Más Intenções - Litor escrita por Mari W


Capítulo 27
Capítulo 27 - Quarto 11




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Depois de umas horas conversando com Raquel, os dois finalmente foram dar uma volta de moto, com o último destino sendo a praia da Barra. Já era quase fim de tarde e a maresia trazia um frio gostoso à orla. Vitor havia levado um cobertor na mochila e jogou nos ombros de Lia quando eles sentaram.

- Nossa, que friolento. - Brincou ela.

- Ah, quero dar uma de cavalheiro e proteger minha dama.

- Ai que brega. - Disse ela, rindo.

- Desculpa, estou tentando dar meu melhor aqui, ok?

- Tá tudo ótimo. - Disse ela, voltando-se ao mar.

- Sabe, eu amo esse seu sorriso.

- Qual? Esse? - Disse ela, forçando um sorriso horrível.

- Não, esse me assusta. - Ela sorriu naturalmente à frase dele. - Esse daí. Acho que foi esse daí que fez eu gostar de você.

- Seu idiota. Mas, mudando de assunto, você não me fala muito da sua família e tal. Só sei que tem um irmão porque o Pilha me falou.

- Ah, é! O Sal. Ele logo vem me visitar aí e você conhece ele. Conseguiu Medicina na federal de Brasília... É um gênio. Tenho muito orgulho dele.

- Quero muito conhecer ele. Ele é bonito que nem o irmão? - Provocou Lia.

- Ele faz sucesso, mas que nem o irmão não. - Os dois riram.

- Hm, sabe... Você tá me devendo uma. - Disse ele.

- O que?

- A gente ficar sozinho... - Disse Vitor, se aproximando do pescoço de Lia e dando um beijo ali.

- A gente tá sozinho... - Disse Lia, se fazendo.

- Você entendeu.

- Entendi sim. - Disse ela, dando um tapinha no rosto de Vitor. - Vou dar um jeito essa semana, ok? Tá difícil arranjar um lugar... Minha mãe é de boa com isso.

- Ah, isso é tão estranho, sabe. Sua chefe ser sua sogra.

- Éééé. Se terminar comigo, tá despedido. - Disse Lia, brincando.

- Que droga! - Vitor riu. - Mas ok, eu vou dar um jeito no lugar... Logo.

- Nossa, tudo isso é vontade? - Lia mordeu seu lábio, o provocando. Vitor respondeu com um sorriso indecente.

Durante a semana, Vitor procurou Fatinha no Hostel depois de uma das aulas. Dinho estava no hall de entrada do hostel, lendo livros sobre países exóticos e Vitor aproveitou pra usar um tom de voz mais alto, pra provocar ele.

- Fatinha, eu preciso de um favor.

- Fala, meu anjo. - Disse ela.

- Não falei no colégio porque a Lia tava comigo e tal...

- Não se desgrudam mais, né?

- Não... - Disse ele, sorrindo idiotamente. - Então. Me arranja um quarto aqui essa semana? Queria ficar sozinho com a Lia e tal. - Dinho ouviu a frase e fechou o livro bruscamente.

- Eeeeepa, peraí. Você tá confundindo as coisas. Aqui é um HOSTEL, não um MOTEL. - Disse Fatinha.

- Ahh, Fatinha! Você vive trazendo o Bruno pra cá que eu sei.

- Ai que saco! Eu acho que arranjo sim, mas se der problema você vai assumir a culpa. Amanhã o quarto 11, pode ser?

- Pode, pago o preço que for. Chegamos umas 22h.

- Vitor, porque vocês não vão em um motel, ein?

- Vai ser muito mais divertido saber que o ex perdedor dela tá a poucas portas da gente... - Disse Vitor, sussurrando no ouvido de Fatinha. - E outra, qualquer lugar pra mim, é um lugar ótimo. Ainda mais com ela. 

- Você não presta mesmo... Mas ok, tá reservado.

- É por isso que eu te amo. 

Vitor, saiu dando um beijo no rosto de Fatinha e ao sair, notando que Dinho o encarava com raiva, mandou um beijo pra ele também, em provocação. Fatinha somente olhou para Dinho como se mandasse uma mensagem pra ele se acalmar. Dinho queria quebrar a cara de Vitor. 

Vitor aproveitou para dar um pulo até o apartamento da namorada, sendo bem recebido por Raquel, como de costume. Lia estava no quarto tocando guitarra alto, como de costume e Vitor chegou a abraçando por trás, que deu um pulo no susto.

- Calma! - Disse Vitor, percebendo que Lia estava pronta pra atacar alguém por reflexo. Lia largou a guitarra na camae deu um beijo nele, mesmo continuando de cara por causa do susto.

- Assim você me mata do coração, pô. Não tem como ouvir você chegando com essa guitarra alta.

- Não é minha culpa se isso é tão barulhento.

- Cala essa boca. - Disse Lia, dando um tapa de leve no rosto dele.

- Ai! - Vitor reclamou, fingindo dor.

- Escandaloso, pode parar. - Vitor se sentou, batendo no lugar do lado dele com a mão, indicando para Lia se sentar ali.

- Então, o que traz essa visita ilustre? - Disse ela, envolvendo os braços no pescoço dele.

- Ah, então... Tava passando ali no hostel... - Vitor jogou uma parte do cabelo de Lia para trás com a mão, enquanto falava. - ... e aí que ela tem um quarto vago lá amanhã.... - Ele começava a distribuir beijos pelo pescoço de Lia, que não sabia se ria ou se lutava contra os arrepios proporcionados por Vitor. - ...pensei na gente ficar sozinho e tal...

- Se a sua intenção é se aproveitar de mim amanhã, é bom não me provocar agora. - Disse ela, fechando os olhos e não contendo alguns gemidos baixos no ouvido de Vitor. Ele, por sua parte, ao invés de parar com a condição, prosseguiu, dessa vez dando leves chupões no local, deixando Lia ofegante. A mão de Vitor passou de inocente, no joelho de Lia, a indecente, subindo pela parte de dentro das pernas de Lia até que...

- Deu, deu! - Disse Lia, segurando a mão boba de Vitor e sentando mais pra trás, escapando dos beijos. - Se não eu vou ter que tirar sua roupa aqui mesmo. - Lia olhou pra ele cheia de maldade.

- Isso é tortura, menina. 

- É sério. Você acha que eu não quero? Mas aqui você sabe que não rola e é só mais um diazinho...

- É verdade. Mas só vim dar uma passada rápida, a dona Rosa quer uma ajudinha em casa. 

- Tudo bem. - Disse Lia, fazendo cara de triste.

- Ah, já ia esquecendo. - Vitor retirou de seu bolso uma pequena caixa, fazendo Lia erguer uma sobrancelha. Vitor se levantou e logo se pôs de joelhos com a caixa na mão, fazendo Lia arregalar os olhos. Ele logo voltou a sentar na cama.

- Ah, te assustei, né!

- Idiota!! - Disse ela, batendo no ombro dele, dessa vez com mais força.

- Calma, ainda é um anel. - Ele abriu a caixa. Os olhos de Lia brilharam ao ver que um anel dourado, fino, com 6 linhas horizontais em torno dele e outros vários detalhes. Era a representação do braço de uma guitarra.

- Meu Deus!!!! - Disse Lia, maravilhada. - É demais, Vitor! - Ela tirou da caixa a joia, que coube perfeitamente em seu dedo indicador.

- Tá gordinho esse dedo anelar, né.

- Cala essa boca. - Lia ainda olhava fixamente pro objeto, até conseguir olhar pra Vitor, abrindo o maior sorriso do mundo. - É o melhor presente que eu já ganhei. - Vitor sorriu em resposta, ganhando um longo beijo de Lia.

Dinho já pensava no que fazer dia seguinte, diante do que tinha ouvido no hostel. Sua primeira reação foi pensar em dormir em qualquer outro lugar, talvez na casa de Orelha, mas acabou tendo uma ideia pra evitar aquila noite... E muito mais. 

- Fala, moleque. - Atendeu Orelha, ao telefone.

- Orelha, eu preciso de um favor. Você vai gostar, no fim.

- Epa, eu não gosto de homem não, valeu. - Debochou Orelha.

- Cala a boca, imbecil. Vem pro hostel hoje de noite pra eu te explicar.

- Fechou. Espero que valha a pena, ein.

- Vai valer. - Disse Dinho, desligando.


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