My Reason To Live? You... escrita por Bruna B


Capítulo 3
Finalmente eles assumiram


Notas iniciais do capítulo

OI GENTE!!!
Tudo bem com vocês???
Eu acho que esse capítulo está maior, mas só vocês podem dizer.
Aproveitem...



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POV’ Clara

O Lipe é completamente maluco e retardado das idéias, eu pensei enquanto me despedia dele na porta. Quando ele saiu, eu respirei aliviada, afinal, se esquivar da tentação de beijar ele foi uma coisa difícil, mas eu tinha os meus princípios. Eu nem conhecia o cara, ele podia ser o maníaco do machado ou um psicopata, e eu não sou nenhuma Suzane da vida.

Eu estava tranquila no meu quarto, lendo meu livro e ouvindo My Medicine, quando minha mãe entrou no meu quarto sem bater. Acho que vou colocar um plaquinha de ”favor bater” na minha porta.

– Filha, percebi o jeito que você olha pro Felipe. Você gosta dele, né?

– Mãe, de onde você tirou uma besteira dessas?

– Eu te conheço. Quando você abraçou ele, eu pude ver até faíscas saindo de vocês.

– Não, eu não gosto dele.

– Tudo bem – ela deu de ombros. - Boa noite – ela deu um beijo na minha testa e saiu.

Pff! Minha mãe pensando que eu gostava do Lipe? Há há há. Minha mãe e suas perguntas bobas...

Eu tinha feito minha rotina normal e saí com meus fones de ouvido e a música no volume máximo. Não ouvia nada, e por isso, Lipe me deu um susto de me fazer gritar.

– Quer me matar do coração?! Louco! – eu empurrei o ombro dele de leve.

– Não quero te matar. Tudo bem?

– Uhum. O que anda fazendo?

– Nada.

– Nossas vidas são bem parecidas.

Aquele garoto tinha alguma coisa na biologia do corpo que me fazia prestar atenção em cada detalhe dele. Tipo, aqueles olhos cinza azulados que me deixam hipnotizada, o cabelo loiro caindo propositalmente nos olhos que me dão vontade de arrumar e desarrumar – é fofo! –, aquele sorriso contagiante, aquela boca carnuda com a forma de um sorriso. Por que tão perfeito, Senhor? Por quê?

Quando chegamos na escola, ele ficou olhando para o pátio vidrado, e depois soltou uma risadinha.

– O que foi?

– Olha lá! – ele apontou para um canto do pátio, e vi Lucas e Mel se beijando.

– Eu sabia que isso iria acontecer! Sabia! – eu estava realmente histérica. SEMPRE rolou um clima entre os dois.

– O que estamos esperando? Vamos lá zoar da cara deles! – saímos correndo até onde eles estavam.

Eles se separaram rápido e começaram a agir normalmente. Pff! Eles acham que não percebemos...

– Oi gente! – disse Mel nos abraçando.

– E aí, pombinhos – eu disse bem diretamente.

– Hã? – Lucas tentou se esquivar.

– Cara, eu e a Clarinha vimos tudo! O negócio tá sério, hein? Com direito a pegação no pátio e tudo – Lipe deu um soquinho no ombro dele.

– Não sei do que vocês estão falando – Mel falava tão baixo que eu quase não escutei.

– Melina dos Santos! Eu te conheço desde os meus cinco anos! E você também, Lucas Ribeiro! – eu apontei para ele, fazendo ele parar de sorrir. - Vocês estão louca e profundamente apaixonados e não podem ter vergonha disso! Agora eu quero saber por que vocês não me contaram do rolo de vocês, e quero ver outro beijo. É fofo! – eu sou muito boa em fingir estar brava.

– Não te contamos porque achamos que você ficaria brava – Lucas disse.

– Eu ficar brava pelos meus dois melhores amigos, que se amam aliás, namorarem? Me economize!

– Quer dizer que não tem problema? – Mel disse com animação.

– Claro que não! Agora eu quero ver o beijo! Vamos, estou esperando!

E eles se beijaram. - Ownt! – eu disse com uma carinha tipo *____*. Lipe me olhou com aquele mesmo sorriso.

– Faz quanto tempo? – perguntou Lipe.

– Depois das férias... foi tipo, amor à quinquagésima sétima vista – Lucas disse enquanto segurava a mão da Mel.

– Acho que vou chorar! – eu disse. - Eles crescem tão rápido!

Todos gargalharam e o sinal tocou para entrarmos na sala. Tivemos aula de física, química e leitura. O sinal do intervalo tocou e descemos para o intervalo. Compramos nossos lanches e sentamos em um banco. Bem, na verdade, eu, Lucas e Lipe sentamos no banco, já que a Mel sentou no colo do Lucas – ele que ofereceu.

Depois de acabarmos o nosso lanche, Suzane e o gado chegaram e pediram para Lipe levantar. Não pediram, puxaram ele do banco. Colocaram o funk mais retardado e sem sentido que eu já ouvi em toda a minha vida no volume máximo e começaram a dançar – se eu posso chamar aquilo de dança – em volta do Lipe. O pobre coitado não sabia o que fazer e ficou lá, imóvel, em choque, até as garotas terminarem a “dança”.

– Gostou, fofinho? – disse Suzane passando o dedo no rosto dele.

– Não. Prefiro o velho e bom rock. Agora com licença, porque eu posso ir numa esquina no dia que eu quiser.

Eu ri. E muito. O mais engraçado de tudo foi ver o queixo delas “descer até o chão”. Tipo, cômico...

Saímos andando e rindo da reação delas.

– Cara, eu sinceramente não entendo essa escola. Um dia, eu coloquei um rock básico sem os fones aí a tiazinha monitora veio brigar comigo. Agora, as coisinhas podem pôr funk no volume máximo e dançar aquelas coisas obscenas e não tem problema? WTF?!

– Isso se chama: WTF triplo. Não tem sentido – disse Lucas.

– Ai, ai – eu suspirei. - Meu dia tá perfeito! Meus melhores amigos do mundo inteiro estão namorando, a vadia levou um tush!, meu novo amigo tem o mesmo estilo musical que o meu, só falta...

– Só falta você ser beijada? – disse Lipe.

– Han... eu... – como ele conseguia fazer isso comigo?! Me deixar sem resposta! Ninguém NUNCA me deixou sem resposta!

– Gente, eu esqueci o meu livro lá em cima. Lucas, vai comigo buscar? – disse Mel.

– Claro, o livro! – Lucas disse com a voz sarcástica

Malditos, eu xinguei eles internamente. Me deixar sozinha com uma barra dessas? Eu ainda me vingo de vocês! Podem apostar!

Ele continuava me observando e sorrindo até um garoto vir falar comigo.

– Clara! Como você está, garota? Os anos foram muito bons com você, hein! – vermelha modo on.

– Oi Gui! Tudo bem? – eu o abracei.

– Seu namorado? – ele apontou para Lipe.

– Não! Somos só amigos.

– Quer dizer que uma gracinha dessas tá solteira! Que tal sairmos para comer alguma coisa depois da aula?

– Tudo bem. Luigi’s Pizzas?

– Maravilha! Te espero no portão.

– Até.

Ele saiu e foi para dentro da escola e Lipe me olhou com raiva.

– Que é esse carinha?

– É o Gui. Um amigo meu que não vejo há anos.

– Tão amigo que te chamou pra almoçar!

– Qual é o problema?

– Eu não quero que você vá!

– O que você tem a ver com a minha vida?

– Eu não quero que você fique saindo com qualquer cara que te chamar pra comer!

– Ele não é qualquer cara! Ele é meu amigo! Para de me criticar!

– Eu não estou te criticando!

– Tchau Lipe!

Eu saí daquela discussão, afinal, ficar brigando não muda nada a situação de que ele é um babaca. Subi para a sala e fiquei emburrada. Ficar com ciúmes só porque eu tenho outro amigo? Por favor, me poupe!


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Notas finais do capítulo

Eita, Felipe.
Ficou nervoso e Clara não faz a mínima ideia da razão.
EU NÃO CONSIGO COLOCAR A FOTINHA DOS PERSONAGENS NOS CAPS!!! HELP!!!
Gostaram, médio, odiaram, detestaram, vão me ignorar para sempre???
Quero reviews...
Beijos para vocês.
:*