Go ahead. escrita por Victória L


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Tan tan tan *u*



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Parei e pensei um pouco no que iria fazer e rapidamente recobrei a conciência.

- Mas... Eu ainda não sei seu nome. – Disse enquanto coçava sua cabeça.

- Carrie.

Fiquei boquiaberto, era Carrie. Eu não ia fazer isto com Ayra, não mesmo.

- Ah, Carrie. – Puxei um sorriso leve. Desculpe-me, eu acho que bebi demais... Não vai dar tá bom? Vemos-nos por aí. – Me virei para ir embora, porém ela puxou meu braço de volta para si.

- Nada disso. Eu sei que, Ayra é sua melhor amiga, mas vocês poderão ficar juntos sem James sem nada só você e ela.

- Eu sei, a oferta é tentadora só que não irei fazer isso com ela foi um prazer Carrie. – Me virei e com passos largos logo me afastei dela.

Estava a caminho da casa de Ayra quando lembrei que prometi trazer algo para comermos, merda. Corri até a padaria e comprei quatro pães doces e um refrigerante, corri para sua casa procurando a chave que ela havia me emprestado e me deparei com um par de VANS ao lado da porta... James. Suspirei e subi as escadas e quando adentrei estavam lá os dois deitados e assistindo um filme pelo menos a cena não foi pior que ver eles se beijando.

- Mark! – Disse enquanto corria em minha direção para me abraçar.

Apertei-a em meus braços enquanto inalava seu doce cheiro.

- Não me mate de susto assim de novo. – Terminou.

- O que eu fiz? – E em questão de segundos um sorriso idiota havia brotado em meu rosto.

- Desapareceu.

Ri.

- Eu estou aqui.

- Agora. – Disse enquanto suas pequenas órbitas entravam em um contato intenso com as minhas.

- Tudo bem, desculpe-me. – Suspirei.

- Desta vez. – Disse debochando de mim enquanto pegou os pães e a coca.

Estava sendo um momento feliz, James não tinha contato comigo por estar nervoso com a situação e continuara a ver o filme, começávamos a comer e a conversar até que uma pedra entrou pela janela de Ayra, me aproximei e havia um bilhete escrito.

- ‘’Central Park’’ – Disse em voz alta.

Aproximei-me da janela rapidamente avistando uma pessoa cujas vestes eram um simples chapéu um, sobretudo, uma calça surrada uma blusa larga e seus sapatos pretos ele logo se virou e foi embora rapidamente.

- Ei! – Gritei.

- Está louco? – Disse Ayra me puxando para trás. Você não tem a mínima ideia de quem seja essa pessoa.

Continuava calado enquanto seu telefone tocava.

- Alô? – Começou Ayra. Era você? O que você quer? – Deu uma pausa. Eu não te conheço.  Apenas, apenas suma da minha vida! – Desligou.

- Quem era? – Eu e James perguntamos em uníssono.

- Eu não sei. – Disse trêmula.

Vi James se levantar e abraçar forte enquanto seu estado ainda era de choque.

- Eu vou lá. – Disse pegando meu casaco.

- Está louco? – Gritou.

- Ayra, seja lá quem for devia saber que contigo ninguém meche.

- Não vai! Você não sabe quem é você não sabe o que ele faria.

- Vou sobreviver. – Disse sarcástico.

- Fica. – Foram suas últimas palavras enquanto suas órbitas rapidamente se enchiam de lágrimas.

- Ok. – Bufei enquanto voltava meu olhar para a janela.

- O que foi? – Perguntaram.

- Está nevando. – Disse sorridente. Nunca havia visto.

- Sério? – Perguntou James curioso.

- Sim... Meu estado é quente.

- Esse é o bom daqui. – Disse Ayra.

Sentei-me ao lado dela enquanto voltávamos a ver filme até que ouvimos um grande estrondo vindo do primeiro andar.

- Ayra! Arranjei-te um novo pai. – Disse rindo. Transamos cinco dias seguidos Ayra, ele quer te conhecer.

James e eu a olhamos confusos.

- Está drogada. – Disse enquanto levava suas mãos até seu rosto.

James passou a acariciar seus cabelos, eu afagava seu rosto sussurrando para ela não chorar.

- Ayra! Venha conhecer seu novo pai! – Começou a bater em sua porta.

- O que houve? – Ouvimos uma voz grossa chegar à porta.

- Ela deve ter saído, mas tarde você a conhece. – Disse.

- Melhor ainda, o seu quarto tem paredes grossas?

- Quer testar?

Eu estava realmente me segurando para não rir naquela hora, é triste, porém sua voz e o jeito que falavam das coisas não havia situação mais cômica que aquela.

Pov. James.

Estava tudo ocorrendo bem tirando o fato que ele iria passar a noite com ela, mas... Eu confio nela, mesmo ela não sendo minha namorada.

- Tenho que ir. – Disse depositando um beijo em sua testa.

- Mas já? – Perguntou.

- Meu irmão.

- Ah sim. – Levantou-se.

- Não precisa levantar.

- Eu te levo na porta.

- Certeza? – Relembrei de sua mãe.

- Sim. – Respondeu confiante. Já volto Mark.

- Tudo bem. – Respondeu ríspido.

Quase ri.

Descemos e quando me deparei com a porta caiu à ficha de que realizar esse simples ato seria a coisa mais difícil que eu faria me virei novamente para ela e a vi sorrir fracamente para mim, alisei seu rosto rapidamente e depositei um breve beijo em seus lábios.

Senti-a segurar em meus braços impedindo-me de soltá-la àquela hora, segurei mais forte seu rosto e senti-a abrir sua boca dando passagem para minha língua, foi um beijo calmo, porém necessitado de uma saudade que ainda nem havia começado, afaguei suas bochechas lentamente enquanto ela sugava meu lábio inferior terminei o beijo com um selinho demorado e olhei fixamente para seus olhos.

- Eu te amo. – Foram as palavras que surgiram na minha boca.

- Eu... – Começou. Também te amo, James.

Sorri fora assim o momento mais feliz de minha vida, dei mais um selinho de despedida e fui para casa.

Pov. Carrie.

Com ou sem ajuda dele, James será meu.  Andei em direção a minha casa e adentrei indo em direção à cozinha, peguei um pacote de biscoitos e peguei a manteiga levando para sala junto da faca, liguei a TV. Passaram-se alguns minutos e mirei a faca na direção da boneca de Ayra.

- Desgraçada. – Gritei enquanto lágrimas caiam de meu rosto. Você vai pagar Ayra! Vai pagar.

E neste momento meu celular tocou.

- Alô?

- Oi, Carrie é James.

Meu mundo parou, ele me ligou.

- Oi James. – Disse sem jeito.

- Oi, olha... Eu liguei pra avisar que da última vez que veio aqui você deixou uma de suas pulseiras no meu quarto.

- Sério? Ah, me desculpe... Posso pegar amanhã?

- À vontade.

- James... Eu queria te pedir desculpas pelo o que aconteceu.

- Carrie, eu só te disse por que eu não quero nada que me faça lembrar de você nesses dias, você me atacou sem saber o que eu pensava ou queria, você no momento não tem nenhuma autoridade para falar nada tá bom? Só venha aqui amanhã, pegue seu pertence e saia. – Suspirou. Tchau Carrie.

Então desligou, com meus olhos marejados subi rapidamente para meu quarto derrabando minhas últimas lembranças, meus últimos sentimentos, minhas últimas lágrimas que pareciam ser infinitas peguei uma foto nossa do ano passado e foi como se as lembranças viessem à tona em minha mente enquanto minhas lágrimas desciam.

‘’É só uma fase’’ era a frase que nasceu em minha cabeça, e talvez seja mesmo. Amanhã provarei a ele que podemos ser felizes juntos, amanhã provarei que ele pode e deve se apaixonar por mim, amanhã ele será meu.


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Notas finais do capítulo

Bom, foi muita enrolação até aí kkkk, mas agora começa a parte boa da fic )o) Espero que tenham gostado e que continuem comigo.
Leitores vocês são minha vida *u*