Rusty System Of Love escrita por Maniac


Capítulo 2
Capítulo 2.


Notas iniciais do capítulo

Aqui estou eu, de novo. o/
Pessoal, inicialmente, gostaria de dizer que está sendo um pouco complicado pra mim proceder FL, porque eu realmente não tenho ideia de como fazê-lo. Mas, estou tendo a ajuda de uma amiga minha, então, não se preocupem. Eu consegui escrever um pouco, mas, graças ao tempo que demorei, eu quero fazer um capítulo grande. Então, esperem que vai compensar, tá? ♥
E, voltando para esta fic, eu estou feliz e triste. 14 pessoas leram, e dessas 14, 2 comentaram. Não estou reclamando, mas seria muito melhor se todos que lessem, comentassem. É sério, reviews são bons e todo autor gosta de ler um incentivo. Então, por favor gente, colaborem. D: E, obrigado pelos favoritos, ok? ♥
Então, tentei fazê-los se aproximar um pouco nesse capítulo. Não me culpem se estiver evoluindo rápido, a fic não será muito grande. Enfim.
Boa leitura, e enjoy!



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Prendeu a trança bagunçada olhando pela janela, o céu em um tom alaranjado, o sol se pondo. Após feito, sentou-se na pequena cadeira da varanda, apoiando os cotovelos na coxa. Fechou os olhos, aspirando o ar da tardinha, quase passando para a noite. O sol desaparecia no horizonte cada vez mais, deixando um aspecto de escuridão pela beirada do céu, que mesmo interminável, para ela, tinha seu limite. As nuvens pareciam querer ficar o mais longe possível, para que não estragassem a visão do sol.

No momento em que o sol desapareceu por completo, abriu os olhos, de imediato. Ansiou por ver a lua ocupar o lugar do sol no horizonte.

A lua com sua coloração prateada, rodeada pelas estrelas que mesmo em maioria, não podiam ofuscar o brilho da lua.

Mesmo assim, ela gostava das estrelas. Porque eram elas lhe faziam companhia á noite, desde que sua mãe havia sumido de sua vida. De suas vidas, se for pensar no quanto o pai também sofria, sem nunca deixar que ela lhe consolasse.

Suspirou, levantando-se da cadeira, sorrindo.

As estrelas lhe faziam tão bem quanto a mãe, um dia, fez.

─ Lucy. ─ o pai apareceu, fechando a porta. ─ Entre, está ficando frio. ─ tinha poucos cabelos, os quais eram loiros. Tinha barba, e parecia já ter passado dos 50 anos. Porém, ainda assim, fazia de tudo para que a filha tivesse as coisas que sempre queria.

─ Já entro, pai. ─ falou, sem desviar os olhos do céu.

No fundo, ele sabia que ela não entraria "já". Ela ficaria lá, por mais uma hora, mais ou menos. E, se não lhe tirassem de lá, talvez ficasse a madrugada toda, até o sol aparecer novamente.

O pai, contudo, balançou a cabeça positivamente, dando um beijo na testa da filha, logo, adentrando a casa, deixando-a mais uma vez, sozinha.

De repente, a voz do aluno novo chegou-lhe á mente, com as palavras que ele tinha lhe dito no corredor. "Vou te mudar.".

Ela não sabia as intenções dele ao proferir esta frase, assim como também não sabia o por quê de pensar nisso logo naquele momento, mas ela não ficaria se perguntando sobre isso.

─ Não há de vir dias conturbados. Não mais. ─ disse para si mesma, querendo se convencer daquilo.

Mas por que ela estava pensando exatamente o contrário?

**

E novamente, lá estava ela, na frente da porta de sua sala, suspirando. Os dias passavam devagar demais, justamente pelo fato de estarem sendo perturbadores para ela.

Quis dar meia volta e ir para casa, mas isso seria quase como pedir para ser morto por um demônio com um cabelo exuberantemente escarlate.

A melhor escolha a se tomar, agora, era resistir por mais um dia dentro daquele lugar. Respirou fundo, e adentrou a classe, com a pouca vontade que ainda tinha, se já não estivesse inexistente.

Como era de se esperar, bolinhas de papel voavam por todo o lugar, grupinhos de conversa espalhados pela classe, e, como sempre, vários garotos com galos na cabeça por desacatarem a Presidente do Conselho Estudantil ─ mais conhecida como a Titânia.

─ Realmente, que imprestáveis! Não servem nem para ficarem quietos? ─ rugiu a ruiva, com uma régua em mãos. Três garotos estavam ajoelhados á sua frente, de cabeça baixa. Provavelmente estavam amedrontados ao pensar que tipo de expressão a ruiva pudera estar fazendo. ─ O que é isso na sua mão?

Ela pegou o que estava na mão do garoto que ainda houvera tentado esconder aquilo, mas...

─ Ah, uma revista pornô. ─ a ruiva sorriu, de jeito assustador e estranho. ─ Tudo bem, vocês são garotos, isso é normal.

─ É sério, presidente? ─ o garoto do meio levantou a cabeça, de expressão esperançosa.

─ É CLARO QUE NÃO! AGORA SUMAM DAQUI COM ESSA REVISTA! JOGUEM-A NO LIXO! ─ gritou.

E três palermas saíram disparados com uma revista pornô em mãos.

─ Pelo menos, nesse ano, não estou sentada perto de você, Erza ─ balbuciou a loira, revirando os olhos.

Sentou-se no seu lugar, e, como também era de se esperar, o garoto que estava martelando a cabeça dela de jeito irritante estava á sua frente.

─ Bom dia... Luigi! ─ ele exclamou, levantando a mão e sorrindo, ao ter visto que ela estava chegando.

─ É Lucy. Não Luigi. ─ resmungou, descansando os braços na mesa.

─ Haha, tudo bem! Uma evolução, você me disse o seu nome! ─ ele sorriu, porém, desfez o mesmo ao ver o quanto ela estava mais interessada em ver a bolinha de papel sendo pisoteada, do que nele. ─ Olha, eu não sei o que fizeram pra você odiar garotos, mas nem todos são iguais! Eles são diferentes! Nenhum ser humano é igual, porque, se os garotos fossem iguais, vocês, garotas, também seriam.

Ele percebeu que ela não estava tão interessada á ponto de virar-se, mas ele sabia que ela estava ouvindo tudo, esperando que ele prosseguisse.

─ E, sabe, tem algo que nos faz ser diferentes.

Por um momento, ela pensou que ele talvez não fosse tão ruim, e que talvez estivesse certo. Aquela decepção fora apenas uma decepção, algo passageiro não?

─ Os garotos leem revistas pornôs diferentes. E existem os que nem leem. Eu, por exemplo. Mas, isso é um bom exemplo.

...O caramba, eram todos iguais!

─ Você não ajudou em nada, fique sabendo!

A aula toda ela fora perturbada com as desculpas que ele lhe dizia no meio da aula, subitamente. E graças á isso, um castigo fora lhes dado.

E a loira não gostou nem um pouco disso. Onde estavam os dias pacatos e calmos?

**

─ É uma tarefa simples. ─ falou o professor Macao, ajeitando os óculos. Ele não precisava usar óculos, fora revelado pelos outros professores. Ele apenas gostava de manter uma aparência "séria" para os alunos. ─ Só precisam arrumar as salas da oitava série. São três salas, vocês aguentam. ─ ele disse, olhando o relógio de pulso. ─ Está na minha hora. Aqui está a chave das três salas. Não as percam.

Dito isto, ele saiu da sala. A loira estava apoiada na parede, olhando fulminantemente para o rosado, querendo que ele nem tivesse começado á falar com ela, desde o início.

─ B-bem... Desculpe por isso ─ ele falou, suando frio, ao sentir o olhar dela penetrar-lhe as costas. ─ Se não quiser, eu arrumo tudo sozinho.

De repente, a porta da sala fora aberta, revelando um garoto de cabelos pretos, sem camisa. A calça fazia parte do uniforme da escola, sem dúvidas.

─ Tentando se passar de gentil, Natsu? ─ o garoto gargalhou, batendo na porta.

─ Cala a boca, stripper intrometido! E vista uma roupa! ─ rebateu o rosado, pegando a vassoura, tentando atingir o moreno.

─ Mas quando foi que eu tirei! ─ ele gritou, procurando pelas roupas.

─ Não as procure aqui, eu tenho que arrumar a sala!

─ Quando eu cheguei eu estava com elas! Só pode estar aqui!

─ Saia, não entra na sala!

─ Não me diga o que fazer!

─ Parem de gritar! ─ gritou a loira, batendo na janela. ─ Se quiserem brigar, vão lá pra fora! Eu não tenho que aturar duas criaturas do sexo masculino brigando feito duas mulherzinhas que acabaram de levar um pé na bunda! Eu arrumo essa sala, e você ─ apontou para o rosado, já assustado. ─ Pode ir embora que eu arrumo!

Quando ela parou de falar, o rosto estava vermelho. Deu um ofego, e depois voltou á respiração normal.

E justamente quando ela achou que eles parariam de falar, fora surpreendida.

─ Mas que mulher irritada é essa? ─ o moreno disse, encostado na porta de braços cruzados. ─ Você tá de TPM? Não me faça ter a mesma comparação que esse aí. Eu sou superior.

─ Quem disse?

─ Eu estou dizendo, fogueirinha!

─ Por acaso quer lutar?

─ Pode vir!

─ Eu falei para irem embora! Se não forem embora em três segundos, eu vou obrigar vocês á arrumarem as salas!

Eles ficaram perplexos, olhando para a garota, congelados.

1...

2...

3.

─ MAS QUAL É O PROBLEMA DE VOCÊS? ─ ela aumentou a voz, batendo na testa várias vezes. ─ "Não há de vir dias conturbados", eu disse. ─ sussurrou para si mesma, depressiva.

─ Mulher estranha... ─ falou o moreno.

─ Mulher estranha. ─ concordou Natsu.

Ela começou á arrumar as salas, com uma veia saltando da testa, indicando o quanto ela estava se controlando para não acabar fazendo algo impulsivo.

Começou á colocar as cadeiras jogadas no chão á frente das cadeiras, murmurando qualquer coisa.

─ Ela... Está fazendo uma macumba? ─ o moreno perguntou para o rosado.

─ Não, Gray ─ o róseo revirou os olhos, como se fosse dizer algo mais provável. ─ Ela deve estar conjurando espíritos para ajudarem ela a arrumar a sala. Vamos ajudar, sabemos que isso não vai funcionar.

─ Eu não sei o que é pior. Ser inimigo de um idiota, ou ser amigo de um idiota.

─ Os dois, Gray. Mas por que pensou nisso agora? ─ perguntou Natsu.

 ─ Por nada... ─ balbuciou o moreno, ainda que incrédulo.

A loira olhou para eles, mais incrédula que o moreno, Gray.

Assim que acabaram de arrumar as três salas ─ o que não foi fácil, devido ás brigas constantes que Natsu e Gray tinham ─, a loira não achou tudo tão ruim. Tiveram mais ajuda, e, essa ajuda pareceu nem perceber que estava ajudando.

Gray houvera dito-a "prazer em conhecê-la", mas realmente, quem diria isso sem as calças...

─ Não se assuste com o Gray. Ele é assim mesmo. ─ falou o róseo, com os braços atrás da cabeça, andando pouco atrás da loira.

Ela quase havia esquecido que ele tinha se oferecido para levá-la em casa, pelo fato de ser tarde. Tarde, em sua concepção, eram 4 horas da tarde.

─ Não me assustei.

Ele deu uma risada.

─ Que raro!

─ Estou perto de casa, é só virar nessa rua. Não precisa se preocupar. ─ ela disse, olhando para o lado. Estava um clima um tanto estranho, estando sozinha com ele.

─ Eu levo você lá, sem problemas! Minha casa não é tão longe! É só ir direto! ─ sorriu, chegando perto dela. ─ Aliás, vi sua atenção no meio da aula. Err, desculpe por ter feito você sair do modo concentração. ─ ele falou, fazendo uma careta.

─ Sem problemas.

Ficaram calados.

Aquele silêncio era perturbador para a loira, e ela não entendia o porquê.

─ Na... Tsu... ─ ela murmurou, olhando para os pés.

─ Hm?

Ela parou um pouco para pensar. Os pés pararam, mordeu o lábio inferior.

─ O que você quis dizer com 'mudar'? ─ questionou.

Ele tombou a cabeça para o lado, pensando. 

─ Ah! ─ ele levantou o indicador, arrumando a gravata desajeitada. ─ Vou fazer você olhar diferente para os garotos. Não vou deixar que você pense que todos são iguais, graças á um erro meu hoje. ─ disse, com as bochechas ficando vermelhas, de um jeito pouco perceptível. ─ É... É sério, eu não leio pornô! Gray lê, já que é um pervertido, mas eu não leio! Com toda certeza! Falei aquilo, bem...

A loira soltou uma risada fraca, colocando a mão sobre os lábios, delicadamente.

Natsu parou diante disso, meio desconcertado.

─ Tudo bem, Natsu. Não são todos os garotos que leem pornô. É reconfortante. ─ ela sorriu.

Pela primeira vez em anos, ela havia sorrido para um garoto.

E isso deixou-a em dúvida. O cérebro e o coração, agora, estavam conectados novamente. Talvez.


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Notas finais do capítulo

Boooooooom, e aí? Gostaram? Espero que sim, porque eu adorei fazer o capítulo! xD
Por favor, deixem um review falando o que acharam. Sério. É chato escrever, sem saber o que a maioria das pessoas estão achando da fic!
Qualquer erro, me digam, que eu vou arrumar, o-k?
Beijinhos, e até a próxima, minna-san! ♥