Passam-se meses.

            Logan vai à minha casa quase todos os dias, nos horários vagos de trabalho. Já éramos praticamente um casal.

            Finn vai indo bem na escola, com os meses se passando, cada vez com mais amigos... e amigas. “Amigas”.

            O aniversário de Finn está chegando, seus 16 anos estão perto e resolvo fazer uma festa. Convido os amigos e amigas de Finn, alguns amigos meus e até Logan.

            O aniversário será semana que vem.

            Estou deitada em minha cama gastando tempo com nada quando ouço alguém bater na porta. Então, me levanto e a abro.

            Não era surpresa para mim Logan, apenas chegou um pouco mais tarde hoje.

            - Entra! – Digo animada.

            - Que tal sairmos hoje, docinho? – ele pergunta e logo depois me beija.

            - Ah... tudo bem, para mim. Vamos aonde?

Ele pensa um pouquinho e olha para mim.

- Já sei, vem comigo – Logan pega minha mão e entrelaça seus dedos com os meus. – Ah, quer levar o Finn?

- Não, ele está na casa de uma amiga dele.

Então nós dois vagamos pela cidade, estava cheia de pessoas hoje, muito alegres e dispostas. Não sei o motivo.

Chegamos ao museu que eu conheci Logan, então eu paro. Ele olha para mim com expressão preocupada.

- Está tudo bem? – ele pergunta com suas mãos delicadas e macias em meu rosto.

- Ah sim, está. 

- Então tá. Vamos entrar no museu, que tal? – eu concordo com a cabeça e entramos.

De volta a meses atrás, quando tudo aconteceu, quanto uma nova história começou. Vejo os mesmo quadros e histórias que vi na primeira vez. Alguns são novos, e me interesso a vê-los.

Então, rapidamente largo a mão de Logan e vou em direção a novas esculturas e tudo que havia de novo. Às vezes olho para trás e vejo Logan apenas me seguindo, com uma expressão indescritível. Não sei se está feliz ou triste. De qualquer forma, continuei vendo as novidades do museu rapidamente, enquanto puxo o pulso de Logan.

Eu realmente estava entretida quando Logan me puxa com força até que eu me viro e, com o seu colado ao meu, ele me da um beijo ligeiramente intenso.

- Preciso te contar uma coisa. 

Oh não. “Preciso te contar uma coisa” ou “preciso falar com você” são frases clássicas para uma seguida notícia ruim ou que quer que seja desde sempre. Essas frases me assustam muito.

- Diga – eu sorrio para aliviar a minha própria tensão, enquanto estralo meus dedos.

- Vamos ali – Logan aponta para um lugar.

Nós fomos até alguns bancos de madeira, talvez bancos velhos, que havia no canto do museu, então observo Logan sentar e dar alguns tapinhas do seu lado, então eu me sento e me acomodo.

- Annie... – ele começa de forma confusa. Está tenso.

- Logan, o que quer que seja, diga de forma direta, está bem? – Ele concorda com a cabeça.

- Annie, sabe o Finnick? – Seus lábios tremem enquanto questiona.

- Meu filho? – Eu me sento então com postura ereta e preocupada.

- Não, seu marido – ele esclarece friamente. – Eu conhecia Finnick. Eu era amigo dele.