Admito Que Te Amo escrita por a curious


Capítulo 49
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Voltei minha queridas!!! Saudades ^^
Foi uma bela correria para a minha pessoa maas, consegui hoje!!
Espero que gostem...



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Acordou mas não se levantou. Naquela manhã, Vitor não conteve o sorriso que surgiu em seu rosto ao despertar. Ele dormiu e acordou pensando em Amanda. Também tinha passado boa parte da noite pensando em tudo o que houve. Seu foco agora seria outro, descobrir se tudo o que disse a ex sobre a atual podia mesmo ser verdade. Talvez tivesse exagerado nas palavras, ele gostava de Amanda porém acreditava que isso não passava de atenção e zelo, um mero cuidado que ele passou a ter por ela depois de todo esse tempo juntos.
Entretanto, aquela palavra e aquele sentimento insistente martelavam sua cabeça toda vez em que recordava o que tinha dito. Apaixonado. Seria possível mesmo estar gostando assim dela? Um sorriso surgiu novamente no rosto do rapaz enquanto procurava a resposta. E era inevitável não lembrar dela, tão doce, tão frágil, tão linda. A seu ver, essa ideia parecia uma loucura mas, ele já não podia mais negar, estava sentindo aquilo de novo.
Levantou-se, chamou seu mascote com um assovio e os dois desceram. Nem sabia ao certo o que ou em que pensar, era muita coisa de uma só vez. Mas, no fundo estava aliviado por ter, enfim, encerrado o assunto com a ex namorada.
Vitor acabou tendo que tomar café da manhã apenas na companhia de seu cachorro pois seu irmão mais velho já havia saído para ir para a empresa e os outros integrantes da família já não estavam ali.
À tarde, Paulo passou na mansão a pedido de Vitor, para conversarem. A última conversa que tiveram por telefone fora quase impossível devido a curiosidade e falta de paciência de Paulo de saber o que havia acontecido com a saída repentina do amigo para falar com Érika. Vitor achou melhor conversarem pessoalmente.
Os dois estava sentados à mesa, no jardim dos fundos, à beira da piscina.
–Quer dizer então que você acha que ela desistiu mesmo?
–Sim. Depois de tudo que eu disse, ela com certeza não vai nem querer me ver.
–Melhor assim.
–Agora esse assunto está encerrado. E você não sabe como eu estou aliviado por tudo ter acabado.
–Se eu fosse você não ficaria assim tão despreocupado.
–E por que?
–Você esqueceu da Amanda.
Pelo contrário, Vitor tinha pensado nela quase o dia todo. E uma expressão confusa se formou em seu rosto ao receber um olhar de punição do amigo.
–Escuta Vitor, eu acho que você devia pensar melhor antes de fazer suas burrices. A Amanda ficou triste por você ter deixado ela para traz.
Essa não! Como pode esquecer-se dela?
–Cara, eu... esqueci.
O Navarro estava sentindo-se um completo idiota por sua atitude e aquele olhar que recebia do amigo só comprovava isso.
–Pisei na bola, não foi?
–Vitor, você é um idiota mesmo. - o rapaz revirou os olhos. - O que é que você acha?
–Acontece que eu não planejei nada do que houve, foi tudo de repente e... Droga! Não era para ter acontecido isso.
–Bom, ainda dá tempo de consertar. A Amanda é compreensível e com certeza vai entender se você explicar.
Certo. Paulo tinha razão. E seria isso o que faria, falaria com Amanda e a contaria o por que de ter ido atras da ex e tudo o que houve. Tudo mesmo? Ele ponderou por um instante. Tudo mesmo, ele se questionava. Até o fato de ter pensado na moça e de que isso, de certa forma, o encorajou a desistir de dar a ex namorada uma segunda chance? Pensar em qual seria a reação de Amanda ao saber disso o fez hesitar com a ideia de contar exatamente tudo a ela. Estava inseguro quanto a esse detalhe.
Mas precisava e iria fazer, pois devia uma explicação a moça. Estava decidido e passou o resto do da tarde pensando em como falar com ela. Queria ter certeza antes de fazê-lo.
...
Se concentrar no trabalho estava sendo trabalhoso e, ao fim de mais um péssimo dia, já estava na hora de voltar para casa enfim.
Enquanto dirigia, ele não podia evitar de se perder em seus pensamentos, em tudo o que lhes aconteceu nesses últimos dias. Como assim Emily estava com outro? Isso só podia ser mentira. Pensava ele enquanto dirigia apressado. Ficava possuído pela ira só de pensar em sua amada nos braços de outro homem. Mas, se o que ela disse fosse mesmo verdade, se ela fosse mesmo querer o divórcio...
Vinícius parou o carro no meio caminho, estava frustrado, se sentindo impotente, que não haveria nada que pudesse fazer para reverter essa situação. Definitivamente não havia nada que pudesse fazer.
Pensou por um instante, precisava relaxar um pouco, ligou o carro novamente, seguindo para um novo destino, o cassino. Nada do que tinha feito até agora o tinha ajudado a trazê-la de volta. Não havia nada a perder.
Ao chegar, passou indo direto para o salão de jogos, sentou-se na primeira cadeira vaga que viu, uma sorte pois, o lugar estava lotado como sempre. Deu uma boa olhada no lugar, nada havia mudado, pessoas chegando, saindo, bebendo, rindo, jogando, ganhando, perdendo. Tudo estava como antes exceto um detalhe, não mais havia em si motivação alguma para ficar ali.
Descobrindo isso, ele se levantou e seguiu para o bar do estabelecimento.
–Vinícius! - Diana exclamou pasma ao vê-lo ali novamente. - O que você está fazendo aqui?
O rapaz coçou a cabeça e olhou em volta.
–Acho que nem eu sei. - a respondeu e despejou toda bebida de seu copo garganta a baixo.
A pedido da ruiva, os dois saíram em busca de outro lugar para que pudessem conversar. Chegaram até uma pequena praça, praticamente vazia. Haviam vários bancos disponíveis ali mas, devido ao estado em que se encontrava emocionalmente, ao chegarem, Vinícius sentou-se no chão mesmo.
–O que houve? - ela perguntou com certa preocupação.
–Descobri que a Emily vai mesmo se separar de mim.
–Vocês vão... O que? Porque?
–Aquela noite. Você lembra?
Vinícius olhou para ela e não precisou de mais nenhuma palavra para que ela entendesse.
–Culpa minha. - concluiu Diana.
–Por favor, ninguém aqui está te culpando de nada.
–Tudo, culpa minha. - a ruiva se sentiu envergonhada e insistiu.
–Também não precisa exagerar. Tá certo que o fato de você ter me ligado aquela noite piorou tudo mas, a relação entre mim e a Emily já estava bastante ruim e... - suspirou frustrado, levando as mão a face. - e eu não tinha me dado conta disso.
–Obrigada por aliviar mas... - a ruiva não estava apenas se referindo a ligação que o fez naquela noite, ela referia a tudo. - Acontece que, se não fosse por mim, você... - estava se sentindo culpada por tudo, ainda mais por vê-lo assim.
–Agora é tarde. Ela não me deu chance alguma Diana. Ela até está com outro cara. A Emily me olhou nos olhos e teve a coragem de me dizer que quer me esquecer.
–Vinícius... Não, talvez não. Talvez ela só estivesse...
–Encontrei com ela ontem, ela mesma me disse.
Depois dessas palavras dele, Diana teve a ligeiria impressão de que Vinícius iria chorar.
–Calma, é... - ela o tocou no ombro. - Eu...
–Quer saber? Cansei. - ele levantou-se. - Cansei de tentar Diana. Se ela desistiu não me resta mais nada a fazer.
–Não fala assim.
Vinícius estava sentindo-se culpado e agora começava a achar que devia se sentir assim, afinal foi tudo culpa sua.
–Se é isso que ela quer eu, vou fazer o mesmo. Vou esquecer a Emily.
–Não seja idiota Vinícius, não é isso que você quer.
–Mas é só o que me restou agora, até por que, ela já está com outro. - fechou a mão em punho e afirmou tomado pela raiva.
Diana o fitou em silêncio. Ele começava a perder o controle, estava perturbado.
–Talvez tudo tivesse acabado mesmo e, só me restava aceitar. Eu já me decidi. - terminou ele irritado.
–Sendo assim, - a expressão no rosto dela mudou subitamente. - não posso deixar de me sentir um pouco feliz com essa sua decisão. - comentou um tanto seria.
Vinícius se calou e a mirou interrogativo.
A ruiva se aproximou lentamente de Vinícius, o máximo que pode, o encarou nos olhos e levou os lábios até os dele. Diana o beijou e Vinícius apenas deixou que acontecesse. Ela o beijou com vontade, deixando claro que se dependesse dela o que tudo entre eles poderia ir muito além daquele beijo. Mas, ele não a correspondeu. Diana então sessou o beijo e voltou a encará-lo.
–Não é isso que você quer, esquecê-la? - questionou como se estivesse desafiando-o.
Ele não a respondeu, refletia internamente, parecia ter entendido. E Diana respondeu por ele.
–Está claro que não Vinícius. - ela se afastou dando um passo atras.
O rapaz expirou relaxando a tensão que havia em seus ombros. Ela tinha razão, pensou ele a mirando nos olhos.
–Diana, você tem razão, eu a amo de mais pra fazer isso. Mesmo que ela me esqueça eu, jamais poderia esquecê-la.
–Então não desista dela Vinícius.
Ela apenas o disse e o deixou sozinho, sumindo na escuridão da noite.
Vinícius voltou para casa. Entrou cabisbaixo, ainda distraído em seus pensamentos. Tanto que Vitor precisou chamar por duas vezes pelo nome do irmão mais velho para que ele o ouvisse e despertasse então.
–E aê?! - saudou Vinícius quando viu o irmão descendo as escadas e forçou um sorriso na tentativa de disfarçar seu baixo astral.
–Trabalhando até essa hora?
–Sim. - ele respondeu apenas, ou melhor, mentiu.
–Que cara é essa Vinícius?
–Trabalho, só isso. - Vinícius achou melhor não dizer que havia voltado ao cassino, não queria decepcionar o irmão.
–Você tá com uma cara péssima. Fala, o que foi que aconteceu? É alguma com você e a Emily, não é?
–Acho que eu não te contei que ela entrou com o pedido de divórcio e, que está com outra pessoa, decidida a me esquecer.
Vitor se viu chocado com aquilo.
–Vou esperar até que o advogado traga toda a papelada, assinar e deixá-la em paz.
–Você vai aceitar assim?
–Sim. A Emily merece ser feliz Vitor, e eu não vou mais atrapalhar isso na vida dela.
–O que vai fazer então?
Pode deixar, não farei nenhuma burrice. Chega. Eu, vou apenas deixar que as coisas continuem como já estão. Continuarei indo para a empresa com o papai, sei que isso vai me ajudar. Focado no trabalho não, não vou pensar em mais nada.
–Vinícius, tem certeza que não há nada que possa fazer? Nada?
–Infelizmente. - disse apenas.
Houve um silêncio, da parte dos dois mas principalmente de Vinícius, para ele aquela história acabaria ali, não tocaria mais no assunto, e tudo teria um ponto final definitivo quando assinasse o documento que o separaria oficialmente da mulher que amava.
–Você sabe que pode contar comigo, não sabe?
–Claro que sei. Muito obrigado irmão!
Houve um abraço entre os irmãos.


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Notas finais do capítulo

Nos vemos no próximo!!!
Beijoss meuss :*



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