Um Viajante em Hogwarts escrita por warick


Capítulo 17
Perigo na Floresta.




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Capitulo 17 – Perigo na Floresta.

Os dias foram passando, as reuniões da DM (Defensores da Magia) foram ficando cada vez mais interessantes, pois os participantes foram melhorando, claro que não chegaram no nível do grupo de elite que eu tinha formado.

Depois de duas semanas de treinamento, eles já conseguiam fazer magia sem varinha normalmente, as estratégias deles foram ficando cada vez mais elaboradas, agora eles conseguiam dar varias voltas na pista e nadar sem ficarem cansados, o poder magico deles aumentava em um ritmo surpreendente.

Quando eu mandei eles ficarem constantemente com a energia magica circulando pelo corpo, aconteceu uma coisa impressionante, como a energia fazia melhorias por onde estava, todos os integrantes do grupo começaram a tirar notas mais altas, prestar mais atenção a aula, Harry não precisou mais usar óculos, Neville, que era sempre desastrado, não ficava mais desesperado nas aulas do Snape, coisa que era impossível antes.

Vendo todas essas melhorias, o pessoal da DM começou a me pedir para entrar no grupo, como eu não queria treinar muitas pessoas e começar o treinamento do inicio, rejeitei, isso fez alguns ficarem nervosos comigo, como a Parvati (que tinha tentado usar um pouco de charme) e o Zacharias (que eu nunca iria aceitar mesmo, ainda não se como o Harry consegue não matar ele na aula).

O jogo de quadrobol entre a Sonserina e a Grifinória era no dia seguinte, e por isso eu tinha dever de poções para fazer... para a maioria das pessoas uma coisa não teria nada a haver com a outra, mas para quem tinha aula com o Snape era coisa verídica, por ser o diretor da casa das cobras ele aliviava o lado deles e ferrava com o adversário, detenções, deveres, o que quer que seja para impedir de os jogadores não conseguirem treinar direito.

Eu estava na biblioteca para fazer o dever de poções, o único problema era que todas as mesas já estavam ocupadas, dei uma olhada nas mesas para ver em qual eu iria me sentar, passei meus olhos por uma mesa de alunos do primeiro ano, que estavam falando demais, uma mesa com um grupo de sonserinos, uma mesa com garotas risonhas e finalmente uma mesa ocupada somente com uma garota loira, que estava se escondendo atrás de um livro grosso de transfiguração.

- Posso me sentar? – perguntei para a garota.

Ela olhou para mim com uns olhos azuis penetrantes e ficou me analisando.

- Por que um Grifinório quer sentar em minha mesa? – perguntou ela desdenhosamente.

- Fazer o dever do seu digníssimo diretor. – respondi sorrindo. – Então a Sonserina vai deixar o humilde leão sentar a sua mesa?

- Você humilde? É como dizer que uma serpente não tem veneno. – debochou.

- Todas as serpentes tem veneno, mas nem todas mordem qualquer um, como todo leão é orgulhoso, mas nem todo ele fica se mostrando sem sentido.

Ela sorriu, o jogo de palavras tinha sido interessante.

- Pode sentar.

Sentei, peguei um pergaminho e o livro de poções e comecei a fazer o trabalho sobre a poção da paz.

O trabalho até que não era difícil, o problema era que o professor tinha pedido o dobro do tamanho do que eu conseguia escrever, então eu utilizei da antiga arte de encher linguiça, quando deu o tamanho mínimo eu parei satisfeito.

Olhei para a minha colega de mesa e vi que ela estava quebrando a cabeça com o trabalho que ele tinha que fazer.

- Precisa de ajuda? – perguntei.

Ela tirou os olhos do pergaminho, olhou para mim e olhou de volta para o pergaminho, como se uma mosca tivesse atrapalhado.

Eu dei uma risada, ela me lembrava da Shade, a minha melhor amiga.

- O que você está olhando? – perguntou ela depois de eu ficar divagando olhando para ela.

- Olhando para você, ou acha que eu estou admirando o ar que existe entre nós?

- Para alguém como você isso é realmente possível. – retrucou.

- Alguém como eu? – perguntei.

- Arrogante, cheio de si e metido a herói. – falou como se estivesse explicando para uma criança que o céu é azul.

- Nossa, cadê o lindo, inteligente e gostosão? – perguntei rindo.

- Com as tuas amiguinhas idiotas. – respondeu friamente.

- Se eu não te conhecesse eu diria que era ciúmes, mas como eu não te conheço... hã... esquece. – me atrapalhei, ri com isso. – Desculpa, mas você é tão parecida com uma amiga minha que eu me confundi.

- Uma daquelas suas amiguinhas fofoqueiras? – perguntou desdenhosamente.

- Não, você é parecida com ele no jeito de falar, totalmente arrogante, irritante, um pouco sexy e narcisista. – ela corou um pouco na parte sexy.

- E onde está essa sua amiga? – perguntou curiosa.

- Não veio para cá. – respondi. – Desculpa, informação sigilosa. – falei sorrindo. – Você tem certeza que não quer ajuda no trabalho?

Ela pensou um pouco e disse:

- É um trabalho de transfiguração, feitiço de desaparição, mas eu não estou conseguindo encontrar nada sobre ele.

- Você está procurando no livro errado. – falei me levantando, fui até uma estante de livro de feitiços e voltei para a mesa. – Aqui, pagina 255. – falei entregando o livro aberto na pagina que explicava o feitiço em questão. – Também tive esse problema quando eu fiz esse trabalho.

- Obrigada.

- De nada.

Enquanto ela lia o livro, eu estava guardando o meu material, parei quando senti três presenças desagradáveis entrando na biblioteca, sabia que eu iria me incomodar agora.

- Grengrass, achei que você escolhia melhor suas companhias. – falou Malfoy com uma voz arrastada.

- Eu escolho as melhores, não é problema meu se você não vê o verdadeiro potencial das pessoas, só vê se tem sangue puro ou não. – retrucou ela. – Podemos ver o quanto essa sua escolha de companhias é boa, tem dois trasgos como guarda-costas, uma hiena como namorada e mais o que?

- Acho que você já contou todos os amigos dele, se é que podem chamar eles disso. – falei.

Os dois gorilas estalaram os dedos em sinal de ameaça.

- Nunca vi eles falando alguma coisa, eles tem capacidade mental para isso? – perguntei.

- Acho que falam uma ou duas frases por dia. – respondeu Greengrass debochadamente.

Os três ignorados ficaram vermelhos de raiva.

- Vocês não vão ignorar um Malfoy! – gritou.

- Está encontrando tudo ai no livro? – perguntei, ela assentiu. – Então eu vou indo fazer coisa mais interessante do que discutir com um Malfoy, algo do tipo: contar as arvores da floresta proibida, ou talvez, calcular o volume do lago. – falei pegando a minha mochila.

- Boa sorte. – falou Greengrass.

- Está fugindo Bragança? – perguntou Malfoy com um ar de superioridade.

- Fugindo? De que? Se tiver alguma ameaça por aqui é o seu cabelo, que para ficar dessa cor de loiro oxigenado você deve passar tantos produtos que ele ficou radioativo. – falei rindo e saindo calmamente da biblioteca.

- Você me paga Bragança! – gritou Malfoy.

- Silêncio garoto! – falou Madame Pince, a bibliotecária.

- Lista de coisas para fazer hoje: zoar com um purista, feito.

Como tinha jogo de quadribol no dia seguinte, eu dei folga para todo mundo, menos para mim, que fui treinar. Nos dias normais, eu treinava com eles de manha, esse treinamento, quando eu pegava pesado com eles, era igual ao meu aquecimento, por isso, nos intervalos de aula, nos horários que eu não tinha aula eu compensava o treinamento que eu não fazia de manha.

Para a minha surpresa Luna e Susana apareceram.

- O que vocês estão fazendo aqui? – perguntei.

- Viemos treinar. – respondeu Susana.

- Eu disse que não tinha treinamento hoje. – falei confuso,

- Nós realmente precisamos de você para treinar a parte física? – perguntou Luna calmamente.

- Não, é que eu iria treinar. – falei. – Não gosto muito de que alguém veja o meu verdadeiro treinamento. – completei quando elas me olharam interrogativamente.

- O que tem de tão especial nesse seu treinamento? – perguntou Susana.

Sorri pela pergunta.

- Sabe o treinamento que vocês fazem todo o dia? Isso nem é o meu aquecimento.

Elas olharam surpresas para mim.

- Tudo o que vocês virem hoje não vão poder contar para ninguém, prometem?

As duas concordaram, como acontecia todo o inicio de treinamento ficamos algum tempo meditando, diferente dos outros dias eu realmente concentrei, colocando toda a minha energia magica a trabalhar, elas ficaram espantadas pelo meu poder, mas não disseram nada.

Quando terminou o tempo de meditação, peguei na minha mochila algumas faixas de pano, elas estavam com runas gravadas em toda a sua extensão, coloquei uma em cada braço e cada perna, elas aumentavam o peso do meu corpo, então fui para a pista de corrida, com o peso do meu corpo aumentado corri, logo alcancei as duas e ultrapassei elas, a cada volta na pista eu aumentava o peso e a velocidade da corrida, até que eu dei dez voltas na pista enquanto elas só davam uma.

- Agora entendi o porquê de o nosso treino ser o aquecimento. – falou a Susana sem folego depois de uma tentativa sem sucesso de me alcançar.

- Vocês ainda não entenderam para que serve a energia magica nos treinos físicos. – falei com uma careta.

- Para que seria? – perguntou Luna distraída.

- Vocês mesmos tem que descobrir. – respondi misteriosamente. – Vou para o treino de combate, vocês vem? – elas assentiram.

Fomos para uma área onde tinha vários bonecos de treino, daqueles que se mexiam e mudavam de cor dependendo de como atingíamos eles.

Os boneco podiam ser regulados em varias dificuldades, dependia somente da pessoa que estivesse treinando, para mim existiam os níveis: fácil, médio, difícil, super hard, you gonna die e impossível, geralmente eu treinava no super hard ou no you gonna die, em dias que eu estava inspirado, mas hoje para não traumatizar as garotas eu ia optar pelo difícil.

Cada um de nós ficou distante um do outro, esse treino de combate consistia combater o maior numero possível de bonecos, não treinávamos no combate um contra um, pois eu sabia que em uma batalha real ninguém esperaria a sua vez para batalhar contra alguém, ele simplesmente iria atacar pelas costas.

Enquanto elas batalhavam contra cinco ou seis, Susana contra cinco e Luna contra seis, eu iria batalhar contra quinze.

Depois de muitos socos, chutes, magias sem varinha, esquiva e outros tantos improvisos, dos quinze, quatro estavam pretos (mortos), cinco estavam vermelhos (desacordado), cinco estavam azul (paralisado) e um estava amarelo (desarmado ou preso).

Terminando o combate fui para a piscina, praticar alguns golpes, meio estranho, eu sei, eu ficava de pé sobre a agua e praticava.

Os golpes que eu dava criavam ondas enormes, que era destruídas pelos próximos golpes, o alcance dos meus ataques eram aumentados com um pouco de aura magica, era a energia magica condensada.

- O que acharam do meu treino? – perguntei quando estávamos saindo da sala.

- Insano, quando vamos chegar a esse nível? – perguntou Susana.

- Se continuar do jeito como está agora, uns cinco ou seis anos.

- Tudo isso? – perguntou Susana.

- Ele pega muito leve nos treinamentos. – falou Luna distraidamente. – Ele sempre faz uma careta quando vai tentar pegar mais pesado e não conseguimos acompanhar.

Sorri com o que ela falou.

- Até mais. – falei me despedindo delas.

Elas acenaram e cada um de nós foi para seu salão comunal, depois de tomar banho fui para o Salão principal tomar o café da manha.

Rony não estava tocando na comida, isso era um dos fatos mais surpreendentes que eu já tinha visto na minha vida, geralmente ele atacava a comida.

- O que foi que aconteceu? – perguntei.

- Ele está nervoso por causa do jogo. – respondeu Hermione.

- Pare com essa idiotice, foi você que quis isso então não reclame. – falei seriamente.

- Eu sou o pior goleiro do mundo, não sei o porque que eu tive a ideia de me candidatar para a vaga. – resmungou Rony.

Bufei.

- Se você continuar assim, eu te tiro do treinamento. – falei seriamente. – E se você parar com isso eu faço com que a Lilá fique com você.

Hermione olhou indignada para mim.

- Sério? – perguntou ele com a boca aberta.

Agora Hermione olhou indignada para ele.

- Sério, você só tem que comer.

Rony começou a comer como normalmente comia, ou seja, como um porco, era muito nojento, mas era o normal.

- Como você está se sentindo? – perguntou Gina para Rony, que agora tinha ficado nervoso de novo e parado de comer.

- Um pouco nervoso. – respondeu Harry.

Oi - disse uma vaga e sonhadora voz atrás deles, Luna tinha saído da mesa da Corvinal. Muitas pessoas estavam olhando para ela e poucos estavam abertamente rindo e apontando; ela tinha procurado uma forma de chapéu como uma cabeça de leão de tamanho natural, que estava pousado precariamente na sua cabeça.

- Oi Luna. – respondi. – Onde arranjasse esse chapéu?

- Eu mesma fiz. – respondeu. – Olha o que ele faz. – disse batendo a varinha no chapéu, o leão se mexeu e soltou um rugido, que fez todos que estavam por perto pularem de susto. – Queria fazer ele mastigando uma serpente, que representaria a sonserina, mas não tive muito tempo.

- Obrigado pela força Luna. – falou Harry.

- Podia fazer um desses para mim? Só que ao invés de um chapéu seria uma pulseira, não gosto do meu cabelo embaixo de alguma coisa e ao invés de um leão podia ser um lobo uivando? – perguntei.

- Então vai mudar tudo. – falou ela pensativa. – Vou tentar fazer isso para você. – disse se virando e voltando para a mesa da corvinal.

Angelina passou chamando os jogadores para ir ao campo para a ultima reunião antes do jogo.

Quando Rony e Harry se levantaram para ir para o campo, todo mundo desejou boa sorte, no meio das conversar pude ouvir a Hermione falar.

- Não deixe o Rony ver aqueles botons da Sonserina.

Olhei para a mesa da Sonserina e vi varias pessoas com o boton: “Weasley é nosso rei”.

Estalei os dedos, uma magia poderosa se desprendeu do meu corpo, Harry, Gina e Hermione olharam para mim confusos, eles tinham percebido que eu tinha feito alguma magia poderosa, os outros não notaram por não terem treinamento para isso.

- Que botons? – perguntei sorrindo marotamente.

Eles olharam de novo para os botons e riram, agora eles exibiam a frase: “Somos cobras idiotas, a Grifinória é muito melhor que nós”, o único que não exibia isso era do Malfoy, que tinha: “O meu cabelo é de farmácia e eu amo Harry Potter.”.

Quando Harry viu o distintivo do Malfoy me deu um soco no braço.

- O que foi? – perguntei inocente.

- Tinha que colocar meu nome no meio? – perguntou tentando esconder o riso.

- Está certo. – falei como se fosse uma criança pega no meio de uma traquinagem.

Estalei os dedos e no boton do Malfoy agora tinha: “Quero ser igual a Umbridge quando crescer” escrito em rosa choque.

- Vamos logo. – falou Harry para o Rony, que ainda não tinha notado os botons.

Eles foram correndo para o campo de quadribol, enquanto eu, Gina e Hermione caminhávamos lentamente para o campo.

No momento que saímos do castelo senti alguém me observando, esse alguém estava na floresta proibida, não consegui saber quem ou o que era.

- Ah, droga! – falei.

As duas olharam para mim confusas.

- O que foi? – perguntou Hermione.

- Preciso ir ao banheiro. – falei apressadamente, banheiro? Não tinha uma desculpa melhor não?

- Tem alguns no campo – falou Gina.

- Mais perto é dentro do castelo. – falei correndo voltando para o castelo.

Quando sai do campo de visão delas peguei uma passagem secreta que dava para fora do castelo.

Usei um feitiço de desilusão para ninguém me notar e fui correndo para a floresta.

Ao entrar nela senti como se tivesse ido para outro mundo, o barulho que vinha do campo de quadribol havia sumido, o ar ficou mais pesado, selvagem, as arvores gigantes faziam a floresta um lugar muito escuro, eu realmente adorei o lugar. Me transformei em lobo.

Corri mais para dentro da floresta, para o lugar que eu tinha pressentido alguém, quando cheguei lá, não encontrei nada, mas não desisti, fiquei procurando alguma pista na área por um bom tempo, até que eu ouvi sons de cascos.

Deixei os centauros se aproximarem de mim e me cercarem sem dar nenhum motivo para eles atacarem e então voltei para a forma humana.

- Vocês viram alguma coisa estranha aqui na floresta? – perguntei para eles.

Eles ficaram surpresos por um lobo gigante de uns 2 metros de altura virar um humano.

- Você não deveria entrar na nossa floresta. – vociferou um dos centauros, esse tinha um corpo amarronzado.

- Então quer dizer que toda a natureza é de vocês? – perguntei irônico. – Isso tudo pertence a mãe Gaia, nada é de ninguém, ela da tudo o que precisamos. – falei.

Os centauros se mexeram incomodados, a crença na mãe Gaia era muito forte entre eles, por isso não puderam retrucar nada. A mãe Gaia não era nada mais que o planeta todo, a crença na mãe baseava-se em que o planeta era um ser vivo que deu a vida a todos nós e nos deixa morar em seu corpo.

- Vocês viram alguém na floresta? – perguntei mais uma vez.

- Não, jovem druida. – falou um centauro, esse tinha cabelos brancos e parecia muito cansado.

- Faz tempo que alguém não me chama assim. – comentei. – Pressenti algum perigo vindo da floresta, mantenham a guarda alta. – falei me transformando em lobo novamente, conversar com centauros não era muito produtivo, principalmente quando se invadia o território deles.

Quando voltei para o castelo vi que o jogo já tinha terminado, provavelmente eu só iria descobrir quem tinha ganhado quando fosse para o salão comunal da grifinória.


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