instante, parecia uma família feliz. Parecia que não possuíam problemas. Parecia se amar de verdade. Rose afastou-se e foi pegar um café na cantina do hospital. Sentou-se sozinha em uma das mesas e ficou ali, olhando as pessoas que passavam. Médicos residentes com muitas olheiras, médicos experientes, andando com imponência, enfermeiras fofocando e faxineiras, dando risada. Sentiu uma mão tocar seu ombro direito. Virou-se e viu que era seu pai.
- Oi pai. Senta ai.
- Oi Rose. Você está bem? – disse Carlisle, sentando-se na frente da filha.
- Na medida do possível, eu estou.
- Querida... Eu queria que você soubesse que eu te amo muito. E de maneira alguma, quero ver você e sua mãe brigando. Eu sei que Esme é uma mulher difícil. Mais eu lhe peço que a deixe pra lá. Não dê ouvidos para o que ela diz. Está bem?
- Eu vou tentar. Mais ela me dá nos nervos, papai.
- Eu sei, eu sei. Quando você começar a discutir com ela, conte até dez e respire. Deixe-a falando sozinha. Faça isso por mim?
- Por você eu faço.
- Ótimo. Mudando de assunto: quando eu vou poder conhecer o Emmett?
- Você quer conhecê-lo? – perguntou, surpresa.
- Lógico! Afinal, ele é o namorado da minha filha.
- Vou falar com ele. Pai, obrigada.
- Pelo quê?
- Por ser compreensivo, amigo, companheiro. Eu te amo.
- Eu também te amo, Rosalie.
O celular de Rose tocou. Era Emmett:
- Preciso atender.
- Vai lá, filha.
- Oi Emmett.
- Oi Pequena. Eu, quero dizer, Bree precisa de sua ajuda.
- O que aconteceu?
- Vem aqui em casa que eu te conto tudo. Só que... Você pode trazer aquelas coisas que você passa no rosto, maquiagem sabe?
- Claro.
- E sua sobrinha? Nasceu?
- Nasceu. Ela é linda. Quando eu chegar ai, eu te mostro uma foto dela.
- Okay. Até mais.
- Até.
- Era Emmett. A irmã dele precisa de ajuda. Pode me levar até em casa? – pediu.
- Claro, meu amor. Vamos.
- Obrigada.
Os dois saíram do hospital e foram para casa para Rose pegar o que Emmett havia lhe pedido.
Rose pegou seu carro e foi até a casa de Emmett. Foi recebida por Sue.
- Oi querida! Entre, por favor.
- Obrigada, Sra. McCarty. Com licença.
- Oi Pequena. – disse Emmett, dando um beijo em Rose.
- Oi Em. O que Bree tem? Eu trouxe tudo o que eu achei.
- Vamos até o quarto dela.
- Oi Rose.
- Oi Bree. O que foi?
- Bom... Eu tenho um encontro hoje. Eu nunca tive um, então eu não sei como agir.
- Eu te ajudo.
- Obrigada!
- Emmett, você pode assistir o futebol. Nós duas nos viramos bem.
- Estão me expulsando.
- Sim. – disse Bree. – agora anda!
- Tudo bem! Mais olha, nada de exageros. E outra: você não vai sozinha. Eu vou te levar e vou ter uma conversinha com esse tal de Diego. Quero que ele veja o meu tamanho e fique sabendo que se ele vier com mão boba pra cima da minha irmã, ele vai apanhar tanto que ele não vai conseguir andar. E também eu vou...
- Chega, Emmett! – interrompeu Bree.
Rose deu uma gargalhada enquanto Emmett estava sério.
- Vai lá senhor fortão. – zombou Rose.
- Não tem graça, Rosalie.
- Ah, tem sim. Agora nos deixe me paz, por favor.
- Tudo bem. – Emmett saiu e deixou as duas dentro do quarto.
- Bem. Você já tomou banho, certo?
- Certo!
- Você tem alguma roupa?
- Eu tenho muitas roupas, só que elas estão velhas e feias.
- Não tem problema. Eu trouxe umas coisinhas do meu armário pra você. Espero que não se importe.
- Lógico que não!
- E você usa o mesmo tamanho que eu. Essa saia vai ficar ótima em você.
- Também acho.
As duas ficaram trancadas no quarto por uma hora e meia. Quando saíram, Emmett estava roncando no sofá e a mãe estava lavando as louças.
- O que você achou? – perguntou Rose, para Emmett, que não respondeu.
- Hã? O quê? Que horas são?
- Você dormiu é? Então o que achou?
- Nossa! – disse esfregando os olhos. – tá gata hein?
- Que linda, meu amor. – disse a mãe.
- Estou pronta. Eu já estou indo.
- Nada disso. Eu vou te levar. – disse Emmett.
- Emmett! Deixe a menina. Eu a levo. – disse Rose.
- Mais eu vou junto.
- Tudo bem. Você pode ir, mas me prometa uma coisa: NÃO DESÇA DO CARRO. – disse Bree.
- Okay, Okay.
- Tchau mãe.
- Tchau querida. Vai com Deus. Tome cuidado. Juízo.
Rose, Emmett e Bree entraram no carro e forma até o cinema. Chegando lá, Bree avistou Diego e Rose parou o carro.
- Tchau. – disse Bree. – obrigada, Rose.
- Não precisa agradecer, meu bem.
- Espera ai que eu vou falar com esse moleque. – disse Emmett.
- Você vai ficar aqui. Quieto. Divirta-se, Bree.
Rose pisou fundo e saiu de lá, antes que Emmett descesse.
- Sabe, Emmett. Meu pai quer te conhecer.
- Serio?
- Sim. Quer fazer isso agora?
- Caro que não! E se sua mãe estiver lá?
- Eu te apresento a ela também.
- Não sei não.
- Vamos.
- Tudo bem... Mais olha, se ela me ofender...
- Eu te defendo.
- Da sua mãe? Duvido.
- Pare Emmett. Eu te amo. Ela vai ter que entender isso. Ela vai ter que aceitar.
Eles chegaram ao hospital aonde Reneesme nasceu. Entraram no elevador e Emmett sentia o coração bater mais forte a cada andar que ficava para trás. Finalmente, chegaram até o 13º, onde Bella estava internada. Sairam do elevador e deram de cara com uma pessoa que Rose não esperava encontrar tão cedo.
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