Admito Que Te Amo escrita por a curious


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo foi meramente inspirado no clipe Man Down da Rihanna. Quem viu o clipe já deve ter uma noção do que eu tô falando ^^
Depois que ouvi a música tive certeza de como o capítulo seria.
Peço desculpas, por que o capítulo ficou enoorme. O problema foi que eu acabei me empolgando um pouquinho (só um pouquinho) na hora de escrever (mixaria, né?) e daí tive que parar... Maas eu n-ã-o consegui O.O
E com toda criatividade brotando na mente, eu já comecei a escrever o próximo capítulo também O.O Mas daí eu empaquei >.< (eu mereço, né?!) Bom, vamos ver o que vai dar...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/327228/chapter/14

Naquele final de semana...

Estava em seu quarto organizando suas gavetas, haviam algumas coisas das quais queria se livrar a um tempo.

De repente ouviu que seu celular começara a tocar, e como o lugar estava uma bagunça, já não sabia onde o aparelho estava ao certo. Saiu a procura-lo, encontrando-o embaixo de uma pilha de papéis e objetos.

-Alô?

-Oi Amanda! Te liguei pra saber o que você acha da gente repetir o dia de compras da semana passada?

-Carla?... A...não sei. Tem certeza?

-Claro, já que vamos sair hoje também, precisamos de roupas novas. - vibrou do outro lado da linha.

 A empolgação da jovem era notável.

-Mas Carla, você comprou tanta coisa, tem certeza mesmo que precisa comprar mais pra sair hoje à noite. – lembra-se das inúmeras sacolas que a moça levou pra casa naquele dia.

-Claro que sim. Até porque são locais e ocasiões totalmente diferentes.

-Então tudo bem, se você insiste.

-Tá, eu passo aí na sua casa daqui a pouco.

-Ok!

...

As duas passaram à tarde juntas e, desta vez não demoraram muito nas lojas, apesar de Carla ter se empolgado na hora das compras. De maneira nenhuma ela deixou de levar pra casa tudo o que havia gostado.

Na volta para casa param para fazer um lanche e conversar mais um pouco. Carla deixou a morena em casa e ficaram de se encontrar mais tarde.

...

Horas mais tarde...

Quando a hora marcada chegou, Amanda ainda não estava pronta. Apressou-se ou ouvir Laura chamar seu nome e anunciar que os amigos já tinham chegado para encontra-la. Olhou-se mais uma vez no espelho que havia na parede e saiu. Mas ao chegar à sala, encontrou apenas Vitor sentado no sofá conversando com sua tia.

-Ué, cadê todo mundo?

-Estão vindo, – levantou-se. – A Carla tá de carro, vai trazer os outros e encontrar a gente na boate.

-Acho que demorei demais, não foi?...

-Você, a Carla, a Emily... Um bando de mulheres atrasadas. Fazer oque? – deu de ombros. – Vamos?

-Vamos, senão a gente vai se atrasar mais ainda.

Ambos se despediram de Laura e saíram.

...

Ao chegarem, foram direto para dentro. O lugar estava bem agitado, haviam muitas pessoas lá dentro e muitas mais querendo entrar.

O lugar era bem grande e estava todo enfeitado com uma decoração especial devido à inauguração.

-Viu Amanda, eu sabia que esse look iria ficar ótimo em você!

-Obrigada! – sorriu agradecendo o comentário.

-Pra falar a verdade, eu tenho que fazer essa observação – Vinícius pronunciava-se. – Nos três estamos acompanhados das mulheres mais lindas da noite!

-Isso é que é interesse, hein Vinícius?! – Carla brincou com ele.

-Agradeço o elogio amor! – beijou o marido.

-Ele tem razão Carla. – abraçou a namorada e em seguida selando lhe os lábios.

Emily usava uma calça skinny, uma jaqueta de couro e uma camiseta combinando com seus olhos azuis. Carla usava um vestido de maga curta, todo abotoado na frente, mais parecia uma camisa do namorado, era xadrez e tinha a cintura marcada por um cinto vermelho bem largo. Amanda por sua vez, usava um short jeans modelo boyfriend e um blusão de ombro caído que deixava a mostra parte do top pink que ela usava.

-Tá, mas além da opinião do meu namorado eu também quero saber a do Vitor sobre a Amanda. – virou-se para o amigo, que se mostrou desinteressado quanto as palavras da moça. – Afinal de contas, fui eu que ajudou ela a se montar.

-Sem querer ser chato... – começou ele.

-Mas já sendo. – ela o interrompeu e sorriu. – Deixa disso e fala logo que ela está maravilhosa!

-Carla, – Amanda a cutucou. – Também não precisa exagerar! – apenas queria que parassem logo de falar a seu respeito.

-Não é exagero dela. – Vitor pegou na mão da namorada. – Você está linda!

Olhava fixamente nos olhos verdes da morena, o que a deixou vermelha. Sabia que era tudo interpretação dele, mas não podia evitar já que Vitor fazia questão de ser sempre bem convincente.

-Nossa! É impressão minha ou o Vitor está muito gentil hoje? – tentava como sempre implicar com o amigo.

-Vamos beber alguma coisa. – ele por sua vez a ignorou, saindo com a namorada e indo até o bar.

-É, parece que é só impressão... – riu ela.

Todos seguiram o casal.

...

O bar estava repleto de barmans para atender os clientes que mais pareciam estarem sedentos. Depois que cada um pegar uma bebida para si.

Encontraram um lugar para ficarem.

-E você cunhadinha, não vai beber nada?

-Não, pelo menos não agora.

-E se a gente fosse direto pra pista de dança? – a loira se mostrou animada.

-Adorei a ideia Emily!

-Nem pensar... – Vinícius reprovou.

-Eu não vou dançar. – Paulo recusou de uma vez.

-Ah Paulo, deixa de ser chato você também.

-Bom, eu não sei quanto aos rapazes, mas nós vamos dançar, não é meninas?! – decidiu Carla.

-Tá, desde que vocês fiquem por perto.

-Vocês é quem tem que ficar por perto Vinícius. – saiu seguida de Amanda e Emily.

-Essa sua namorada é terrível, hein?! – sorriu para o rapaz ao lado.

-Vamos antes que a gente perca elas de vista. – Vitor foi o último a falar.

Os três seguiram as moças pela multidão até chegarem a um canto de onde podiam vê-las perfeitamente. Elas por sua vez, se deixaram levar pela batida da música, ficando a uma certa distância dos rapazes.

...

-Olha meninas, eu tenho que dizer que estava animada pra vir dançar, mas eu não levo muito jeito pra isso. – a loira soltou sem graça.

-Fala sério Emily, você está aqui pra se divertir, então gata, esquece desses detalhes! – aconselhou à amiga.

-É fácil falar Carla, sempre que eu saio é com o Vinícius, e tá na cara que ele não dança e nem me deixa dançar. – tomou um gole de sua bebida. – Ou seja, estou um pouco enferrujada, sabe?!

-Pra ficar mais fácil Emily, você pode só seguir a batida da música. – a morena sugeriu.

-Não seja por isso. – começou a dançar ao lado da loira. – Vamos praticar.

-Nossa Amanda, você dança bem, sabia?! – comentou Emily.

-É que eu fiz aulas de dança por mais ou menos uns dois anos. Deu pra aprender bastante coisa. – sorriu.

-Nesse caso vai ficar fácil Emily, pois temos uma profissional aqui. – riu sendo acompanhadas pelas amigas.

Brincadeiras à parte, à noite seguiu. Elas continuaram dançando ao som das músicas que tocavam e que deixavam a atmosfera com apenas um propósito, paquera.

...

-Trouxe pra você. – entregou um copo de martíni de maçã verde a Carla. – Sei que você gosta.

-Obrigada! – pegou o copo, beijando o rapaz.

-Também estou precisando de um. – comentou Emily.

-Ué Amanda, você não vai beber nada? – perguntou ainda abraçada ao namorado.

-É mesmo você não bebeu nada até agora. – observou à loira.

-Tem razão, acho que tá na hora. – sorriu. – Vem comigo, – chamou Emily. – Vamos pegar alguma coisa pra mim.

-Pra gente.

-Enquanto vocês vão, eu vou ficar ali com os meninos. – saiu com o namorado.

...

No bar da boate...

-Eu vou querer um kirsch, e você Amanda?

-Não faço ideia do que pedir...

-Então – interrompeu. – Deixa que eu peço pra você coisa linda!

A moça olhou para o lado e viu um rapaz apoiar-se no balcão, ele estava visivelmente embriagado.

-Não obrigada. – virou se para o barman, que esperava o pedido. – Eu vou querer o mesmo que ela pediu por favor! – tentou ignorar o desconhecido que ainda estava ali, mas foi em vão.

-E se eu disser que não aceito um não como resposta. – aproximou-se. – Eu insisto, te pago uma bebida e a gente conversa um pouco. – acariciou o braço da moça enquanto falava.

-Eu disse não. – virou- para sair, pegando os copos que estavam no balcão, mas foi impedida por ele.

-Me solta! – parou ao sentir a mão dele agarrar seu pulso.

-Cara, você tá maluco? – perguntou Emily indignada.

-Ei, calma, a gente só vai conversar. – tentou puxá-la, mas ela resistiu.

-Não vai não. – Vitor chegou na hora. –  Solta ela. – ordenou autoritário.

O cara não gostou da intromissão, mas largou o braço da morena que se apegou na mão do namorado.

-E você quem é? – perguntou ele a Vitor.

-Não é da sua conta. – virou-se com Amanda e saiu.

...

Ao chegarem até os amigos...

-O que foi que aconteceu lá? – Carla perguntou curiosa, tinha visto a cena.

-Um idiota estava dando em cima da Amanda. – explicou Emily.

-Ele te machucou? – perguntou Vitor enquanto examinava o pulso da namorada.

-Não, eu tô bem. Obrigada! – agradeceu pelo cuidado do rapaz.

-E quem mandou te namorada bonita irmãozinho?

-É, dá muito trabalho. – os rapazes brincaram.

-Então de agora em diante. – pôs-se atrás da moça, abraçando-a pela cintura. – Eu vou cuidar dela bem de perto.

Amanda paralisou com atitude do rapaz, ainda mais pelo fato do perfume dele tê-la envolvido tanto quanto aquele abraço.

-É isso aí! – puxou a esposa para junto de si. – Eu também concordo com você. – Vinícius soltou animado, chamando Paulo para um brinde.

Os dois ergueram os copos e brindaram em meio às reclamações das moças, que não gostaram da ideia de ficarem “presas” a eles a noite toda.

...

E assim à noite seguiu...

Tempo depois os três casais acabaram se espalhando pela boate.

-Vitor, posso falar com você um minuto? – ouviu ser chamado pelo irmão.

Os dois se afastaram um pouco. Amanda ficou ali os observando e pode ver o namorado entregar a chave do carro para Vinícius. Em seguida, ele e a esposa saíram. E Vitor voltou até ela.

-Ué, eles já estão indo embora? – estava também curiosa sobre o fato do casal não ter esperado para que todos voltassem juntos.

-É, parece que vamos ter que pegar carona com a Carla e o Paulo. – respondeu enquanto tomava um gole de sua bebida.

-Mas, ainda não tá meio cedo pra eles irem pra casa?

-Só que eles não estão indo pra casa. – soltou calmo como sempre.

Só então a ficha da moça caiu. Nunca havia ficado tão sem graça na vida. Ela e sua curiosidade, antes tivesse ficado quieta, mas com certeza da próxima vez, ficaria tão muda quanto estava agora.

-Você quer beber alguma coisa. – ele perguntou ao perceber o copo vazio e todo o desconforto estampado no rosto dela.

-Não, é que eu tenho que ir ao banheiro primeiro.

-Tá, eu vou estar ali com o Paulo. – mostrou o lugar onde o amigo estava.

-Ok!

Saíram, indo para lados opostos.

...

-Tá sozinho, é? – perguntou Vitor por não ver a namorada com o amigo.

-A Carla tá tentando falar com não sei quem no telefone. E você?

-Eu...

-Fala sério. – a moça chegou irritada.

-O que foi? Quem estava te ligando? – entregou o copo da namorada que havia ficado com sigo.

-Ninguém, era engano. – ajeitou a cabelo estressada, a pessoa ao celular tinha sido, ainda por cima, mal educada. – Ué Vitor, cadê a Amanda? – perguntou ao notar a falta da amiga.

-Foi ao banheiro. – apontou para trás, mostrando a direção que a namorada havia seguido.

-Ah, se ela tivesse me avisado eu teria ido com ela, tô apertada. – espremeu-se.

Paulo prendeu o olhar na moça enquanto a namorada e o amigo conversavam. O lugar estava cheio, tumultuado, mas ele pode avistá-la entre as pessoas. E não gostou do que viu.

-Ei Vitor, – interrompeu os dois ao perceber algo errado.

-O que foi?

-O cara que tava dando em cima da Amanda, ele acabou de entrar no banheiro feminino, logo atrás dela.

O rapaz virou-se a procura dos dois, mas só avistou a porta sendo fechada.

-Eu vou até lá. – disse e saiu em disparada por entre a multidão de pessoas que havia no local.

-Vitor! – chamou pelo amigo assustada.

-Carla, vai até os seguranças que eu vou com ele.

-Tá. – atendou saindo apressada.

Paulo tentou acompanhar o amigo, mas a medida que foi ficando mais tarde, ainda mais pessoas haviam entrado na boate. Estava bem difícil se locomover lá dentro.

...

Amanda estava se olhando no espelho quando viu a imagem de mais alguém ser refletida. Os olhos da moça se arregalaram ao reconhecer a pessoa atrás de si.

-O que você está fazendo aqui? – tentou não transparecer o nervosismo que sentia.

-Aquele cara, interrompeu a nossa conversa. – disse se aproximando da moça que ficava cada vez mais aflita.

-Ele é meu namorado. – tentou passar autoridade nas palavras, mas não foi o suficiente para intimidar o rapaz, que de longe exalava um cheiro forte de álcool.

-Ele é um cara de sorte. – esticou uma das sobrancelhas e sorriu de maneira maliciosa enquanto fitava o corpo da moça.

Amanda resolveu sair dali sem dizer mais nada, mas foi impedida por ele, que a puxou pelo braço de maneira grosseira.

-Ei, me solta. - pediu enquanto era arrastada para dentro de um dos banheiros.

-Aqui nós não vamos ser incomodados. - ele encostou a porta.

-Não, o que você...

-Eu disse que não iria aceitar um não como resposta. – a segurou pelos pulsos com força, prensando-a contra a parede.

-Por favor, me deixa ir embora. – ela suplicou, já imaginando o que ele pretendia, mas seu pedido foi em vão.

O homem investiu contra ela, apalpando o corpo da morena. Amanda começou a se debater, tentando se soltar dos braços dele, mas não conseguiu. Ele então forçou o corpo contra o dela,  para impedi-la de lutar. O desespero tomou conta dela.

-Não, me solta... - pediu apavorada.

-Shhh... - levou a mão na boca da moça. - Acho melhor você ficar bem quietinha, eu não quero ter que machucar você.

Não tinha como reagir, pois a diferença de força entre eles era enorme e mesmo que gritasse, ninguém iria escutá-la devido o som alto da música que tocava do lado de fora. Ele ria e dizia palavras sem sentido enquanto atacava o pescoço da moça. Amanda estava enojada com aquele homem repulsivo sobre si, começando a chorar quando sentiu as mãos do bêbado levantando sua blusa.

Porém, ambos se assustaram quando ouviram a porta sendo praticamente arrombada.

-Vitor... – chamou aliviada em vê-lo.

-Solta ela agora. – irritou-se mais ainda ao ver a cena. - Seu desgraçado. - agarrou o bêbado pela gola da camisa, arrancando-o de dentro do privado.

Soltou a moça ficando entre os dois, e puxou um canivete que apontou para o rapaz. Vitor parou onde estava e apenas encarou o bêbado, que se vangloriava da situação que o favorecia. Amanda ficou paralisada no canto onde estava.

-Pois é, mais uma vez você interrompeu a gente. – falou num tom provocativo.

-Sai de perto dela. – estava irritado.

-Porque? - questionou num tom de desafio, não estava gostando de Vitor lhe dando ordens. - Acha que eu tenho medo de você cara? - sorriu guiando-se até a moça.

-Sai de perto dela, eu não vou falar de novo. – sentiu o sangue ferver ao perceber que ele estava se aproximando de Amanda novamente, e isso não iria permitir. – Seu desgraçado.  – disse partindo pra cima do cara.

Vendo que ambos haviam partido para o ataque, Amanda gritou temendo pela segurança do namorado.

Vitor não pensou duas vezes e atacou o adversário. Desfez –se do ataque, imobilizando o braço dele até que conseguisse retirar a arma que ele possuía. Jogou o bêbado com violência contra a parede, nem sequer dando lhe chances de reagir, acertando lhe uma joelhada no estômago, e por fim deu um gancho de direita no bêbado, que foi ao chão de uma só vez desacordado.

-Vitor, – Paulo chegou aflito por ter demorado mais do que queria. – Tá tudo bem cara? 

Amanda correu ao encontro do namorado, estava atordoada com tudo aquilo. Abraçou-o e ele pode sentir o corpo dela tremendo. 

-Se você não tivesse chegado eu nem sei o que teria... – não conseguiu continuar.

-Não pensa nisso. Agora, vamos sair logo daqui.

Acompanhou ela até o lado de fora, onde encontraram Carla que acabava de chegar com dois seguranças.

-Amanda você está bem? – estava preocupada com a amiga, e ficou mais ainda ao vê-la chorando.

-Leva ela Carla, por favor.

-Claro. Vem Amanda, eu vou pegar um copo d’água pra você. – saiu com ela.

Vitor e Paulo ficaram pra explicarem aos seguranças o que havia acontecido. A polícia foi chamada e o acusado levado à delegacia, onde foi prestado queixa por tentativa de estupro.

...

Um tempo depois de saírem da delegacia...

Vitor foi até Amanda, estava muito preocupado com ela. Quando ela avistou o rapaz se jogou nos braços dele, começando a chorar novamente.

-Vai ficar tudo bem agora. – ele tentou acalmá-la.

Carla ficou triste ao ver o choro da amiga, quis dizer alguma coisa, mas Paulo achou melhor deixar os dois sozinhos.

-Vem Carla, deixa ela se acalmar. – pegou a namorada pela mão e afastaram-se do casal.

A morena estava grudada na camisa do rapaz. Vitor não sabia o que dizer a ela, estava odiando vê-la assim tão triste. Queria realmente fazer algo por ela mas não sabia o que.

-Amanda, você não acha melhor a gente ir embora?...

-Não, espera... – abraçou-o com força e começou. – Me deixa ficar aqui, a-assim... – afundou-se o quanto pode nos braços dele, começando a chorar novamente. – Só mais um pouco.

Ouvindo as palavras dela, envolveu o corpo da moça com o seu na intenção de confortá-la e acalmá-la. Ficaria ali o quanto fosse preciso.

...

Passado alguns minutos, ela já não chorava mais. Tinha o rosto repousado no ombro do rapaz. Estava mais calma, se sentiu segura nos braços dele.

Respirou fundo erguendo o rosto, ficando frente à frente com ele e só então se deu conta de que estavam bem próximos. Ele ficou parado. Queria ter certeza de que ela estava bem.

Amanda não soube o porque, mas sentiu o coração disparar quando seus olhos se encontraram com os dele. Olhar nos olhos castanhos de Vitor era como olhar  pra escuridão absoluta, não havia como saber o que se passava em sua mente. Nenhum dos dois disse uma palavra.

Lentamente os rostos começaram a se aproximar. Ele roçou o nariz no dela como se esperasse que ela o beijasse, como se pedisse pelo beijo. Ela fechou os olhos e os lábios finalmente se encontraram. Tudo aconteceu de forma natural. Ele a beijou de maneira leve, com cuidado. Por fim, ambos se deixaram levar por aquele beijo envolvente, tão necessário ao momento.

Ao final, afastaram os rostos um do outro se entreolhando por alguns segundos.

-Por favor, me leva pra casa. – afastou-se dele devagar, estava sem jeito pelo que tinha acontecido.

-Claro,... – não soube o que dizer, apenas asentiu. - Vamos. 

...

A volta pra casa foi um tanto silenciosa, exceto pelo fato de Carla pedir a amiga que confirmasse que estava tudo bem a cada cinco minutos.

Pararam primeiro na casa de Amanda. Ela agradeceu a atenção dos amigos e se despediu descendo do carro. Vitor fez questão de acompanhá-la até a porta.

-Vitor eu nem tive tempo, mas eu queria...

-Antes que você comece a me agradecer, eu vou dizer logo que não precisa.

-Mas...

-Eu só preciso saber se você está bem? – encarou a morena esperando a resposta.

-Sim... Boa noite!  – respondeu desviando o olhar.

Já era bem tarde, de madrugada. Ele também a desejou uma boa noite, ela entrou em casa e ele voltou para o carro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu já vinha pesando na confusão toda que rolou, mas não tava conseguindo colocar no papel (quase não postei essa semana, sério!) e como eu gosto muito muito muito de ouvir músicas... o tempo todo!! (eu costumo ouvir enquanto estou escrevendo também). De repente a música dela começou a tocar e eu tive um clique na hora, kkk... E pro azar da Amanda, o capítulo saiu assim, rs!
Por favor, eu quero saber o que acharam desse capítulo que deu um certo trabalho pra concluir. Desde já, obrigada pela atenção!!!