Rescue My Heart escrita por Enirak


Capítulo 7
Capítulo 7 - Pressure


Notas iniciais do capítulo

Toc toc...

Alguém ainda lê isso? Hahahaha

Não direi nada, além de que termineia fic e vou postá-la sem data, assim que escrever(pois eu reescrevi tudo =/) eu vou postando, ok?


Mil perdões pela demora, e boa leitura.

Música do capítulo, obviamente, Pressure.
http://www.youtube.com/watch?v=y-MaaxgdUT4



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/32989/chapter/7

 

 

Alô, eu gostaria de saber a que horas é o próximo vôo para os EUA, mais precisamente para Franklin?

 

 

Hayley

 

 

Estava um muito nervosa. Zac batucava nas próprias pernas enquanto Jer e Josh pareciam focados enquanto ensaiavam a nossa música gravada, nossa demo, “Pressure”.

Eu sempre ouvi meus ídolos dizendo que o frio na barriga é o que mantém um músico vivo, e somente por esse motivo eu não desmaio antes de entrar no palco. Mais um motivo do nervosismo: Bill. Eu fiquei a noite inteira pensando na possibilidade dele realmente ter falado sério sobre vir até os Eua me ver.

 

-         Até parece... -  Bati em minha testa com a  palma da mão, tentando dispersar tal pensamento. – Minha barriga ta roncando, não sei se é de fome ou nervoso. -  Pensei alto vendo Josh parar de tocar e olhando de canto, soltando um sorrisinho meigo.

-         Você ta quase branca... quer dizer, branca você já é... muito. -  Josh levantou ironicamente as sobrancelhas ao dizer “muito” e eu fiz questão de ignorar tal comentário, pois sabia que tudo aquilo era de propósito para me distrair. -  Calma Bob, vai dar tudo certo, você vai ver. -  Josh levantou a  cabeça e piscou, olhando para Jer o acompanhar e ele começou a  tocar uma música qualquer, que eu não reconheci, mas era agitada.

-         Nós vamos trazer essa casa abaixo hoje. Vamos mostrar pra crainçada como se come um doce. -  Zac bateu da mesa de madeira com as baquetas e sua cara franzida me fez rir, me fazendo esquecer um pouco do nervosismo.

 

 

A casa de shows ficava bem próxima a minha casa, tão perto que fui a pe com Jer, que era meu vizinho na época.

Estava bem cheio, e as pessoas  nos conhecia como Paramore, mas como uma banda cover. Seria a primeira vez que cantaríamos uma música própria para as pessoas do bairro.

Entramos e me posicionei, olhando para Josh que começou a introdução junto com Zac.

 

“Tell me where our time went
And if it was time well spent
Just don't let me fall asleep
Feeling empty again
'Cause I fear I might break
And I fear I can't take it
Tonight I'll lie awake
Feeling empty...”

 

No refrão todos estavam gritando, fazendo dedinhos de rock’n roll e o nervosismo deu lugar a adrenalina, a ótima recepção e interação com a galera era tudo o que imaginava, perfeita! Balançava minha cabeça sem parar enquanto cantava e apoiei meu pé sobre um dos amplificadores, e minha espinha esfriou quanto a platéia já tentava cantar o refrão.

Apontei o microfone em direção a um grupo de malucos do colégio que se descabelavam, quando olhei para cima, para ter uma noção de quantas pessoas tinha no lugar que estava lotado. As luzes passavam sobre eles e meu sorriso não poderia ser maior enquanto Josh fazia um solo. As luzes coloridas passeavam até que uma branca e mais forte começou a  passear devagar sobre o pessoal da pista, seguindo para o camarote. Consegui ver Jenny, Paula, Eric e... Meus olhos passaram e voltaram logo em seguida, quando meu coração quase parou ao ver um boné e um cabelo preto, e orelhas que eu jurava que conhecia de algum lugar. “Não é possível”,  pensei quando a luz continuou passeando e eu não consegui ter a certeza de que estava vendo coisas. Continuei cantando, ainda sentindo a vibe da galera, mas com a pulga atrás da orelha sobre aquele boné, e aquela orelha que eu tinha certeza, era a orelha dele, ninguém tem uma orelha linda como aquela.

 

Bill

 

 - Se alguém tem dúvidas de que a expressão “você está babando por aquela pessoa” realmente pode ser literal, eu sou a  prova viva ao ter que fechar a boca e secar, timidamente a saliva que quase saiu da minha boca. Puta que pariu, não era possível, meu coração acelerou de uma forma quando eu entrei no camarote e ouvi a voz dela gritando “I can feel de Pressure”. Tinha esquecido de como a  voz dela é muito melhor de se ouvir ao vivo, já estava acostumado com o celular. E com certeza meu sorriso estava o maior possível, nem eu estava acreditando que estava fazendo aquilo. Não acreditava que era minha primeira vez nos EUA, com 16 anos, sozinho, e ainda por cima, por causa de uma garota.

Quando uma luz enorme começou a percorrer a galera e eu já havia decorado o refrão, comecei a me enfiar atrás das pessoas. Afinal, queria fazer uma surpresa, e se aquela bendita luz... “Merda”, foi exatamente o que aconteceu, a luz passou por mim exatamente na hora que ela olhava pro camarote. Abaixei a cabeça para que a aba do boné cobrisse parte do meu rosto e assim que ela desviou olhar, voltando a seguir a luz maldita, eu voltei a curtir minha baixinha, linda, cantando e me encantando a cada verso.

 

 

 

Hayley

 

 - Nosso show havia terminado, mas como era final de semana e não tinha colégio no dia seguinte, tivemos permissão para ficar. E eu estava ansiosa para ir até o camarote. A dúvida me corroia por dentro e eu descontava nas unhas pitadas de laranja.

Antes que um dos proprietários entrasse no camarim com as nossas pulseiras eu já estava falando com o segurança na porta do camarote, que me olhou de cima a baixo, perguntando quantos anos tinha, eu disse que tinha acabado de cantar e bla bla bla, até que vi o tal boné passando correndo pelo camarote em direção ao banheiro e eu fiz cara de dó para segurança, que levantou a manga do blazer preto, tirou o ponto do ouvido, e perguntou:

-         Cadê a pulseira? -  Fez o gesto olhando para meu braço. -  Não pode entrar sem a pul...

-         Não seja por isso. -  Uma voz grossa assoprou atrás de mim, e quando virei era um cara alto de boné azul e jaqueta de couro. -  Você é a moça que estava cantando certo? –

-         Aham. -  Emiti um som afirmativo junto com um aceno desconfiado com a  cabeça, voltando a  olhar para o camarote na esperança de ver... – Moço eu preciso entrar, depois a gente conversa, eu preciso passar, é que tem uma coisa ali, quer dizer, uma pessoa que está me esperando.

-         Mas você não pode entrar sem a pulseira. -  O segurança repetiu com cara de poucos amigos e o “amigo” de boné azul tirou uma pulseira branca do bolso e pegou meu braço, sem autorização colocando a pulseira e um cartão na palma da minha mão, dizendo:

-         Ligue para este número do cartão, é um assunto de seu interesse, e do interesse da sua banda. -  Sorriu largo e eu apenas fingi que havia entendido o que ele estava falando naquele som alto de música pop que tocava enquanto eu olhei para o segurança, sorrindo timidamente mostrando a minha nova pulseira e correndo em direção a  porta do banheiro.

 

 

Fiquei cerca de 10 minutos, de braços cruzados e batendo o pé freneticamente, esperando para que “alguém” saísse do banheiro masculino. “Eu não estou louca, eu não estou tendo alucinações.... meu Deus, eu estou louca?” Cocei a cabeça e joguei o cabelo para trás, me xingando em voz baixa.

-         Hayley, pára, você está começando a ficar psicótica, é claro, é óbvio que ele não está aqui. -  Me virei bruscamente, esbarrando forte  em alguém e cambaleando pra trás. Fechei os olhos com o baque e quando ouvi a voz, e senti uma mão quente pegando meu braço, me impedindo de cair, minhas pernas tremeram.

-         Cuidado. Olha por onde anda... baixinha.

Olhei pra cima e respirei fundo antes de abrir os olhos.

-         Não é possível. -  coloquei as duas mãos na boca e vi, não é por que estava apaixonada que estou falando isso, mas foi o sorriso mais sincero, mais doce e mais lindo que já recebi em toda a minha vida, ali, me pedindo pra agarra-lo. E claro que foi isso que fiz assim que tirei as mãos da boca e estiquei meu dois braços, pulando nos braços dele que me apertaram tão forte que parecia que iríamos nos fundir. -  Como você conseguiu? -  Perguntei tirando meu rosto de seu pescoço cheiroso e o olhando debaixo da aba do boné.

-         Tenho meus contatos. -  Ouvi uma risadinha e recebi um beijo apertado na bochecha. Antes que pudesse perguntar que contatos, e como deram permissão, já que ele era menor de idade, fui calada por um beijo macio, quente, desesperadamente carinhoso, que eu guardava na memória desde o dia no hotel.

-         Que saudade de você. – Ele sussurrou fraco em meu ouvido, beijando o lóbulo de minha orelha e respirando fundo nela, me fazendo sentir borboletas na barriga e um arrepio que me fez tremer como se estivesse com frio. -  Você está tão cheirosa, está até difícil de tirar meu nariz daqui pra te beijar de novo. – Sorri como uma idiota apaixonada com o comentário e olhando para os lados, peguei sua mão que estava gelada agora e falei em seu ouvido.

-         Vem, vamos sair daqui. -  Olhei em seus olhos, e a luz, a tal luz divina da casa de shows iluminou seu rosto perfeito naquele momento, e minha boca automaticamente se abriu num sorriso, e recebi uma lambida de lábios por parte  dele, e um aceno de cabeça, me virei, o guiando com minha mão para fora da casa de shows.

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É isso meninas.

Mais uma vez, perdão pela demora.
Espero que tenham gostado e só uma explicação.
A fic não seguirá a cronologia certa das músicas.
Por exemplo, Hayley tinha 16 anos, época em que não existia a música Decode, mas poderei usá-la como se tivesse sido criada naquela época. Lembrando que é uma FIC e em mundo de fanfic, tudo é possível =D.

Amo vocês, obrigada pela paciência, e até mais ver.

=*