Contos De Gaveta escrita por Mamy Fortes


Capítulo 21
Roma.


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOoi gente! Eu sei que não é justo ficar tomando tempo de vocês quando tudo o que eu quero é que leiam o meu capítulo. Mas tenho uns avisos pra fazer. O capítulo é mesmo pequeno. Mas acho que gosto dele. É uma despedida.



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“Ah, o Coliseu. Toda aquela grandeza curvada ao tempo, morrendo aos poucos. A maior prova de que até os grandes definham.”

Eram esses os pensamentos de Antônio, que sentava-se nas arquibancadas da arena. Ele era capaz de ainda ver os gladiadores milenares em seus duelos, apresentando as vidas para o divertimento do rei, não por vontade, mas por força das circunstâncias. Mesmo que no momento não houvesse nenhum gladiador duelando.

Ali, sentado, o velho homem parecia esperar pelo tempo como oponente, de modo nobre, vestido naquele sobretudo cinza chumbo. Mas o tempo não era a única coisa que esperava para travar uma batalha. Francesca deveria chegar a qualquer momento. E somente vê-la chegar foi capaz de abalar seu semblante de serenidade, embora apenas por segundos.

Seguiram em direção um ao outro, por passos rápidos, mesmo sem correr. O olhar lacrimoso dos dois já previa tudo o que havia pra acontecer. A despedida era iminente. Mas foi somente quando a esbelta Francesca pronunciou-se que o sentimento se tornou palpável. Ela dizia, sorrindo, com pesar:

– Eu sempre pensei que aqui seria um bom lugar para terminar algo. Só nunca esperei que fosse terminar a gente.

Antônio sorriu em aceitação. Ah, ele entendia. Já estava acabado antes disso, mas oficializar em Roma tinha sido uma jogada de mestre. Quem os visse na viagem pensaria tratar-se de namorados apaixonados e afáveis. Era algo do qual gostariam de lembrar-se, todos os dois. O nó deles não era mais um nós, mas a punhalada final seria tão bela que mataria também a histeria do termino. Ao menos, era esse o plano.

Francesca então perguntou, por mera formalidade, se o homem tomaria o avião de volta com ela. Sabia já a resposta. O avião cortaria o céu com apenas um dos dois. E a escolha de quem embarcaria já tinha sido feita pela moça.

Houveram lágrimas, pelo simples fato de que ainda havia amor. Havia, e qualquer um o enxergaria. Só que era insuficiente pra continuar. E eles estavam tendo a hombridade de reconhecer. Selaram então o comum acordo de fim com um beijo molhado, que seria o último, e seguiram cada qual para o seu lado.

“Nenhum dos gladiadores morreria esta noite.”, pensava Antônio, enquanto perpassava o ambiente em direção à saída. “Parte de ambos faleceria.”. Um único enlace seria ceifado. O de amor.


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Notas finais do capítulo

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAe galera! É isso ai. Vejo vocês em breve. Até mais.

Ah, e por curiosidade, temos algum nobre cavalheiro lendo a história? Eu adoraria que houvesse.