My Reason To Live? You... escrita por Bruna B
Notas iniciais do capítulo
Eu estou particularmente muito feliz de vocês estarem acompanhando a minha fic. Sério.
Espero que gostem desse capítulo, que na minha opinião, está muuuuuuuuuito fofo.
POV’ Clara
Acordei com o despertador. Minha mala já estava pronta e me pai chegaria em menos de meia hora. Tomei um banho e desci para tomar café.
Torrada e leite com chocolate, essa foi a minha refeição mais importante do dia. Fiquei do lado de fora da casa ouvindo música enquanto esperava meu pai chegar.
Logo ele e a namorada – que tinha a metade da idade dele – chegaram. Cara, ela podia ser a minha irmã. Entrei no carro e coloquei o cinto. A Marcela estava ouvindo funk no rádio e fazia uma dançinha enquanto estava sentada. Funk! E meu pai falava no telefone.
- Bom dia – eu disse.
Nenhuma resposta.
- Bom dia!
Novamente nenhuma resposta. Eu desliguei o som e peguei o celular do meu pai.
- Bom dia família linda!
- Pode me devolver o celular? Estava no meio de uma ligação importante.
- Fofinho! Sua filha mal educada desligou o som! – Marcela miou.
Eu bufei. Aturar esses idiotas por dois dias.
Coloquei meus fones de ouvido e escolhi o rock mais barulhento que eu tinha na playlist.
…
Me troquei e desci de pijama para o jantar. Meu pai mexia no tablet e Marcela lia uma revista sobre novelas. E isso na mesa. Comi rápido, agradeci Flora – a cozinheira e empregada – e subi para o meu quarto. Deitei na cama, mas o sono não vinha. Ficava pensando em Lipe com Suzane, no sonho da noite passada, na minha mãe em casa, sozinha...
Meu celular tocou. Era o Lipe.
- Oi Lipe.
- Tudo bem Clarinha? Sabe, eu preciso falar com você. Posso ir aí na sua casa?
- Eu não estou em casa. Estou na casa do meu pai.
- Está se divertindo?
- Uma madrasta de vinte e um anos ouvindo funk o dia inteiro e um pai que não dá a mínima pra mim. E aguentar essa barra sem assassinar alguém. Muito divertido!
- Bem, eu queria que você soubesse que aquele negócio de eu e a Suzane ficarmos não foi sério. Ela me pegou em um momento de fraqueza.
- Que momento?
- Quando discutimos. Eu não suporto a ideia de fica longe de você por muito tempo. Não consigo.
- Lipe, isso foi uma cantada?
- É, mais uma para a sua coleção... – ele parecia frustrado.
- Ei! Dessa eu gostei.
- Sério?!
- Com toda a certeza.
- Quando você voltar, pode ter certeza que eu estarei aqui. Contando as horas pra te ver.
- Para com isso! Não quer me ouvir chorando, quer?
- Não, não precisa.
- Tenho que desligar, que daqui a pouco meu pai vai subir.
- Beijos.
- Beijos.
Desliguei o celular e abafei um gritinho com o travesseiro. Finalmente alguma coisa para me fazer gostar do fim de semana.
…
Nos dois dias que se passaram eu fiquei no meu quarto ouvindo música e dormindo. E isso foi ótimo, não tive que aturar a piriguete nem meu pai que só liga para o trabalho.
Eu teria que voltar para casa no domingo depois do almoço, já tinha arrumado a minha mala e estava na mesa esperando eles.
Eu almocei, vinte minutos se passaram e nada dos dois. Resolvi subir e ver o que estava acontecendo.
Bati na porta do quarto deles. Silêncio por um tempo até autorizarem eu abrir.
Meu pai estava dormindo! E a namorada dele estava jogando no celular.
- Pai! Você esqueceu que eu tenho que ir pra casa?!
- Pega um táxi.
- Caramba! Eu nem queria vir pra cá, mas a mamãe falou que seria bom eu ver meu pai e tals. Eu vim, mas fui ignorada o fim de semana inteiro! Agora você não quer nem me levar pra casa?!
- Você sabe que eu sou cheio de trabalho.
- Quer saber? Tomara que morra de tanto trabalhar! E que ela – eu apontei para Marcela – pegue todo o seu dinheiro e fuja pra Austrália com o amante!
Bati a porta e saí. Peguei meu dinheiro e chamei um táxi. Me despedi de Flora e fui para casa, batendo os pés quando cheguei.
- Como foi? – disse minha mãe saindo da cozinha.
- Eu fui ignorada o tempo todo, e eu acho que ele está bravo comigo.
- O que você fez?
- Falei umas verdades.
- Problema... Depois eu converso com ele. Há, quase me esqueço, o Felipe quer que você vá na casa dele. Disse que tem uma surpresa – ela sorriu.
- Valeu! – dei um beijo nela e saí.
Meu coração estava a mil. Quando bati na porta achei que iria desmaiar. Lipe atendeu vestindo um smoking elegante e o cabelo estava levemente despenteado. Realmente, ele parecia um príncipe.
- Lady Clara – ele beijou minha mão.
- O que é tudo isso, Lipe?
- Vamos entrando. Aceita um suco de uva?
- Claro, porque não? – eu tentava segurar o riso.
Ele me serviu suco na taça e deu outro beijo em minha mão.
- Eu quero me desculpar com você. Eu fiz coisas não muito boas, mas eu quero dizer... – eu o interrompi colocando o dedo nos lábios dele.
- Lipe, eu pensei muito nesse fim de semana. Eu aceito sim.
- Aceita? Aceita o quê?
- Eu aceito namorar você.
- Nossa! Você nem me deu tempo de dar o buquê de rosas vermelhas e puxar você delicadamente para um beijo na frente da lareira.
- Não precisa.
E ele me beijou. Foi mágico. Claro que eu já tinha beijado antes, mas o Lipe foi incrível. Era delicado, mas ao mesmo tempo ousado; era doce, mas ao mesmo tempo quente. Só nos separamos quando percebemos que precisamos da droga do ar. Sorrimos, e muito.
- Garota – ele disse arfante –, você é quente!
- Você também! – eu ri.
Ficamos conversando até a noite cair. Foi mesmo muito divertido. Antes de volta para casa, ele me deu outro beijo.
Fiquei saltitante com as flores na mão. Minha mãe viu e sorriu. Subi para o meu quarto e cantei com a escova de cabelo de novo. Deitei na cama e dormi sorrindo.
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E aí? O que acharam?
Mereço reviews???
Beijos para vocês!!!!
:b