You Found Me escrita por moonshiner, Jeane, Luisa Stoll


Capítulo 38
Welcome to Your New Demigod Family


Notas iniciais do capítulo

Olás, Maggie here!
Bem, eu estou postando sem as outras duas saberem porque estava realmente ansiosa então, XIU, NÃO CONTEM PRA ELAS!



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POV Samantha

Minhas lágrimas haviam ficado para trás. Aquele resto de dia estava se saindo ótimo. No finzinho da tarde eu fui para o quintal e me sentei em um balanço com dois lugares. Nico tinha me seguido e se sentou ao meu lado.

– Está melhor? - perguntou ele.

– Sim - falei, sorrindo.

– Sabe, eu estava com saudades da minha Sammy... - falou ele, me abraçando.

– Como assim? - perguntei, confusa.

Eu havia estado lá o tempo todo.

– Aquela garota fraca, chorando feito uma criancinha, aquela garota não é a minha Samantha. A minha Samantha é corajosa, enfrenta tudo sem pestanejar. Não chora pelos cantos. A minha Samantha é essa garota louca que age sem pensar no que os outros vão achar. Que sai cantando e dançando do nada dentro de casa... A minha Samantha... Essa com quem quero estar o resto da minha vida, e que nem Afrodite tira de mim.



Eu sorri.







– Eu agi errado? - perguntei, confusa.









– Claro que não. Ninguém é forte o tempo todo, Sam... Eu te amo de qualquer jeito... Quem nunca teve seus momentos de fraqueza? Mas ainda assim, eu fiquei triste vendo você triste... Não precisa agir assim por alguém que não te ama, que te abandonou, como seu pai...









Eu sorri. O Sol estava se ponto. Apolo estava fazendo um ótimo trabalho. Apenas ficamos olhando o pôr-do-sol, abraçados, balançando no velho balanço do quintal. Virei para ele e ele virou para mim, até que nossos lábios se encontraram, então nos beijamos calma e apaixonadamente.







POV Luisa





– Os cupcakes estavam ótimos, sra. Eaton. - falei, terminando de comer.






– Ah, obrigada, Luisa. - falou ela, sorrindo.– Com licença. - pedi. Saí da mesa e fui para a sacada do quarto, com





Connor atrás de mim.


Sentei-me na rede que havia ali e Connor se sentou do meu lado.

– Estava lembrando de quando éramos crianças. - disse ele.

Eu ri.

– Tipo, quando eu peguei um gafanhoto na mão e o Travis saiu correndo? E eu corri atrás dele?



– E quando você pintou o cabelo dele com marca-texto rosa... Ele só percebeu quando chegamos em casa e mamãe perguntou o que tinha acontecido...







– E quando eu explodi o bebedouro, molhando aquelas menininhas metidas da escola... Elas voltaram pra casa chorando... É, eu era uma criança peculiar...







– Ou então quando você atirou um pedaço de bolo no vestido novo de uma menina num aniversário que a gente tinha ido... Sim, você realmente era uma criança peculiar...



Nós rimos.



Ele ficou um tempo brincando com o meu cabelo e eu com o dele. Sorrimos um para o outro. Nossos rostos se aproximaram num perfeito beijo.







Nos beijamos por um tempo, até que precisamos parar para respirar.







Ele se deitou na rede e me puxou também, me deixando com a cabeça em seu peito.



Ele me deu um beijo na testa.

– Eu te amo tanto, minha flor.

– Eu também te amo, meu querido.

Sentei-me novamente e sorri para ele.

Nossos lábios se encontraram novamente. Estava tudo tão perfeito...

POV Connor



Eu estava sentado com Luisa na rede, conversando e rindo, quando Amy entra no quarto.





– Estou atrapalhando alguma coisa? - perguntou ela.



–Err... Não... - respondeu Luisa. Na verdade estava, mas me mantive calado.

– O Cara de Caveira pediu que eu avisasse vocês de que temos que ir. Temos que continuar a missão.

– Ok... - falou Luisa, se levantando. Eu me levantei logo depois.

Coloquei um suéter por cima da camiseta branca que estava usando. Calcei meus All Star pretos e esperei Luisa terminar de se arrumar... Depois ela reclama quando eu digo que ela demora...

– Hey, Lui, apresse-se. - falei, brincando.

– Já terminei... falou ela, pegando sua mochila e colocando um arco no ombro. Sua aljava cheia de flechas estava pendurada em suas costas.

– Desde quando você usa arco-e-flecha? - perguntei, estranhando. Normalmente ela usava espadas ou facas.

– Desde quando eu pressinto que vou precisar de armas de longo alcance. - falou ela, dando de ombros.

Ela se virou em direção à porta e desceu as escadas. Eu fui logo atrás dela.

Chegamos na sala e quase todos já estavam lá. Faltava apenas Will e Katie.

– Lerdos? Só um pouco... - falou Travis, com uma expressão sugestiva.

– Ah, qual é o problema? Não faz nem dez minutos que sua namorada foi nos chamar... A Luisa que demorou para se arrumar. - falei.



– Ei, ei, ei, ei, ei. Eu demorei porque estava preparando minhas armas. Vocês já prepararam as de vocês? - falou ela, olhando sugestivamente para Travis, que engoliu em seco.





– Eeeeer... Não... - falou ele.



– Então trate de fazê-lo. Como você quer sair em missão sem armas preparadas?

– Ok, Ariel, ok... - falou ele. Vi que a maioria estava rindo desse diálogo lá atrás.

– Travis, você é idiota ou o quê??? - perguntou Amy, dando um soco no braço.

– Amy!!! Essa doeu!!! - exclamou Travis.

Ela revirou os olhos.

Amy passou a mão sobre o cabo de sua faca.

Nesse momento, Will e Katie chegaram na sala.



– Todos prontos? - perguntou Sammy.





– Sim - falamos, em uníssono.



POV Nico






Estávamos cansados de andar.











Com os dedos quase congelando, tudo que eu desejava era voltar para casa de vovó Lancaster, pegar um cobertor felpudo e deitar com Sammy tomando chocolate quente até explodir. Mas é claro que não poderíamos fazer isso. Não até achar pelo menos três semideuses e completarmos a missão. Isso mesmo, não iríamos ter um lugar garantido pra dormir, a partir de agora tínhamos que seguir por conta própria, sem lugar certo pra comer ou passar a noite, nos arranjaríamos montando barracas e furtando pães quando nossos dólares acabassem.






– Podemos parar agora? – choramingou Lais – Meus pés doem...

– Os pés de todos estão doendo Laisanha Manhosa, agora para de chorar – digo secamente.

Samantha e Tobias me fuzilam com os olhos. Mesmo eles não tendo o rosto nem ao menos parecido, tem algo no rosto dos dois (algo que não consigo identificar) que os torna estranhamente parecidos.

–Não seja rude – Samantha me repreende e Tobias continua com aquela cara de “Corre, cara, corre” – Já vamos parar, okay Lais? – ela diz de maneira doce se dirigindo à pequena.

***

O “já vamos parar” de Samantha dura cerca de 2h.

Uma velha padaria com uma pintura descascada deplorável nos espera do outro lado da rua. O cheiro de pão amanhecido castiga meu estomago. Atravessamos a rua e entramos na padaria:

– Seguinte galera, só temos dez pratas pra gastar hoje, então não abusem – diz Luisa se dirigindo ao grupo. Não sei de onde tiraram que só porque ela é deusa tem que tomar conta da grana.

Dez pratas pra tipo, dezesseis pessoas? Mesmo assim tento não contestar antes que seja bombardeado pelos olhos de Sam e Connor.

Pegamos duas garrafas de água, pães de forma e geléia de morango barata que David comprou com alguns trocados no bolso. Estamos miseráveis.

Lais encosta no ombro de Travis:

– A Amy está estranha – diz ela para ele.



Olho pra Amy. Ela está meio pálida e trêmula. Travis solta uma risada e dá de ombros:





– É só a abstinência de chiclete dela... Logo passa.



– Tem certeza? – pergunta o Solace.

Travis abre a boca para falar, mas é interrompido por Amy:

– Estou... Estou sentindo algo estranho – ela diz.

– Você está bem? – pergunta Luisa de olhos arregalados.

Amy começa a ter uma espécie de crise. Seus olhos começam a piscar incessantemente com pequenos intervalos.

Ela corre para fora da padaria, então ouvimos um grande estrondo: um trovão do tipo “Zeus de TPM”.

– Semideuses – ela murmura com os olhos arregalados e começa a correr.



Não temos nada a fazer a não ser persegui-la.







Travis grita pra que ela volte e Connor suplica pra que ela corra mais devagar e eu simplesmente estou muito confuso pra pensar ou falar, então apenas corro como todo mundo.









Então entendo porque Amy nos trouxe pra cá: um bicho gigantesco com três cabeças (uma de leão, outra de uma cabra escura e outra de dragão), um corpo deformado com uma pelagem amarelada e assas de dragão. Olho em volta e pedaços de estatuas de pedra estão caídas no chão.







Um garoto e uma garota lutam com o monstro gigante. Todos nós estamos paralisados demais para sequer mexer a bunda pra ajudá-los.



O garoto grita:



– Lara, não olhe nos olhos dele, NÃO OLHE NOS OLHOS, LARA, OUVIU? – o garoto parece desesperado e mesmo com os olhos fechados, consegue lutar muito bem. Com certeza é um semideus.







– O QUE? – a menina grita, mas é tarde demais.









Seus olhos se cruzam com a do monstro e ela vira uma estatua que o monstro derruba com uma patada no chão. A estátua se espatifa e se racha em pequenos pedaços.







– La-Lara? – o garoto grita. Sua voz está trêmula e chorosa – Lara? – ele chama mais uma vez, mas a garota não está em condições de responder.



O menino abre seus olhos levemente pra confirmar suas suspeitas e já consigo ver o sorriso amarelo do monstro se abrindo.

– Não! – grita Amy atrás de mim e praticamente se joga em cima do menino.



Então é que eu consigo sair de meu choque. Corro até o monstro, tentando não olhar em seus olhos e cravo minha espada de bronze celestial em suas costas, fazendo com que ele se desmanche em poeira dourada.





POV Gus





Eu não conseguia nem ao menos abrir os olhos para checar se eu estava vivo. Algo está em cima de mim, de modo que isso dificulte minimamente minha respiração. A última coisa que vi foi alguém se jogando em cima de mim. Seria seguro abrir os olhos? Arrisco. Eu precisava ter certeza que Lara, pelo menos Lara, poderia estar viva.





A primeira coisa que vejo são seus enormes olhos azuis. Ela me encara ofegante e posso sentir seu delicioso hálito de morangos silvestres. Seu rosto está sujo de poeira brilhante dando-a uma espécie de aura angelical. Seus cabelos amendoados estão em cima de meu rosto pinicando um pouco. Acho que estou meio que babando, porque ela pergunta:



– Você está bem? – com um jeito de falar unicamente seu, contaminando todo o ar com seu cheiro de morango.

– Eu...eu... Acho que sim – respondo.

Ela sorri. Seu sorriso me parece familiar. Estranho...

– O que aconteceu com meus amigos? – eu pergunto e não posso deixar de sentir a pontada de esperança fazendo cócegas em minha garganta.

Diga que estão vivos. Diga que estão bem e vivos.

– Eles... – ela torce a boca, parecendo nervosa – Eles se foram... – diz com um tom fúnebre.

A menina se levanta e se senta ao meu lado. Sinto um vazio no peito. Como um vazio pode pesar tanto?

Ela passa seu braço em volta de meus ombros. Eu suspiro e apalpo meus bolsos á procura do meu pequeno vicio.

Tiro de lá de dentro um maço de cigarros e pego um novo.



– Você quer um?

– Eu não fumo – ela responde um pouco rápido demais.

Coloco um deles entre os dedos e o ponho nos lábios.

– Não vai acender? – ela pergunta com as sobrancelhas arqueadas.

– Não, eu não fumo.

Ela me olha assustada, querendo uma explicação ou sei lá.

– É uma metáfora, mas não quero falar – balanço a mão de maneira indiferente.

Lara se foi. Robert, Fred, Lindsay... Todos. Afundo a cabeça nas mãos:

– Eu estou completamente sozinho – sussurro em meio a um soluço.

– Não, você tem a nós – ela acaricia meus ombros – Nós somos sua nova família. E não vamos te abandonar.

Levanto os olhos pra ver se ela fala sério. Todos os seus amigos agora fazem um circulo em volta de nós e por um segundo acredito que realmente podemos ser uma família, que eu finalmente encontrei um lugar. Todos sorriem pra mim de forma encorajadora.

A garota limpa meu rosto com seu indicador.

– Meu nome é Amy. Amy Gilbert – ela diz de forma doce e amena.

– Gus – soluço – Só... Gus.

– Bem vindo à família Só-Gus, temos muitas coisas a te explicar – diz um garoto pálido me estendendo o braço.





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Notas finais do capítulo

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