A Breve Segunda Vida De Bree Tanner - Novo Começo escrita por Zoey


Capítulo 2
Capítulo 2 - Uma Cullen?


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o segundo! Provavelmente, o próximo vai demorar mais para sair... consegui dar uma apressada nesse!
Espero que curtam, e por favor comentem! Se eu não conseguir comentários com essa fanfiction, provavelmente vou deletá-la. Com a minha outra história quase não tenho comentários, e não quero que isso aconteça nessa também, é muito triste mesmo para uma autora. De verdade, não custa nada deixar um review!
Ah, falando na outra história... vou fazer a básica propaganda. *cara de pau* Se alguém curte Naruto, em especial a personagem Sakura... minha outra fanfic é sobre isso! Se alguém quiser dar uma olhadinha, ficarei muito agradecida *-*
Tomara que gostem desse!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/335610/chapter/2

Por um momento, ninguém disse nada. Ergui meus olhos, ainda estupefatos, para o bando que parecia centrado unicamente em alguém. Confusa, segui os olhares amarelados e fiquei surpresa ao identificar a pequena vampira sendo o alvo das atenções. Aquela vampira baixinha de cabelos arrepiados, que Jane tanto odiava.

Os olhos dela estavam vazios e nublados, fitando o nada. Parecia que estava hipnotizada, ou até mesmo sonhando. Depois de alguns segundos, seus olhos recuperaram o foco e ela sorriu.

-Eles não vão voltar, por enquanto.  No entanto, devemos falar com Aro em breve, senão teremos essas visitas desagradáveis outra vez. Mas, por enquanto, estamos seguros.

Assim que as palavras foram proferidas, pude ouvir todos os vampiros respirando aliviados e relaxando. Na mesma hora, me perguntei o por quê daquilo, e o por quê de confiarem tanto naquela pequena vampira.

Eu ainda estava agachada no chão, e não me movi. Agora, pelo que sabia, estava nas mãos dos de olhos amarelos, ao menos por enquanto. Eu duvidava que Carlisle e Esme pudessem me fazer algum mal, mas tinha um pouco de medo do Jasper. Este havia me assustado muito mais cedo, e era bem ameaçador.

Senti meu corpo ficando ainda mais tenso, apesar de a ameaça de morte pelos Volturi não nos incomodar mais, no momento.

Quando todos começavam a se espreguiçar, sentar ou relaxar, Carlisle se virou para mim e me viu agachada e assustada. Com passos lentos, veio até mim e estendeu a mão. Hesitei em aceitá-la, e ele deu um sorriso bondoso.

-Não se preocupe, criança. Está segura. Não vamos te machucar.

Bem devagar, aceitei e peguei em sua mão. Carlisle me puxou suavemente para cima, deixando-me de pé.

Olhei nervosa para os oito rostos que me encaravam –inclusive a humana –, ficando envergonhada instantaneamente. Eu nunca estivera em um bando como esse, que não me encarava calculando minha morte, e me sentia estranha com essa sensação.

A pequena vampira que estava meio escondida atrás de Jasper, deu a volta em seu corpo (ignorando o olhar firme e restritivo do vampiro) e veio até mim com passos graciosos e rápidos. Em uma reação automática, recuei alguns passos para trás. 

Não quis parecer grosseira ou medrosa, longe disso. A verdade era que, no meu antigo bando, se algum vampiro (exceto Diego) se aproximava de mim, eu sabia que devia me afastar se não quisesse perder algum braço ou morrer.

-Alice, está assustando-a – advertiu Esme, com um olhar preocupado.

Para minha surpresa, ela não parou e nem respondeu. Continuou andando até ficar bem na minha frente, e dessa vez me obriguei a ficar parada. A vampira, Alice, abriu um sorriso:

-Oi. Eu sou a Alice. –E me deu um beijo na bochecha, simpática.

Parte de mim quis aproveitar essa oportunidade para mordê-la e arranhá-la, mas a maior e mais racional parte me mandou não avançar e nem fazer qualquer movimento brusco ou violento. E, o olhar penetrante que Jasper estava me lançando também.

Alice se afastou, me olhando com expectativa. Demorei meio segundo para perceber que estava esperando uma resposta.

-Ah, ahn, eu sou a Bree.

Ela sorriu novamente, me fazendo sentir um pouco melhor. A doce vampira pegou minha mão, e outra vez tive que lutar contra o instinto de me afastar ou de atacá-la. Foi mais difícil do que pensei, mas fiquei quieta quando me puxou, aproximando-nos do grupo de novo.

- Bem, Bree. Esta é a minha família. – disse Carlisle, enquanto Alice ia conduzindo-me um pouco mais para perto de sua... família? Ele dissera família, e não bando.

Ela me deixou ao lado dele e voltou para trás de Jasper, sem deixar de sorrir. Neste momento, o gentil vampiro ao meu lado começou a apresentar todos.

-Esta é Esme, que você já conhece.

Ao ter seu nome citado, Esme veio até mim e me abraçou, deixando-me muito surpresa. Eu nunca havia recebido um abraço de ninguém, só de Diego.

Pensar em Diego fez um buraco abrir-se em meu peito e, se eu pudesse, estaria chorando. Tentei disfarçar o sentimento, enquanto retribuía muito timidamente o abraço de Esme e lutava contra o já familiar impulso de me afastar.

Neste momento, o leitor de mentes me olhou com pena, e percebi que ele sabia de Diego e que havia lido tudo que eu estava pensando. Balancei a cabeça tentando pensar em outra coisa, o que foi mais fácil quando Carlisle chamou minha atenção novamente.

-Esses são Emmett e Rosalie – ele gesticulou para o vampiro enorme que eu vira matando Raoul, e a linda vampira loura ao seu lado. Emmett sorriu, como se eu o divertisse, enquanto a vampira deu um breve sorrisinho.

-Este é Jasper, que você também já conhece. - olhei para o vampiro cheio de cicatrizes que me encarava. Ele não sorriu como os outros, mas acenou com a cabeça, a expressão séria. Foi até mais do que eu esperava, que era um rosnado.

-E estes são Edward e Bella. – apontou o último e mais estranho casal. Edward acenou com a cabeça, como Jasper, mas sorriu um pouco. Bella olhava para mim com curiosidade.

Embora só olhar para a humana fizesse minha garganta arder, não a ataquei ou mostrei os dentes, como teria feito antes. Claro que queria muito beber seu sangue, mas me sentia grata. Se não fosse por ela, eu estaria morta.

Você não tem ideia de como é surpreendente, estranho e frustrante saber que sua vida foi salva por um humano.

-Bree, você está a salvo, por hora. – disse Carlisle, tranquilamente. –Pode ir, se quiser. Teremos que falar com os Volturi de qualquer modo, mas se quiser partir, fique à vontade. Apenas não vá muito longe, pois quando formos falar com eles, você terá que ir conosco.

Me encolhi um pouco, pensando em sobreviver sozinha.

-Claro que se desejar ficar, nós a receberemos em nossa família com os braços abertos – acrescentou Esme rapidamente.

Pensei na ideia de partir. Eu conseguiria viver sozinha? Poderia me encontrar com Fred, e rodar o mundo com ele depois que ajudassem a me livrar dos Volturi. Porém, a garota chamada Jane iria atrás de mim quando soubesse que eu não estava mais com os de olhos amarelos, e me torturaria e mataria.

Se ficasse com Fred, seria um pouco mais seguro, apesar de que Jane poderia queimá-lo também, junto comigo. Eu não queria que ele morresse por minha causa, e com aquela vampira loura e vingativa, com certeza morreríamos logo.

Além desses problemas, não posso negar que estava com medo de ficar sozinha, de ter que sair no mundo completamente só. Afinal, não iria pôr meu amigo em risco. Então, acabei sussurrando:

-Não quero ficar sozinha.

Carlisle deu um sorriso gentil.

-Venha então, Bree. Seja bem vinda à nossa família.

-Ahn, obrigada – respondi, depois de um momento em silêncio.

-Bem vinda! – exclamou Alice, alguns metros na frente e ao lado de Jasper.

Todos os Cullen deram um sorriso ou aceno, até mesmo Jasper. Mesmo que seu aceno não fosse muito amigável. Algo mais para “fique esperta, estou de olho em você”.

Meus olhos pousaram na humana, que deu um sorriso tímido. Depois, subiu nas costas de Edward, enquanto ele dizia:

-Carlisle, encontramos vocês em casa mais tarde. Charlie está esperando Bella voltar da festa do pijama, então temos que ir.

O patriarca assentiu, e Edward saiu correndo com Bella nas costas, depois de dar um “tchau” apressado para todos ali. Finalmente, pude respirar sem que minha garganta ardesse como fogo em brasa.

-Por que vocês não a mataram? –Deixei escapar, assim que os dois desapareceram por entre as árvores. Ao ver os olhares estranhos, percebi que isso devia ser grosseiro naquele bando –Desculpe, é que eu... nunca vi nada assim antes.

-Bree, Bella é a companheira de Edward. Quando for transformada em vampira, passará a morar conosco – respondeu-me o vampiro gentil, Carlisle –, ou talvez até antes disso, já que vão se casar.

-Se casar? – questionei, incrédula. – Um vampiro e uma humana?

-Te explicaremos tudo mais tarde. Agora, venha conosco, por favor –dito isso, começou a correr na direção oposta à qual Edward saíra. Todo o seu bando se moveu junto com ele, e acabei indo atrás. Fiquei por último, tímida demais para ir ao lado de algum dos casais.

-Para onde vamos? –Perguntei baixo, sabendo que Carlisle ouviria mesmo lá da frente.

-Para casa – quem me respondeu foi Esme, enquanto olhava para trás e abria um sorriso para mim.

Assenti, um pouco perturbada pelo sorriso. Por que aqueles vampiros eram tão amigáveis e gentis?

Saí de meus pensamento quando ouvi alguém me chamando, e fiquei surpresa ao identificar quem era. A linda vampira loura falava comigo, educadamente.

-Bree, você têm algum companheiro, ou amigo? – Rosalie perguntou. –Se tiver, talvez possamos encontrá-lo.

Pensei em Diego, sentindo a garganta fechar outra vez. Me forcei a controlar a expressão, enquanto respondia:

-Tenho um amigo, ele fugiu antes de a luta começar. Perguntou se queria ir com ele, mas eu tinha que buscar... tinha que buscar Diego – pronunciar seu nome foi muito doloroso; minha voz embargou um pouco e Rosalie provavelmente percebeu, pois assentiu e não perguntou mais nada.

Corremos mais alguns quilômetros, em silêncio. Não pude deixar de comparar o antes e o depois daquilo: antes, andar com meu bando com certeza seria algo arriscado; com os Cullen, eu estava tranquila e sem medo.

Isso porque só os conhecera a pouco mais de uma hora.

Foi então que comecei a detectar sons estranhos e diferentes daquele ambiente. Com isso, quero dizer sons humanos. Ouvi o som de uma porta batendo bem ao longe, e uma música que logo sumiu.

-Isso foi um carro? –Perguntei.

-Sim  – respondeu Carlisle. –Moramos perto da cidade.

-Perto da cidade? – Não era possível... eles não se escondiam dos humanos? – Como vivem perto da sociedade humana?

-Na verdade, nós fazemos parte da sociedade – respondeu Emmett, sorrindo.

-O quê? Os humanos sabem que vocês são vampiros?

-Não. Para eles, somos humanos – continuou Carlisle.

-O quê? – repeti.

-Bree, já vamos lhe explicar tudo – tranquilizou-me Esme, diminuindo a velocidade quando chegamos perto de uma grande construção no meio da floresta.

Espere aí... uma grande construção no meio da floresta?

Realmente, havíamos chegado a uma grande casa que não tinha paredes, mas vidraças. A casa tinha pelo menos três andares, e eu nem conseguia imaginar quantos quartos.

Não tive muito tempo para observar a construção, pois os vampiros de olhos amarelos começaram a andar na direção da porta da frente. Quando passaram por ela, eu os segui, timidamente.

Senti meus olhos se arregalando de novo, ao ver a casa por dentro. O interior era lindo, com paredes claras e móveis luxuosos. Diversos sofás, pufes, poltronas e mesas decoravam a sala de entrada, e mais à frente pude ver um grande piano e várias portas, além de uma imponente escada que provavelmente levava aos quartos do andar de cima.

Nem se eu vivesse cem anos como humana conseguiria ter uma casa daquela.

-Faz tempo que vocês moram aqui? – perguntei, encarando os móveis maravilhada.

-Alguns anos.

-E não a destruíram? –A pergunta escapou da minha boca. –Ahn, desculpe, de novo.

-Tudo bem, querida. –Esme me confortou. –Isso tudo deve ser novo para você.

-É...

Ela sorriu para mim como uma mãe, surpreendendo-me novamente.

-Conseguimos viver nessa casa sem muitos danos... a não ser quando Emmett se empolga ou quando os meninos decidem fazer alguma aposta ou brincadeira – a matriarca olhou para Jasper e Emmett, lançando um olhar repreendedor ao qual os dois responderam com um meio envergonhado e meio divertido.

Mas que diabos é esse bando? Agem como uma família de verdade!

Todos os outros, ao entrarem na sala, sentaram-se no sofá. Jasper mantinha os olhos fixos em mim, como um caçador; Emmett me olhava como se eu continuasse engraçada; Rosalie não prestava muita atenção, enquanto deitava a cabeça no ombro de Emmett; Alice me olhava com expectativa e Esme com algo parecido com carinho.

Que bando estranho e diversificado.

Carlisle, que estava em pé, se aproximou e indicou para que eu me sentasse em uma das poltronas.

-Bem, acho que agora está na hora das explicações.

Assenti ansiosamente; tantas perguntas estavam me deixando louca.

-Bree, vou lhe contar algo. Não se assuste, está bem?

Olhei para ele, esperando.

-Nós não caçamos humanos – anunciou calmamente, prevendo a bomba que não demorou a vir.

-O quê? –Não caçavam humanos? Como assim? Eles viviam sem sangue? Apesar do pedido, não pude deixar de me assustar.

-Nós somos contra matar humanos, e caçamos apenas animais. É possível viver sem sangue humano.

O quê? É possível? Eu nunca havia caçado animais antes.

-Bree, se quiser ser uma de nós, também terá que caçar apenas animais.

Olhei para ele, estupefata.

-O gosto não é ruim?

Todos os vampiros na sala deram uma pequena risada, deixando-me envergonhada.

-No começo, vai ser difícil para você. Mas não é tão ruim assim – respondeu amavelmente Rosalie, ainda rindo.

Precisei de longos segundos para digerir a informação. Depois, Carlisle começou a me contar tudo sobre eles. Com o passar do tempo e do assunto, os outros se dispersaram, menos Esme e Jasper.

O segundo nunca tirava os olhos de mim, e isso me deixava extremamente incomodada. Se ele fosse sempre me vigiar, seria muito desconfortável.

Me explicaram pacientemente que não caçavam humanos, que iam à escola, ao trabalho e o por quê disso. E, Carlisle trabalhava no hospital! Ele convivia com sangue humano todos os dias! Além de que, não matava seus pacientes, pelo contrário: os salvava.

Obviamente, eu não esperava nada daquilo.

Quantas surpresas esse bando ainda reserva?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Qualquer crítica ou observação, fiquem à vontade! E por favor, comentem, tá?
Grande beijo!