My Reason To Live? You... escrita por Bruna B


Capítulo 5
Você é quente!


Notas iniciais do capítulo

Eu estou particularmente muito feliz de vocês estarem acompanhando a minha fic. Sério.
Espero que gostem desse capítulo, que na minha opinião, está muuuuuuuuuito fofo.



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POV’ Clara

Acordei com o despertador. Minha mala já estava pronta e me pai chegaria em menos de meia hora. Tomei um banho e desci para tomar café.

Torrada e leite com chocolate, essa foi a minha refeição mais importante do dia. Fiquei do lado de fora da casa ouvindo música enquanto esperava meu pai chegar.

Logo ele e a namorada – que tinha a metade da idade dele – chegaram. Cara, ela podia ser a minha irmã. Entrei no carro e coloquei o cinto. A Marcela estava ouvindo funk no rádio e fazia uma dançinha enquanto estava sentada. Funk! E meu pai falava no telefone.

- Bom dia – eu disse.

Nenhuma resposta.

- Bom dia!

Novamente nenhuma resposta. Eu desliguei o som e peguei o celular do meu pai.

- Bom dia família linda!

- Pode me devolver o celular? Estava no meio de uma ligação importante.

- Fofinho! Sua filha mal educada desligou o som! – Marcela miou.

Eu bufei. Aturar esses idiotas por dois dias.

Coloquei meus fones de ouvido e escolhi o rock mais barulhento que eu tinha na playlist.

Me troquei e desci de pijama para o jantar. Meu pai mexia no tablet e Marcela lia uma revista sobre novelas. E isso na mesa. Comi rápido, agradeci Flora – a cozinheira e empregada – e subi para o meu quarto. Deitei na cama, mas o sono não vinha. Ficava pensando em Lipe com Suzane, no sonho da noite passada, na minha mãe em casa, sozinha...

Meu celular tocou. Era o Lipe.

- Oi Lipe.

- Tudo bem Clarinha? Sabe, eu preciso falar com você. Posso ir aí na sua casa?

- Eu não estou em casa. Estou na casa do meu pai.

- Está se divertindo?

- Uma madrasta de vinte e um anos ouvindo funk o dia inteiro e um pai que não dá a mínima pra mim. E aguentar essa barra sem assassinar alguém. Muito divertido!

- Bem, eu queria que você soubesse que aquele negócio de eu e a Suzane ficarmos não foi sério. Ela me pegou em um momento de fraqueza.

- Que momento?

- Quando discutimos. Eu não suporto a ideia de fica longe de você por muito tempo. Não consigo.

- Lipe, isso foi uma cantada?

- É, mais uma para a sua coleção... – ele parecia frustrado.

- Ei! Dessa eu gostei.

- Sério?!

- Com toda a certeza.

- Quando você voltar, pode ter certeza que eu estarei aqui. Contando as horas pra te ver.

- Para com isso! Não quer me ouvir chorando, quer?

- Não, não precisa.

- Tenho que desligar, que daqui a pouco meu pai vai subir.

- Beijos.

- Beijos.

Desliguei o celular e abafei um gritinho com o travesseiro. Finalmente alguma coisa para me fazer gostar do fim de semana.

Nos dois dias que se passaram eu fiquei no meu quarto ouvindo música e dormindo. E isso foi ótimo, não tive que aturar a piriguete nem meu pai que só liga para o trabalho.

Eu teria que voltar para casa no domingo depois do almoço, já tinha arrumado a minha mala e estava na mesa esperando eles.

Eu almocei, vinte minutos se passaram e nada dos dois. Resolvi subir e ver o que estava acontecendo.

Bati na porta do quarto deles. Silêncio por um tempo até autorizarem eu abrir.

Meu pai estava dormindo! E a namorada dele estava jogando no celular.

- Pai! Você esqueceu que eu tenho que ir pra casa?!

- Pega um táxi.

- Caramba! Eu nem queria vir pra cá, mas a mamãe falou que seria bom eu ver meu pai e tals. Eu vim, mas fui ignorada o fim de semana inteiro! Agora você não quer nem me levar pra casa?!

- Você sabe que eu sou cheio de trabalho.

- Quer saber? Tomara que morra de tanto trabalhar! E que ela – eu apontei para Marcela – pegue todo o seu dinheiro e fuja pra Austrália com o amante!

Bati a porta e saí. Peguei meu dinheiro e chamei um táxi. Me despedi de Flora e fui para casa, batendo os pés quando cheguei.

- Como foi? – disse minha mãe saindo da cozinha.

- Eu fui ignorada o tempo todo, e eu acho que ele está bravo comigo.

- O que você fez?

- Falei umas verdades.

- Problema... Depois eu converso com ele. Há, quase me esqueço, o Felipe quer que você vá na casa dele. Disse que tem uma surpresa – ela sorriu.

- Valeu! – dei um beijo nela e saí.

Meu coração estava a mil. Quando bati na porta achei que iria desmaiar. Lipe atendeu vestindo um smoking elegante e o cabelo estava levemente despenteado. Realmente, ele parecia um príncipe.

- Lady Clara – ele beijou minha mão.

- O que é tudo isso, Lipe?

- Vamos entrando. Aceita um suco de uva?

- Claro, porque não? – eu tentava segurar o riso.

Ele me serviu suco na taça e deu outro beijo em minha mão.

- Eu quero me desculpar com você. Eu fiz coisas não muito boas, mas eu quero dizer... – eu o interrompi colocando o dedo nos lábios dele.

- Lipe, eu pensei muito nesse fim de semana. Eu aceito sim.

- Aceita? Aceita o quê?

- Eu aceito namorar você.

- Nossa! Você nem me deu tempo de dar o buquê de rosas vermelhas e puxar você delicadamente para um beijo na frente da lareira.

- Não precisa.

E ele me beijou. Foi mágico. Claro que eu já tinha beijado antes, mas o Lipe foi incrível. Era delicado, mas ao mesmo tempo ousado; era doce, mas ao mesmo tempo quente. Só nos separamos quando percebemos que precisamos da droga do ar. Sorrimos, e muito.

- Garota – ele disse arfante –, você é quente!

- Você também! – eu ri.

Ficamos conversando até a noite cair. Foi mesmo muito divertido. Antes de volta para casa, ele me deu outro beijo.

Fiquei saltitante com as flores na mão. Minha mãe viu e sorriu. Subi para o meu quarto e cantei com a escova de cabelo de novo. Deitei na cama e dormi sorrindo.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?
Mereço reviews???
Beijos para vocês!!!!
:b



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