O Irmão Da Minha Melhor Amiga escrita por Allask


Capítulo 9
Viagem ao campo - procurando o baú


Notas iniciais do capítulo

Aqui estou eu novamente! o/
Antes de tudo, devo informar que essa semana eu terei prova, então não esperem que eu poste, beleza?!

Boa leitura~



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Liguei desesperadamente para Sarah, logo quando acordei.

— Droga! Como eu pude esquecer essa viagem? — Resmunguei.

Quando ela finalmente atendeu ao telefone eu disse:

— Sarah! Pofavoligapaescola! — Disse rapidamente.

— O quê? Eu não entendi.

— Por favor, liga pra escola. Eu preciso de uma autorização para ir à viagem. — Andei de um lado para o outro.

— Calma, calma. Eles ligaram pro seu pai. Ele disse que não estava na cidade e autorizou a sua ida.

— Ah! — Suspirei. — Ainda bem! — Sentei-me na beira da cama. — Valeu, Sarah! — Desliguei o telefone antes que ela pudesse perguntar alguma coisa.

­— Jess, o que você vai levar? — Perguntei.

— Não sei... — Ela olhou pra mim e para Anna. — Se eu fosse vocês, iria logo buscar as coisas. Vamos, vamos!

Pegamos o carro do pai dela e fomos em nossas casas. Eu peguei quatro shorts e duas calças skinny pretas, duas regatas e duas camisas largas.

Depois de termos tomado o café da manhã, fomos, juntamente com Daron, para a escola. Havia dois ônibus de dois andares na frente do colégio. Alguns alunos cochichavam ansiosos.

Quando vários alunos do segundo ano se reuniram na entrada, a coordenadora começou a falar no microfone.

— Alunos do segundo ano! Reúnam-se aqui. — Os alunos foram para perto de onde ela estava. — Como vocês estavam esperando, hoje viajarão para... bom, algum lugar. — Alguns comemoraram. — Bom, a diretoria da escola resolveu fazer uma viajem diferente. — A coordenadora anunciou. — Vamos passar dois dias e uma noite em uma casa de campo.

Todos começaram a falar, decepcionados.

— Atenção, atenção! — Eles se calaram. — Não fica muito longe daqui. Acredito que vocês se divertirão muito. — Ela sorriu.

— E eu achando que nós íamos para uma praia com vários surfistas gatinhos. — Jess murmurou.

— Formem duplas. Escolham bem, pois essa pessoa passará o tempo todo com você. — A coordenadora sorriu.

— Mas o que nós faremos lá? — Um garoto no fundo perguntou.

— Vamos fazer pequenas provas para testar a resistência de vocês.

— Isso deve bem ser ideia do McGraien. — Jessica resmungou ao meu lado.

— Vamos, vamos! Formem suas duplas!

Os alunos começaram a se juntar e uns a se empurrar.

— Daron! Quer fazer dupla comigo? — Uma loira oxigenada perguntou.

— Ele vai comigo! — Disse outra loira.

Elas começaram a se estapear e Daron foi em minha direção.

— Você me dá a honra de ser seu parceiro? — Ele estendeu a mão.

— Eu... — olhei de soslaio para Jess, que assentiu me encorajando. — Claro, parceiro.

Percebi que as loiras pararam de brigar para me olharem com desprezo.

Sinto muito, mas ele me escolheu!

Daron segurou minha mão e me levou pra frente da escola. Notei que as pessoas nos olhavam e cochichavam. Principalmente as garotas, diga-se de passagem. Depois que chamaram nossos nomes, entramos no ônibus e sentamos no fundo. Vi Jess entrando com um amigo de Daron e Anna com um garoto da aula de trigonometria.

— Aquele não é o seu amigo? — Apontei para eles. — Scott, certo?

Daron estreitou os olhos.

— Acho que sim.

Eles se sentaram nas cadeiras à nossa frente.

— Fala, parceiro! — Scott disse à Daron.

— Fala! — Eles fizeram uma daqueles cumprimentos que os garotos fazem.

— A Anna não vem sentar pra cá? — Cochichei para Jess.

— Não. Ela disse que o garoto... Luke, o nome dele, é meio tímido... Ela resolveu ficar pra lá com ele. Falando sobre trigonometria. — Ela riu.

— Com licença, maninha, mas você já passa tempo demais com a minha garota. — Daron puxou minha cintura para perto dele. Tentei não ficar vermelha.

Jessica e Scott viraram-se e ficaram sussurrando várias coisas. Jessica ora ria, ora ficava corada. A diretora anunciou que a viagem duraria cerca de 4 horas.

Coloquei o fone no ouvido e comecei a ouvir música no Ipod. A playlist tocava músicas lentas e que davam sono. Olhei pela janela – por sinal, estava no lado de Daron – e observei a chuva começar a cair. Aos poucos fui fechando os olhos e adormecendo. Senti a mão de Daron acariciar o meu cabelo de leve.

~●~

Acordei com Jessica beliscando meu cotovelo. Abri os olhos lentamente, não estava mais com os fones, mas estava com a cabeça no peito de Daron. Ele permaneceu dormindo com a cabeça encostada na janela. A franja preta, por baixo do boné também preto, caia em seus olhos cor do mar. Eu até diria que ele parecia... fofo.

— Megan. — Sussurrou. — Que fofos! — Ela sorriu como uma criança. — Eu bati uma foto. Olha. — Ela mostrou o celular.

— Você me acordou por isso? — Tentei não me irritar.

— Em parte, sim. — Ela balançou a cabeça. — Olhe. — Apontou pra fora. — Nós vamos ficar lá.

Estreitei os olhos.

Primeiramente, vi apenas várias árvores, mas logo depois passei a enxergar uma casa grande e branca. Não havia mais nada lá.

— Ahn, Daron. — Balancei os seu ombro. — Acorde, nós já chegamos.

O ônibus freou bruscamente e Daron bateu sua cabeça no banco da frente.

— Ai! — Ele pôs a mão na cabeça.

Todo mundo saiu de seus lugares, enquanto o treinador McGraien ordenava para onde deveriam ir.

— Vamos, vamos! — Ele gritou. — Vocês são muito lerdos.

Havia um caminho de pedras até um portão de ferro grande. Não havia necessidade de muita segurança no local, pois ninguém em sã consciência iria ali. Daron andou até a parte onde eles haviam deixado as nossas malas.

— Não, não, senhor Spittle. — Outra professora, creio que também fosse de educação física, disse a Daron.

— São as minhas coisas. — Ele disse ainda um pouco sonolento.

— Vocês não irão pegar as malas agora. —Ela se pôs na frente dele. — Volte. McGraien irá dizer o que vocês farão.

Relutante, ele voltou com as mãos no bolso.

— Vocês achavam que ia ser fácil, não é? — McGraien gritou. — Pois saibam que nada na vida é fácil. — Ele soltou uma risada seca. — Depois que eu abrir esse portão vocês irão procurar pequenos baús, como esse. — Ele mostrou um baú marrom para nós. Estava fechado com um pequeno cadeado. — Tem 29 baús espalhados por ai. Um para cada dupla.

— Para quê, exatamente, nós vamos procurar por esses baús? — O par de Anna, Luke, perguntou.

— Chegaremos nessa parte depois. — McGraien respondeu com a voz entediada. — É importante eu ressaltar que vocês não poderão procurar sozinhos. Se eu ver que algum aluno está sem a sua dupla eu vou... — A professora colocou a mão em seu ombro e sussurrou algo. Ele resmungou e abriu o portão. — Podem começar.

Anna e Luke correram e entraram na frente de todos. Daron segurou a minha mão e entramos.

— Onde será que eles esconderiam um baú? — Perguntei mais para eu mesma.

— Nos lugares mais improváveis... ou nos mais prováveis. — Ele apontou para uma dupla que já havia encontrado o baú. — Que rápido.

Olhei o local. Na frente da casa não tinha nada, mas atrás havia um mini parquinho. Um balanço, um escorrega e vários banquinhos de praça. Mais ao longe, eu pude ver um pequeno rio.

— Megan. — Daron chamou.

— O quê? — Olhei para ele.

— Acho que tem um baú ali em cima. — Ele apontou para uma árvore.

— Está meio alto. Vou ver se consigo uma escada. — Disse.

— Não. O treinador McGraien quer testar a nossa resistência, lembra? Ele quer ver se nós conseguimos nos virar sem ajuda. — Ele continuou segurando a minha mão.

Olhei para cima.

— Então como nós vamos subir? — Olhei para ele.

— Vamos subir. — Ele sorriu sapeca.

Respirei fundo.

— Tudo bem. Quem sobe?

Ele sorriu novamente.

— Okay.

Subi na árvore com a maior facilidade que uma pessoa poderia subir, já que costumava fazer isso quando era pequena. Havia um baú preso com barbante e fita em um dos galhos.

— Daron! — Gritei e sacudi o baú.

— Ótimo. — Ele gritou de volta. — Agora desça.

Bem, quando eu era pequena, a pior parte de subir em uma árvore era descer. Eu sempre me machucava de alguma forma. Olhei para baixo. Não era exatamente alto, mas também não era baixo. Sem contar que eu tenho certo medo de altura. Quero dizer, alturas consideravelmente altas.

Depois de desamarrar e tirar a fita do baú, eu o joguei para Daron.

— Vamos, Megan! — Ele gritou.

Tentei descer como uma pessoa normal, mas não deu muito certo. Digamos que eu coloquei meu pé no lugar errado e desci de uma forma desagradável. Quando me dei conta, estava caída no chão com Daron ao meu lado.

— Está tudo bem? — A voz dele soava preocupada e ele segurou a minha mão de forma afetuosa.

— Ai! — Exclamei. — Mais ou menos. Você pegou o baú? — Ele o mostrou. — Ótimo. Agora vamos falar com o McGraien.

Fomos andando até o treinador que estava sentado em um banco embaixo de uma árvore onde havia uma boa sombra. Ele bebia um suco de caixinha e parecia estar rindo do esforço de alguns alunos.

— Treinador McGraien, achamos um baú. — Eu disse.

Ele olhou para nós, entediado.

— Tá. — Ele voltou a olhar uma dupla que estava cavando um buraco e riu.

— O que nós fazemos agora? — Daron perguntou.

McGraien revirou os olhos.

— Esperem ali, com a Srta. Castelli. — Ele apontou para a mulher baixinha usando boné dos Yankees azul-marinho.

Fomos até ela, que estava em pé, no sol e suava muito.

— Srta. Castelli? — Perguntei.

— Ahn? Sim. O que foi?

— Nós encontramos o baú. — Daron o mostrou a ela.

— Ah, bem! Vocês são rápidos! — Elogiou. — Me dê aqui.

Daron entregou o baú a ela, que pegou uma chave pequena e o abriu.

— Isso — Ela pegou um papel lá de dentro junto com uma chave. — era pra ver em qual quarto ficariam. — Contou. — Eles não queriam que nós escolhêssemos em qual quarto cada um ficaria, então o McGraien decidiu fazer isso de forma justa. É bom, não é?

Bom. Tirando o fato de que eu quase me quebrei ao tentar descer daquela árvore.

Fiquei calada e assenti com um sorriso torto no rosto.

— Vocês acharam esse baú na árvore, não é? — Perguntou.

— Sim. — Daron respondeu.

— Essa é a chave pro quarto do último andar. É um dos melhores da casa e um dos poucos que tem banheiro. — Ela me entregou a chave. — Podem pegar suas coisas.

Daron pegou as coisas dele e as minhas também, apesar de eu ter dito que não precisava. Quando ele se afastou um pouco eu perguntei:

— Srta. Castelli, eu ficarei no mesmo quarto que ele? — Saiu quase como um sussurro.

— Ah, sim. — Ela sorriu.

Eu sorri de volta apenas para não parecer mal-educada. Apesar de estar meio nervosa, já que eu irei dormir no mesmo quarto que Daron.

E se acontecer alguma coisa?

Nas raras vezes em que meu pai conversou coisas desse tipo comigo, ele disse que eu deveria me proteger.

Olha eu aqui, pensando coisas desse tipo. Afinal, não acontecerá nada.

Absolutamente nada.


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Notas finais do capítulo

Muito obrigada à todos! De verdade. Obrigada por cada review que vocês deixam, digo aqueles que deixam u-u de qualquer forma, mesmo os que não deixam, eu fico feliz que ainda acompanhe essa bagaça.
Apenas avisando que eu vou fazer um capítulo um pouco mais... quente, mas não terá sexo porque não u-u eu não sou desse tipo - mentira.
Enfim, reviews? *U*