Más Intenções - Litor escrita por Mari W


Capítulo 56
Capítulo 56 - Hora Certa, Lugar Certo




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Vitor abriu os olhos em uma das poucas manhãs que teria antes do dia da viagem, e deu de cara com Fatinha em cima dele, novamente o chacoalhando. Era sábado e todo o colégio tinha planejado de ir junto na praia, já que o ano estava prestes a terminar.

- Dá pra você arrumar um jeito melhor de me acordar? – Ele resmungou, se virando pra voltar a dormir.
- Sabe que dia é hoje? – Disse ela, levantando e tirando o cobertor de Vitor. Fatinha soltou um grito ao perceber que ele estava só de boxers dessa vez. – Tarado! – Gritou ela, tapando os olhos.
- É você quem tirou meu cobertor, Fatinha! – Ele disse, rindo e indo colocar alguma roupa. – Mas me diz, que dia é hoje?
- Dia de você e eu irmos a praia exibir nossos corpinhos lindos e aproveitar pra matar esse ódio que você tem com o meu moreno.
- Já pode olhar... – Disse Vitor, fazendo Fatinha tirar a mão do rosto.
- Eu não vou pra praia com vocês pra segurar vela, tá maluca.
- Vai sim! Toda a turma vai! – Orelha entrou no quarto, usando uma bermuda estampada com equações matemáticas.
- Vamos lá, Vitor. Até eu vou. – Disse Orelha.
- Cara, você é nerd até em lugar de gente normal. – Disse Vitor, rindo.
- Você só não tem companhia porque não quer. Acho que a sua marrentinha vai. – Disse Fatinha, fazendo Vitor revirar os olhos.
- E como isso vai melhorar as coisas, se ela só me olha com raiva?
- Olha, Vitor... Você que sabe. – Disse Orelha. – A gente tem que ir indo, seu irmão vai nos dar carona e tem um lugar pra você. Se eu fosse você eu ia, imagina o monte de marmanjo em cima da Lia depois que ela ficar só de bíquini... Já aconteceu uma vez e posso dizer que foi sensacional.
- O que foi que você disse, Orelha? – Disse Morgana, surgindo atrás dele.
- Nada, Moranguinho, nada mesmo.
- Ah vocês dois. Tudo bem, me convenceram. – Disse Vitor.

Vitor, Fatinha, Orelha e Morgana foram junto com Sal em seu novo carro alugado, um bem mais barato que sua BMW, que estava em reforma e não tinha previsão pra ser consertada.

- O que aconteceu com aquele carrão, ein Sal? – Perguntou Orelha, fazendo Sal, Vitor e Fatinha rirem.
- Longa história. – Respondeu Sal, enquanto eles caminhavam pra areia.

Ao chegarem na praia, todos arrumaram suas cadeiras na areia e logo seus outros colegas chegaram.
Vitor e Sal se improvisavam pra fixar 2 guarda-sóis na areia, enquanto Fatinha dava um beijo em Bruno, que chegava com Ju, Gil e Lia.

- Não olha agora, mas a Lia chegou. – Disse Sal, fazendo Vitor olhar imediatamente para Lia e logo voltar a atenção para o que estava fazendo.
- Vai ser difícil só olhar. –Disse Vitor, fazendo Sal rir.

Algumas das meninas da turma logo estenderam suas cangas e aproveitaram pra pegar um sol, fazendo os meninos não pararem de comentar. Fatinha, Lia e Ju combinaram de ir pro mar ao invés disso. Vitor e Sal se sentaram com uns meninos da turma, Orelha e Morgana. Fatinha e Bruno ficaram no grupo de Lia e Ju, que estavam do outro lado. As meninas na areia dividiam os dois grupos.
Vitor e Sal começaram uma conversa paralela, quando do nada perceberam que todos os meninos pararam de falar. Olharam para eles e perceberam que todos olhavam pra um ponto fixo, babando quase que literalmente. Ao olharem pro ponto, perceberam que Lia tinha acabado de tirar suas roupas largas e estava somente de biquíni. Ju e Fatinha quase alcançavam o mar já, então era óbvio que os olhares eram pra Lia.
Primeiramente, Vitor sentiu uma saudade imensa de ter aquele corpo contra o dele, começou a achar que não se aguentaria com aquela visão. Acordou somente quando os comentários maldosos começaram, por parte de Guga.

- Meu Deus. Alguém avisa pra essa garota que ela não tem ideia do quanto é gostosa. – Os meninos riram, Vitor olhou pra eles como se fosse matar cada um deles, mas eles só prestavam atenção em Lia.
- Eu já tinha esquecido do quanto! – Disse Pepê. – Alguém tem uma camera aí? Esse momento tem que ser registrado, já que é raro!
- Calem essas bocas. – Disse Vitor, fazendo os garotos olharem pra ele.
- Qual é, Vitor. Você não tem mais direito algum sobre ela. E olhar não tira pedaço. – Disse Guga, rindo.
- Bem que eu gostaria de tirar vários pedaços dela... – Comentou Loiola, fazendo Vitor se segurar na cadeira pra não voar no pescoço dele.
- Com todo o respeito, Vitinho. – Disse Fera. – Mas... O aniversário dela passou e ela continua de parabéns. – Ele terminou, fazendo todos rirem, menos Vitor.

Já no mar, Fatinha chamou Lia para uma conversa em particular, aproveitando que Gil havia se unido à elas, distraindo um pouco Ju.

- Qual é o plano, marrentinha? Vai continuar sem falar com o Vitor?
- Vou fazer ele sofrer um pouco.
- Ahh assim que eu gosto. – Disse Fatinha, rindo. – Acho que você já tá enlouquecendo ele. – Disse Fatinha, olhando pra Vitor de longe, batendo boca com os meninos.

Na volta pra casa, de tardezinha, Vitor ficou pelo hostel com Fatinha, para preparar a festa e a viagem de fim de ano e depois retornar à casa de Orelha. Esse era o plano.
Ao anoitecer, Lia deu uma saída pra fazer compras pra casa e acabou tendo que passar pela rua do Jardim Secreto, que era bastante deserta.
Lia de cara teve um mau pressentimento com aquilo e não demorou muito pra um sujeito usando capuz e roupas escuras a abordar

- Passa tudo! – Ele dizia, olhando pros lados. – Rápido, rápido.

Lia se apressou pra passar a bolsa pra ele, mas só tremeu de medo quando ele mostrou que a intenção dele não era sair dali. Tirou uma faca do bolso e a obrigou a entrar com ele pela mata do Jardim. Ao chegarem perto da estufa, o cara continuava com ameaças pra cima dela, que tentava pensar em um jeito de fugir.

- Sai de perto dela. – Disse Vitor, saindo de dentro da estufa, com uma arma apontada pro rosto do sujeito, que se afastou, com as mãos pra cima. Vitor se aproximou dele, pedindo para Lia se afastar. Lia não entendia nada sobre a arma de Vitor, mas estava aliviada com a presença dele ali. Vitor pediu, com voz calma, para que ele deitasse no chão e então começou a dar chutes nas costas dele e pedir que Lia ligasse pra polícia. Apavorado, o homem, de pouco mais de 30 anos e cara de maloqueiro, saiu correndo e Vitor foi atrás. O perdendo de vista, voltou para a estufa e pegou Lia pela mão. Ao ver que o rosto dela ainda exibia pânico total, ele apontou pra qualquer lugar com a arma e atirou, deixando Lia aliviada ao perceber que dali só saía água. – É um dos meus brinquedos de praia. – Disse Vitor, dando um sorriso de leve. Vitor botou uma das mãos no rosto de Lia, tentando passar calma pelo olhar. – Tá tudo bem, linda. Ainda bem que eu ainda venho aqui. Vou te levar pra casa. – Disse ele, acelerando o passo. Lia agarrava seu braço como se ele fosse a única coisa que poderia a proteger, no mundo.


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Notas finais do capítulo

Bom fim de semana, pessoal! E não esqueçam de comentar o capítulo! Ah, e podem fazer mais perguntas em leilice.tumblr.com, sigam lá :)