(POV- Jacob Black)

    Deixei minhas lágrimas correrem, por quê de não deixar? Não havia ninguém aqui mesmo. Ela não estava aqui, o por que de eu me fazer de durão como sempre para ela, se ela nem estava aqui?
  Joguei meu corpo para trás caindo diretamente no travesseiro dela, do lado dela da cama.
  Senti seu perfume na fronha, seu perfume antes de se transformar. Mas uma coisa eu garanto, uma coisa que eu pude sentir a alguns meses atrás quando eu a mandei embora, o cheiro dela nunca, NUNCA mudou, doce como morangos ao champanhe, algo muito atraente, sensual, mas ainda sim delicado como ela é, mesmo transformada.

   Porque eu a mandei ir embora?! Medo. Como sempre.

  Medo de ela não aceitar a tempo oque ela é para o grande problema que está a vir.
  Medo dela não me aceitar de volta.
  Medo de ela não me desculpar.
  Medo de saber como ela olharia para mim nessas zilhões de décadas que teremos de passar um ao lado do outro, mesmo que seja como Alfa e seguidora do bando ou não.

   A verdade é que eu fui um babaca, podia muito bem ter tomado conta dela com a parada da ameaça, poderia ter a treinado, poderia... - respirei fundo- pedir milhares e milhares de vezes desculpas a ela.
  Coloquei as mãos atrás da cabeça, com uma puxei a correntinha e peguei a plaquinha  que ela me dera no natal, tão criativa de um modo inseguro – ri lembrando dela me entregando a plaquinha.
  Ela não me ligou nem uma vez nesses nove meses, até cheguei a mandar o presente de aniversário dela pelo correio mas nada em troca, só fico sabendo de noticias suas  porque a mãe dela falava com a Sue e bem, a tia Sue me dizia.

  Pelo que sei...

 *FlashBack*

 Tia Sue:

   “ A Ana me disse que ela anda muito tristinha, passa o dia todo no quarto escutando música com o iPod ou sei lá oque, olhando para uma jóia, só se levanta para ir ao colégio, e fazer oque necessário, sabe, banho, alimentar-se...”

Eu:

  Que tipo de jóia? Ela se transformou por lá?

 Tia Sue:

   “O Seth chegou a falar com ela e aparentemente ela tem se mantido no quarto para não se transformar pela cidade e a jóia... Creio que é a sua pulseira Jake. Pelo que sei ela não levou nada que estivesse aqui em La Push só as coisas do carro.”

 *EndFlashBack*

  -JAKE! LEVANTA! RÁPIDO! – gritou alguém do andar debaixo. Me alarmei e deu um pulo da cama ficando de pé rapidamente, desci as escadas quase que caindo, e quando cheguei lá era Qui to soado com marcas de arranhões e ofegante.
-Oque foi?
-Briga! De lobas, elas não param, não param de se bater e a J.. – mas antes de eu escutar o nome de quem quer que seja a vândala rebelde eu corri porta a fora em direção a floresta, eu podia sentir o cheiro de lobos, não consegui identificar nenhum pois eram muitos.

   Estranhamente a briga acontecia nas piscinas marinhas, onde eu costumava trazer a Julia.

  Em uma roda oval formada por aproximada mente sete lobisomens destransformados eu pude ver uma loba marrom extremamente grande, quase da minha altura com os olhos negros e o pêlo eriçado, Leah. E em desvantagem... uma loba pequenina, não pequena um pouco maior que dois cavalos médios, com o pêlo branco, olhos cor de café e uma macha que fez meu coração parar...
  As duas lutavam de um jeito muito estranho, a Leah tentava arrancar pedaços com mordidas na Julia, mas a Julia se esquivava, fazendo um tipo de dança em volta da Leah, senti meu coração tremer com o choro aguda de Julia quando a loba marrom a mordeu a orelha em troca Julia apareceu se revoltar e se agachou em forma de ataque e rosnou alto mostrando sua dentição canina altamente afiada.
  Não agüentei ficar olhando, fui para o meio das duas, mesmo sendo o alfa e podendo apenas mandar – mas eu não queria dar ordens nenhuma a Julia, ainda mas agora que ela voltou – então, me meti no meio e empurrei a Leah o mais longe possível e me virei para Julia, ela estreitou os olhos, mantive uma imagem neutra.

  A pequena loba - não que ela seja  pequena, mas é que comparada a mim, bem, ela é bem pequenina – desenhou algo na terra com a pata, era uma blusa.

 -Ju – aqui tirei minha blusa e joguei no chão próximo dela – TODO MUNDO, SAI DAQUI! – gritei para o meu bando que nos observava, todos saíram dali correndo. Me virei de costas.

   Escutei o barulho de seus pés batendo no chão e andando em direção a minha blusa...

-Jake. – me virei me vislumbrando com a Julia.

  Ela estava incrível, seu cabelo estava levemente ondulado, seu rosto estava ruborizado pela luta talvez, ela devia aé ter crescido! Não sei uns 5 cm talvez ?! Seu corpo havia se desenvolvido mais, ela estava mias, não sei se é a melhor expressão, mas ela parecia tão mais mulher.
  Não queria que o silêncio permanece-se então falei a primeira coisa que me veio a mente.

-Ju, você cresceu !?! – ela riu, me constrangi por minhas palavras mas só por dois segundos.
-3 cm – ela falou com um sorriso encorajador – Não me contive fui até ela e a abracei.
-Jake, ela disse antes que eu lhe abraça-se mais fez mesmo assim, quem ela pensa que é para me proibir um abraço?

  A levantei do chão, por ai ser tão nanica comparada a mim, lhe apertei forte sem medo de machucá-la talvez ainda fosse mais forte mais um abraço de urso ela deve, deve agüentar.

-Senti a sua falta pequena.

  A senti tremer um pouco então a pus no chão, não queria uma briga.

-Desculpa – falou ela constrangida – é só que... isso foi muito rápido Jake, ainda não to... – ela respirou fundo. – Eu também senti a sua falta – ela falou e abraçou a minha cintura.
-Desculpe também, sei que deve ser difícil superar, que tal começarmos novamente, do ponto zero? Quer dizer, antes daquele dia no churrasco... – eu só tinha posto os braços em seus ombros, ela se afastou rapidamente.
-Jake... como antes não creio que ai dar para voltar – falou com uma carinha de angústia – mas do zero eu aceito e creio que é o melhor – deu um sorriso triste.

   Senti o vento bater mexendo todas as árvores, fazendo o cheiro dos eucaliptos passassem por nós.

 -Julia, sei que isso vai lhe confundir  mas tenho que dizer. Vamos começar do zero, como antes, mas não vai haver um só dia em que eu não vá tentar reconquistá-la, você é o amor da minha vida, não posso simplesmente desistir. – ela deu um sorriso triste e andou em direção as casa, mas antes quando passava por mim disse.
-Nunca pedi que desistisse.