Leah E Benjamin: Amor Ou Impressão? escrita por DragonFly


Capítulo 12
Apesar dos pesares...


Notas iniciais do capítulo

Gente, minha meta de hoje é escrever um capítulo grande. Espero que dê certo e vocês curtam!
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Chegamos a um local escuro da mata, onde a luz não entra, pois a vegetação alta e espessa impede qualquer raio do dia. Os três vampiros estão em posição de alerta, com dentes expostos e encurvados. Quatro lobos gigantescos e eriçados vão à frente, liderados por um lobo albino, Suhen. Não restou muito de Mãe Danh, apenas um emaranhado de sangue e roupas. Reconheço um de seus colares de contas. Ele está intacto, apesar de toda a bagunça de sua dona. Por um momento, sinto ódio da morte, de como é possível permitir que algo tão cruel aconteça com alguém inofensivo. Mas não adianta pensar assim, a vingança ou pena é a melhor solução. Para isso estamos aqui, e também, para impedir que algo assim aconteça de novo.

Não há nenhum outro sangue-suga do mal aqui. Quem quer que tenha vindo já está longe. Garret confirma que os rastros terminam no riacho adiante, mas ao que parece, sabemos que eram mais do que uma dupla. Pode haver uma dúzia deles, mas logo saberemos. Os lobos são humanos novamente, mas olhando os olhos duros e, ao mesmo tempo, tão vulneráveis de Suhen, sinto algo que machuca por dentro. Mãe Danh era alguém para ele. Talvez a mãe de verdade, não sei. Não importa. Dor é dor. Sinto que devo dizer algo, já que ninguém diz. Mas não posso. Ofereço uma mão e aperto seu pulso direito. Ele me olha, com pesar, mas confirma e aceita meu apoio. Os meninos já estão providenciando a limpeza do que restou de Danh e parados ficamos até que tudo seja apenas breu. Eu não vejo Benjamin, mas sinto um olhar sobre mim. Não posso pensar com ele aqui, então faço a única coisa que posso, direciono Suhen de volta às cabanas. Precisamos descansar, mas também temos um funeral para organizar.

Reconhecendo que os egípcios sabem lidar com a morte de uma forma bastante peculiar, encaro a realidade e decido que, no momento, o que importa é o melhor estar de um amigo e sua família, um novo amigo.

– Benjamin, poderia pensar em algo para o descanso desta senhora? - dirigir a palavra é mais fácil quando o foco é outro, por pior que seja.

– Claro. Farei o que puder.

O grupo está separado até que o funeral aconteça. Cada um cuida das suas coisas, pois amanhã o dia será difícil. Não podemos esperar muito. Jacob, Paul, Garret e Benjamin lidarão com a cerimônia ou o que quer que seja, enquanto Kate e eu acompanhamos Suhen até sua casa e família. No caminho, percebo que Danh era mais do que apenas uma mãe para a aldeia. Acho que ela era o coração do lugar, pois só o que vejo agora é dor. As crianças choram, as garotas soluçam e Suhen continua em silêncio. Talvez ela não fosse mesmo sua mãe biológica, mas quem se importa? Sinto uma lágrima fria rolar quando o rosto de meu pai vem em minha mente.

Por volta de meia-noite, Paul aparece na cabana e nos convida a participar do funeral. Suhen e suas crianças estão tristes, mas saem de cabeça erguida. As garotas-esposas-saltitantes de Suhen estão cabisbaixas, mas sussurram entre si, intercalando olhares entre Kate e eu.

Ao longe, posso ver muita claridade. Parecem fogueiras, muitas. Um corredor de luz e calor é nosso caminho através de uma multidão de olhares tristes. No centro, vejo um círculo de pequenas fogueiras, e no meio, um caixão dourado coberto de folhas marrons. Benjamin está imóvel e se afasta para que Suhen e sua família se aproximem e lidem com a situação conforme seu próprio costume. Kate me lança um olhar do tipo "Vamos" e eu a acompanho de volta ao corredor. Longe da comoção, encontramos Jacob, Paul e Garret e decidimos voltar à cabana de hóspedes, pois sairemos ao amanhecer.

Jacob e Paul caminham à frente, falando baixo. Kate e Garret andam abraçados, enquanto o vampiro inclina a cabeça sobre a da companheira. Não posso evitar e acabo bufando com a cena romântica em meio à tristeza alheia. Também não posso julgá-los. Algo em mim diz que eu queria viver um momento assim depois de tanto tempo só. Um vento gelado sopra meu rosto e braços, obrigando-me cruzá-los. Benjamin caminha ao meu lado e percebo a aproximação antes de sentir o ar quente que me cerca. Como pode? Ele é um vampiro! Seu abraço não pode ser tão quente! Mas é. Com apenas um abraço em minha volta, ele me aquece como um cobertor ou como meus pelos de lobo. Isso é bom, devo admitir. Mas é errado. Eu não devia gostar da proximidade, mas gosto.

Por que não me transformei em lobo? Não sei. Tudo o que sei é que chegamos na cabana esgotados demais para falar. Dormiremos até a hora de sair, com o amanhecer. E o dia será longo, em todos os sentidos.


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Notas finais do capítulo

Não sei vocês, mas eu acho que merecemos mais Leajamin, não?
xoxo



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