Rusty System Of Love escrita por Maniac


Capítulo 3
Capítulo 3.


Notas iniciais do capítulo

Aqui estou! o Devem ter visto que postei em FL! Tô emocionada comigo, tirei um peso enorme das costas!
Enfim, não tenho nada de ~importante~ á falar, só que esse capítulo me gustou de escrever, enfim.
Boa leitura, espero que gostem, e enjoy!



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─ Eu não acredito! ─ dentro de um cômodo da grande casa, em plenas seis horas da noite, a loira xingava á si própria. Ora jogava-se na cama com brutalidade, ora levantava-se andando de um lado para o outro. ─ Como é que eu fui fazer aquilo? Como?

Depois de alguns minutos após ter chegado em casa, ela houvera sufocado um grito. Ao perceber que estava sozinha, para sua felicidade, gritou de vez. Deu graças por isso.

─ Qual o meu problema? Eu disse que odiava garotos! ─ ela rugiu consigo mesma. ─ Não é possível, acalme-se. É só tomar cuidado, afinal, isso não vai acontecer novamente!

Respirou fundo, sentando-se, ofegante na cadeira á frente da escrivaninha. Ela segurou a lapiseira entre os dedos, forçando o grafite na folha de papel, até quebrá-lo.

─ Realmente, eu tenho que morrer. ─ ela suspirou. ─ Claro que vai acontecer novamente! Se eu me descuidar!

O som da campainha fora ouvido. A loira levantou-se na mesma hora, descendo as escadas, e indo até a porta principal. Ao abri-la, ela viu Erza segurando uma câmera digital, e não parecia estar muito feliz.

─ Erza...? Que surpresa. O que faz aqui? ─ perguntou.

─ Não creio que pudesse me enganar de tal jeito, Lucy! ─ falou Erza, entrando na casa, sem se importar com a expressão de interrogação que a loira mantinha.

─ Do que está falando? ─ perguntou, fechando a porta.

─ Você disse que odiava homens! E hoje á tarde, veio com um garoto da escola! ─ ela bateu o pé no chão, irritada. ─ E eu tenho provas! ─ ela levantou a câmera, como se fosse algo tão precioso e superior.

─ Espera... Quer dizer que você me gravou? Erza! Você me stalkeou! ─ falou a loira, perplexa.

─ Não fiz isso! Eu vi você saindo com ele, o aluno novo! E vi você falando com o garoto da outra sala, e ele estava sem as calças!

─ Então você deve ter visto quando eu o soquei.

─ Sim, eu vi. Inclusive, ele me perguntou onde estavam as calças dele.

─ E você disse onde estavam?

─ Eu também o soquei.

─ Ah.

As duas permaneceram em silêncio por alguns instantes.

─ Não fuja do assunto! ─ ela apontou o dedo para a loira, de modo acusador.

─ O aluno novo me trouxe pra casa porque a casa dele é perto daqui. 

─ Então, eu só me enganei? ─ a ruiva perguntou, suspirando. ─ Não acredito. Eu me enganei e desconfiei de você... ─ disse. ─ Pode me dar um soco, se quiser.

─ Eu não quero te dar um soco, Erza!

Erza respirou fundo, de bochechas coradas.

─ Me ajude numa coisa, nesse caso. Tenho um problema.

A Heartfilia arqueou uma sobrancelha.

─ O que foi?

─ Bom, Gerard.

─ Vocês brigaram? De novo? ─ enfatizou as duas últimas palavras, arqueando a sobrancelha ainda mais.

─ Não é bem assim, mas... ─ ela murmurou. Respirou fundo, e soltou as palavras, um pouco emboladas demais para alguém conseguir entender. ─ Gerardestácomoutramulhernoapartamentodeleeissoédesrespeitoso.

A ruiva sentou no sofá, suspirando, seguida da loira.

─ O quê? ─ ela falou isso um pouco alto.

─ Gerard. Está. Com. Uma. Mulher. No. Apartamento. Dele. ─ ela disse, a aura negra envolta de si aumentando perigosamente.

─ Mas você não o odeia? ─ a loira perguntou, suando frio.

Erza bufou, jogando a cabeça para trás, apoiada no sofá.

─ Você consegue ser pior que eu em coisas desse tipo! ─ ela exclamou. ─ Veja bem, quando uma garota briga demais com um garoto, é por que ela está querendo cobrir outro sentimento, demonstrando ódio.

─ Cobrir um sentimento? ─ colocou a mão no queixo, pensando. ─ Como, por exemplo, um ódio maior ainda?

─ Não! Como, por exemplo... ─ a ruiva olhou para os lados, certificada de que ninguém estava lá. As bochechas estavam tão vermelhas quanto seu próprio cabelo. E num fio de voz, disse: ─ Como, por exemplo, amor. Ou algo do tipo.

Lucy ficou estática. Sem palavras. Tão branca como uma folha de papel. Ela nunca achou que a palavra "amor" sairia da boca da ruiva, ainda mais com um sentido positivo. Ou negativo, se fosse pensar bem.

Erza Scarlet apaixonada?

─ Você... Se apaixonou por ele? ─ a loira perguntou, a voz quase não saía. Estava tão chocada, que até falar, lhe era difícil. ─ Já não bastasse Levy! Cada vez mais, perco amigas para os garotos... A única que me resta agora, é Lisanna. ─ ela se apoiou no braço do sofá.

─ Não me culpe! É muito normal uma mulher se apaixonar! É o ciclo da vida! Nasça, cresça, e reproduza! ─ levantou-se, de semblante duro.

─ Pelo visto, acabarei ficando pra titia. O pior é que nem irmão eu tenho. Ou seja, vou ser só uma mulher velha e cheia de gatos. ─ Lucy suspirou.

─ Se você esquecer do que aconteceu, e voltar á ser uma adolescente normal, talvez isso não aconteça. Você faz o seu o próprio futuro. Acabará como uma velha cheia de gatos, só se quiser. ─ falou á loira.

─ Prefiro ter a companhia de gatos. ─ ela bocejou, levantando-se, e indo até a cozinha. ─ A propósito, pode dormir aqui hoje? Não quero ficar sozinha.

A ruiva levantou-se também, dessa vez, para pegar o controle da TV, que estava num lugar um tanto imprudente para um controle remoto se estar.

─ E o seu pai? E a Virgo? ─ perguntou, sentando-se novamente, ligando a TV.

─ Meu pai foi viajar hoje de manhã, negócios. Ele se sobrecarrega muito. ─ falou, pegando o refrigerante da geladeira. ─ E a Virgo foi com ele, para ajudá-lo. Sabe, ele está ficando velho.

Voltou á sala com um pote de sorvete, salgadinhos, dois copos, e uma garrafa de refrigerante.

─ Sei. Tudo bem, eu durmo. Ah, podemos chamar a Levy também. ─ falou, pegando uma das colheres que estavam próximas aos copos.

─ Ligue pra ela. ─ jogou-se no sofá após ter colocado as bandeja com as coisas sobre a mesinha de centro.

E o papo acabou.

Sempre era igual. Elas podiam ser garotas, o sexo que não parava de falar, mas, sinceramente, elas só podiam ser exceção. Nunca tinham assunto para conversar sobre, á não ser no início. Depois se calavam, esperando que qualquer solução relacionada á isso caísse do céu.

─ Vamos ver um filme?

─ Qual?

─ Meio que estou alérgica á filmes açucarados. Quer ver um filme de terror?

─  Pode ser. ─ a ruiva levantou-se, indo até a estante, procurando os filmes. Pegou o primeiro que havia visto - e o que não aparentava ser tão assustador, também - jogando-o sobre o colo da loira. ─ Vamos ver esse.

─ Olha, não parece ser muito bom... ─ disse a loira, colocando o óculos de um grau não muito alto.

─ Não julgue um livro pela capa. Ou um filme.

─ Ok, coloca aí.

Assim que o televisor ficou com a tela preta, as duas estavam acomodadas, cobertas com um edredom que a ruiva houvera pegado. Haviam feito pipoca também, antes de terem apertado o "play" do vídeo.

O primeiro grito foi ouvido quando uma mão, meio 'zumbificada' pulou para a tela da TV, de um jeito tão realista, que Erza pareceu ter ficado com um pouco de medo.

─ Não sei se quero ver isso... Parece um pouco agressivo. ─ disse a ruiva.

─ O filme nem começou direito! ─ exclamou Lucy, incrédula.

Realmente, um filme açucarado seria melhor, mesmo que ela tivesse 'reações alérgicas'.

Quando o filme começou, de verdade, as duas começaram á ter sustos constantes. O filme parecia não ter muita enrolação, parecia querer chegar logo aos gritos e aos corpos ensanguentados das vítimas.

A loira rapidamente pegou o controle da TV, pausando o filme, exatamente no momento em que o zumbi estava voltando-se para o 'mocinho', tentando devorá-lo com aquela cara de idiota e aqueles gemidos.

─ Erza, não quero mais ver esse filme!

─ Foi você quem falou "o filme nem começou direito!", não foi? ─ a ruiva disse, arqueando uma sobrancelha, afinando a voz, fazendo parecê-la ao máximo com a da amiga.

─ Só que filmes com zumbis realmente não me agradam. Estão fora de moda, s-sabe. ─ se não fosse sua gagueira á interromper-lhe, seria uma perfeita mentirosa.

De repente, as luzes apagaram-se. Tudo ficou num completo escuro, á não ser a luz do televisor. As janelas estavam sendo cobertas pelas cortinas carameladas, que agora, estavam imperceptíveis.

─ E-Erza... ─ ela se encolheu, cobrindo a cabeça com o edredom. ─ Está aí...?

─ Não, eu estava na Espanha. Acabei de me teletransportar. ─ a ruiva revirou os olhos, não que a outra pudesse ver, se não pelo fato da escuridão, pelo fato de estar coberta pelo edredom.

─ Não seja irônica ag-

Fora interrompida por um gemido que parecia clamar algo. Alguma coisa rastejava pelo chão, podiam os gemidos se aproximando cada vez mais. E, quanto ao rastejar, fora apenas uma dedução.

As duas gritaram, apavoradas. Os gemidos, foram sumindo, como se estivessem desaproximando-se. Continuavam gritando, sem saber o que fazer.

E, um riso dissipou aquilo tudo. Um riso tão meigo, e, talvez, um pouco zombeteiro.

─ Mas... O quê?

─ Sou eu, Lu-chan.

A luz foi acesa novamente, revelando... nada?

─ ...Era pra você estar aí?

─ Eu estou desse lado! ─ falou, um pouco indignada, a azulada baixinha.

Levy McGarden, ganhadora do Oscar de melhor zumbumana (?) do mundo. Palmas.

─ Haha, esqueci que o interruptor fica desse lado. ─ a ruiva deu uma risada baixa. ─ Aliás, como entrou aqui sem que fosse vista?

─ Porta dos fundos.

─ Por um momento, você me fez parecer que era um zumbi, Levy-chan! ─ disse a loira, respirando fundo, com a mão no peito, cujo batia acelerado e descontrolado. ─ Nunca mais faça isso, ou pode ser morta com uma garrafa de refrigerante na testa. Sério.

─ Não fale isso nem de brincadeira, Lu-chan! ─ a azulada fingiu choramingar, logo após rindo, ao jogar-se no sofá. ─ E aí, que filme estavam vendo?

As duas lhe olharam de jeito como se não pudessem acreditar no que ela dizia.

─ Primeiro, Levy. Tem a cara de um zumbi pausada na tela. ─ Erza fez o número um com um dedo. ─ Segundo, você imitou um zumbi porque viu que Lucy estava assustada com isso. ─ fez o número dois com os dedos, dessa vez. Depois levantou-se subitamente, incrédula. ─ Terceiro, como é que você pode não saber? Além de que tem a capa do DVD jogada no chão!

─ Erza, você está calma demais pra quem acabou de sofrer um susto. ─ a loira colocou a mão no peito, que pôde sentir o coração descompassado.

─ Eu fingi que me assustei. Tenho auto-controle. Eu sou a titânia! ─ exclamou a ruiva, levantando seu punho para o alto.

─ Tanto faz, vamos começar nossa festa do pijama! ─ disse a azulada, pegando um punhado de pipocas da tigela, jogando-as para o alto.

─ Como ficou sabendo que íamos te chamar? ─ questionou a loira, olhando-a, sem se importar na sujeira que a outra fazia.

─ Eu não sabia. Só vim aqui por estar no tédio. ─ sorriu.

─ Oh, claro...

─ Vamos fazer mais pipoca!

E a baixinha deu um pulo do sofá, indo até a cozinha, não sem antes jogar mais pipoca para o alto, empolgada.

─ Mas... a pipoca acabou. E Erza acabou com os salgadinhos. Não tem mais nada. ─ a loira disse, um tanto desapontada, olhando para as embalagens vazias de salgadinhos.

A ruiva e a azulada se olharam, como se pensassem. No mesmo instante, sorriram, um pouco maldosamente, fitando a loira.

─ O quê?

...

Ah não.

**

─ Legal. Muito legal. Estou me arrependendo de algo pela segunda vez, no mesmo dia. Que favorável! ─ resmungou a loira, olhando para baixo. Estava num estado deplorável. Fora impedida de se arrumar para ir ao mercado. Estava com uma calça meio frouxa cinzenta, uma blusa de mangas curtas preta, uma blusa de manga comprida por cima da mesma coloração que a calça, os tênis ─ que houvera calçado na pressa, graças ás duas ─ e seus óculos que nem ao menos deixaram-na tirar.

Entrou no mercado, recebendo muitos olhares sobre si. Era óbvio, quem iria daquele jeito para um mercado? Ah, espere, ela estava indo.

Suspirou, colocando os cabelos soltos para o lado direito do ombro. Foi até a seção de doces e salgados, pegando as coisas e colocando-as numa cesta que pegara.

─ Certo, só falta sorvete. ─ disse á si mesma, andando. Bom, até que não estava sendo muito ruim.

─ Heh? ─ ela levantou a cabeça, para olhar para quem houvera emitido o som. Exatamente o aluno novo.

Estava errada. Naquele momento, começou á ficar de 'não muito ruim' para 'péssimo'.


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Notas finais do capítulo

E aí, povão? Como ficou? Gostaram?
Espero que sim! /o/
Por favor, comentem! Estou feliz pelo fato de ter 19 leitores, mas poucos comentam! Mas nem por isso vou desanimar, mas isso não é uma deixa pra não comentarem, viu? Quero saber a opinião de vocês. Um beijão pra vocês, e até a próxima! =*