Um Viajante em Hogwarts escrita por warick


Capítulo 18
O Poder dos Deuses




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Capitulo 18 – Poder dos deuses.

Quando cheguei no salão comunal da grifinória vi que todo mundo estava desanimado, de cabeça baixa.

- Perdemos o jogo? – perguntei para ninguém.

- Você não estava vendo? – perguntou uma terceiranista que eu não me lembrava o nome.

- Estava um pouco ocupado. – sorri maliciosamente.

Por causa desse sorriso muitas pessoas olharam para mim achando que eu estava com alguma garota.

- Perdemos? – perguntei de novo.

- Não. – respondeu um cara do sétimo ano. – Ganhamos o jogo, mas no final o Malfoy irritou tanto o Harry e os gêmeos, que teve uma briga e a Umbridge expulsou o Harry e os gêmeos do time.

- Ela não pode fazer isso... ou pode? – perguntei incerto.

- Pelo o ultimo decreto que o ministério fez ela pode, ela tem liberdade de punir os estudantes como ela quiser. – respondeu Lino Jordan.

Os decretos feitos pelo ministério davam cada vez mais poder para Umbridge dentro da escola, se tivesse qualquer afronta ao poder dela, no dia seguinte teria um decreto impedindo uma afronta igual. Esses decretos foram criados antigamente para botar regras nas instituições de ensino da Inglaterra, quando foram criados eram 24 decretos educacionais, todos com regulamentos lógicos, mas agora...

- Em qual decreto estamos agora? – perguntei cansado.

- Acho que no quadragésimo oitavo. – respondeu Lino.

- Não era quinquagésimo primeiro? – perguntou um aluno do primeiro ano.

- Vamos esperar o próximo chegar. – falou ironicamente um aluno do sexto ano. – Que dai vamos saber em que numero está, provavelmente não vai demorar muito.

Olhei ao redor procurando o trio de ouro ou alguém do time de quadribol, mas não achei ninguém.

- Onde estão o pessoal do time? – perguntei.

- Todos sumiram, devem estar por ai se culpando de alguma coisa. – falou Lino tristemente.

Saí do Salão comunal e fui direto para a sala precisa, não me surpreendi quando entrei e vi que o Harry e Rony estavam enfrentando 15 bonecos cada um e ganhando a luta.

A ferocidade que eles lutavam era admirável, pareciam duas bestas sedentas por sangue.

Os bonecos foram destruídos, alguns com braços arrancados, outros com as pernas, outros com a cabeças e alguns só com o tronco (o resto do corpo tinha desaparecido).

- Muito bem, gostaria que vocês tivessem tanta dedicação assim nos treinos. – falei rindo.

Eles olharam para mim com raiva.

- Como você pode rir em uma situação dessas?! – gritou Harry.

- Que situação? – perguntei inocentemente.

- Eu fui expulso do time pela Umbridge. – respondeu Harry dando um chute em um boneco e arrancando a cabeça dele.

- E por que ela faria isso? – perguntei.

- Eu e o Jorge batemos na cara de fuinha do Malfoy. – Harry agora estava analisando o estrago feito nos bonecos.

- E por que você fez isso?

- Ele xingou a Sra. Weasley e a minha mãe. – falou com a mão fechada em um punho.

- Eu não disse para você ficar calmo e não fazer nenhuma besteira? – perguntei.

Ele olhou para mim com raiva, mas não disse nada.

- Se bem que agora tem vaga de batedor no time, quem sabe se eu entrar eu consigo conquistar algumas garotas... – falei “viajando” um pouco.

Pude perceber Harry vindo rapidamente na minha direção, mas não fiz nada. Ele pegou no colarinho da minha camisa com a mão esquerda e com a direita tentou dar um soco em mim, rapidamente fiz ele soltar o meu colarinho, peguei a mão que vinha em direção ao meu rosto e torci o braço para atrás das costas dele e chutei a perna de apoio dele, fazendo-o cair de cara no chão, pelo barulho, quebrou o nariz.

- Ei garoto. – falei com o tom mais maligno que eu consegui fazer. –Você sabe o que eu podia fazer com você? – perguntei dando um tapa na cabeça dele. – Eu poderia ter te matado agora mesmo... Você sabe que eu tenho força para fazer isso. – falei pisando nas costas dele. – E então eu te pergunto... – tirei o meu pé das costas dele e sai de perto. – Por que você me atacou? – perguntei finalmente.

Ele se levantou vagarosamente, cuspiu um pouco de sangue.

- Eu mesmo respondo, por você ser uma criança mimada, uma criança que não consegue controlar a sua raiva, atacando qualquer um que te desafie. Tem muita gente querendo acabar com você, e o que você faz? Cai nas armadilhas deles por não pensar, não apareça nas nossas aulas até você ter consciência do que você fez e peça desculpas por tentar me atacar.

Depois dessa minha bronca, Harry saiu mancando da sala.

- Você não precisava fazer isso. – falou Rony reprovador.

- Precisava sim. – falei suspirando. – Ele precisava passar por isso em algum momento. Pense assim, melhor ele passar isso comigo do que com alguém que quer matar ele.

- Para qualquer um que visse o que você fez, diria que você estava tentando matar ele. – retrucou Rony.

- Quando eu quiser matar alguém, essa pessoa estará morta antes que ela perceba. – brinquei.

Um momento de silêncio.

- Mas você poderia ter feito isso de um modo diferente. – argumentou Rony.

- Sim, mas não seria meu modo de fazer, não seria natural para mim, eu podia pensar em milhares de jeitos diferentes de fazer isso, mas o que já foi feito não pode ser desfeito, só espero que ele venha no treino amanha. – falei pensativo.

No dia seguinte o treinamento ocorreu normalmente, Harry já estava curado da surra que eu dei nele, eu já tinha ensinado para eles como se curar usando sua própria energia, eles conseguiam curar coisas básicas, como nariz quebrado, cortes e escoriações.

- Por que você bateu no Harry? – perguntou Hermione depois que todo mundo já tinha saído da sala precisa.

- Ele precisava de uma lição de vida e eu não sabia dar essa lição de outra forma.

Ela olhou para mim, me analisando, eu tinha que admitir ela era muito boa nessas coisas de fazer a pessoa se arrepender de ter feito alguma coisa errada.

- Não era só isso que você queria me perguntar. – falei.

- Queria saber mais sobre aquele seu fogo.

- Não sabia que você era dessas garotas que gosta de um homem quente. – falei rindo.

Ela me deu um tapa no braço.

- Você me entendeu, quero saber mais sobre aquele fogo que você guarda em um pote. – ordenou ela.

Suspirei.

- Isso é segredo de família, mas eu posso mostrar um pouco da teoria, você conhece a lenda dos elementais? – perguntei.

- Não. – respondeu curiosa.

- Que tal falarmos disso indo para o Salão Comunal? – ela assentiu. – A lenda dos elementais é mais ou menos assim:

“A muito tempo atrás, os deuses, que ainda andavam entre os homens, controlavam os elementos, fogo, agua, terra, ar, madeira, ferro, lava e eletricidade.

Esses deuses eram responsáveis de ensinar ao homem utilizar os elementos em sua vantagem, com o passar do tempo os deuses esqueceram de sua missão e ficaram egoístas e orgulhosos, fizeram que os humanos construíssem templos para eles, utilizavam o seu elemento para punir aqueles que não adorassem eles.

Cada vez mais orgulhosos, os deuses começaram a guerrear entre si para ver quem seria o mais forte, as batalhas eram feitas pelos seus súditos, pois os deuses não achavam que os adversários eram dignos de enfrentar a sua pessoa.

Mas aos poucos os deuses foram percebendo que iam ficando cada vez mais fracos, a cada morte de um súdito deles eles perdiam um pouco de seus poderes, nesse momento eles descobriram que a força deles vinha dos humanos.

Com essa descoberta os deuses começaram a lutar por súditos, oferecendo desejos, riquezas, poderes.

Os deuses queriam cada vez mais poder, para conseguir superar os outros, então ouve a primeira batalha real entre dois deuses, como os dois queriam ganhar poder com o “rebanho” do outro batalharam pela posse dele, mas o que não previram era que o rei dos deuses apareceria por causa desse confronto.

Como o reino dos deuses e o nosso mundo são distantes, o rei dos deuses não sabia de nada do que estava acontecendo na terra, achava que os deuses que ele havia enviado para a terra estavam fazendo bem o seu trabalho não se preocupou, quando os dois deuses começaram a lutar o rei dos deuses sentiu o embate e partiu para a terra.

Vendo que os deuses não estavam cumprindo a sua ordem ele os puniu da pior forma possível, tirando a divindade deles e os tornando meros mortais.

Com o passar do tempo os antigos deuses deixaram descendentes e esses descendentes, fazendo com que os poderes elementais que os deuses tinham se perpetuasse até hoje."

Eu tinha descoberto essa lenda em um pergaminho antigo dentro da casa do meu antecessor, eu não tinha acreditado nisso até o primeiro treinamento que eu fiz com o pessoal, não pude acreditar no que eu tinha sentido aquele dia, eu só estava procurando pessoas que conseguiam se concentrar, não sabia que eu iria encontrar...

- Essa é a lenda dos elementais. – falei solenemente.

- Mas isso é só uma lenda o que tem a haver com o seu fogo? – perguntou desconfiada.

- Quem disse que tudo isso não pode ser real? – perguntei sorrindo.

- Não existe deuses, não tem nenhuma prova que eles existam.

- Quem disse? – perguntei.

- Qual é a prova então? – perguntou irritada.

Estalei os dedos, uma bola de fogo surgiu sobre eles.

- Isso é magia. – falou desdenhosamente.

- E o que é magia senão o poder dos deuses? – perguntei sorrindo.

Ela não respondeu.


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