O Irmão Da Minha Melhor Amiga escrita por Allask


Capítulo 2
Um momento agradável com alguém desagradável


Notas iniciais do capítulo

Bom, mais um capítulo! Eu farei o possível pra postar bem rápido - o que vai ser meio difícil já que eu tenho simulado na segunda.
É isso, beijinhos e boa leitura. ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/332330/chapter/2

Já disse que odeio o meu professor de química, o Sr. Harris? Pois é. Eu o odeio. Por que eu odeio aquele cara? Eis a pergunta de um milhão. O cara é o maior retardado – claro que eu não odeio pessoas retardadas, mas tem umas que passam do limite. O que o fez passar do limite? Bom, vou ter que contar toda a história.

O dia foi estranho, quer dizer foi bom, mas isso foi estranho porque ele raramente é bom. Acordei cedo, me arrumei, blá, blá, blá... Minha cara estava bem agradável, Sarah fez um café da manhã delicioso, o queijo da Molly estava do jeito que ela gosta – sim, isso deixa o meu dia mais feliz. Depois que eu terminei o café, fui para a escola.

— Meg, você chegou cedo. — Jess disse e me deu um abraço.

— Maggie! — Anna praticamente pulou em mim e quase não me deixou respirar.

— Anna, não precisa me sufocar. — Ela murmurou um ‘desculpa’ e ficou falando umas coisas que eu não prestei atenção.

Fiquei observando as pessoas chegando. Era realmente engraçado. Umas garotas que não sei se não sabiam se maquiar ou faziam de propósito para chamarem atenção. Sério! Um blush que parecia que tinham levado um tapa na cara, batom vermelho fortíssimo e uma sombra de uma cor desconhecida por mim. Estranho. Sorte que nessa escola, as populares não são assim. Elas são muito divertidas e sempre nos convidam pras festas delas. Acho que é porque o irmão da Jess é o garoto mais popular da escola. Só um palpite.

— Pensando em mim, Ryan? — Uma voz me tirou dos meus pensamentos, sabia exatamente quem era o dono dessa voz.

— Por que eu estaria gastando o meu tempo pensando em você, Spittle? — Disse indiferente.

— Porque você gosta de mim. — Ele sorriu sedutoramente e foi embora. Sério, esse garoto tem o dom de me deixar irritada.

Olhei para os lados e encontrei Jess e Ann novamente, dessa vez com a companhia de Vanessa e Charlotte, fui até elas.

— Maggie, o que você estava falando com o Daron? — Perguntou Vanessa.

— Nada não. Ele só estava me enchendo a paciência.

— Sério? Hum... — Vanessa olhou para o chão e depois olhou para os lados. — Ele é bem bonito.

— Você e outras 100 garotas acham isso. — Charlotte disse.

— Eu vou subir. Tenho aula de química agora e não quero me atrasar porque estava falando de como o Spittle é lindo. — Isso era verdade. Não queria me atrasar porque o professor de química me odeia – e eu também o odeio - e sempre faz de tudo pra me tirar de sala. Elas apenas assentiram e eu fui embora.

E com quem eu tinha química? Acertou quem disse Daron Spittle. E quem era a minha dupla na aula? Há! Não era o Daron. Era uma garota cujo nome eu não lembro, mas o sobrenome é Palmer porque o professor sempre fala: “Srta. Palmer tenha mais atenção”.

Quando cheguei na sala, o Sr. Harris estava arrumando suas coisas na mesa do professor. Ótimo, não cheguei atrasada, pensei. Fui andando calmamente até a minha mesa e sentei ao lado da Palmer. Durante metade da aula fiquei olhando desatenta para o Sr. Harris até que começou a chover. Fiquei observando a chuva cair na janela e pensei em várias coisas... Uma delas foi Daron Spittle. Droga! Por que ele tinha que ser tão lindo? E tão irritante? E tão sexy? Ah, como ele pode me deixar assim? Droga! Droga! Droga!

— Acho que a Srta. Ryan pode nos responder essa pergunta. — O Sr. Harris disse me tirando dos pensamentos.

— Droga! — E eles sem querer saíram pela minha boca. Xinguei-me mentalmente.

— Como disse Srta. Ryan?

— Nada senhor. — Ele me olhou por cima dos óculos.

— Saia de sala. — Abri a boca para protestar, mas ele continuou. — Saia de sala, Srta. Ryan. — E ai mostra como ele é retardado. Me tira de sala por causa de um simples ‘droga’.

Todos ficaram me olhando e então, recolhi minhas coisas rapidamente e lancei um olhar fuzilante para o professor que estava com um sorriso triunfante. Eu disse que ele fazia de tudo para me tirar de sala. E então, uma coisa aconteceu. Uma coisa que não poderia acontecer nem em um milhão de anos. Daron Spittle se levantou e disse:

— Você vai mesmo tirá-la de sala? Quer dizer... Ela não fez nada de mais. — Algumas meninas olharam para mim e logo depois para ele. Provavelmente estavam pensando: “Oh, como eu quero que Daron Spittle me defenda na frente de todos!”.

— Junte-se a ela então, Sr. Spittle. — O Sr. Harris fez sinal com a mão para a porta.

E eu aqui pensando que ele iria se sentar novamente, mas por obra do destino, aquele ser infelizmente pegou suas coisas e foi na minha direção com um sorriso no rosto. Ele virou o meu ombro e me conduziu até a porta que se fechou atrás de nós.

— Por que você fez isso? — Disse tirando as mãos dele do meu ombro.

— Porque eu queria ficar 30 minutos sozinho com você. — Ele disse sorrindo e eu, infelizmente, corei. — Por isso e porque eu não estava mais aguentando a voz daquele cara. — E a verdade aparece. Afinal, por que ele iria querer ficar meia hora comigo?!

Andei devagar até a sala do coordenador com Daron me seguindo. Bati devagar na porta e entrei.

— Srta. Ryan, Sr. Spittle, o que os trazem aqui? — O Sr. Davis perguntou.

— O Sr. Harris nos tirou de sala. — Respondi.

— Estavam trocando bilhetinhos, certo? — Eu ia responder, mas Daron foi mais rápido.

— Desculpe isso não irá mais acontecer, senhor. — Daron disse abaixando a cabeça. O que deu nesse idiota?

— Tudo bem, dessa vez passa, mas vocês irão organizar alguns livros na biblioteca por três dias depois das aulas, começando amanhã.

— Sim, senhor. —Eu disse e saímos da sala.

— Por que você disse que estávamos trocando bilhetinhos? — Perguntei incrédula.

— Eu não disse nada, só disse que não irá mais acontecer. — Ele estava certo, não havia dito nada, mas só o fato dele não ter discordado me deixava louca. Revirei os olhos e fui andando em direção ao refeitório dois, que era ao ar livre.

— O que você vai fazer? — Daron perguntou.

— Comprar alguma coisa. — Respondi.

Daron colocou as mãos nos bolsos e foi atrás de mim. Comprei um bombom qualquer só pra mastigar algo. Sentei em uma das mesas e depois Daron também sentou.

— Isso é chocolate? — Perguntei, olhando a embalagem que ele tinha nas mãos.

— É. — Ele respondeu, comendo um pedaço.

— Eu quero. — Disse estendendo a mão. Por um momento eu pensei que ele iria dizer algo como: “Então compra.” ou então: “E daí?”. Mas ele apenas se levantou, sentou ao meu lado e disse:

— Vem pegar. — Então ele colocou um chocolate na boca e aproximou o rosto do meu, ficando a uns três ou quatro dedos de distância. O que ele estava pensando? Que eu iria pegar o chocolate com a boca? Não, não! Mas ele estava meio que me desafiando, afinal ele sabia que eu não faria isso. E, como eu já disse, adoro um desafio.

— Tudo bem. — Aproximei meu rosto do dele e ficava cada vez mais nervosa. O que eu estava fazendo? Não queria apenas pegar o chocolate. Por favor! Quem resiste a um cara muito gato como o Daron? Eu! Eu resisto.

Empurrei-o fazendo cair do banco e então dei um dos meus famosos ataques de riso de nervosismo. Ele se levantou e me empurrou também. Continuei rindo nervosa e ele riu também, creio eu que da minha risada porque ela é muito estranha. Ficamos sentados na grama esperando o tempo passar até a próxima aula. Foi até... Divertido. Ele ficou falando de como foi a vida em Nova York e de quantas garotas caíram aos pés dele quando ele mudou o visual. Mas poxa! Ele realmente não era tão gato assim. Quer dizer, ele era lindo, mas não sabia usar a beleza, deu pra entender?

O segundo horário foi irritante porque a professora de História ficou me fazendo perguntas chatas que eu não sabia, mas não pense que eu sou burra, é que eu realmente não estava prestando atenção na aula, mas sempre me dou bem nas provas – sem colar, é claro.

Os outros horários não foram tão interessantes pra eu colocar nessa narração. O que mostra como a minha vida é animada. Depois da aula, fui à uma lanchonete com as minhas amigas.

— Jess, o seu irmão estava tão gato na moto dele. — Vanessa disse sorrindo.

— Não sei, não, mas acho que a Vanessa está apaixonada pelo Daron... — Anna disse girando o canudinho no copo. Vanessa riu sem graça.

— Qual é gente! Ela só o acha muito gato. — Disse. — Como a maioria das meninas do colégio.

Ficamos em silencio por exatos 32 segundos e então, Vanessa disse:

— Jess, e se eu namorasse o seu irmão? — Ela olhou para Jess. — Quer dizer, você ia gostar de me ter como cunhada? — Jess olhou para ela. Parecia pensar um pouco.

— Nunca tinha pensado nisso... Mas seria meio estranho... Você, meu irmão, juntos, namorando... Sei lá! Ia ser bizarro te ver beijando meu irmão. — Ela fez cara de nojo. Vanessa ficou com a expressão meio triste. Logo em seguida perguntou:

— E se fosse outra pessoa? Tipo... A Anna?

— A Ann? — Ela olhou para a garota. — Ela não faz o tipo dele, duvidaria muito que ele resolvesse namorá-la.

— E ele também não faz o meu tipo. — Anna disse.

— E a Meg? — Eu levantei a cabeça e olhei para elas. Caramba, não tinha um assunto melhor?

— Eles se dão bem. Até consigo imaginá-los como um casal, mas ainda não consigo imaginar nenhuma de vocês beijando o meu irmão. — Ela fez cara de nojo novamente. — Já pensou?! Eu estou indo para a sala e encontro minha melhor amiga quase se engolindo com o meu irmão! Quem não ficaria com nojo?

— Mas a Meg não se agarraria com ele na sua frente. Ela é bem discreta, esqueceu? — Ann disse. Eu dei um tapa em sua cabeça.

— É... Verdade. — Jess disse se levantando. — Já vou indo, não quero chegar muito tarde em casa.

— Jess. — Vanessa segurou o braço da garota.

— O quê?

— Eu acho... Que estou gostando do Daron. — Vanessa disse olhando para baixo. — Vocês... Podem me ajudar?

Vanessa... Aquela Vanessa que eu conheço há cinco anos gosta do Daron. Aquela Vanessa de cabelos ruivos encaracolados, branca que nem uma vela, ou sei lá o quê. E ainda diz ‘eu acho’. Uma pessoa sabe quando está gostando de alguém, não ‘acha’. Droga! Por que eu estou ficando irritada? Mas que desgraça!

— Sinto muito, Vanessa. — Jess virou-se e foi embora. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não julguem a Jess, okay?! Ela tem os motivos dela pra não ajudar a Vanessa hehe
Então, não sejam fantasmas! Deixem um review pra alegrar essa pobre autora, mesmo que esteja dizendo "odiei" u-u



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Irmão Da Minha Melhor Amiga" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.