A New Beginning escrita por WaalPomps


Capítulo 3
Cap. 2 – Perdão


Notas iniciais do capítulo

Poxinha, só um review? Mas cresceu o numero de leitores, então devo acreditar que tem gente lendo né?
Bom, espero que gostem do capítulo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/336028/chapter/3

Ron P.O.V

As primeiras semanas após a guerra foram as mais terríveis. Nas primeiras noites em casa eu, Harry e Hermione tínhamos pesadelos constantes, mamãe vivia aos prantos, e George sequer saia de seu quarto.

Após quase uma semana sem dormir, me levantei durante a noite, enquanto Harry tremia na cama ao lado. Caminhei até o quarto de Gina, abrindo a porta me deparando com minha irmã sentada observando uma Hermione trêmula.

_ Vai ficar com o Harry. – sussurrei e minha irmã me encarou, acenando com a cabeça e saindo em silêncio. Caminhei até a cama de Mione, tocando seu ombro e ela abriu os olhos, virando-se assustada – Calma pequena, sou eu.

Ela suspirou aliviada, atirando seus braços em volta do meu pescoço e inalando profundamente. Afundei meu rosto em seus cabelos, sentindo seu cheiro de torta de abóbora.

_ Eu sonhei com os meus pais. – sussurrou ela – Toda a noite, tantas vezes quanto é possível.

_ Logo nós vamos buscá-los Mi, eu prometo. – garanti e ela concordou – Eu sonhei com Fred novamente.

Ela sorriu e acariciou meu rosto, indicando para que eu me deitasse ao seu lado. Eu deitei e a abracei, enquanto ela repousava a cabeça no meu peito e logo tornávamos a adormecer, num sono ainda conturbado, mas bem mais tranqüilo por estarmos juntos.

Assim que o sol nasceu, entreabri os olhos, beijando a testa de Hermione e saindo do quarto. Cruzei com Gina no corredor e ela me deu um abraço apertado, antes de entrar em seu quarto. Caminhei até meu próprio quarto, encontrando Harry com uma expressão serena.

E assim fizemos pelas noites seguintes, saindo assim que todos iam dormir e voltando antes que alguém acordasse, pelo menos até o dia em que mamãe encontrou comigo e Gina no corredor, numa manhã em que havíamos dormido demais. Naquela tarde ela tirou as coisas de Harry do meu quarto e trouxe as de Hermione, mesmo com meu pai e irmãos protestando.

Certas noites, eu e Mione dividimos a cama. Em outras, colocamos as duas lado a lado e dormimos um de frente para o outro. Ou ainda fazemos como naquela noite no Largo Grimmlaud, deixando-as simplesmente perto e dormindo de mãos dadas. Mesmo com essa proximidade toda, eu nunca tentei nada a mais, e nem ela demonstrou pensar nisso. Éramos apenas dois amigos apaixonados, buscando um no outro a força para sobreviver a essa época difícil.

Nossos dias também eram cansativos, com diversas visitas ao Ministério sendo requisitadas, mamãe e sua cada vez mais crescente obsessão com nosso bem-estar e o tédio que as tarde preguiçosas trouxeram.

Com o tempo, nós quatro passamos a escapar de casa, indo até um riachinho aqui perto. Mamãe ficava louca de preocupação, mas Gui ou Carlinhos sempre a driblavam. Harry e Gina gostavam de ficar sobrevoando o local, às vezes perseguindo um pomo falso. Vez ou outra eu me juntava a eles e treinávamos alguns arremessos, mas na maioria das vezes ficava encostado a uma arvore, com Mione lendo entre minhas pernas.

Qual não foi minha surpresa quando, por cima dos ombros dela, comecei a ler seus livros e me interessar pela história, deixando Mione maravilhada. Mas como ela era uma leitora voraz e eu ainda “iniciante”, ela logo começou a me dar livros mais leves e fáceis e normalmente eu ficava em seu colo lendo, enquanto ela apenas sorria toda boba para o próprio livro.

Havia também os dias em que Andrômeda vinha chorar com minha mãe e deixava Teddy conosco para passar à tarde. Apesar de ainda ter três meses, Teddy é bem esperto e raramente chora. Gosta de dormir no colo de Harry e de ser ninado por Gina e Mione, e quando está no meu colo, costuma deixar os cabelos bem vermelhos.

Mas hoje não teríamos nada disso, porque seria uma tarde de ir ao ministério, e não seria nenhum pouco agradável, porque hoje seria o julgamento dos Malfoy. Claro que nas últimas semanas havíamos participado de vários, condenando diversos comensais, mas esse não era um para o qual eu estava particularmente ansioso. E Hermione também não.

_ Eu não sei o que fazer Mione. – admiti enquanto abotoava a camisa e ela se trocava atrás do armário. O que? Só porque dividimos o quarto, não quer dizer nada. Além daquele dia no banheiro dos monitores, jamais a vi com menos de uma camiseta e um shorts.

_ Também não. – garantiu ela saindo já com a saia e a camisa e vindo me ajudar com a gravata, que eu não sabia dar um nó nem que minha vida dependesse disso.

_ Digo, os Malfoy tem suas maldades, mas eles salvaram Harry. Duas vezes. – resmunguei impaciente – Porque eu e você temos que estar presentes nessas coisas? Harry é quem devia decidir.

_ Ron, nós estivemos do lado de Harry durante esses anos todos, não é durante um julgamentinho que vamos deixá-lo na mão. – repreendeu ela, me ajudando a por o blazer – Agora vamos.

Ela me deu a mão e nós descemos as escadas, encontrando Harry e papai prontos no andar debaixo. Depois de nos despedirmos de mamãe e de uma Gina irritadiça por passar o dia só, fomos por flu até o Ministério.

Papai se despediu e foi para sua sala, enquanto nós três descíamos ao encontro de Kingsley, o novo Ministro da Magia. Ele nos saldou com um largo sorriso, como em todas as vezes que íamos e começou a relatar tudo que havia sido resolvido desde o último dia que estivemos aqui, que foi na segunda. Hoje é quinta.

_ Os Malfoy já estão aqui? – perguntou Harry e Kingsley confirmou.

_ Era sobre isso que eu queria falar com vocês... – disse o Ministro, dando uma olhada a volta – Vocês já tem algum veredicto em mente?

_ O que Harry decidir está bom para mim e Rony. – disse Mione e eu concordei, recebendo um aceno de resposta de Kingsley. Ele encarou Harry que suspirou, acenando com a cabeça.

_ Audiência disciplinar número 453. Réus Lúcio Malfoy, Narcisa Malfoy e Draco Malfoy. – leu o homenzinho ao lado de Kingsley. Harry estava de seu outro lado e Mione estava entre nós dois.

Os três Malfoy foram trazidos acorrentados e Draco parecia ainda menor o que da última vez que o vi, durante a batalha no castelo. Eles se sentaram nas cadeiras e as correntes os prenderam pelos pulsos e tornozelos. Mione apertou minha mão e eu senti o gelo na espinha, sabendo que os dementadores deveriam estar por perto.

Após ler a lista de acusações que pesavam sobre os três loiros a nossa frente, Kingsley fez um breve discurso sobre as atitudes positivas deles que ajudaram Harry e passou a palavra a meu amigo, que se levantou com um suspiro.

_ A sentença que eu proponho aos Malfoy é liberdade com serviço a comunidade bruxa. – declarou Harry – 60% parece uma boa porcentagem de seus bens a ser doados para ajudar as famílias que perderam seus entes queridos ou propriedades na guerra, a se re-estabelecer. Kingsley decidirá de que maneira eles deverão cumprir sua cota de serviços, que deve ser de 10 anos. E Draco voltará a Hogwarts para cursar o 6º e 7º ano juntos, conforme já conversei com a Diretora Minerva.

_ Quem é a favor, erga a mão. – pediu Kingsley enquanto Harry se sentava e Hermione apertava sua mão. Cerca de 80% dos presentes ergueram a mão e Kingsley concordou – Então será feita a vontade do Sr. Potter. Podem levá-los para minha sala, logo estarei com eles.

Funcionários fardados vieram e soltaram os Malfoy, conduzindo-os pelo corredor. Antes de sair Draco se virou para Harry e sussurrou um obrigado.

_ Vocês gostariam de me acompanhar? – perguntou Kingsley, mas nós três negamos.

_ Gina não agüenta muito tempo sozinha com Molly, pelo menos não por hora. – brincou Harry e Kingsley deu um riso fraco, concordando e se despedindo – Vamos?

_ Na verdade, eu tinha pensado em dar uma passada na Floreios, comprar alguns livros novos. – disse Hermione e Harry concordou – Mas pode ir encontrar Gina, eu e Rony não demoramos.

Meu cunhado (sim, ele é Gina eram oficialmente namorados) se despediu de nós dois e tomou seu caminho, enquanto nós íamos por flu até o Bego Diagonal.

Hermione demorou quase duas horas na Floreios e Borrões, mas eu me diverti com ela, enquanto tentávamos escolher livros que o outro fosse gostar. Depois, com a sacola cheia, saímos em direção a rua trouxa, onde poderíamos tomar um sorvete, uma vez que nem todas as lojas do Beco Diagonal haviam reaberto.

Estávamos em final de primavera, então Mione apanhou as duas casquinhas e fomos caminhar por Londres, em direção a uma pracinha afastada, povoada por mães e seus filhos.

Nos sentamos abraçados, depois de ter guardado todos os livros na bolsa mágica de Mione, e ficamos algum tempo conversando e brincando, até que ela se perdeu observando uma menininha de cabeços castanhos que brincava ali perto.

Seus olhos castanhos ficaram imensamente brilhantes, enquanto ela sorria toda boba para a pequena garota de vestido vermelho que brincava de perseguir uma borboleta que pulava de rosa em rosa.

Eu podia ver nós dois ali, daqui alguns anos, vendo nossa filha fazendo isso. Mas para isso, muita coisa teria que acontecer, e a primeira era mudar nosso status de relacionamento.

_ Mione... – chamei acariciando seu braço e ela se virou para mim com um sorriso enorme, que eu retribui – Eu andei pensando... Você, hã, você quer namorar comigo? 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É isso ai... Espero reviews e até breve.
Beijinhos ;@
http://ask.fm/WaalPompeo



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A New Beginning" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.