Bleach - O Surgimento De Uma Nova Era escrita por BlackStar


Capítulo 29
Inimigo depressivo


Notas iniciais do capítulo

Yoo minna-san!
Dessa vez não tenho muito o que falar, o capítulo já estava pronto, mas devido a atualização do Nyah! não deu pra postar, mas agora, felizmente, o site já voltou ao normal e vou voltar a postar normalmente!
Esse capítulo tem bastante ação, mas como já havia dito, com explicações e mistérios, que é algo que vocês devem ter percebido que eu adoro! *-*
Sem mais enrolações, espero que gostem e boa leitura!



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–Eu irei mata-la primeiro, depois brincarei com o pequenino ali. – Disse Mei com olhar psicopático carregando um cero sobre a capitã que permanecia imobilizada no local. –Chegou seu fim. – Sorriu maliciosamente liberando-o a queima roupa.

–... Você nos subestima muito. – Diz Hitsugaya de forma irônica abrindo um pequeno sorriso.

–O quê?! – Espanta-se Mei vendo sua mão em que carregava o Cero congelar, juntamente com sua Zanpakutou.

–Você não achou que minha Zanpakutou é considerada a segunda mais forte de gelo que existe atoa, não é mesmo? – Sorri.

–Impossível...! – Afirma Mei espantada.

–Se eu fosse você prestaria atenção na luta. – Diz SoiFon surgindo atrás de Mei numa velocidade incrível, fazendo a mesma se espantar e virar-se, acertando seu ombro direito com a lâmina, marcando-a, e logo em seguida pegando impulso na mesma com os dois pés e lançando-se para trás, recitando um kidou.

–Hadou no roku juu san, Raikouhou! (Canhão do rugido do trovão) – Grita a taichou liberando uma grande onda de energia, envolvida por relâmpagos, em direção à inimiga, atingindo-a em cheio e fazendo uma enorme fumaça, devido à explosão do contato, se levantar no local.



– Unidade Oeste –

–Quem é você...?! – Questiona Shuuhei de forma apreensiva, colocando-se em posição de ataque.

–Eu...? – Diz o cara de forma calma olhando para as próprias mãos. –Eu não sou nada... eu não sou ninguém.

–O que você quer aqui?! Você é um dos KyariyaKami?! – Grita Hisagi ainda em alerta.

–KyariyaKami...? E isso tem alguma importância? – Responde o outro com voz melancólica.

–Os KyariyaKami são nosso inimigos, e se você for um deles, então você também é um dos nossos inimigos! – Afirma.

–Inimizades geram guerras, guerras geram sangue derramado, sangue gera dor... é tudo tão depressivo.

–Qual é o problema desse cara?! – Indaga Matsumoto incomodada.

–Não sei como e nem quando esse cara se aproximou. Como eu não consegui sentir a presença dele? – Questiona Kyouraku a si mesmo incomodado. –Pelo jeito Ukitake também não sentiu. – Pensou vendo que seu amigo mantinha a mesma expressão em seu rosto.

–Chega de jogos, fale de uma vez! – Grita Shuuhei incomodado.

–Por que as pessoas são tão incompreensíveis? – Um som triste ecoava de sua voz.

–Tem certeza que esse cara é nosso inimigo...? – Questiona Rangiku com certa pena.

–Já chega, seu tempo acabou! – Diz Hisagi preparando-se para avançar, porém é interrompido por Kyouraku que coloca seu braço a frente do fukutaichou. –Kyouraku Taichou...? – Espanta-se.

–Hisagi, olhe. – Diz o taichou apontando para o inimigo.

Sangue escorria em demasia do pulso de ambos os braços do rapaz, passando por entre os dedos de sua mão, pingando no solo e formando uma enorme poça a sua volta.

–M-mas que merda é essa...?! – Espanta-se Shuuhei.

–Pessoas são todas iguais, fingem serem suas amigas, fingem gostar de você, mas no fundo elas não te entendem, e quando você mais precisa, elas não estão lá... – Disse aumentando sua reiatsu em grande escala. –Eu não preciso de ninguém... eu odeio todos vocês! – Grita o cara de forma descontrolada, curvando seu braço direito para cima e segurando o pulso da mesma mão com a mão esquerda.

–Cuidado...! – Afirma Ukitake tendo um mau pressentimento.

–Bakudou no kyuu juu hachi, Monowasure no umi (Mar do esquecimento). – Recita o homem misterioso fazendo a poça a sua volta se expandir com rapidez.

–Não deixe que essa coisa toque em vocês! – Grita Ukitake saltando para trás em passos de Shunpo.

Kyouraku e Matsumoto saltaram para cima de uma árvore que estava próxima e Ukitake para cima do muro que cercava a cidade, Hisagi, porém, não havia conseguido escapar, permanecendo imóvel no local.

–Veja, seus amigos escaparam, porém você ficou para trás. – Disse o cara andando em passos lentos na direção do fukutaichou. –Os mais fracos são sempre rejeitados e excluídos. – Terminou de falar parando a frente de Hisagi, que estava com o olhar vazio e direcionado para baixo, imóvel, como se houvesse perdido a esperança de viver.

–Hisagi! – Grita Matsumoto em desespero tentando avançar, mas sendo impedida por Kyouraku.

–Espere, se você for lá também ficará igual a ele. Não sabemos o que esse bakudou é capaz de fazer. – Explica o outro.

–M-mas ele vai mata-lo! – Fala preocupada com o companheiro.

–Rangiku. – Diz Kyouraku sinalizando negativamente com a cabeça.

–Venha, vou te livrar dessa dor de ser o mais fraco. – Diz o homem colocando mão sua esquerda sobre o ombro direito de Hisagi. –Você quer sair dessa não quer...?

Hisagi se debatia internamente tentando se libertar, porém sua feição não mudava e não conseguia se mexer, nem um levantar de dedos parecia ser possível de se fazer naquela situação.

–Vou lhe mostrar o único modo de retirar essa dor que você sente em seu peito, a melhor e verdadeira saída... a morte! – Termina de falar liberando um olhar sádico e impuro, sacando sua Zanpakutou e descendo a lâmina, pronto para fincar no peito do outro.

–Hisagi! – Grita Matsumoto em desespero.

Apenas o som de lâminas se chocando pôde ser ouvido.

–Desculpa interromper esse momento melodramático... – Diz Ukitake se equilibrando acima de uma de suas Zanpakutous que estava fixada na terra, enquanto que com a outra repeliu o golpe do inimigo. –... Mas ninguém aqui vai morrer, a não ser você! – Diz firmemente, retirando sua lâmina da terra em um giro no ar, recitando: –Sougyo no Kotowari! – Grita ainda girando, fazendo dois tornados d’água que levaram consigo todo sangue que estava ao chão.

–Quem você pensa que é para atrapalhar a libertação de uma pessoa? – Questiona o outro, ainda encapuzado, à distância, pois havia saltado para trás para não ser atingido pelo golpe do taichou.

–Quem você pensa que é para mexer assim com os sentimentos de uma pessoa?! – Retruca Ukitake, sua expressão era de seriedade total.

–Hisagi! – Grita Matsumoto se aproximando do companheiro que ajoelhara colocando a mão sobre o coração. –Você está bem? – Questiona a garota preocupada.

–Eu estou bem... – Responde o outro com certa dificuldade, levantando-se com a ajuda da companheira. –Esse cara... eu me sentia como se estivesse num abismo escuro, sozinho, não conseguia ouvir ninguém, sentia apenas uma enorme tristeza e desânimo tomar conta de mim, estava perdendo a esperança, estava perdendo a vontade de viver.

–Que tipo de pessoa ele é...? – Pensa Matsumoto suando frio.

–Não interfiram no destino de uma pessoa. – Diz o cara misterioso, levando suas mãos ao capuz que lhe cobria a face e tirando o mesmo, revelando-se um homem com aparência de um adolescente de mais ou menos dezessete anos, cabelos negros entrelaçados com tons azuis escuros metálicos repicados e bagunçados, e uma enorme cicatriz que nascia acima da sobrancelha esquerda e descia até perto da boca no mesmo lado do rosto.

–Você não pode decidir o destino de alguém. – Diz Ukitake colocando-se em posição de batalha. –Se você quiser pegá-lo, terá que passar por mim.

–Por nós. – Diz Kyouraku surgindo ao lado do seu parceiro, com sua shikai já ativada.

–Já que vocês insistem em interferir no destino dele, terei que mudar o destino de vocês também... para um destino de morte e sofrimento. – Diz sacando lentamente sua Zanpakutou.

–Kyouraku. – Diz Ukitake lançando um olhar sobre o parceiro.

–Já sei. – Responde o outro capitando a mensagem.

–Ikou! – Ambos dizem avançando contra o homem misterioso.


~ x ~


–Você conseguiu taichou...! – Diz Oomaeda, cansado e ferido, saindo de baixo dos destroços de gelo.

–Hahahaha... HAHAHAHA! – Ri Mei insanamente, revelando-se com algumas queimaduras pelo corpo após a fumaça se dispersar. –Vocês são hilários!

–O que tem tanta graça?! – Diz Hitsugaya a encarando.

–Esse poder miserável de vocês... esse poder medíocre que vocês insistem em dizer que é de um Shinigami. Vocês não passam de lixo! – Grita Mei quebrando o gelo que envolvia seu braço, apenas com o forçar do fechar de sua mão. –Sinta o verdadeiro poder de um Shinigami! – Fala sacando sua Zanpakutou e apontando para o céu.

Uma forte e intensa reiatsu é liberada, um enorme círculo de energia começa a então surgir debaixo dos pés da garota, elevando-se até os mais altos céus, causando uma enorme pressão, fazendo todos que estavam presentes no local, manterem-se firme para conseguir ficar em pé.

–Akaru-sa kagayaki to tomoni ten o katto (Corte os céus com seu brilho esplendor), Narukami!* – Diz a garota invocando sua shikai.

Hitsugaya notou a Zanpakutou da garota mudando de forma, tornando-se uma lâmina um pouco maior, estranhamente deformada, com cortes em “Z” por todo o cumprimento, lembrando um raio e alguns riscos brilhavam azuis como a cor de um relâmpago. Porém, antes mesmo que pudesse perceber, a garota havia desaparecido e reaparecido atrás de si e de seus companheiros, como um relâmpago que cruza os céus de leste a oeste, não podendo nem sequer acompanhar os movimentos, caindo todos logo em seguida com ferimentos graves e cortes profundos na altura do tórax e peito.

–Esse é o verdadeiro poder... – Fala Mei enquanto corta com sua lâmina o ar para retirar o sangue que nela havia ficado, lançando um olhar mortal sobre o ombro para os shinigamis que ali estavam caindo. –... O verdadeiro poder de um escolhido dos deuses!


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Notas finais do capítulo

*Narukami ou como é popularmente conhecido, Raijin, é o deus do trovão, do relâmpago e da guerra na mitologia japonesa.
E aí, gostaram? Não gostaram? Com muita ação? Sem graça? Comentem!
A opinião de vocês é muito importante; além de me animar, me inspiram a continuar e a escrever mais!
Obrigado por ler, jya ne!