Admito Que Te Amo escrita por a curious


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

OOI :D Corri o máximo que pude pra escrever esse capítulo e consegui o/
Primeiramente queria agradecer a Nath e a Fernanda Holanda Pereira, que me deixaram recomendações suuuper fofas!! Obrigada meninas ^^ Adorei saber que vocês tem tanto carinho pela fic quanto eu!!!
E também, dizer "boas vindas!" a duas novas leitoras: Filhadeapolo13 (Belle) e a Taisalmeida. Muito obrigada flores, eu adorei saber que vocês estão acompanhando a história!!!
Quero avisar pra Miih Salvatore que senti sua falta, hein, e vou tentar postar mais rápido sim. Pode deixar :) Ainda mais sabendo que você está tão ansiosa assim ^^ Tu és uma das leitoras mais fofas >.< que eu tenho. Obrigada flor!!!
Um beijo a todas...



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Chegou cedo na loja naquela manhã, porém esta já havia sido aberta pela dona.

-Nossa, hoje você madrugou. - comentou ao ver Emily atrás do balcão.

-Oi Gabi, bom dia! - cantarolou a última frase.

-Tá animadinha também.

-É, parece que sim. - sorriu.

-Fala logo, tem algum motivo especial?

-Você e a sua mania de querer descobrir as coisas, né?

-Então... - esticou uma das sobrancelhas.

-Eu vou sair pra jantar com o Vinícius hoje. - soltou um largo e feliz sorriso.

-E porque hoje é assim tão especial?

-É que hoje ele acordou cedo, me levou café na cama, me acordou dizendo que me amava e disse que queria que fossemos naquele restaurante super chique que abriu no centro no mês passado.

-Hm! Se eu não conhecesse o Vinícius eu diria que ele está aprontando alguma coisa.

-Credo Gabi, isso é que é cortar clima, você hein?!

-Não seja boba Emily, os homens sempre tentam desviar a nossa atenção quando estão aprontando alguma.

-Tá mas não o Vinícius, não é o caso, eu hein...

-Sei, você conhece o passado do Vinícius, sabe como ele era.

-Pra falar a verdade eu  nem me lembro, já faz bastante tempo e como eu disse, ele não é mais o mesmo, fique você sabendo.

-Mas ele ainda é homem queridinha. - cruzou os braços. - Com que frequência ele te faz todas essas gentilezas e esses mimos?

-Bom, faz algum tempo que ele não me leva pra jantar... Mas ele sempre foi atencioso comigo. - afirmou.

-Se com "atencioso" você quer dizer ciumento?... Sim, ele é sim amiga.

-Cruzes Gabi, que bicho te mordeu?

-Eu tô falando a verdade e você sabe disso Emily. - afirmou com certeza em suas palavras.

-Tá, admito que o Vinícius exagera às vezes, mas ele só está romântico comigo. Ele sabe que eu adoro isso nele.

-Eu já te avisei que ciúmes não é garantia de nada em um relação.

-Credo Gabi, eu confio no meu marido e ele não me dá motivos pra ocupar a minha cabeça pensando o contrário dele.

-Tá entendi. - deu de ombros, deixando o assunto de lado.

...

Abriu o pequeno portão para entrar em casa. Ao adentrar viu Laura do lado de fora. Estava agachada a beira do canteiro de flores que ela cultiva na entrada de sua casa. Bem colorido. Nele haviam alguns antúrios, azaléias, mas suas preferidas eram as amarílis vermelhas.

-Oi tia!

-Oi minha querida! Chegou cedo?

-Não, no mesmo horário.

-Devo ter perdido a noção do tempo então.

-E porque a senhora está aqui ao invés de lá dentro descansando, hein Dona Laura?

-Nossa Amanda, se depender de você eu vou ficar dentro de casa repouso pra sempre, eu acho.

-Mais o médico disse, três semanas sem se esforçar após a cirurgia, lembra?

-Sim minha querida, mas eu não posso deixar as minhas plantinhas sem atenção, você não acha?

-Concordo, mas até que elas estão bem cuidadas. - observou.

-Isso por que a Sophia tem me ajudado muito desde que ela começou a vir pra cá.

-A sim. E por falar nisso, ela está por aí?

-Não, já foi. Hoje ela tinha que sair mais cedo.

-Porque?

-Por conta do serviço voluntário que ela faz em um orfanato.

-Como?

-Isso mesmo. Ela me contou que faz parte de um grupo de doze voluntários e que todos os dias um deles dorme no orfanato com as crianças e cuida de tudo o que elas precisem. Fazem companhia, tomam contam...

-Nossa, não imaginava.

-Ela é uma moça adorável, você precisa tirar um tempo pra conversar com ela. - sorriu.

-Tá, mas que tal entrarmos agora?

-Está bem Amanda.

As duas entraram. Laura sentou-se no sofá, onde estava anteriormente.

-Estava tricotando? - reparou nos novelos espalhados pelo sofá.

-Sim, a Sophia sabe, e enquanto conversávamos ela me ajudou um pouco.

-Bonito! O que é? - perguntou enquanto observava a peça inacabada.

-Pensei em fazer umas capas novas para as almofadinhas do sofá.

-Legal, vão ficar lindas!

-Mais agora eu preciso de outro novelo. - procurou a cor que precisaria na caixa aos seus pés. - É, parece que ficou na outra caixa.

-Deixa que eu pego. Onde está?

-No meu guarda-roupas, terceira porta, na prateleira de cima, é uma caixa branca como essa.

-Tá.

Entrou no quarto de Laura e foi direto até o móvel. Abriu a porta mas não viu a tal caixa. Haviam outras, de outras cores, mas nenhuma branca. Pensou que talvez a tia tivesse se confundido e pegou a primeira que viu na frente e abriu. Era a caixa certa afinal.

Mas antes de fechar a porta, uma outra caixa, esta um pouco menor, lhe chamou  atenção. Era diferente das outras, delicada, parecia um caixa de presentes, era rosa decorada com poá branco. A moça não resistiu em pegar aquela bela caixa.

Colocou a primeira sobre a cama e pegou a segunda abrindo em seguida. Dentro havia algumas cartas dentro de envelopes, por sinal antigas. Por baixo, alguns pequenos objetos. E no fundo uma foto. Pegou voltando a imagem para si. Nela havia um jovem casal abraçado e sorridente. Fixou os olhos e reconheceu a moça, era Ângela, sua mãe.

Quanto ao rapaz ao lado dela, com certeza seria seu pai, o qual nem sabia o nome. Ficou onde estava com aquela foto nas mãos.

-Amanda, você não achou a caixa, não foi? - parou na porta ao ver a sobrinha com aquela caixa nas mãos. - Amanda?...

A moça não respondeu nada e Laura sentiu seu coração apertar. Achava que tinha guardado melhor aquela velha caixa.

-Amanda...

-Por que a senhora guardou tudo isso? - sua voz saiu fraca e sem ânimo.

-Querida, eu...

-Pra que?... - seus olhos estavam marejados.

-Amanda, eu só achei que talvez,... Minha querida, eu não sei, é que fazia parte das coisas que me foram entregues quando trouxeram você pra ficar comigo... Eu acabei guardando.

-Por favor tia, - colocou a foto dentro da caixa novamente e a fechou. - Se livra disso.

-Mas...

- Por favor... - entregou a caixa para Laura e se retirou do quarto.

-Amanda! - a moça saiu sem nem olhar para trás.

...

Amanda entrou no quarto e segurou-se para não derramar as lágrimas que queriam cair. Respirou fundo e sentou-se na cama.

Foram só alguns instantes mas ela pode reparar bem no rosto dele. Essa era a primeira vez em toda sua vida que Amanda havia visto seu pai. Ele tinha a pele dois tons mais claros que a sua, e, na foto, aparentava ter a mesma idade que ela. Um sorriso carismático estampava o rosto do jovem de cabelos castanhos claros e olhos esverdeados.

Agora sabia de onde tinham vindo seus olhos verdes. Nunca se atreveu a perguntar de quem ela tinha herdado essa cor de olhos. Tinha receio da resposta. Não queria saber que tinha qualquer traço com o pai, porém desconfiava, já que nem Laura nem Ângela tinham olhos assim. Os da tia eram castanhos e os a mãe eram do mesmo tom, só que um pouco mais claros.

-"São por causa dele." - pensou enquanto olhava para o espelho.

Um nó se formou em sua garganta. E seus pensamentos foram interrompidos por batidas na porta.

-Amanda... - Laura entreabriu a porta e entrou. - Você está bem?

-Eu estou bem tia, não se preocupa.

-Você ficou chatiada por eu ter...

-Não, já passou.

-Mas Amanda...

-Eu não posso perder tempo tia senão vou me atrasar pra faculdade e o Vitor vem me buscar daqui a pouco. Por favor.

-Está bem. Eu vou deixar você sozinha então.

...

Depois do jantar, ainda no restaurante...

-Pra você. - tirou do bolso uma caixa preta aveludada, estendendo para a esposa.

-O que é isso Vinícius? - a empolgação em seu tom de voz era notável.

-Abre. - entregou a ela. - Comprei pra você.

A loira pegou a caixa e abriu. Dentro havia um lindo bracelete com três fileiras de diamantes, todo em ouro rosa.

-Espero que goste? - sorriu ao ver a cara da esposa.

-Gostar? Minha nossa! - retirou a jóia da caixa e entregou a ele para que a ajudasse a colocá-la. - Eu amei Vinícius, ele é lindo!

-E ficou ainda mais lindo em você!

-Obrigada meu amor! - beijou o marido.

...

Estava em seu quarto sentada a beira da cama. Amanda já havia saído e Laura estava a pensar se realmente jogaria fora a caixa de sua irmã que guardou por tantos anos.

Não haviam muitas coisas importantes ali, apenas algumas cartas que elas trocou com o namorado, um chaveiro, um pequeno pingente no formato de um cadeado, um papel de bombom e a foto. A última que o casal tirou antes de saberem que Ângela estava grávida e do rapaz desaparecer. Foi o que fez, abandonou a jovem ao saber que estava grávida já de dois meses.

Laura suspirou entristecida ao se lembrar do quando contou a sobrinha toda a história de quando a pequena criança lhe foi entregue.

flashback on

"-Tia mais e o meu pai, ele morreu como a minha mãe?

-Amanda,... - respirou fundo imaginando como explicaria a história para a menina. - Meu anjo, o seu pai... ele não morreu como a sua mamãe.

-Mas, então por que ele não está aqui? Os pais das outras crianças estão sempre com elas. Por que ele não está aqui comigo tia?

-É que... ele... - estava com o coração cortado mas não queria mentir para ela. - Ele não quis ficar com você meu amor.

-Hãn?... P-por que? - o coração da menina acelerou, sentindo medo.

-Não importa o motivo querida eu estou aqui e vou ficar sempre ao seu lado. - abraçou a sobrinha firmemente. - Eu vou estar sempre com você, ouviu?

-Mas... mas por que? - estava chocada com a revelação. - Por que tia?

-Amanda eu não quero que você pense que você tem culpa de alguma coisa. Você não tem culpa de nada. Ele preferiu assim. Mas a sua mãe escolheu ficar com você e te amar.

-Mas tia... - o olhar da pequena estava repleto de dúvidas. - Porq...

-Eu não quero que você preocupe o seu coração pensado nisso. Você vai me prometer que não vai se culpar por nada.

-Eu, eu... - sentiu as lágrimas descerem por sua face.

-Me prometa agora. - segurou a menina pelos ombros.

-T-tá, eu, eu prometo. - nenhuma disse mais nada e ela foi envolvida mais uma vez nos braços de Laura em um abraço carinhoso."

flashback off

Amanda tinha oito anos na época e não foi tão fácil para ela, ainda tão criança, encarar e suportar tudo aquilo assim tão facilmente. Não era possível para ela entender o motivo de ter sido deixada assim pelo próprio pai. A menina cresceu introspectiva e triste.

Só depois de alguns anos ela voltou a tocar no assunto com Laura, que teve que contar para a amada sobrinha que o pai se recusou a criá-la ou vê-la, mesmo sabendo que a mãe da menina havia falecido.

...

À noite, ao chegar em casa, Amanda entrou em silêncio para que Laura não percebesse que ela havia chegado.

Deitou-se na cama mas não conseguiu pegar no sono, ainda estava pensando em seu passado. Nas vezes em que chorou escondida da tia pensando no porque do abandono do pai.

A rejeição. Por muitos anos ela viveu com esse fantasma a lhe atormentar e por não entender o motivo daquilo. Não sentia raiva, o que sentia era tristeza, mágoa. Seu coração tinha sido quebrado no dia em que descobriu tudo aquilo.

Ela não sabia nada dele, se tinha família, se estava morando no país, ou se ainda estava vivo. Nunca quis saber, achava que seria melhor assim.

Repreendeu-se mentalmente, não queria deixar toda aquela história lhe atormentar novamente.

Sentiu um vazio, o mesmo vazio que sentia quando pensava no assunto. Piscou algumas vezes tentando impedir que as lágrimas descessem.

Só havia uma pessoa que poderia acalmar seu coração agora.

Pegou o celular, procurou o número na agenda e ligou. Porém, a ligação foi para a caixa postal. Desistiu e não tentou novamente. Deitou-se na cama, fechou os olhos e tentou dormir.


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Notas finais do capítulo

O que acharam??? ...não se esqueçam de que a opinião de cada uma de vocês é muuito importante pra mim :)
Hoje eu quis "terminar" de explicar o que comecei no capítulo anterior: Amanda, o pai dela... E pelo que deu pra ver ainda tem mais algumas coisinhas pra falar... ->só mais à frente.
Então, pra quem será que a Amanda ligou?? ->só conto mais à frente u.u
Será que a Gabi tem razão quanto ao Vinícius? ->só mais à frente :D
O capítulo não ficou e-xa-ta-mente como eu queria... maas é que eu estou ansiosa pra postar logo o próximo :D
Vocês se lembram que eles ficaram de ir na inauguração da tal boate, não lembram?...
Tenho que confessar que eu tenho essa ideia rondando a cabeça desde de comecei a postar a fic. O problema é que eu não tô conseguindo chegar no final o.O Mas não se preocupem, vai dar tuudo certo ^^
É isso :) Muitos beijos pra vocês minhas flores!!